PSD Chama Jorge Coelho
Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000
Pouco tempo depois de Jorge Lacão ter iniciado os trabalhos da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, o vice-presidente da bancada social-democrata, Guilherme Silva, requereu a presença do ministro do Equipamento e das Obras Públicas, Jorge Coelho, em São Bento.
O deputado do PSD confirmou assim a intenção que tinha já expressado, na passada quarta-feira, no fim da audição ao ministro da Administração Interna, Severiano Teixeira, no sentido de ouvir o titular responsável pelo MAI, aquando da criação da Fundação para a Prevenção e Segurança (FPS).
Já na passada semana Guilherme Silva tinha justificado o porquê da chamada do actual ministro do Equipamento. "Foi o principal responsável político pela decisão do MAI em reconhecer a fundação".
Contudo, Jorge Coelho voltaria a ser nomeado durante a audição, quando o deputado António Filipe, do PCP, perguntou a Armando Vara se o ministro tivera conhecimento da criação da fundação. O agora ministro do Desporto e na altura secretário de Estado adjunto, ilibou Coelho de quaisquer responsabilidades, justificando o desconhecimento do ministro em relação à matéria com o "grande grau de autonomia de decisão" de que dispunha. "O dr. Jorge Coelho só teve conhecimento da FPS quando eu decidi fazer um dos projectos de que há pouco referi ter tanto orgulho [instalação de um centro de Documentação no forte de São João da Cadaveira]", começou por afirmar. Armando Vara acrescentou mesmo que o ministro seu superior estava escassamente informado em relação à FPS: "Não o informei de nenhum tipo de pormenor."
Segundo as declarações de Armando Vara, também Luís Parreirão, secretário de Estado da Administração Interna e governante que assinou a portaria que reconheceu a fundação, pouco sabia da mesma. "Disse-lhe que [a fundação] tinha determinados objectivos e que era impulsionada por mim", resumiu o ministro do Desporto. A portaria assinada por Luis Parreirão foi publicada em Diário da República depois de um despacho de Armando Vara em que era fixada a forma de financiamento da Fundação.
N.S.L.
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PSD Chama Jorge Coelho
Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000
Pouco tempo depois de Jorge Lacão ter iniciado os trabalhos da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, o vice-presidente da bancada social-democrata, Guilherme Silva, requereu a presença do ministro do Equipamento e das Obras Públicas, Jorge Coelho, em São Bento.
O deputado do PSD confirmou assim a intenção que tinha já expressado, na passada quarta-feira, no fim da audição ao ministro da Administração Interna, Severiano Teixeira, no sentido de ouvir o titular responsável pelo MAI, aquando da criação da Fundação para a Prevenção e Segurança (FPS).
Já na passada semana Guilherme Silva tinha justificado o porquê da chamada do actual ministro do Equipamento. "Foi o principal responsável político pela decisão do MAI em reconhecer a fundação".
Contudo, Jorge Coelho voltaria a ser nomeado durante a audição, quando o deputado António Filipe, do PCP, perguntou a Armando Vara se o ministro tivera conhecimento da criação da fundação. O agora ministro do Desporto e na altura secretário de Estado adjunto, ilibou Coelho de quaisquer responsabilidades, justificando o desconhecimento do ministro em relação à matéria com o "grande grau de autonomia de decisão" de que dispunha. "O dr. Jorge Coelho só teve conhecimento da FPS quando eu decidi fazer um dos projectos de que há pouco referi ter tanto orgulho [instalação de um centro de Documentação no forte de São João da Cadaveira]", começou por afirmar. Armando Vara acrescentou mesmo que o ministro seu superior estava escassamente informado em relação à FPS: "Não o informei de nenhum tipo de pormenor."
Segundo as declarações de Armando Vara, também Luís Parreirão, secretário de Estado da Administração Interna e governante que assinou a portaria que reconheceu a fundação, pouco sabia da mesma. "Disse-lhe que [a fundação] tinha determinados objectivos e que era impulsionada por mim", resumiu o ministro do Desporto. A portaria assinada por Luis Parreirão foi publicada em Diário da República depois de um despacho de Armando Vara em que era fixada a forma de financiamento da Fundação.
N.S.L.