Reacções institucionais

13-02-2002
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Reacções Institucionais

Sábado, 19 de Janeiro de 2002 Durão afirma-se "pessoalmente dividido" O presidente do PSD, Durão Barroso, afirmou-se hoje "pessoalmente dividido" quanto à questão da interrupção voluntária da gravidez. "Mas considero-me incapaz de condenar uma mulher que opte por esse caminho", acrescentou. O líder do PSD disse que pessoalmente é contra a interrupção voluntária da gravidez, mas sublinhou ser-lhe "muito difícil criticar uma mulher que, sem dúvida, com grande sofrimento, opta por essa pretensa solução". No entanto, Durão Barroso escusou-se a esclarecer se é ou não favorável à lei sobre a despenalização do aborto, afirmando que "essa matéria foi submetida a referendo recentemente". PCP feliz com "desfecho judicial positivo" O PCP congratulou-se com a absolvição de 15 das 17 mulheres acusadas e prometeu abrir a discussão no Parlamento. Foi este o sentido do comunicado da comissão junto do comité central para os problemas e movimento das mulheres. Para este órgão, foi um "desfecho judicial positivo" o facto de a maioria das arguidas ter sido absolvida. O comunicado expressa ainda "profunda indignação" pela condenação de uma das mulheres. Para o PCP, o julgamento "reforça a exigência de que a Assembleia da República aprove na próxima legislatura uma lei de despenalização do aborto". Ainda de acordo com o comunicado, o PCP compromete-se a lutar por "um quadro legal mais moderno". JS volta a incluir aborto no programa legislativo Uma pretensão semelhante defendeu a Juventude Socialista, que prometeu relançar a questão do aborto na agenda nacional. "Queremos estar na linha da frente na defesa dos direitos das mulheres para que nunca mais situações como esta possam vir a ser julgadas", disse à Lusa a presidente da JS, Jamila Madeira. "Esta lei é uma lei injusta e socialmente desadequada", acusou a deputada. No concreto, a JS vai incluir a questão no seu programa legislativo, independentemente da representação parlamentar que a organização vier a ter. "É fundamental que haja uma maioria de esquerda para levar este barco a bom porto", acrescentou. CGTP diz que as mulheres são as "vítimas e não as culpadas" A CGTP-Intersindical Nacional atacou também a "gritante hipocrisia de quem diz opor-se à despenalização, mas convive sem sobressaltos com o drama do aborto clandestino". Depois de sublinhar que as mulheres julgadas tinham de ser "vistas como vítimas e não como culpadas das circunstâncias e condições que as obrigaram àquele recurso", o sindicato aproveitou para "denunciar a responsabilidade pela injustiça cometida contra estas mulheres de todos quantos deliberadamente manipularam o referendo realizado". OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Forte polémica e uma condenação

"Não posso fugir à lei", disse a única mulher condenada na Maia

EDITORIAL Passos que podem ser dados

"Onde estão os homens que engravidaram estas mulheres?"

"Lei: alteração! Julgamento: humilhação!"

Inquérito

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Sábado, 19 de Janeiro de 2002 Durão afirma-se "pessoalmente dividido" O presidente do PSD, Durão Barroso, afirmou-se hoje "pessoalmente dividido" quanto à questão da interrupção voluntária da gravidez. "Mas considero-me incapaz de condenar uma mulher que opte por esse caminho", acrescentou. O líder do PSD disse que pessoalmente é contra a interrupção voluntária da gravidez, mas sublinhou ser-lhe "muito difícil criticar uma mulher que, sem dúvida, com grande sofrimento, opta por essa pretensa solução". No entanto, Durão Barroso escusou-se a esclarecer se é ou não favorável à lei sobre a despenalização do aborto, afirmando que "essa matéria foi submetida a referendo recentemente". PCP feliz com "desfecho judicial positivo" O PCP congratulou-se com a absolvição de 15 das 17 mulheres acusadas e prometeu abrir a discussão no Parlamento. Foi este o sentido do comunicado da comissão junto do comité central para os problemas e movimento das mulheres. Para este órgão, foi um "desfecho judicial positivo" o facto de a maioria das arguidas ter sido absolvida. O comunicado expressa ainda "profunda indignação" pela condenação de uma das mulheres. Para o PCP, o julgamento "reforça a exigência de que a Assembleia da República aprove na próxima legislatura uma lei de despenalização do aborto". Ainda de acordo com o comunicado, o PCP compromete-se a lutar por "um quadro legal mais moderno". JS volta a incluir aborto no programa legislativo Uma pretensão semelhante defendeu a Juventude Socialista, que prometeu relançar a questão do aborto na agenda nacional. "Queremos estar na linha da frente na defesa dos direitos das mulheres para que nunca mais situações como esta possam vir a ser julgadas", disse à Lusa a presidente da JS, Jamila Madeira. "Esta lei é uma lei injusta e socialmente desadequada", acusou a deputada. No concreto, a JS vai incluir a questão no seu programa legislativo, independentemente da representação parlamentar que a organização vier a ter. "É fundamental que haja uma maioria de esquerda para levar este barco a bom porto", acrescentou. CGTP diz que as mulheres são as "vítimas e não as culpadas" A CGTP-Intersindical Nacional atacou também a "gritante hipocrisia de quem diz opor-se à despenalização, mas convive sem sobressaltos com o drama do aborto clandestino". Depois de sublinhar que as mulheres julgadas tinham de ser "vistas como vítimas e não como culpadas das circunstâncias e condições que as obrigaram àquele recurso", o sindicato aproveitou para "denunciar a responsabilidade pela injustiça cometida contra estas mulheres de todos quantos deliberadamente manipularam o referendo realizado". OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Forte polémica e uma condenação

"Não posso fugir à lei", disse a única mulher condenada na Maia

EDITORIAL Passos que podem ser dados

"Onde estão os homens que engravidaram estas mulheres?"

"Lei: alteração! Julgamento: humilhação!"

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