Suplemento Y

06-07-2001
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Sexta-feira, 22 de Junho de 2001

MERLIM OU A TERRA DESERTA

de Tankred Dorst e Ursula Ehler

Pela Companhia de Teatro O Bando

Encenação e dramaturgia de João Brites; coreografia de Olga Roriz; cenografia de Rui Francisco e João Brites. Com Adelaide João, Ana Brandão, Andreia Pinheiro, Antónia Terrinha, Bibi Gomes, Bruno Bravo, Carlos Coias, Dolores Matos, Fátima Santos, Gonçalo Amorim, Horácio Manuel, João Ricardo, Miguel Moreira, Paula Só, Romeu Costa e Victor Santos.

VILA NOVA DE GAIA, Armazéns da Real Companhia Velha. Estreia a 28, às 20h30. De 3ª a dom., até 8 de Julho.

A lenda do Rei Artur vista à luz pouco convencional da Companhia de Teatro O Bando - assim se pode descrever "Merlim ou a Terra Deserta", uma das propostas que o PoNTI 2001 reservou para este ultraconcentrado Junho. O espectáculo, que estreou em Palmela há pouco mais de um ano, ganha agora novas roupagens ao abrigo de uma coprodução com o Teatro Nacional S. João. E um novo cenário, uma vez mais pouco comum: os Armazéns da Real Companhia Velha, ou o que resta deles. Para um espectáculo reinventado no ar húmido que anuncia a noite.

COMPACT DISCONCERT

de Nuno Rebelo.

Direcção cénica de José Wallenstein e Paulo Ribeiro; vídeo de Edgar Pêra. Com os músicos Marco Franco, Paulo Curado, Gregg Moore, Johannes Kriegger, Ulrich Mitzlaff, Francisco Rebelo, Nuno Rebelo, Pedro Leal e Filipe Valentim; o cantor convidado Américo Rodrigues; e os bailarinos Marta Silva, Suzana Queiroz, Romulus Neagu e Gabriel Castillo.

PORTO, Teatro Nacional S. João. Última apresentação, às 21h30.

Primeiro capítulo de um díptico dedicado à música de cena, "Compact Disconcert" é uma retrospectiva do trabalho desenvolvido por Nuno Rebelo para teatro e dança, com a cumplicidade assumida de colaboradores habituais. José Wallenstein e Paulo Ribeiro assinam o espaço cénico, desta vez partilhado a sério pelos músicos, que asseguram a condução do som e ajudam a preencher o palco. Surpreendentemente, ou talvez não, o resultado é uma viagem muito pop que recupera escalas essenciais do trabalho do ex-líder dos Mler If Dada.

LUTO

de Jorge de Sena

Pelo Ensemble Sociedade de Actores

Encenação de João Grosso. Com Emília Silvestre, Jorge Pinto e Paula Seabra.

PORTO, Museu Romântico. Marcações pelo telefone 96 5730585. Até 8 de Julho, pelas 22h.

Não é para rir à javardo, porque o humor de Jorge de Sena é elegante. A tragédia que vira comédia "Luto" está em cena na sala de baile do Museu Romântico, no Porto, numa encenação de João Grosso para a companhia portuense Ensemble-Sociedade de Actores. O espectáculo, antecedido de uma visita ao pequeno museu, retrata, de forma irónica e até satírica, a hipocrisia da sociedade.

CINEMASCOPE

Pelo Teatro Plástico

Colagem de textos, dramaturgia e encenação a cargo do Teatro Plástico; cenografia e figurinos de Francisco Alves; música original e sonoplastia de Ricardo Serrano; projecto de artes plásticas de Mark T. Miller. Com Ada Pereira da Silva, Alexandra Ferreira, Catarina Portugal, Maria João Miguel, Marlene Azevedo, Nuno Cardoso e Pedro Lacerda. Participação especial dos transformistas Roberta Kinsky e Thula Tharp.

PORTO, Antigo Palácio da Baronesa de Seixo (Rua de Cedofeita, nº 433). De 2ª a sáb., às 21h45, até 30 de Junho.

