DN

06-07-2001
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Foi a tragédia ocorrida em Entre-os-Rios que veio abalar as consciências e despertar a opinião pública para esta problemática. É preciso gastar mais em manutenção e conservação mas é difícil mudar as mentalidades. Sobretudo a dos políticos. Como salientou Nuno Cardoso durante o seminário, "como os recursos não são elásticos, os políticos optam por deixar de canalizar recursos para obras de conservação e a utilizá-los em construções novas, porque essas é que dão votos".

Seja como for, neste momento não faltam organismos, públicos ou privados, com sistemas de gestão de obras de arte. E apesar, como diz Joaquim Sarmento, de apenas as pontes de construção recente darem garantias de segurança, há muito a fazer. O dinheiro é que é pouco. Portugal está ainda longe dos montantes gastos pelos seus parceiros comunitários na conservação das infra-estruturas, onde anualmente é aplicado 0,8 a 1,2 por cento do investimento inicial.

No nosso País não existem números e apenas a REFER, que tem mais experiência na matéria, sabe que dispende por ano 800 mil a um milhão de contos. O que faltam são meios humanos para se fazerem as inspecções e a posterior manutenção. O parque desta entidade ascende a 2 200 pontes, sendo um parque de obras de arte muito envelhecido.

O outro problema com que se defrontam as instituições portuguesas, para além do custo das intervenções - por exemplo as provas de carga e a monitorização feitas pelo LNEC são caríssimas - é a falta de formação do pessoal. Como salientou Sónia Santos, da Brisa, "as inspecções vivem muito dos inspectores" mas estes devem ter treino e formação, especializados no sector e com conhecimento das patologias que vão encontrar. O que acontece é que com as poucas operações realizadas por ano isso dificilmente é conseguido.

A Brisa, por exemplo, realiza uma inspecção corrente a cada infra-estrutura de trs em três anos. O Parque de obras de arte é recente e por isso pouco exigente. Mas tirando as auto-estradas, a restante rede rodoviária apresenta algumas situações preocupantes sem, contudo, como afirmam os responsáveis, motivos para alarmismo. Para colmatar a falta de reparação e fiscalização periódicas às centenas de infra-estruturas que existem em Portugal foi recentemente criado o Instituto para a Conservação e Exploração da Rede Rodoviária (ICERR). Neste momento só fazem inspecções mas brevemente arrancarão com o processo de conservação.

Foi a tragédia ocorrida em Entre-os-Rios que veio abalar as consciências e despertar a opinião pública para esta problemática. É preciso gastar mais em manutenção e conservação mas é difícil mudar as mentalidades. Sobretudo a dos políticos. Como salientou Nuno Cardoso durante o seminário, "como os recursos não são elásticos, os políticos optam por deixar de canalizar recursos para obras de conservação e a utilizá-los em construções novas, porque essas é que dão votos".

Seja como for, neste momento não faltam organismos, públicos ou privados, com sistemas de gestão de obras de arte. E apesar, como diz Joaquim Sarmento, de apenas as pontes de construção recente darem garantias de segurança, há muito a fazer. O dinheiro é que é pouco. Portugal está ainda longe dos montantes gastos pelos seus parceiros comunitários na conservação das infra-estruturas, onde anualmente é aplicado 0,8 a 1,2 por cento do investimento inicial.

No nosso País não existem números e apenas a REFER, que tem mais experiência na matéria, sabe que dispende por ano 800 mil a um milhão de contos. O que faltam são meios humanos para se fazerem as inspecções e a posterior manutenção. O parque desta entidade ascende a 2 200 pontes, sendo um parque de obras de arte muito envelhecido.

O outro problema com que se defrontam as instituições portuguesas, para além do custo das intervenções - por exemplo as provas de carga e a monitorização feitas pelo LNEC são caríssimas - é a falta de formação do pessoal. Como salientou Sónia Santos, da Brisa, "as inspecções vivem muito dos inspectores" mas estes devem ter treino e formação, especializados no sector e com conhecimento das patologias que vão encontrar. O que acontece é que com as poucas operações realizadas por ano isso dificilmente é conseguido.

A Brisa, por exemplo, realiza uma inspecção corrente a cada infra-estrutura de trs em três anos. O Parque de obras de arte é recente e por isso pouco exigente. Mas tirando as auto-estradas, a restante rede rodoviária apresenta algumas situações preocupantes sem, contudo, como afirmam os responsáveis, motivos para alarmismo. Para colmatar a falta de reparação e fiscalização periódicas às centenas de infra-estruturas que existem em Portugal foi recentemente criado o Instituto para a Conservação e Exploração da Rede Rodoviária (ICERR). Neste momento só fazem inspecções mas brevemente arrancarão com o processo de conservação.

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