"Cada um safava-se como podia"

09-03-2001
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"Cada Um Safava-se como Podia"

Terça-feira, 6 de Março de 2001

A zona de Entre-os-Rios é o centro nevrálgico do chorudo negócios das areias. É ali que estão sediados os únicos sete areeiros que operam legalmente em toda a bacia do Douro, sob o chapéu de três empresas: a Sodraga, a Dradouro e a Sicil.

Até à criação do Instituto de Navegabilidade do Douro (IND), em 1997, as três empresas exerciam a sua actividade mediante a atribuição de uma licença passada pelos serviços regionais do Ministério do Ambiente e extraíam areia em lotes que arrematavam em hasta pública. O contrato impunha algumas restrições, mas os areeiros contornavam-nas facilmente, beneficiando das boas relações que foram alimentando junto de alguns funcionários da Direcção Regional de Ambiente do Norte e da Capitania do Douro, cuja fiscalização se pautou sempre por uma gritante debilidade. "Não havia regras, andava tudo à balda. Cada um safava-se como podia", reconhecia ao PÚBLICO, em 1999, José Oliveira, um dos principais extractores de areia no Douro. "No tempo do Cavaco, as areias eram um negócio da China", confessou o empresário. P.G.

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"Cada Um Safava-se como Podia"

Terça-feira, 6 de Março de 2001

A zona de Entre-os-Rios é o centro nevrálgico do chorudo negócios das areias. É ali que estão sediados os únicos sete areeiros que operam legalmente em toda a bacia do Douro, sob o chapéu de três empresas: a Sodraga, a Dradouro e a Sicil.

Até à criação do Instituto de Navegabilidade do Douro (IND), em 1997, as três empresas exerciam a sua actividade mediante a atribuição de uma licença passada pelos serviços regionais do Ministério do Ambiente e extraíam areia em lotes que arrematavam em hasta pública. O contrato impunha algumas restrições, mas os areeiros contornavam-nas facilmente, beneficiando das boas relações que foram alimentando junto de alguns funcionários da Direcção Regional de Ambiente do Norte e da Capitania do Douro, cuja fiscalização se pautou sempre por uma gritante debilidade. "Não havia regras, andava tudo à balda. Cada um safava-se como podia", reconhecia ao PÚBLICO, em 1999, José Oliveira, um dos principais extractores de areia no Douro. "No tempo do Cavaco, as areias eram um negócio da China", confessou o empresário. P.G.

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