PCP Diz Que Pina Moura Deu Um "Tiro no Coração"
Terça-feira, 19 de Junho de 2001 "Não é um acto falhado nem um tiro no pé, é um tiro no coração" - foi assim que Octávio Teixeira, líder parlamentar do PCP, classificou a reunião de ontem entre o actual ministro das Finanças, Joaquim Pina Moura, e vários ex-ministros e governadores do Banco de Portugal. "Um governo do PS que vai pedir conselhos a ex-ministros do PSD é totalmente ridículo e insustentável do ponto de vista político. Isto é a questão central e fundamental", afirmou Octávio Teixeira ao PÚBLICO. Para o líder da bancada comunista o que interessa da reunião não são os seus resultados, até porque acredita que "não saem resultados nenhuns", uma vez que ontem o ministro da Finanças já saberia o que vai propor ao Conselho de Ministros da próxima quinta-feira. O que interessa, afirma, é a reunião em si e essa tem um "significado político insustentável" não só para Pina Moura, mas para todo o Governo, pois, considera Octávio Teixeira, um acto destes não pode ter sido decidido só pelo ministro, vincula o Governo. O líder da bancada comunista não considera sequer possível que Pina Moura tenha convocado a reunião de forma a vincular outrem ao plano de redução da despesa pública, porque se fosse essa a sua intenção "isso só poderia ser feito com os partidos e não com ex-membros de governos, ex-ministros das finanças". Hoje, considera Octávio Teixeira, João Salgueiro não vincula o PSD nem Augusto Mateus vincula António Guterres ou Jorge Coelho. "A reunião em si parece-me fundamentalmente uma manobra de diversão e a situação do ponto de vista económico não se compadece com manobras de diversão", afirmou ainda Octávio Teixeira, para quem "uma ideia deste tipo é difícil de ocorrer em qualquer lado do mundo e em qualquer tempo". Por isso, conclui, "é a primeira vez, será a última e foi uma vez em excesso". O PÚBLICO tentou também obter também reacções do PSD e do CDS-PP à reunião de Pina Moura com os ex-ministros, mas não foi dada resposta. Eunice Lourenço OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Ex-ministros forçam cortes na despesa
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PCP diz que Pina Moura deu um "tiro no coração"
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Terça-feira, 19 de Junho de 2001 "Não é um acto falhado nem um tiro no pé, é um tiro no coração" - foi assim que Octávio Teixeira, líder parlamentar do PCP, classificou a reunião de ontem entre o actual ministro das Finanças, Joaquim Pina Moura, e vários ex-ministros e governadores do Banco de Portugal. "Um governo do PS que vai pedir conselhos a ex-ministros do PSD é totalmente ridículo e insustentável do ponto de vista político. Isto é a questão central e fundamental", afirmou Octávio Teixeira ao PÚBLICO. Para o líder da bancada comunista o que interessa da reunião não são os seus resultados, até porque acredita que "não saem resultados nenhuns", uma vez que ontem o ministro da Finanças já saberia o que vai propor ao Conselho de Ministros da próxima quinta-feira. O que interessa, afirma, é a reunião em si e essa tem um "significado político insustentável" não só para Pina Moura, mas para todo o Governo, pois, considera Octávio Teixeira, um acto destes não pode ter sido decidido só pelo ministro, vincula o Governo. O líder da bancada comunista não considera sequer possível que Pina Moura tenha convocado a reunião de forma a vincular outrem ao plano de redução da despesa pública, porque se fosse essa a sua intenção "isso só poderia ser feito com os partidos e não com ex-membros de governos, ex-ministros das finanças". Hoje, considera Octávio Teixeira, João Salgueiro não vincula o PSD nem Augusto Mateus vincula António Guterres ou Jorge Coelho. "A reunião em si parece-me fundamentalmente uma manobra de diversão e a situação do ponto de vista económico não se compadece com manobras de diversão", afirmou ainda Octávio Teixeira, para quem "uma ideia deste tipo é difícil de ocorrer em qualquer lado do mundo e em qualquer tempo". Por isso, conclui, "é a primeira vez, será a última e foi uma vez em excesso". O PÚBLICO tentou também obter também reacções do PSD e do CDS-PP à reunião de Pina Moura com os ex-ministros, mas não foi dada resposta. Eunice Lourenço OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Ex-ministros forçam cortes na despesa
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