A estreia foi atribulada, mas a rotina fez "Cinemascope", espectáculo que se assume quase como um multiplex do teatro, entrar nos eixos. O projecto, que o Teatro Plástico vem alimentando há dois anos, recupera a memória do cinema e parte de cenas-chave da Sétima Arte para construir uma mão-cheia de espectáculos avulsos com um ponto em comum: metamorfose. Não espere assistir ao vivo aos beijos-paradigma de "Até à Eternidade" ou passear por momentos na Bodega Bay em estado de sítio de "Os Pássaros", porque nada é fiel aos fotogramas de origem. Mesmo assim, é um espectáculo singular que vale bem mais do que muitas idas a cinemas pipoqueiros e que assume o mérito de devolver à cidade o fabuloso espaço da Rua de Cedofeita.

A GAIVOTA

de Anton Tchekov

Encenação de Rui Madeira. Com Carlos Feio, Elisabete Piecho, Fabiana Lopes, Fernando Candeias, Jaime Monsanto e Jaime Soares.

LISBOA, Teatro da Trindade, Largo da Trindade 7-A. Tel: 213423200. Dias 26 e 27 às 21h30.

A MOEDA FALSA

de Máximo Gorky

Encenação de Rui Madeira. Com Carlos Feio, Elisabete Piecho, Fabiana Lopes, Fernando Candeias, Jaime Monsanto e Jaime Soares.

LISBOA, Teatro da Trindade, Largo da Trindade 7-A. Tel: 213423200. Dias 29 e 30 às 21h30.

São dois os autores de referência, contemporâneos de nacionalidade russa, que a já bem conhecida Companhia de Teatro de Braga traz até Lisboa numa minidigressão estival: Thekov e Gorky, através de "A Gaivota" e "A Moeda Falsa".

DOM JOÃO E FAUSTO

de Christian Dietrich Grabbe

Pela Cornucópia

Encenação de Christine Laurent; tradução de João Barrento; cenários e figurinos de Cristina Reis; luz de Daniel Worm D'Assumpção; som de Vasco Pimentel. Com António Pedro Cerdeira, Cândido Ferreira, Diogo Dória, José Airosa, Luís Gaspar, Luís Lima Barreto, Luís Miguel Cintra, Ricado Aibéo, Rita Loureiro, Sofia Marques e Tónan Quito.

LISBOA, Teatro do Bairro Alto, R. Tenente Raul Cascais, 1-A. Tel: 213961515. De 3ª a sáb. às 21h30 e dom. às 16h. Até Dom., 24 de Junho.

Christine Laurent é colaboradora habitual da Cornucópia. Conhece os actores que trabalham na companhia - tal como deverá conhecer as suas fragilidades e potencialidades. Por isso, não é de surpreender a perspicácia do "cast" com que escolheu trabalhar em "Dom João e Fausto", a peça que, depois de "A Morte de Empédocles", dá continuidade ao ciclo que em 2001 a Cornucópia dedica a textos do romantismo alemão: como surpreendentes Leporello e diabo, Luís Miguel Cintra e Diogo Dória criam uma espécie de rede de segurança aos mais jovens (e por vezes em perda) Ricardo Aibéo e José Airosa. Rita Loureiro, numa fascinante Dona Ana, é a âncora perfeita para um espectáculo bipolar, entre a luz e a sombra, o riso e a inquietação.

QUERIDA MAMÃE

de Maria Adelaide Amaral

Encenação de Cristina Pereira; cenários e figurinos de Ronald Teixeira; sonoplastia de Margarida Lisboa; desenho de luz de António Plácido. Com Elisa Lisboa e Maria José Pascoal.

AMADORA, Teatro Malaposta - Centro Cultural Malaposta, Rua Angola, Olival Basto. Tel: 219388407. Até 29 de Julho, às 22h.

A passagem por palcos portugueses de caras e nomes da televisão brasileira tem vindo a ser bastante assídua. "Querida Mamãe" tem como encenadora uma actriz que o público conhecerá da hilariante telenovela "Sassaricando".

