EXPRESSO: Cartaz

19-09-2001
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A primeira parte Jorge Leitão Ramos, enviado a Cannes

Moulin Rouge, o filme que Baz Luhrmann trouxe até Cannes, é uma evocação da boémia de Paris nos alvores do século XX e organiza-se como um «pot pourri» de estereótipos, impressionante cenografia, efeitos especiais, música e frieza de sentimentos. Isto apesar de se tratar, no fundo, de uma história de amor entre um jovem candidato a escritor e uma diva do Moulin Rouge, à beira de se tornar teatro onde viria a repousar grande parte da tradição musical parisiense. A abertura do festival foi, como de costume, centrada na ideia do cinema como grande espectáculo. Mas como também já é quase uma tradição nos filmes inaugurais, a essa ideia de grande espectáculo não correspondeu uma forte ideia de cinema.o filme que Baz Luhrmann trouxe até Cannes, é uma evocação da boémia de Paris nos alvores do século XX e organiza-se como um «pot pourri» de estereótipos, impressionante cenografia, efeitos especiais, música e frieza de sentimentos. Isto apesar de se tratar, no fundo, de uma história de amor entre um jovem candidato a escritor e uma diva doMoulin Rouge, à beira de se tornar teatro onde viria a repousar grande parte da tradição musical parisiense.

As máscaras da múmia Manuel Cintra Ferreira

O Regresso da Múmia traz o quarto monstro que os estúdios na Universal «embalsamaram» na década de 30, naquele que pode ser considerado o terceiro ciclo da aventura no cinema. A nova série devolve também à «criatura» o nome original de Imhotep, que andava perdido desde a personificação de Boris Karloff no filme de Karl Freund, The Mummy (1932). A palavra «múmia» desperta imediatamente memórias de aventuras em desertos, mistérios da egiptologia, etc. Curiosamente, o cinema deixou o assunto quase inteiramente em branco até àquela data. Apesar de já ter representação romanceada (Le Roman de la Momie, de Theophile Gauthier) e de ter sido descoberto o túmulo inviolado de Tutancamon no Vale dos Reis, em 1923, por Howard Carter, aquela personagem não despertara a atenção de Hollywood, salvo algumas «aparições» em filmes de aventuras ou comédias nos anos 10 e 20 (The Dust of Egypt (1915), His Majesty Bunker Bean (1918), e em 1918, na Alemanha, Os Olhos da Múmia, de Ernst Lubitsch). traz o quarto monstro que os estúdios na Universal «embalsamaram» na década de 30, naquele que pode ser considerado o terceiro ciclo da aventura no cinema. A nova série devolve também à «criatura» o nome original de Imhotep, que andava perdido desde a personificação de Boris Karloff no filme de Karl Freund,(1932). A palavra «múmia» desperta imediatamente memórias de aventuras em desertos, mistérios da egiptologia, etc. Curiosamente, o cinema deixou o assunto quase inteiramente em branco até àquela data. Apesar de já ter representação romanceada (, de Theophile Gauthier) e de ter sido descoberto o túmulo inviolado de Tutancamon no Vale dos Reis, em 1923, por Howard Carter, aquela personagem não despertara a atenção de Hollywood, salvo algumas «aparições» em filmes de aventuras ou comédias nos anos 10 e 20 ((1915),(1918), e em 1918, na Alemanha,, de Ernst Lubitsch).

Grande e pequeno João Carneiro

Um Sabor a Mel (João Lourenço encenou-a há alguns anos). Mas foi, principalmente, com Tchekov, Shakespeare e Pushkin que Nekrosius realizou os seus mais importantes trabalhos. Ivanov, Tio Vânia e Três Irmãs; Mozart e Salieri, D. João e A Peste, do segundo; Romeu e Julieta, Hamlet, Macbeth e Othello são algumas das peças sobre as quais este criador se tem debruçado. Graças ao Po.N.T.I., que em 2001 se estende por todo o ano, e não apenas pelo mês do Natal, como é costume, temos podido acompanhar, em Portugal, e mais precisamente no Porto, uma parte substancial da criação recente de Eimuntas Nekrosius. O realizador lituano começou por encenar uma peça de Shelag Delaney -(João Lourenço encenou-a há alguns anos). Mas foi, principalmente, com Tchekov, Shakespeare e Pushkin que Nekrosius realizou os seus mais importantes trabalhos., do segundo;são algumas das peças sobre as quais este criador se tem debruçado.

