Candidato do PSD à Trofa escolhido pela distrital do Porto

18-07-2001
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Candidato do PSD à Trofa Escolhido pela Distrital do Porto

Por EMÍLIA MONTEIRO

Domingo, 24 de Junho de 2001

Durão Barroso escreveu a Menezes a dar o poder da escolha às estruturas locais do partido

"Um amolecer de posições", é assim que João Sá, vogal da direcção nacional do PSD e possível candidato social-democrata à câmara da Trofa, classifica as noticias de que, afinal, será Bernardino Vasconcelos, líder da comissão instaladora do município trofense, o cabeça de lista nas próximas autárquicas. A disputa entre Sá e Vasconcelos é por demais conhecida e o facto de José Luís Arnaut, secretário-geral do PSD, ter ido à Trofa anunciar João Sá como candidato só ajudou a extremar posições. Numa "guerra" entre Durão Barroso (que preferia João Sá) e Luís Filipe Menezes ( que aposta na candidatura de Vasconcelos), o presidente do PSD tem já escrita uma carta para o líder da distrital do Porto onde afirma que o candidato social-democrata à autarquia trofense deverá ser escolhido pela distrital e pela concelhia. Um volte-face confirmado ao PÚBLICO por José Luís Arnaut que "confia" nas estruturas locais a solução para um problema que "pode passar pelo encontro de outras soluções alternativas".

A "aproximação" entre Durão Barroso e Menezes poderá ter como "preço" a escolha do candidato á autarquia trofense. Depois da comissão política nacional ter chamado a si a resolução do caso e do próprio líder do partido ter reunido individualmente tanto com João Sá como com Bernardino Vasconcelos para "esclarecer posições", o simples facto de remeter para a distrital do Porto e para a concelhia da Trofa a escolha do cabeça de lista autárquico, é significativo. Nos próximos dias, Menezes e João Sá deverão reunir-se. Só depois se saberá quem será, afinal, o candidato do PSD na Trofa. Mas uma coisa parece ser certa, independentemente do nome escolhido, o processo continuará a não ser pacífico.

Arquivado inquérito contra João Sá

A Procuradoria da República de Santo Tirso arquivou o inquérito em que João Moura de Sá, deputado e presidente da comissão política concelhia do PSD da Trofa era acusado, enquanto presidente da junta de S. Martinho do Bougado, de ter praticado factos susceptíveis de configurar o crime de peculato ou de peculato de uso. A denúncia, feita através de uma carta aberta publicado num jornal local, acusava João Sá de não usar da melhor forma os dinheiros da autarquia a que preside. Contudo, as investigações levadas a cabo pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto acabaram por encontrar "elementos que indiciem a prática de crime". Em vez disso, a PJ encontrou apenas "matéria indiciária susceptível de configurar irregularidades de índole fiscal e de gestão financeira e patrimonial das autarquias", dados comunicados pela Judiciária "a cada uma das entidades com competência para averiguação dessas possíveis irregularidades".

De resto, Jesuíno Queiroz Cruz, o autor da carta aberta e Joaquim Vilela de Araújo, director do jornal onde a missiva foi publicada vão agora responder a um processo de "difamação" movido pelo deputado social-democrata.

Candidato do PSD à Trofa Escolhido pela Distrital do Porto

Por EMÍLIA MONTEIRO

Domingo, 24 de Junho de 2001

Durão Barroso escreveu a Menezes a dar o poder da escolha às estruturas locais do partido

"Um amolecer de posições", é assim que João Sá, vogal da direcção nacional do PSD e possível candidato social-democrata à câmara da Trofa, classifica as noticias de que, afinal, será Bernardino Vasconcelos, líder da comissão instaladora do município trofense, o cabeça de lista nas próximas autárquicas. A disputa entre Sá e Vasconcelos é por demais conhecida e o facto de José Luís Arnaut, secretário-geral do PSD, ter ido à Trofa anunciar João Sá como candidato só ajudou a extremar posições. Numa "guerra" entre Durão Barroso (que preferia João Sá) e Luís Filipe Menezes ( que aposta na candidatura de Vasconcelos), o presidente do PSD tem já escrita uma carta para o líder da distrital do Porto onde afirma que o candidato social-democrata à autarquia trofense deverá ser escolhido pela distrital e pela concelhia. Um volte-face confirmado ao PÚBLICO por José Luís Arnaut que "confia" nas estruturas locais a solução para um problema que "pode passar pelo encontro de outras soluções alternativas".

A "aproximação" entre Durão Barroso e Menezes poderá ter como "preço" a escolha do candidato á autarquia trofense. Depois da comissão política nacional ter chamado a si a resolução do caso e do próprio líder do partido ter reunido individualmente tanto com João Sá como com Bernardino Vasconcelos para "esclarecer posições", o simples facto de remeter para a distrital do Porto e para a concelhia da Trofa a escolha do cabeça de lista autárquico, é significativo. Nos próximos dias, Menezes e João Sá deverão reunir-se. Só depois se saberá quem será, afinal, o candidato do PSD na Trofa. Mas uma coisa parece ser certa, independentemente do nome escolhido, o processo continuará a não ser pacífico.

Arquivado inquérito contra João Sá

A Procuradoria da República de Santo Tirso arquivou o inquérito em que João Moura de Sá, deputado e presidente da comissão política concelhia do PSD da Trofa era acusado, enquanto presidente da junta de S. Martinho do Bougado, de ter praticado factos susceptíveis de configurar o crime de peculato ou de peculato de uso. A denúncia, feita através de uma carta aberta publicado num jornal local, acusava João Sá de não usar da melhor forma os dinheiros da autarquia a que preside. Contudo, as investigações levadas a cabo pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto acabaram por encontrar "elementos que indiciem a prática de crime". Em vez disso, a PJ encontrou apenas "matéria indiciária susceptível de configurar irregularidades de índole fiscal e de gestão financeira e patrimonial das autarquias", dados comunicados pela Judiciária "a cada uma das entidades com competência para averiguação dessas possíveis irregularidades".

De resto, Jesuíno Queiroz Cruz, o autor da carta aberta e Joaquim Vilela de Araújo, director do jornal onde a missiva foi publicada vão agora responder a um processo de "difamação" movido pelo deputado social-democrata.

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