EXPRESSO: Revista

22-06-2001
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2001 Porto e Roterdão entram em cena Textos de Valdemar Cruz e Simon Kuin As portas da capital europeia da cultura abrem-se hoje, no Porto (que compartilha o título com Roterdão), numa cidade cujas ruas mais parecem o Líbano destruído dos anos 70. Os comerciantes manifestam-se, desesperados com a fuga de clientes da Baixa, e existe o sério risco de os portuenses guardarem o pesadelo das obras como principal memória da Capital da Cultura.

Textos de Valdemar Cruz e Simon Kuin Um rio, instalações portuárias, pontes emblemáticas, o título de Capital Europeia da Cultura - que mais podem ter em comum Roterdão e o Porto? Muito mais do que se pensa. Em Roterdão, a preparação do certame cultural de 2001 não correu sobre rodas, tal como no Porto: houve problemas no orçamento, um comissário que não funcionou como devia e o principal museu continua em obras.

Uma campanha triste Texto de Orlando Raimundo

Fotografias de Rui Ochôa, Luiz Carvalho, Rui Duarte Silva, Ana Baião e José Pedro Tomás A acreditar nas sondagens e nas previsões dos próprios candidatos, as eleições de amanhã serão as menos participadas de sempre, no regime democrático. É certo que o facto de se reconhecer um vencedor antecipado - o Presidente que se recandidata - constitui, por si só, um factor de desmobilização. Mas a forma desinteressante e sem chama como decorreu a campanha eleitoral poderá também contribuir para a indiferença do eleitorado. De qualquer maneira, cumpriu-se o calendário sob fortes tempestades, vento e muito frio

A grande tormenta Texto de Rui Araújo

Ilustrações de João Cristóvão Em pleno século XVII, ocorreu na costa francesa uma das maiores tragédias marítimas de que há memória. Uma esquadra portuguesa, que esperava as naus da carreira das índias, foi apanhada num temporal medonho e deu-se a tragédia. Morreram mais de dos mil marinheiros

Cinemas de outras eras Textos de Francisco Ferreira, Jorge Leitão Ramos e Manuel Cintra Ferreira Vai o tempo em que no eixo Saldanha-Restauradores passava meia Lisboa. Porque havia salas de cinema, de teatro, de ópera, espaços para circo e para boxe, cafés e restaurantes, casas de chá e de prostitutas. Mas já quase tudo se perdeu nestes tempos de mudança que têm vindo a descapitalizar o lado humano da cidade. Como no Porto, em menor escala, acontece. O fim do São Jorge, em Lisboa, e do Batalha, no Porto, resulta do novo ciclo da vida urbana nas grandes metrópoles

À prova de bala Texto de Brian Whitaker Na terça-feira, no 10º aniversário daquilo a que o Ocidente chamou Tempestade no Deserto e que o Iraque designa como A Mãe de Todas as Batalhas, Saddam Hussein terá visto passar à história quatro Presidentes americanos. O Ocidente gastou milhões de dólares para impor zonas de exclusão aérea, fiscalizar sanções e financiar grupos de oposição, mas Saddam continua no poder - e mais forte do que nunca. Como é que o consegue?

Advogados: os piores da família americana Texto de Tony Jenkins, enviado a Washington A advocacia é hoje uma das profissões menos prestigiadas nos Estados Unidos. Numa sondagem recente, conclui-se que pior do que essa forma de vida só mesmo a dos vendedores de automóveis. O ódio contra os advogados advém do facto de eles se constituírem num exército de pressão sobre a sociedade

2001 Porto e Roterdão entram em cena Textos de Valdemar Cruz e Simon Kuin As portas da capital europeia da cultura abrem-se hoje, no Porto (que compartilha o título com Roterdão), numa cidade cujas ruas mais parecem o Líbano destruído dos anos 70. Os comerciantes manifestam-se, desesperados com a fuga de clientes da Baixa, e existe o sério risco de os portuenses guardarem o pesadelo das obras como principal memória da Capital da Cultura.

Textos de Valdemar Cruz e Simon Kuin Um rio, instalações portuárias, pontes emblemáticas, o título de Capital Europeia da Cultura - que mais podem ter em comum Roterdão e o Porto? Muito mais do que se pensa. Em Roterdão, a preparação do certame cultural de 2001 não correu sobre rodas, tal como no Porto: houve problemas no orçamento, um comissário que não funcionou como devia e o principal museu continua em obras.

Uma campanha triste Texto de Orlando Raimundo

Fotografias de Rui Ochôa, Luiz Carvalho, Rui Duarte Silva, Ana Baião e José Pedro Tomás A acreditar nas sondagens e nas previsões dos próprios candidatos, as eleições de amanhã serão as menos participadas de sempre, no regime democrático. É certo que o facto de se reconhecer um vencedor antecipado - o Presidente que se recandidata - constitui, por si só, um factor de desmobilização. Mas a forma desinteressante e sem chama como decorreu a campanha eleitoral poderá também contribuir para a indiferença do eleitorado. De qualquer maneira, cumpriu-se o calendário sob fortes tempestades, vento e muito frio

A grande tormenta Texto de Rui Araújo

Ilustrações de João Cristóvão Em pleno século XVII, ocorreu na costa francesa uma das maiores tragédias marítimas de que há memória. Uma esquadra portuguesa, que esperava as naus da carreira das índias, foi apanhada num temporal medonho e deu-se a tragédia. Morreram mais de dos mil marinheiros

Cinemas de outras eras Textos de Francisco Ferreira, Jorge Leitão Ramos e Manuel Cintra Ferreira Vai o tempo em que no eixo Saldanha-Restauradores passava meia Lisboa. Porque havia salas de cinema, de teatro, de ópera, espaços para circo e para boxe, cafés e restaurantes, casas de chá e de prostitutas. Mas já quase tudo se perdeu nestes tempos de mudança que têm vindo a descapitalizar o lado humano da cidade. Como no Porto, em menor escala, acontece. O fim do São Jorge, em Lisboa, e do Batalha, no Porto, resulta do novo ciclo da vida urbana nas grandes metrópoles

À prova de bala Texto de Brian Whitaker Na terça-feira, no 10º aniversário daquilo a que o Ocidente chamou Tempestade no Deserto e que o Iraque designa como A Mãe de Todas as Batalhas, Saddam Hussein terá visto passar à história quatro Presidentes americanos. O Ocidente gastou milhões de dólares para impor zonas de exclusão aérea, fiscalizar sanções e financiar grupos de oposição, mas Saddam continua no poder - e mais forte do que nunca. Como é que o consegue?

Advogados: os piores da família americana Texto de Tony Jenkins, enviado a Washington A advocacia é hoje uma das profissões menos prestigiadas nos Estados Unidos. Numa sondagem recente, conclui-se que pior do que essa forma de vida só mesmo a dos vendedores de automóveis. O ódio contra os advogados advém do facto de eles se constituírem num exército de pressão sobre a sociedade

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