João Amaral insiste no congresso

17-01-2002
marcar artigo

João Amaral Insiste no Congresso

Terça-feira, 15 de Janeiro de 2002 João Amaral escreveu uma carta aberta ao Comité Central do Partido Comunista Português (PCP), ontem publicada como artigo de opinião no "Jornal de Notícias", em que apela ao debate e volta a falar na realização de um congresso extraordinário do partido. No texto, o deputado e vice-presidente da Assembleia da República apela ao debate, para que as questões que se colocam ao partido não sejam "eternamente adiadas". O também presidente da Assembleia Municipal da Câmara Municipal de Lisboa começa por dizer "o PCP é um partido demasiado importante e necessário aos trabalhadores e ao país" para que os comunistas possam "continuar a assistir ao seu lento definhamento, sem uma vigorosa e certeira reacção". "O que se passa no PCP diz respeito e é da responsabilidade de todo o partido. O dever de encontrar os caminhos para o fortalecimento do PCP cabe a todos", alerta. João Amaral considera ainda que "a análise dos resultados das eleições autárquicas não foi feita em todo o seu significado" e que o debate deve extravasar do comité central e realizar-se "sem a sombra recriminatória que vem toldando o ambiente e com a correcção de práticas persecutórias totalmente inaceitáveis". "A questão mais urgente é a de determinar as razões que levaram a que, num quadro político global em que o eleitorado puniu o PS, o PCP fosse precisamente perder para o PS presidências e votos", diz ainda a "carta aberta" de Amaral ao Comité Central do PCP. "A resposta a esta questão é essencial para definir uma estratégia adequada para as legislativas de 17 de Março", salienta. O debate, acrescenta, não deve terminar agora no comité central, já que isso seria "muito insuficiente", porque não permitiria "envolver e mobilizar todo o partido no processo de debate e, sublinho, no processo de decisão", nem permitiria o debate de "critérios quanto às listas e futuro grupo parlamentar". Na sua opinião, o PCP deve debater a sua estratégia para as eleições legislativas de Março próximo, considerando que, "como é evidente", o partido só por si não é alternativa, pelo que deve debater a sua participação numa "plataforma política" com outras forças de esquerda. Para João Amaral, o que é preciso é que "se tomem agora as decisões necessárias ao reforço da unidade e fortalecimento do PCP e se lhes dê execução em prazo breve". "Virá sempre a seguir um mês e meio de acção especificamente eleitoral, em que todos estaremos empenhados. Em que todos fazem falta", acrescenta. OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Governo não se empenhou nas autárquicas, acusa Ferro

PS-Braga não quer Alberto Martins

Mário Soares elogia

O primeiro cartaz

Durão com Aznar no Palácio da Moncloa

Candidaturas duplas garantem eleição de monteiristas

João Amaral insiste no congresso

OPINIÃO

Carta aberta ao Comité Central do Partido Comunista Português

João Amaral Insiste no Congresso

Terça-feira, 15 de Janeiro de 2002 João Amaral escreveu uma carta aberta ao Comité Central do Partido Comunista Português (PCP), ontem publicada como artigo de opinião no "Jornal de Notícias", em que apela ao debate e volta a falar na realização de um congresso extraordinário do partido. No texto, o deputado e vice-presidente da Assembleia da República apela ao debate, para que as questões que se colocam ao partido não sejam "eternamente adiadas". O também presidente da Assembleia Municipal da Câmara Municipal de Lisboa começa por dizer "o PCP é um partido demasiado importante e necessário aos trabalhadores e ao país" para que os comunistas possam "continuar a assistir ao seu lento definhamento, sem uma vigorosa e certeira reacção". "O que se passa no PCP diz respeito e é da responsabilidade de todo o partido. O dever de encontrar os caminhos para o fortalecimento do PCP cabe a todos", alerta. João Amaral considera ainda que "a análise dos resultados das eleições autárquicas não foi feita em todo o seu significado" e que o debate deve extravasar do comité central e realizar-se "sem a sombra recriminatória que vem toldando o ambiente e com a correcção de práticas persecutórias totalmente inaceitáveis". "A questão mais urgente é a de determinar as razões que levaram a que, num quadro político global em que o eleitorado puniu o PS, o PCP fosse precisamente perder para o PS presidências e votos", diz ainda a "carta aberta" de Amaral ao Comité Central do PCP. "A resposta a esta questão é essencial para definir uma estratégia adequada para as legislativas de 17 de Março", salienta. O debate, acrescenta, não deve terminar agora no comité central, já que isso seria "muito insuficiente", porque não permitiria "envolver e mobilizar todo o partido no processo de debate e, sublinho, no processo de decisão", nem permitiria o debate de "critérios quanto às listas e futuro grupo parlamentar". Na sua opinião, o PCP deve debater a sua estratégia para as eleições legislativas de Março próximo, considerando que, "como é evidente", o partido só por si não é alternativa, pelo que deve debater a sua participação numa "plataforma política" com outras forças de esquerda. Para João Amaral, o que é preciso é que "se tomem agora as decisões necessárias ao reforço da unidade e fortalecimento do PCP e se lhes dê execução em prazo breve". "Virá sempre a seguir um mês e meio de acção especificamente eleitoral, em que todos estaremos empenhados. Em que todos fazem falta", acrescenta. OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Governo não se empenhou nas autárquicas, acusa Ferro

PS-Braga não quer Alberto Martins

Mário Soares elogia

O primeiro cartaz

Durão com Aznar no Palácio da Moncloa

Candidaturas duplas garantem eleição de monteiristas

João Amaral insiste no congresso

OPINIÃO

Carta aberta ao Comité Central do Partido Comunista Português

marcar artigo