Não à chuva Cristina Peres

Eva, pela Companhia de Flamenco Eva la Yerbabuena, uma das muito conceituadas companhias de flamenco que nunca antes viera a Portugal. O Festival da Primavera, que o Teatro Viriato - Centro Regional das Artes do Espectáculo das Beiras organiza anualmente, tem este ano uma programação de inspiração latina distribuída pela multidisciplinaridade das propostas. Esta terceira edição conta ter como prato forte a estreia nacional de duas companhias de dança, a primeira das quais faz hoje (21h30) a sua última apresentação: trata-se do espectáculo, pela Companhia de Flamenco Eva la Yerbabuena, uma das muito conceituadas companhias de flamenco que nunca antes viera a Portugal.

Encontro dos marginais Luciana Leiderfarb

À luz da história, e do presente, são «rejeitados». Por quem? Pelo poder estabelecido, ou pelos pequenos mas pesados poderes que vão alastrando nas chamadas «capelinhas institucionais». Se alguém perguntar se se está a falar de política, a resposta é evidentemente positiva. Porque, ao contrário do que romanticamente se pensa, as artes encontram-se cheias de áridos combates pelo poder, pelo mandato, pelo bom sucesso das carreiras. E a gestão das opiniões e tendências determina o maior ou menor grau de reconhecimento público.

A aprendizagem de Harold Bloom Entrevista de Frank F. Sousa*

Harold Bloom vem a Portugal fazer uma conferência, receber o Doutoramento Honoris Causa na Universidade de Coimbra e lançar a tradução para português do seu livro How to Read And Why. Autor e crítico prolífero e polémico, defende inabalavelmente as posições que o tornaram tanto famoso quanto amado e odiado.

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A primeira parte Jorge Leitão Ramos, enviado a Cannes

Moulin Rouge, o filme que Baz Luhrmann trouxe até Cannes, é uma evocação da boémia de Paris nos alvores do século XX e organiza-se como um «pot pourri» de estereótipos, impressionante cenografia, efeitos especiais, música e frieza de sentimentos. Isto apesar de se tratar, no fundo, de uma história de amor entre um jovem candidato a escritor e uma diva do Moulin Rouge, à beira de se tornar teatro onde viria a repousar grande parte da tradição musical parisiense. A abertura do festival foi, como de costume, centrada na ideia do cinema como grande espectáculo. Mas como também já é quase uma tradição nos filmes inaugurais, a essa ideia de grande espectáculo não correspondeu uma forte ideia de cinema.o filme que Baz Luhrmann trouxe até Cannes, é uma evocação da boémia de Paris nos alvores do século XX e organiza-se como um «pot pourri» de estereótipos, impressionante cenografia, efeitos especiais, música e frieza de sentimentos. Isto apesar de se tratar, no fundo, de uma história de amor entre um jovem candidato a escritor e uma diva doMoulin Rouge, à beira de se tornar teatro onde viria a repousar grande parte da tradição musical parisiense.

