DN

17-02-2001
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Nem tudo correu bem a Cravinho, que se deixou arrastar para algumas polémicas no seio de um megaministério repleto de armadilhas. E, quando chegou a altura de formar o Governo resultante da vitória eleitoral de 1999, ficou a ideia de que António Guterres não fez tudo o que estava ao seu alcance para conservar João Cravinho no Executivo.

Cravinho saiu de cena e remeteu-se a um posicionamento discreto. Mas não esteve parado. Animou tertúlias informais de debate e continuou atento à vida política e à prática do seu partido no Governo. Percebeu-se, uma ou outra vez, que não estava propriamente exultante com o rumo que as coisas tomavam, mas teve sempre a prudência suficiente para guardar alguma distância relativamente a outros ex-ministros que assumiram aberta e publicamente as suas discordâncias face a Guterres.

Não surpreende, portanto, que o primeiro-ministro e secretário-geral do PS tenha procurado arregimentar o contributo de Cravinho para a sua moção de orientação política. E tudo indica que o terá conseguido.

Mas, se é provável que João Cravinho tenha gostado do que está escrito na moção de Guterres, a verdade é que terá achado necessário sinalizar ao primeiro-ministro a indispensabilidade de ir além das palavras e de dar uma outra substância estratégica à acção governativa. E daí as declarações de que o DN ontem se fez eco.

João Cravinho é uma das personalidades que melhor pensam a política em Portugal. Se o que se passou nos últimos dias significar o seu regresso ao activo, são, obviamente, boas notícias.

Nem tudo correu bem a Cravinho, que se deixou arrastar para algumas polémicas no seio de um megaministério repleto de armadilhas. E, quando chegou a altura de formar o Governo resultante da vitória eleitoral de 1999, ficou a ideia de que António Guterres não fez tudo o que estava ao seu alcance para conservar João Cravinho no Executivo.

Cravinho saiu de cena e remeteu-se a um posicionamento discreto. Mas não esteve parado. Animou tertúlias informais de debate e continuou atento à vida política e à prática do seu partido no Governo. Percebeu-se, uma ou outra vez, que não estava propriamente exultante com o rumo que as coisas tomavam, mas teve sempre a prudência suficiente para guardar alguma distância relativamente a outros ex-ministros que assumiram aberta e publicamente as suas discordâncias face a Guterres.

Não surpreende, portanto, que o primeiro-ministro e secretário-geral do PS tenha procurado arregimentar o contributo de Cravinho para a sua moção de orientação política. E tudo indica que o terá conseguido.

Mas, se é provável que João Cravinho tenha gostado do que está escrito na moção de Guterres, a verdade é que terá achado necessário sinalizar ao primeiro-ministro a indispensabilidade de ir além das palavras e de dar uma outra substância estratégica à acção governativa. E daí as declarações de que o DN ontem se fez eco.

João Cravinho é uma das personalidades que melhor pensam a política em Portugal. Se o que se passou nos últimos dias significar o seu regresso ao activo, são, obviamente, boas notícias.

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