TAKING SIDES

de Ronald Harwood

Pelo Teatro Experimental de Cascais

Encenação de Carlos Avilez

Tradução de Maria João da Rocha Afonso; cenografia de Fernando Alvarez. Interpretação de Fernando Luís, João Vasco, Santos Manuel, Teresa Côrte-Real, Flávia Gusmão e Sérgio Silva.

MONTE-ESTORIL (Cruzeiro), Teatro Mirita Casimiro. Tel. 214670320. De 4ª a sáb. às 21h30, dom. às 17h. Até dia 1 de Julho.

O maestro Wilhelm Furtwängler foi um colaboracionista nazi, "amigo" de Hitler, mas também um chefe de orquestra de renome, um dos maiores da sua geração, ao lado de Arturo Toscanini. Após a queda de Hitler, foi interrogado em Berlim por oficiais norte-americanos. É este processo de interrogatório impiedoso a um "nojento" nazi, nas palavras do oficial, bem como a queda de alguns mitos, como Von Karajan, que Harwood trata na sua peça. Quem colaborou e como? O que é a arte nazi? Será justo ou não condenar um artista que permaneceu na Alemanha de Hitler em nome da "sua arte"? O espectador pode chegar meia hora antes do início espectáculo para assistir à gravação da 5ª Sinfonia de Beethoven, executada pela Orquestra Filarmónica de Berlim e pelo próprio Furtwängler.

A VISITA

de Eric-Emmanuel Schmitt

Cenário e encenação de João Lourenço; dramaturgia de Vera San Payo de Lemos; figurinos de Maria Gonzaga. Interpretação de António Cordeiro, Carlos Pisco, João Perry, João Reis e Sofia de Portugal.

LISBOA, Novo Grupo-Teatro Aberto, Praça de Espanha. Tel. 21 7970969. De 4ª a sáb. às 21h30 e dom. às 16h. Até ao final do mês.

A peça passa-se em 1938, numa Áustria ocupada pelos nazis, na noite em que a Gestapo prende Anna, a filha de Freud. É nessa noite que Freud recebe uma visita misteriosa. Será um louco? Um actor? Ou será um sonho de Freud, uma projecção do seu inconsciente?

Sexta-feira, 22 de Junho de 2001

MERLIM OU A TERRA DESERTA

de Tankred Dorst e Ursula Ehler

Pela Companhia de Teatro O Bando

Encenação e dramaturgia de João Brites; coreografia de Olga Roriz; cenografia de Rui Francisco e João Brites. Com Adelaide João, Ana Brandão, Andreia Pinheiro, Antónia Terrinha, Bibi Gomes, Bruno Bravo, Carlos Coias, Dolores Matos, Fátima Santos, Gonçalo Amorim, Horácio Manuel, João Ricardo, Miguel Moreira, Paula Só, Romeu Costa e Victor Santos.

VILA NOVA DE GAIA, Armazéns da Real Companhia Velha. Estreia a 28, às 20h30. De 3ª a dom., até 8 de Julho.

A lenda do Rei Artur vista à luz pouco convencional da Companhia de Teatro O Bando - assim se pode descrever "Merlim ou a Terra Deserta", uma das propostas que o PoNTI 2001 reservou para este ultraconcentrado Junho. O espectáculo, que estreou em Palmela há pouco mais de um ano, ganha agora novas roupagens ao abrigo de uma coprodução com o Teatro Nacional S. João. E um novo cenário, uma vez mais pouco comum: os Armazéns da Real Companhia Velha, ou o que resta deles. Para um espectáculo reinventado no ar húmido que anuncia a noite.

COMPACT DISCONCERT

de Nuno Rebelo.

Direcção cénica de José Wallenstein e Paulo Ribeiro; vídeo de Edgar Pêra. Com os músicos Marco Franco, Paulo Curado, Gregg Moore, Johannes Kriegger, Ulrich Mitzlaff, Francisco Rebelo, Nuno Rebelo, Pedro Leal e Filipe Valentim; o cantor convidado Américo Rodrigues; e os bailarinos Marta Silva, Suzana Queiroz, Romulus Neagu e Gabriel Castillo.

PORTO, Teatro Nacional S. João. Última apresentação, às 21h30.