As máscaras da múmia Manuel Cintra Ferreira

O Regresso da Múmia traz o quarto monstro que os estúdios na Universal «embalsamaram» na década de 30, naquele que pode ser considerado o terceiro ciclo da aventura no cinema. A nova série devolve também à «criatura» o nome original de Imhotep, que andava perdido desde a personificação de Boris Karloff no filme de Karl Freund, The Mummy (1932). A palavra «múmia» desperta imediatamente memórias de aventuras em desertos, mistérios da egiptologia, etc. Curiosamente, o cinema deixou o assunto quase inteiramente em branco até àquela data. Apesar de já ter representação romanceada (Le Roman de la Momie, de Theophile Gauthier) e de ter sido descoberto o túmulo inviolado de Tutancamon no Vale dos Reis, em 1923, por Howard Carter, aquela personagem não despertara a atenção de Hollywood, salvo algumas «aparições» em filmes de aventuras ou comédias nos anos 10 e 20 (The Dust of Egypt (1915), His Majesty Bunker Bean (1918), e em 1918, na Alemanha, Os Olhos da Múmia, de Ernst Lubitsch). traz o quarto monstro que os estúdios na Universal «embalsamaram» na década de 30, naquele que pode ser considerado o terceiro ciclo da aventura no cinema. A nova série devolve também à «criatura» o nome original de Imhotep, que andava perdido desde a personificação de Boris Karloff no filme de Karl Freund,(1932). A palavra «múmia» desperta imediatamente memórias de aventuras em desertos, mistérios da egiptologia, etc. Curiosamente, o cinema deixou o assunto quase inteiramente em branco até àquela data. Apesar de já ter representação romanceada (, de Theophile Gauthier) e de ter sido descoberto o túmulo inviolado de Tutancamon no Vale dos Reis, em 1923, por Howard Carter, aquela personagem não despertara a atenção de Hollywood, salvo algumas «aparições» em filmes de aventuras ou comédias nos anos 10 e 20 ((1915),(1918), e em 1918, na Alemanha,, de Ernst Lubitsch).

Grande e pequeno João Carneiro

Um Sabor a Mel (João Lourenço encenou-a há alguns anos). Mas foi, principalmente, com Tchekov, Shakespeare e Pushkin que Nekrosius realizou os seus mais importantes trabalhos. Ivanov, Tio Vânia e Três Irmãs; Mozart e Salieri, D. João e A Peste, do segundo; Romeu e Julieta, Hamlet, Macbeth e Othello são algumas das peças sobre as quais este criador se tem debruçado. Graças ao Po.N.T.I., que em 2001 se estende por todo o ano, e não apenas pelo mês do Natal, como é costume, temos podido acompanhar, em Portugal, e mais precisamente no Porto, uma parte substancial da criação recente de Eimuntas Nekrosius. O realizador lituano começou por encenar uma peça de Shelag Delaney -(João Lourenço encenou-a há alguns anos). Mas foi, principalmente, com Tchekov, Shakespeare e Pushkin que Nekrosius realizou os seus mais importantes trabalhos., do segundo;são algumas das peças sobre as quais este criador se tem debruçado.

Não à chuva Cristina Peres

Eva, pela Companhia de Flamenco Eva la Yerbabuena, uma das muito conceituadas companhias de flamenco que nunca antes viera a Portugal. O Festival da Primavera, que o Teatro Viriato - Centro Regional das Artes do Espectáculo das Beiras organiza anualmente, tem este ano uma programação de inspiração latina distribuída pela multidisciplinaridade das propostas. Esta terceira edição conta ter como prato forte a estreia nacional de duas companhias de dança, a primeira das quais faz hoje (21h30) a sua última apresentação: trata-se do espectáculo, pela Companhia de Flamenco Eva la Yerbabuena, uma das muito conceituadas companhias de flamenco que nunca antes viera a Portugal.

Encontro dos marginais Luciana Leiderfarb

À luz da história, e do presente, são «rejeitados». Por quem? Pelo poder estabelecido, ou pelos pequenos mas pesados poderes que vão alastrando nas chamadas «capelinhas institucionais». Se alguém perguntar se se está a falar de política, a resposta é evidentemente positiva. Porque, ao contrário do que romanticamente se pensa, as artes encontram-se cheias de áridos combates pelo poder, pelo mandato, pelo bom sucesso das carreiras. E a gestão das opiniões e tendências determina o maior ou menor grau de reconhecimento público.

A aprendizagem de Harold Bloom Entrevista de Frank F. Sousa*

Harold Bloom vem a Portugal fazer uma conferência, receber o Doutoramento Honoris Causa na Universidade de Coimbra e lançar a tradução para português do seu livro How to Read And Why. Autor e crítico prolífero e polémico, defende inabalavelmente as posições que o tornaram tanto famoso quanto amado e odiado.

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