Portugal Online!

17-04-2001
marcar artigo

Diário Económico >>

14 de Março

Obras públicas - Acidente do Douro: AECOPS responsabiliza Cravinho, Coelho e ICERR

A direcção da AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas acusa os antigos ministros João Cravinho e Jorge Coelho, assim como o ICERR - Instituto para a Conservação das Estradas nacionais - de serem os responsáveis pela tragédia ocorrida em Entre-os-Rios. por Nuno Miguel Silva No editorial publicado no último boletim oficial da AECOPS, a associação considera que «o que se passou com a ponte de Entre-os-Rios só é possível num cenário de falência de todo um modelo de gestão e conservação da rede viária» e lança fortes críticas aos responsáveis do instituto criado na sequência da extinção da JAE (Junta Autónoma de Estradas). A associação liderada por Nogueira Simões responsabiliza João Cravinho pelo sucedido, considerando «irresponsável» o desmembramento da JAE. «Há muitos meses que se conhecem as incapacidades e insuficiências dos três institutos rodoviários criados por João Cravinho para, alegadamente, ultrapassar os constrangimentos com que se debatia a extinta JAE. No fundo, estes três institutos são tão incapazes de desempenharem adequadamente as respectivas missões como os outros criados por João Cravinho: se o IMOPPI não consegue atribuir os alvarás com celeridade e critério (afinal, desenvolver uma mera actividade administrativa) como poderá esperar-se que o ICERR inspeccione e conserve com rigor as vias ao seu cuidado? Obviamente que não tem meios humanos nem organização para o fazer», defende a AECOPS. A AECOPS refere ainda outros visados. O ex-ministro Jorge Coelho também não escapa às críticas. Considerando a sua demissão «necessária», a associação de Nogueira Simões sublinha que, «se Cravinho foi o principal responsável pela situação criada no domínio da gestão rodoviária do Estado, Jorge Coelho não foi capaz de corrigir os erros manifestos do seu antecessor». «Que os três institutos rodoviários estavam num caos, já se sabia. Mas assim continuaram. Tal como o regime jurídico das empreitadas, cujos aspectos mais perversos nem agora foram corrigidos aquando da publicação dos cadernos de encargos tipo. Como o IMOPPI. Jorge Coelho sabia desses problemas. Não os corrigiu. Era politicamente responsável. Fez o que tinha a fazer», sublinha. A AECOPS dirige ainda as suas críticas para o instituto rodoviário responsável pela conservação das estradas, pontes e viadutos nacionais. A direcção presidida por Nogueira Simões é peremptória: «a procurar-se um responsável pela tragédia de Entre-os-Rios, as atenções devem virar-se, desde logo, para este Instituto que não conservou, não inspeccionou adequadamente e, ao contrário do que devia, continuou a explorar a ponte até ao momento da sua derrocada». nmsilva@economica.iol.pt

Diário Económico >>

14 de Março

Obras públicas - Acidente do Douro: AECOPS responsabiliza Cravinho, Coelho e ICERR

A direcção da AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas acusa os antigos ministros João Cravinho e Jorge Coelho, assim como o ICERR - Instituto para a Conservação das Estradas nacionais - de serem os responsáveis pela tragédia ocorrida em Entre-os-Rios. por Nuno Miguel Silva No editorial publicado no último boletim oficial da AECOPS, a associação considera que «o que se passou com a ponte de Entre-os-Rios só é possível num cenário de falência de todo um modelo de gestão e conservação da rede viária» e lança fortes críticas aos responsáveis do instituto criado na sequência da extinção da JAE (Junta Autónoma de Estradas). A associação liderada por Nogueira Simões responsabiliza João Cravinho pelo sucedido, considerando «irresponsável» o desmembramento da JAE. «Há muitos meses que se conhecem as incapacidades e insuficiências dos três institutos rodoviários criados por João Cravinho para, alegadamente, ultrapassar os constrangimentos com que se debatia a extinta JAE. No fundo, estes três institutos são tão incapazes de desempenharem adequadamente as respectivas missões como os outros criados por João Cravinho: se o IMOPPI não consegue atribuir os alvarás com celeridade e critério (afinal, desenvolver uma mera actividade administrativa) como poderá esperar-se que o ICERR inspeccione e conserve com rigor as vias ao seu cuidado? Obviamente que não tem meios humanos nem organização para o fazer», defende a AECOPS. A AECOPS refere ainda outros visados. O ex-ministro Jorge Coelho também não escapa às críticas. Considerando a sua demissão «necessária», a associação de Nogueira Simões sublinha que, «se Cravinho foi o principal responsável pela situação criada no domínio da gestão rodoviária do Estado, Jorge Coelho não foi capaz de corrigir os erros manifestos do seu antecessor». «Que os três institutos rodoviários estavam num caos, já se sabia. Mas assim continuaram. Tal como o regime jurídico das empreitadas, cujos aspectos mais perversos nem agora foram corrigidos aquando da publicação dos cadernos de encargos tipo. Como o IMOPPI. Jorge Coelho sabia desses problemas. Não os corrigiu. Era politicamente responsável. Fez o que tinha a fazer», sublinha. A AECOPS dirige ainda as suas críticas para o instituto rodoviário responsável pela conservação das estradas, pontes e viadutos nacionais. A direcção presidida por Nogueira Simões é peremptória: «a procurar-se um responsável pela tragédia de Entre-os-Rios, as atenções devem virar-se, desde logo, para este Instituto que não conservou, não inspeccionou adequadamente e, ao contrário do que devia, continuou a explorar a ponte até ao momento da sua derrocada». nmsilva@economica.iol.pt

marcar artigo