Atrasos nas obras provocam prejuízos
Comerciantes de Alcobaça Querem Inquérito ao Procom
Por AMADEU LEAL
Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2000
Os comerciantes de Alcobaça estão descontentes com o atraso nas obras do programa de apoio ao comércio urbano Procom, que decorrem na parte histórica da cidade. Em seu entender as demoras estão a prejudicá-los em milhares de contos. Por isso solicitaram ao presidente da câmara que tome a seu cargo a fiscalização dos trabalhos, para apurar responsabilidades.
A Associação Comercial, de Serviços e Industrial de Alcobaça (ACSIA) foi à última reunião da Assembleia Municipal fazer o ponto da situação. Segundo o presidente da ACSIA, Joaquim Matias, quando o Procom foi lançado, em 1996, o entusiasmo e as expectativas de todos os comerciantes não deixavam dúvidas sobre o seu êxito.
As obras iniciadas nos primeiros dias deste ano deveriam estar prontas no final de Outubro. Porém, observou Joaquim Matias, "não existe uma rua que se diga pronta, e da programação para a execução das obras acordada entre a autarquia, a ACSIA e o empreiteiro nada foi cumprido". Os comerciantes "desesperam".
E desfiou um rol situações concretas. O Verão foi passado no meio do pó e o Natal ainda encontrou as ruas em obras. Os cabos estão enrolados à espera de qualquer coisa e há calçadas que constantemente são levantadas; falta ligar alguns candeeiros de iluminação, enquanto outros foram desligados logo a seguir a terem sido ligados; o mobiliário urbano está colocado em sítios pouco apropriados; as calçadas estão feitas de qualquer maneira. E há obras paradas sem que ninguém saiba porquê, acrescentou o presidente da ACSIA.
Joaquim Matias lembrou ainda que alguns dos materiais escolhidos não foram os melhores. Ladrilhos colocados nas ruas partiram-se quando os carros começaram a passar, tendo de ser substituídos, e o mesmo aconteceu às grelhas de plástico para escoar a água. O trânsito e o estacionamento entraram na anarquia, referiu.
O representante dos comerciantes e industriais referiu os prejuízos financeiros que a situação provocou, entre os quais os trinta mil contos que a Câmara deixou de receber por as obras não estarem acabadas. O projecto de animação e divulgação que estava aprovado para Alcobaça, no valor de 50 mil contos, também não pode ser executado. A tudo isto juntam-se os milhares de contos de prejuízo que os comerciantes garantem estar a ter desde que as obras se iniciaram.
"Dizem-nos agora que apresentemos um novo projecto. Mas não sabemos se será aprovado", referiu. O também deputado municipal quais saber se a Câmara já mandara instaurar um inquérito para apuramento de responsabilidades. E solicitou ao presidente da autarquia que tome a seu cargo a fiscalização destas obras. Em resposta, o responsável máximo do município, Gonçalves Sapinho, reconheceu que houve alguns erros que irão ser corrigidos, como o das grelhas, e sustentou que não houve financiamentos perdidos por causa do atraso das obras.
Amadeu Leal
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Atrasos nas obras provocam prejuízos
Comerciantes de Alcobaça Querem Inquérito ao Procom
Por AMADEU LEAL
Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2000
Os comerciantes de Alcobaça estão descontentes com o atraso nas obras do programa de apoio ao comércio urbano Procom, que decorrem na parte histórica da cidade. Em seu entender as demoras estão a prejudicá-los em milhares de contos. Por isso solicitaram ao presidente da câmara que tome a seu cargo a fiscalização dos trabalhos, para apurar responsabilidades.
A Associação Comercial, de Serviços e Industrial de Alcobaça (ACSIA) foi à última reunião da Assembleia Municipal fazer o ponto da situação. Segundo o presidente da ACSIA, Joaquim Matias, quando o Procom foi lançado, em 1996, o entusiasmo e as expectativas de todos os comerciantes não deixavam dúvidas sobre o seu êxito.
As obras iniciadas nos primeiros dias deste ano deveriam estar prontas no final de Outubro. Porém, observou Joaquim Matias, "não existe uma rua que se diga pronta, e da programação para a execução das obras acordada entre a autarquia, a ACSIA e o empreiteiro nada foi cumprido". Os comerciantes "desesperam".
E desfiou um rol situações concretas. O Verão foi passado no meio do pó e o Natal ainda encontrou as ruas em obras. Os cabos estão enrolados à espera de qualquer coisa e há calçadas que constantemente são levantadas; falta ligar alguns candeeiros de iluminação, enquanto outros foram desligados logo a seguir a terem sido ligados; o mobiliário urbano está colocado em sítios pouco apropriados; as calçadas estão feitas de qualquer maneira. E há obras paradas sem que ninguém saiba porquê, acrescentou o presidente da ACSIA.
Joaquim Matias lembrou ainda que alguns dos materiais escolhidos não foram os melhores. Ladrilhos colocados nas ruas partiram-se quando os carros começaram a passar, tendo de ser substituídos, e o mesmo aconteceu às grelhas de plástico para escoar a água. O trânsito e o estacionamento entraram na anarquia, referiu.
O representante dos comerciantes e industriais referiu os prejuízos financeiros que a situação provocou, entre os quais os trinta mil contos que a Câmara deixou de receber por as obras não estarem acabadas. O projecto de animação e divulgação que estava aprovado para Alcobaça, no valor de 50 mil contos, também não pode ser executado. A tudo isto juntam-se os milhares de contos de prejuízo que os comerciantes garantem estar a ter desde que as obras se iniciaram.
"Dizem-nos agora que apresentemos um novo projecto. Mas não sabemos se será aprovado", referiu. O também deputado municipal quais saber se a Câmara já mandara instaurar um inquérito para apuramento de responsabilidades. E solicitou ao presidente da autarquia que tome a seu cargo a fiscalização destas obras. Em resposta, o responsável máximo do município, Gonçalves Sapinho, reconheceu que houve alguns erros que irão ser corrigidos, como o das grelhas, e sustentou que não houve financiamentos perdidos por causa do atraso das obras.
Amadeu Leal