Cartas Bar TV

16-06-2001
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Cartas Bar TV

Quinta-feira, 17 de Maio de 2001

MISERÁVEL

É escusado falar do desnorte da SIC na busca da liderança perdida. Já todos conhecem o percurso decrescente da estação de Carnaxide que culminou com o reconhecimento, por parte da administração, que há necessidade de cortar nas despesas e a saída de cerca de 80 pessoas não está colocada de parte.

O que me parece miserável são as soluções encontradas para fazer face à crise e o exemplo disso é, sem dúvida, o Bar da TV, a versão mais rasca do Big Brother que, num país onde a taxa de alcoolémia é aquela que sabemos, incentiva à exaltação de sentimentos através do álcool ingerido, recruta concorrentes com perfis susceptíveis de provocar "notícia" - recorde-se que os psicólogos estão lá para isso, para escolher os candidatos a seu bel-prazer, coisa que não é visível no Big Brother - e incendiar a audiência. O auge aconteceu, coincidência ou não, numa terça-feira onde a produção obriga dois pais a esperarem meio dia para falarem com a filha-concorrente devido ao directo, num programa onde nem sequer é proibido o contacto com os concorrentes.

Não é por acaso que na própria SIC as vozes vão-se levantando contra o estado das coisas, em programas da própria SIC as críticas são pesadíssimas e nem sobre a concorrência se ouviu tantos argumentos contra e de uma forma tão incisiva.

As estações são livres de fazer as suas escolhas. Pessoalmente nunca fui contra o Big Brother, o Big Show ou seja o que for mas para mim o limite está ali, nas Docas, naquele Bar e a SIC que se cuide pois há um sentimento generalizado e crescente de asco ao programa - sobretudo na internet - onde a defesa do tradicional e já "soft" Big Brother está a ganhar terreno. Uma coisa do género, sou fiel ao BB e anti BarTV, uma imitação e uma criação fruto da inveja e do desespero. Se a moda pega e já outras pegaram - a do Zé Maria, por exemplo - vai ser moda não ver aquela porcaria e ver o Big Brother e, mais uma vez, o feitiço virar-se-á contra o feiticeiro.

Miguel Ribeiro, Ermesinde

FALTA DE ESCRÚPULOS

Aquilo que está a ser transmitido neste momento na SIC no programa O Bar da TV é de certeza a mais reles, degradante e nojenta transmissão televisiva alguma vez feita em Portugal. A falta de escrúpulos, de ética, de civismo e de gosto atingiu o auge quando não se hesitou em mostrar para quem quisesse ver uma conversa particular grave entre uma filha (parva, é certo) e os pais (ingénuos). É politicamente correcto tolerar todas as imbecilidades desde que sejam sinónimo de liberdade e modernidade, e nada melhor para as audiências do que mostrar os parolos de Borba que estão chocados e não têm cara para andar na rua a ouvir os comentários sobre a filha. Basta de porcaria! Que haja um mínimo de respeito pelas pessoas e que se respeite também a diferença e os valores de quem não é "livre" e "moderno" ("cambada de atrasados mentais" como foram definidos pela intelligentsia da casa do bar). Para mim a televisão acabou hoje.

Ana Palma, S. Marcos da Ataboeira

CONTRA O TELELIXO

Como cidadão deste país, ontem, dia 15, pude assistir ao mais grave atentado à privacidade de outra(s) pessoa(s) feito em directo no programa O Bar da TV. Nunca se foi tão baixo nunca se fez tão mal a ninguém na tv, a humilhação pública de uma família (por muito disparatado que fosse o assunto) passou em prime time com honras de entretenimento, isto graças ao desespero do sr. Emídio Rangel que deve estar a sentir o chão a fugir-lhe, e graças à habilidade asquerosa do qualquer-coisa-menos-senhor Ediberto Lima.

E como pode um canal fazer tanto e tão mal e permanecer impune? Não existem limites? Não existem humanos na direcção destes canais? E não se pode fazer nada? Estou revoltado e enojado.

Gostava de ver alguma resposta da sociedade portuguesa e participar nela, gostava de ver alguma reacção dos media. Afinal existe uma honra a defender ou é melhor não fazer nada?

Carlos Rei, Lisboa

DEGRADANTE

Venho por este meio mostrar o meu total desagrado pelo programa de televisão Bar da TV. Nunca se chegou tão baixo. Nunca um programa foi tão degradante. Apelo à sua condenação.