Primeiro capítulo de um díptico dedicado à música de cena, "Compact Disconcert" é uma retrospectiva do trabalho desenvolvido por Nuno Rebelo para teatro e dança, com a cumplicidade assumida de colaboradores habituais. José Wallenstein e Paulo Ribeiro assinam o espaço cénico, desta vez partilhado a sério pelos músicos, que asseguram a condução do som e ajudam a preencher o palco. Surpreendentemente, ou talvez não, o resultado é uma viagem muito pop que recupera escalas essenciais do trabalho do ex-líder dos Mler If Dada.

LUTO

de Jorge de Sena

Pelo Ensemble Sociedade de Actores

Encenação de João Grosso. Com Emília Silvestre, Jorge Pinto e Paula Seabra.

PORTO, Museu Romântico. Marcações pelo telefone 96 5730585. Até 8 de Julho, pelas 22h.

Não é para rir à javardo, porque o humor de Jorge de Sena é elegante. A tragédia que vira comédia "Luto" está em cena na sala de baile do Museu Romântico, no Porto, numa encenação de João Grosso para a companhia portuense Ensemble-Sociedade de Actores. O espectáculo, antecedido de uma visita ao pequeno museu, retrata, de forma irónica e até satírica, a hipocrisia da sociedade.

CINEMASCOPE

Pelo Teatro Plástico

Colagem de textos, dramaturgia e encenação a cargo do Teatro Plástico; cenografia e figurinos de Francisco Alves; música original e sonoplastia de Ricardo Serrano; projecto de artes plásticas de Mark T. Miller. Com Ada Pereira da Silva, Alexandra Ferreira, Catarina Portugal, Maria João Miguel, Marlene Azevedo, Nuno Cardoso e Pedro Lacerda. Participação especial dos transformistas Roberta Kinsky e Thula Tharp.

PORTO, Antigo Palácio da Baronesa de Seixo (Rua de Cedofeita, nº 433). De 2ª a sáb., às 21h45, até 30 de Junho.

A estreia foi atribulada, mas a rotina fez "Cinemascope", espectáculo que se assume quase como um multiplex do teatro, entrar nos eixos. O projecto, que o Teatro Plástico vem alimentando há dois anos, recupera a memória do cinema e parte de cenas-chave da Sétima Arte para construir uma mão-cheia de espectáculos avulsos com um ponto em comum: metamorfose. Não espere assistir ao vivo aos beijos-paradigma de "Até à Eternidade" ou passear por momentos na Bodega Bay em estado de sítio de "Os Pássaros", porque nada é fiel aos fotogramas de origem. Mesmo assim, é um espectáculo singular que vale bem mais do que muitas idas a cinemas pipoqueiros e que assume o mérito de devolver à cidade o fabuloso espaço da Rua de Cedofeita.

A GAIVOTA

de Anton Tchekov

Encenação de Rui Madeira. Com Carlos Feio, Elisabete Piecho, Fabiana Lopes, Fernando Candeias, Jaime Monsanto e Jaime Soares.

LISBOA, Teatro da Trindade, Largo da Trindade 7-A. Tel: 213423200. Dias 26 e 27 às 21h30.

A MOEDA FALSA

de Máximo Gorky

Encenação de Rui Madeira. Com Carlos Feio, Elisabete Piecho, Fabiana Lopes, Fernando Candeias, Jaime Monsanto e Jaime Soares.

LISBOA, Teatro da Trindade, Largo da Trindade 7-A. Tel: 213423200. Dias 29 e 30 às 21h30.

São dois os autores de referência, contemporâneos de nacionalidade russa, que a já bem conhecida Companhia de Teatro de Braga traz até Lisboa numa minidigressão estival: Thekov e Gorky, através de "A Gaivota" e "A Moeda Falsa".

DOM JOÃO E FAUSTO

de Christian Dietrich Grabbe

Pela Cornucópia

Encenação de Christine Laurent; tradução de João Barrento; cenários e figurinos de Cristina Reis; luz de Daniel Worm D'Assumpção; som de Vasco Pimentel. Com António Pedro Cerdeira, Cândido Ferreira, Diogo Dória, José Airosa, Luís Gaspar, Luís Lima Barreto, Luís Miguel Cintra, Ricado Aibéo, Rita Loureiro, Sofia Marques e Tónan Quito.

