Conselho nacional aprova versão dos estados gerais do PSD

06-01-2002
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Conselho Nacional Aprova Versão dos Estados Gerais do PSD

Por HELENA PEREIRA

Sexta-feira, 21 de Dezembro de 2001

Partido saiu mobilizado. Luís Filipe Menezes fez um "mea culpa" em relação a Durão

O PSD saiu, anteontem à noite, do conselho nacional com a ordem de mobilização geral para as eleições legislativas. Dias Loureiro, presidente da mesa do congresso, explicou aos conselheiros nacionais que não é preciso antecipar o congresso partidário, realizando-se antes uma convenção, ao estilo norte-americano. Para marcar a data definitiva (provavelmente fim de Janeiro), o PSD está dependente da data das eleições legislativas, que só deverá ser anunciada pelo Presidente de República no início de Janeiro.

A iniciativa - que reuniu consenso na reunião - servirá de impulso à campanha eleitoral, de abertura à sociedade civil e de legitimação do líder, que anteontem à noite saiu reforçada.

"Neste momento não está em causa nenhuma questão de liderança dentro do PSD. O partido não está em nenhuma crise. Em segundo lugar, no nosso partido não cabe ao congresso, nem a aprovação do programa eleitoral, nem a aprovação da lista de candidatos, nem sequer a designação do candidato a primeiro-ministro. Não há nada que neste momento aconselhe que nós façamos, atropelando o tempo, um congresso à pressa", afirmou, no final da reunião, Dias Loureiro, lembrando que se o PSD quisesse formar uma coligação com o CDS-PP não precisaria de convocar um congresso.

O conselho nacional aprovou ontem uma recomendação no sentido de adiar eventuais eleições nas estruturas distritais para o segundo trimestre de 2002, ou seja, depois das eleições legislativas.

Fazer listas para as distritais, listas de deputados e listas de delegados ao congresso na mesma altura era criar a confusão onde, neste momento, reina o ambiente de festa.

Actualmente, a maior parte das distritais são controladas ou por Durão Barroso ou por Dias Loureiro. Os 33 por cento que Pedro Santana Lopes teve no último congresso partidário, em que disputou a liderança com o actual presidente, estão agora também ao lado de Durão Barroso.

Se Durão perder as eleições, as relações de força podem mudar rapidamente para o congresso que será feito imediatamente a seguir.

Anteontem, no discurso que fez a abrir os trabalhos do conselho nacional, o presidente do PSD defendeu que a vitória nas eleições legislativas não está garantida e que é importante agarrar o país com sentido de Estado.

Um dos discursos mais esperados da noite acabou por ser o de Luís Filipe Menezes, presidente da distrital do Porto, que num dos últimos congressos chamou frouxo a Durão Barroso. Anteontem, na sala do conselho nacional, Menezes disse reconhecer no presidente do partido uma "legitimidade de dimensão absoluta" e, apesar de ter discordado da sua estratégia, afirmou ter sido a certa.

Aos jornalistas, garantiu que a distrital do Porto "dará o litro" para as eleições legislativas. "Estou com o presidente do partido e com a direcção nacional do partido para o ajudar a ganhar as eleições. (...) Deve-se tirar as lições dos factos. O dr. Durão Barroso foi um vencedor das eleições autárquicas. Portanto, seria uma completa estupidez não considerar que o dr. Durão Barroso foi o vencedor destas eleições, que se legitimou internamente e para o exterior também", disse.

Para que não restassem dúvidas, voltou a repetir o que dissera dentro da sala: não estava a fazer elogios por querer um lugar no governo.

Conselho Nacional Aprova Versão dos Estados Gerais do PSD

Por HELENA PEREIRA

Sexta-feira, 21 de Dezembro de 2001

Partido saiu mobilizado. Luís Filipe Menezes fez um "mea culpa" em relação a Durão

O PSD saiu, anteontem à noite, do conselho nacional com a ordem de mobilização geral para as eleições legislativas. Dias Loureiro, presidente da mesa do congresso, explicou aos conselheiros nacionais que não é preciso antecipar o congresso partidário, realizando-se antes uma convenção, ao estilo norte-americano. Para marcar a data definitiva (provavelmente fim de Janeiro), o PSD está dependente da data das eleições legislativas, que só deverá ser anunciada pelo Presidente de República no início de Janeiro.

A iniciativa - que reuniu consenso na reunião - servirá de impulso à campanha eleitoral, de abertura à sociedade civil e de legitimação do líder, que anteontem à noite saiu reforçada.

"Neste momento não está em causa nenhuma questão de liderança dentro do PSD. O partido não está em nenhuma crise. Em segundo lugar, no nosso partido não cabe ao congresso, nem a aprovação do programa eleitoral, nem a aprovação da lista de candidatos, nem sequer a designação do candidato a primeiro-ministro. Não há nada que neste momento aconselhe que nós façamos, atropelando o tempo, um congresso à pressa", afirmou, no final da reunião, Dias Loureiro, lembrando que se o PSD quisesse formar uma coligação com o CDS-PP não precisaria de convocar um congresso.

O conselho nacional aprovou ontem uma recomendação no sentido de adiar eventuais eleições nas estruturas distritais para o segundo trimestre de 2002, ou seja, depois das eleições legislativas.

Fazer listas para as distritais, listas de deputados e listas de delegados ao congresso na mesma altura era criar a confusão onde, neste momento, reina o ambiente de festa.

Actualmente, a maior parte das distritais são controladas ou por Durão Barroso ou por Dias Loureiro. Os 33 por cento que Pedro Santana Lopes teve no último congresso partidário, em que disputou a liderança com o actual presidente, estão agora também ao lado de Durão Barroso.

Se Durão perder as eleições, as relações de força podem mudar rapidamente para o congresso que será feito imediatamente a seguir.

Anteontem, no discurso que fez a abrir os trabalhos do conselho nacional, o presidente do PSD defendeu que a vitória nas eleições legislativas não está garantida e que é importante agarrar o país com sentido de Estado.

Um dos discursos mais esperados da noite acabou por ser o de Luís Filipe Menezes, presidente da distrital do Porto, que num dos últimos congressos chamou frouxo a Durão Barroso. Anteontem, na sala do conselho nacional, Menezes disse reconhecer no presidente do partido uma "legitimidade de dimensão absoluta" e, apesar de ter discordado da sua estratégia, afirmou ter sido a certa.

Aos jornalistas, garantiu que a distrital do Porto "dará o litro" para as eleições legislativas. "Estou com o presidente do partido e com a direcção nacional do partido para o ajudar a ganhar as eleições. (...) Deve-se tirar as lições dos factos. O dr. Durão Barroso foi um vencedor das eleições autárquicas. Portanto, seria uma completa estupidez não considerar que o dr. Durão Barroso foi o vencedor destas eleições, que se legitimou internamente e para o exterior também", disse.

Para que não restassem dúvidas, voltou a repetir o que dissera dentro da sala: não estava a fazer elogios por querer um lugar no governo.

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