Isabel Castro, Lisboa

Cartas Bar TV

Quinta-feira, 17 de Maio de 2001

MISERÁVEL

É escusado falar do desnorte da SIC na busca da liderança perdida. Já todos conhecem o percurso decrescente da estação de Carnaxide que culminou com o reconhecimento, por parte da administração, que há necessidade de cortar nas despesas e a saída de cerca de 80 pessoas não está colocada de parte.

O que me parece miserável são as soluções encontradas para fazer face à crise e o exemplo disso é, sem dúvida, o Bar da TV, a versão mais rasca do Big Brother que, num país onde a taxa de alcoolémia é aquela que sabemos, incentiva à exaltação de sentimentos através do álcool ingerido, recruta concorrentes com perfis susceptíveis de provocar "notícia" - recorde-se que os psicólogos estão lá para isso, para escolher os candidatos a seu bel-prazer, coisa que não é visível no Big Brother - e incendiar a audiência. O auge aconteceu, coincidência ou não, numa terça-feira onde a produção obriga dois pais a esperarem meio dia para falarem com a filha-concorrente devido ao directo, num programa onde nem sequer é proibido o contacto com os concorrentes.

Não é por acaso que na própria SIC as vozes vão-se levantando contra o estado das coisas, em programas da própria SIC as críticas são pesadíssimas e nem sobre a concorrência se ouviu tantos argumentos contra e de uma forma tão incisiva.

As estações são livres de fazer as suas escolhas. Pessoalmente nunca fui contra o Big Brother, o Big Show ou seja o que for mas para mim o limite está ali, nas Docas, naquele Bar e a SIC que se cuide pois há um sentimento generalizado e crescente de asco ao programa - sobretudo na internet - onde a defesa do tradicional e já "soft" Big Brother está a ganhar terreno. Uma coisa do género, sou fiel ao BB e anti BarTV, uma imitação e uma criação fruto da inveja e do desespero. Se a moda pega e já outras pegaram - a do Zé Maria, por exemplo - vai ser moda não ver aquela porcaria e ver o Big Brother e, mais uma vez, o feitiço virar-se-á contra o feiticeiro.

Miguel Ribeiro, Ermesinde

FALTA DE ESCRÚPULOS

Aquilo que está a ser transmitido neste momento na SIC no programa O Bar da TV é de certeza a mais reles, degradante e nojenta transmissão televisiva alguma vez feita em Portugal. A falta de escrúpulos, de ética, de civismo e de gosto atingiu o auge quando não se hesitou em mostrar para quem quisesse ver uma conversa particular grave entre uma filha (parva, é certo) e os pais (ingénuos). É politicamente correcto tolerar todas as imbecilidades desde que sejam sinónimo de liberdade e modernidade, e nada melhor para as audiências do que mostrar os parolos de Borba que estão chocados e não têm cara para andar na rua a ouvir os comentários sobre a filha. Basta de porcaria! Que haja um mínimo de respeito pelas pessoas e que se respeite também a diferença e os valores de quem não é "livre" e "moderno" ("cambada de atrasados mentais" como foram definidos pela intelligentsia da casa do bar). Para mim a televisão acabou hoje.

Ana Palma, S. Marcos da Ataboeira

CONTRA O TELELIXO

Como cidadão deste país, ontem, dia 15, pude assistir ao mais grave atentado à privacidade de outra(s) pessoa(s) feito em directo no programa O Bar da TV. Nunca se foi tão baixo nunca se fez tão mal a ninguém na tv, a humilhação pública de uma família (por muito disparatado que fosse o assunto) passou em prime time com honras de entretenimento, isto graças ao desespero do sr. Emídio Rangel que deve estar a sentir o chão a fugir-lhe, e graças à habilidade asquerosa do qualquer-coisa-menos-senhor Ediberto Lima.

E como pode um canal fazer tanto e tão mal e permanecer impune? Não existem limites? Não existem humanos na direcção destes canais? E não se pode fazer nada? Estou revoltado e enojado.

Gostava de ver alguma resposta da sociedade portuguesa e participar nela, gostava de ver alguma reacção dos media. Afinal existe uma honra a defender ou é melhor não fazer nada?

Carlos Rei, Lisboa

DEGRADANTE

Venho por este meio mostrar o meu total desagrado pelo programa de televisão Bar da TV. Nunca se chegou tão baixo. Nunca um programa foi tão degradante. Apelo à sua condenação.

Isabel Castro, Lisboa

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