LISBOA, Teatro do Bairro Alto, R. Tenente Raul Cascais, 1-A. Tel: 213961515. De 3ª a sáb. às 21h30 e dom. às 16h. Até Dom., 24 de Junho.

Christine Laurent é colaboradora habitual da Cornucópia. Conhece os actores que trabalham na companhia - tal como deverá conhecer as suas fragilidades e potencialidades. Por isso, não é de surpreender a perspicácia do "cast" com que escolheu trabalhar em "Dom João e Fausto", a peça que, depois de "A Morte de Empédocles", dá continuidade ao ciclo que em 2001 a Cornucópia dedica a textos do romantismo alemão: como surpreendentes Leporello e diabo, Luís Miguel Cintra e Diogo Dória criam uma espécie de rede de segurança aos mais jovens (e por vezes em perda) Ricardo Aibéo e José Airosa. Rita Loureiro, numa fascinante Dona Ana, é a âncora perfeita para um espectáculo bipolar, entre a luz e a sombra, o riso e a inquietação.

QUERIDA MAMÃE

de Maria Adelaide Amaral

Encenação de Cristina Pereira; cenários e figurinos de Ronald Teixeira; sonoplastia de Margarida Lisboa; desenho de luz de António Plácido. Com Elisa Lisboa e Maria José Pascoal.

AMADORA, Teatro Malaposta - Centro Cultural Malaposta, Rua Angola, Olival Basto. Tel: 219388407. Até 29 de Julho, às 22h.

A passagem por palcos portugueses de caras e nomes da televisão brasileira tem vindo a ser bastante assídua. "Querida Mamãe" tem como encenadora uma actriz que o público conhecerá da hilariante telenovela "Sassaricando".

TAKING SIDES

de Ronald Harwood

Pelo Teatro Experimental de Cascais

Encenação de Carlos Avilez

Tradução de Maria João da Rocha Afonso; cenografia de Fernando Alvarez. Interpretação de Fernando Luís, João Vasco, Santos Manuel, Teresa Côrte-Real, Flávia Gusmão e Sérgio Silva.

MONTE-ESTORIL (Cruzeiro), Teatro Mirita Casimiro. Tel. 214670320. De 4ª a sáb. às 21h30, dom. às 17h. Até dia 1 de Julho.

O maestro Wilhelm Furtwängler foi um colaboracionista nazi, "amigo" de Hitler, mas também um chefe de orquestra de renome, um dos maiores da sua geração, ao lado de Arturo Toscanini. Após a queda de Hitler, foi interrogado em Berlim por oficiais norte-americanos. É este processo de interrogatório impiedoso a um "nojento" nazi, nas palavras do oficial, bem como a queda de alguns mitos, como Von Karajan, que Harwood trata na sua peça. Quem colaborou e como? O que é a arte nazi? Será justo ou não condenar um artista que permaneceu na Alemanha de Hitler em nome da "sua arte"? O espectador pode chegar meia hora antes do início espectáculo para assistir à gravação da 5ª Sinfonia de Beethoven, executada pela Orquestra Filarmónica de Berlim e pelo próprio Furtwängler.

A VISITA

de Eric-Emmanuel Schmitt

Cenário e encenação de João Lourenço; dramaturgia de Vera San Payo de Lemos; figurinos de Maria Gonzaga. Interpretação de António Cordeiro, Carlos Pisco, João Perry, João Reis e Sofia de Portugal.

LISBOA, Novo Grupo-Teatro Aberto, Praça de Espanha. Tel. 21 7970969. De 4ª a sáb. às 21h30 e dom. às 16h. Até ao final do mês.

A peça passa-se em 1938, numa Áustria ocupada pelos nazis, na noite em que a Gestapo prende Anna, a filha de Freud. É nessa noite que Freud recebe uma visita misteriosa. Será um louco? Um actor? Ou será um sonho de Freud, uma projecção do seu inconsciente?

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