EXPRESSO -

05-03-2000
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Outra vez as tarifas

ESTA SEMANA volto outra vez às tarifas da Portugal Telecom. A razão é simples. No «road show» promovido pelos responsáveis da empresa nos EUA, no âmbito da terceira fase da sua privatização, as únicas preocupações manifestadas pelos potenciais investidores norte-americanos diziam respeito às tarifas que a PT pretende praticar quando o mercado português estiver totalmente liberalizado, no ano 2000. E o presidente da companhia, Francisco Murteira Nabo, admitiu à TSF que, tecnicamente, a PT teria que aumentar em cerca de 40 por cento o preço das suas chamadas locais nos próximos três anos embora, em termos práticos, essa decisão tivesse que ser ponderada devido aos seus efeitos sociais. Murteira Nabo está perante um dilema: ou «engorda» a PT de modo a torná-la suficientemente atraente aos investidores estrangeiros e nacionais - especialmente numa perspectiva pós-liberalização - e sacrifica os interesses dos seus clientes, ou «emagrece» os lucros da empresa e satisfaz os consumidores. É claro que o presidente da PT dispõe de uma convenção tarifária assinada recentemente com o Instituto das Comunicações de Portugal (ICP) que lhe assegura um processo de rebalanceamento tarifário até ao ano 2000, aumentando o preço das chamadas locais e diminuindo o custo das internacionais. Mas a PT sempre afirmou que esse processo seria feito de uma forma faseada, e não aos saltos de 40 por cento em três anos. O rebalanceamento deita também por terra as vantagens do AcessNET, lançado com pompa e circunstância em Fevereiro pelo ministro do Equipamento, João Cravinho, numa conferência de imprensa cujo tema era «Internet uma rede para todos». O sistema permite que as chamadas telefónicas para os utilizadores da Net sejam taxadas com tarifa local. Se esta aumentar 40 por cento, lá se vai «um dos serviços de acesso à Internet mais baratos da Europa», como afirmava a Telepac...

Outra vez as tarifas

ESTA SEMANA volto outra vez às tarifas da Portugal Telecom. A razão é simples. No «road show» promovido pelos responsáveis da empresa nos EUA, no âmbito da terceira fase da sua privatização, as únicas preocupações manifestadas pelos potenciais investidores norte-americanos diziam respeito às tarifas que a PT pretende praticar quando o mercado português estiver totalmente liberalizado, no ano 2000. E o presidente da companhia, Francisco Murteira Nabo, admitiu à TSF que, tecnicamente, a PT teria que aumentar em cerca de 40 por cento o preço das suas chamadas locais nos próximos três anos embora, em termos práticos, essa decisão tivesse que ser ponderada devido aos seus efeitos sociais. Murteira Nabo está perante um dilema: ou «engorda» a PT de modo a torná-la suficientemente atraente aos investidores estrangeiros e nacionais - especialmente numa perspectiva pós-liberalização - e sacrifica os interesses dos seus clientes, ou «emagrece» os lucros da empresa e satisfaz os consumidores. É claro que o presidente da PT dispõe de uma convenção tarifária assinada recentemente com o Instituto das Comunicações de Portugal (ICP) que lhe assegura um processo de rebalanceamento tarifário até ao ano 2000, aumentando o preço das chamadas locais e diminuindo o custo das internacionais. Mas a PT sempre afirmou que esse processo seria feito de uma forma faseada, e não aos saltos de 40 por cento em três anos. O rebalanceamento deita também por terra as vantagens do AcessNET, lançado com pompa e circunstância em Fevereiro pelo ministro do Equipamento, João Cravinho, numa conferência de imprensa cujo tema era «Internet uma rede para todos». O sistema permite que as chamadas telefónicas para os utilizadores da Net sejam taxadas com tarifa local. Se esta aumentar 40 por cento, lá se vai «um dos serviços de acesso à Internet mais baratos da Europa», como afirmava a Telepac...

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