Pina Moura Prepara PS para OE
Sábado, 21 de Outubro de 2000
O ministro das Finanças, Joaquim Pina Moura, avisou os deputados socialistas para a eventualidade de o Orçamento de Estado de 2001 ser reprovado, afirmando que têm de estar todos "preparados para morrer em combate". Segundo a Lusa, na reunião com o grupo parlamentar do PS, na quinta-feira à noite, que se prolongou por mais de três horas, Pina Moura utilizou uma linguagem dramática para evidenciar que, até ao momento, o executivo ainda não dispõe de nenhum sinal de que alguma força da oposição esteja disposta a viabilizar o orçamento. No discurso de Pina Moura, também ficou bem patente a estratégia do Governo no sentido de acreditar na futura pressão de uma opinião pública que também apoia um "orçamento que faça a reforma fiscal" e que, por isso, facilmente se colocará contra as forças da oposição caso a proposta orçamental não seja aprovada no Parlamento. No final da reunião, Pina Moura voltou a realçar a ideia de que o Orçamento de Estado de 2001 permitirá que "1,6 milhões de pessoas fiquem isentas de pagar IRS", para logo depois lançar uma advertência sobre os limites negociais do Governo com outras forças políticas. "Não tenho de convencer as forças da oposição se o Orçamento é bom ou é mau. São as oposições, se o quiserem chumbar, que terão de explicar de que forma fariam um orçamento melhor", disse o ministro, que no fundo repetiu o que, no início do mês, Guterres já tinha tido ao grupo parlamentar. Na mesma ocasião, Pina Moura admitiu que o Governo ainda pode alterar a proposta de tributação sobre veículos comerciais, mas não no caso da tributação dos jipes.
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Pina Moura Prepara PS para OE
Sábado, 21 de Outubro de 2000
O ministro das Finanças, Joaquim Pina Moura, avisou os deputados socialistas para a eventualidade de o Orçamento de Estado de 2001 ser reprovado, afirmando que têm de estar todos "preparados para morrer em combate". Segundo a Lusa, na reunião com o grupo parlamentar do PS, na quinta-feira à noite, que se prolongou por mais de três horas, Pina Moura utilizou uma linguagem dramática para evidenciar que, até ao momento, o executivo ainda não dispõe de nenhum sinal de que alguma força da oposição esteja disposta a viabilizar o orçamento. No discurso de Pina Moura, também ficou bem patente a estratégia do Governo no sentido de acreditar na futura pressão de uma opinião pública que também apoia um "orçamento que faça a reforma fiscal" e que, por isso, facilmente se colocará contra as forças da oposição caso a proposta orçamental não seja aprovada no Parlamento. No final da reunião, Pina Moura voltou a realçar a ideia de que o Orçamento de Estado de 2001 permitirá que "1,6 milhões de pessoas fiquem isentas de pagar IRS", para logo depois lançar uma advertência sobre os limites negociais do Governo com outras forças políticas. "Não tenho de convencer as forças da oposição se o Orçamento é bom ou é mau. São as oposições, se o quiserem chumbar, que terão de explicar de que forma fariam um orçamento melhor", disse o ministro, que no fundo repetiu o que, no início do mês, Guterres já tinha tido ao grupo parlamentar. Na mesma ocasião, Pina Moura admitiu que o Governo ainda pode alterar a proposta de tributação sobre veículos comerciais, mas não no caso da tributação dos jipes.