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18-12-2000
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09 de Outubro

Transportes: PCP vai propôr passe universal para a região de Lisboa

O PCP apresentou hoje, em conferência de imprensa, um projecto que visa alargar a área do passe social intermodal (L 123) às populações que usam diariamente os transportes públicos da região de Lisboa, e que, actualmente, têm que fazer parte do percurso com outro título. É o caso das populações de Cascais, Sintra, Loures, Vila Franca de Xira, Alenquer, Azambuja, Samora Correia, Moita, Montijo, Alcochete, Palmela, Setúbal e Sesimbra. O objectivo é reforçar o âmbito do passe social na região de Lisboa, tornando o seu uso universal, isto é, válido para todos os percursos efectuados por empresas públicas ou privadas. "São os utentes que devem escolher livremente o meio de transporte e o percurso que mais lhes convém, sem terem de pagar qualquer valor extra", disse Carlos Carvalhas, secretário-geral do PCP, numa alusão crítica às transportadoras privadas que obrigam os passageiros a terem gastos adicionais para poderem usufruir dos seus serviços.

É o caso do "comboio da Ponte 25 de Abril, que tem um passe próprio e se recusa a aderir ao passe intermodal", como referiu o deputado Jooaquim Matias.

Carlos Carvalhas acusa a actual política de transportes de não contribuir para a promoção dos transportes colectivos. Segundo o secretário-geral, a actual política "não favorece os necessários investimentos em infra-estruturas e em frota nos transportes públicos, o que implica a perda de qualidade e a redução do número de passageiros transportados".

Na década de 90, a adesão ao passe social sofreu uma redução superior a 1 400 000 unidades. Hoje, as vendas atingem 4 100 00 de unidades por ano, quando já foram superiores a mais de 6 500 000. Portugueses são os que pagam a maior percentagem dos custos dos transportes De acordo com o Livro Verde dos Transportes das Comunidades Europeias, os passageiros portugueses são os que pagam a maior percentagem dos custos dos transportes públicos, com os passes e os bilhetes adicionais que têm de comprar.

Neste sentido, Carlos Carvalhas sublinha que o projecto do PCP pretende reduzir os gastos dos utilizadores dos transportes públicos através do alargamento da zona abrangida pelo passe intermodal. "Ao aproximar as periferias do centro podemos contrariar os aumentos brutais dos custos dos passes, que ao longo dos anos têm vindo a verificar-se", sublinhou o secretário-geral, acusando ainda o Governo de financiar escandalosamente alguns operadores privados, através do passe social. "As empresas privadas somam umas largas centenas de contos por ano, porque as verbas dos passes que pertencem a empresas públicas como o Metro, a Carris e a Transtejo são indevidamente dadas aos operadores privados, como a Rodoviária de Lisboa e os Transportes Sul do Tejo".

Joaquim Matias reforçou esta ideia. "Existem 2 milhões de habitantes que vivem em aglomerados à volta da cidade que estão na mão dos privados", disse, acrescentando que, caso o projecto do PCP seja aceite, serão contratualizadas com as empresas indemnizações compensatórias pelo serviço social prestado, numa lógica de rede. "Tem que haver uma noção de rede de transportes", sublinhou Joaquim Matias. Gracinda Pereira

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Transportes: PCP vai propôr passe universal para a região de Lisboa

O PCP apresentou hoje, em conferência de imprensa, um projecto que visa alargar a área do passe social intermodal (L 123) às populações que usam diariamente os transportes públicos da região de Lisboa, e que, actualmente, têm que fazer parte do percurso com outro título. É o caso das populações de Cascais, Sintra, Loures, Vila Franca de Xira, Alenquer, Azambuja, Samora Correia, Moita, Montijo, Alcochete, Palmela, Setúbal e Sesimbra. O objectivo é reforçar o âmbito do passe social na região de Lisboa, tornando o seu uso universal, isto é, válido para todos os percursos efectuados por empresas públicas ou privadas. "São os utentes que devem escolher livremente o meio de transporte e o percurso que mais lhes convém, sem terem de pagar qualquer valor extra", disse Carlos Carvalhas, secretário-geral do PCP, numa alusão crítica às transportadoras privadas que obrigam os passageiros a terem gastos adicionais para poderem usufruir dos seus serviços.

É o caso do "comboio da Ponte 25 de Abril, que tem um passe próprio e se recusa a aderir ao passe intermodal", como referiu o deputado Jooaquim Matias.

Carlos Carvalhas acusa a actual política de transportes de não contribuir para a promoção dos transportes colectivos. Segundo o secretário-geral, a actual política "não favorece os necessários investimentos em infra-estruturas e em frota nos transportes públicos, o que implica a perda de qualidade e a redução do número de passageiros transportados".

Na década de 90, a adesão ao passe social sofreu uma redução superior a 1 400 000 unidades. Hoje, as vendas atingem 4 100 00 de unidades por ano, quando já foram superiores a mais de 6 500 000. Portugueses são os que pagam a maior percentagem dos custos dos transportes De acordo com o Livro Verde dos Transportes das Comunidades Europeias, os passageiros portugueses são os que pagam a maior percentagem dos custos dos transportes públicos, com os passes e os bilhetes adicionais que têm de comprar.

Neste sentido, Carlos Carvalhas sublinha que o projecto do PCP pretende reduzir os gastos dos utilizadores dos transportes públicos através do alargamento da zona abrangida pelo passe intermodal. "Ao aproximar as periferias do centro podemos contrariar os aumentos brutais dos custos dos passes, que ao longo dos anos têm vindo a verificar-se", sublinhou o secretário-geral, acusando ainda o Governo de financiar escandalosamente alguns operadores privados, através do passe social. "As empresas privadas somam umas largas centenas de contos por ano, porque as verbas dos passes que pertencem a empresas públicas como o Metro, a Carris e a Transtejo são indevidamente dadas aos operadores privados, como a Rodoviária de Lisboa e os Transportes Sul do Tejo".

Joaquim Matias reforçou esta ideia. "Existem 2 milhões de habitantes que vivem em aglomerados à volta da cidade que estão na mão dos privados", disse, acrescentando que, caso o projecto do PCP seja aceite, serão contratualizadas com as empresas indemnizações compensatórias pelo serviço social prestado, numa lógica de rede. "Tem que haver uma noção de rede de transportes", sublinhou Joaquim Matias. Gracinda Pereira

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