PS Põe em Causa Marcelo Rebelo de Sousa
Por RAPOSO ANTUNES
Segunda-feira, 10 de Setembro de 2001
Os socialistas de Celorico de Basto condenam o ex-presidente do PSD por causa da última reunião da assembleia municipal
Os representantes do PS na Assembleia Municipal de Celorico de Basto abandonaram anteontem a reunião deste órgão autárquico, como protesto pela forma como o social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa conduziu os trabalhos da última sessão. Em causa está o facto de o ex-presidente do PSD ter sugerido que uma parte da acta de uma anterior reunião fosse substituída, tentando com esta decisão pôr cobro à polémica em que se envolveram socialistas e sociais-democratas locais por causa das declarações de um vereador do PSD sobre a sua alegada incompatibilidade de funções.
De acordo com o líder da bancada socialista de Celorico de Basto, António Magalhães Costa, na anterior reunião, realizada antes das férias de Verão, o vereador social-democrata Joaquim Mota e Silva - também deputado e vogal do conselho de administração de uma empresa municipal - terá dito que recorrera do parecer emitido pela Comissão de Ética da Assembleia da República que apontava no sentido da sua incompatibilidade de funções. Ora, no início da reunião de sábado, Joaquim Mota e Silva, que é filho do actual presidente da Câmara de Celorico de Basto, manifestou o seu desacordo em relação aos termos em que tinha sido redigida a acta da anterior reunião, designadamente na parte respeitante ao referido recurso. Foi feita então uma audição da gravação com as declarações proferidas por Mota e Silva na anterior reunião da assembleia municipal. E dessa gravação não constava nada sobre o citado recurso.
Os socialistas alegam que as declarações de Mota e Silva terão sido propositadamente "apagadas" de forma a "branquear" a confissão do vereador. É que - garante o PS de Celorico - o vereador do PSD terá tentado ludibriar a oposição local, ao dizer que recorrera do parecer, uma vez que na Comissão de Ética da Assembleia da República não terá sido entregue por Mota e Silva qualquer recurso.
Face a esta situação, o PS de Celorico acusa Marcelo Rebelo de Sousa de estar a dar cobertura ao vereador do PSD quando propôs a substituição da acta. Trata-se "de um comportamento surpreendente", que os deputados municipais do PS "não percebem", tanto mais que "o professor manteve sempre um distanciamento partidário em todas as situações vividas na Assembleia Municipal de Celorico de Basto". Dizem mesmo os socialistas que "a isenção e superior condução dos trabalhos por Marcelo Rebelo de Sousa está no futuro posta em causa pela atitude agora tomada".
Categorias
Entidades
PS Põe em Causa Marcelo Rebelo de Sousa
Por RAPOSO ANTUNES
Segunda-feira, 10 de Setembro de 2001
Os socialistas de Celorico de Basto condenam o ex-presidente do PSD por causa da última reunião da assembleia municipal
Os representantes do PS na Assembleia Municipal de Celorico de Basto abandonaram anteontem a reunião deste órgão autárquico, como protesto pela forma como o social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa conduziu os trabalhos da última sessão. Em causa está o facto de o ex-presidente do PSD ter sugerido que uma parte da acta de uma anterior reunião fosse substituída, tentando com esta decisão pôr cobro à polémica em que se envolveram socialistas e sociais-democratas locais por causa das declarações de um vereador do PSD sobre a sua alegada incompatibilidade de funções.
De acordo com o líder da bancada socialista de Celorico de Basto, António Magalhães Costa, na anterior reunião, realizada antes das férias de Verão, o vereador social-democrata Joaquim Mota e Silva - também deputado e vogal do conselho de administração de uma empresa municipal - terá dito que recorrera do parecer emitido pela Comissão de Ética da Assembleia da República que apontava no sentido da sua incompatibilidade de funções. Ora, no início da reunião de sábado, Joaquim Mota e Silva, que é filho do actual presidente da Câmara de Celorico de Basto, manifestou o seu desacordo em relação aos termos em que tinha sido redigida a acta da anterior reunião, designadamente na parte respeitante ao referido recurso. Foi feita então uma audição da gravação com as declarações proferidas por Mota e Silva na anterior reunião da assembleia municipal. E dessa gravação não constava nada sobre o citado recurso.
Os socialistas alegam que as declarações de Mota e Silva terão sido propositadamente "apagadas" de forma a "branquear" a confissão do vereador. É que - garante o PS de Celorico - o vereador do PSD terá tentado ludibriar a oposição local, ao dizer que recorrera do parecer, uma vez que na Comissão de Ética da Assembleia da República não terá sido entregue por Mota e Silva qualquer recurso.
Face a esta situação, o PS de Celorico acusa Marcelo Rebelo de Sousa de estar a dar cobertura ao vereador do PSD quando propôs a substituição da acta. Trata-se "de um comportamento surpreendente", que os deputados municipais do PS "não percebem", tanto mais que "o professor manteve sempre um distanciamento partidário em todas as situações vividas na Assembleia Municipal de Celorico de Basto". Dizem mesmo os socialistas que "a isenção e superior condução dos trabalhos por Marcelo Rebelo de Sousa está no futuro posta em causa pela atitude agora tomada".