Advogado conquista Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim

23-06-2001
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Advogado Conquista Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim

Sábado, 7 de Abril de 2001

Ex-presidente da direcção anuncia queixa-crime contra comandante da corporação

Ao arrecadar 568 dos 1114 votos entrados nas urnas, a lista encabeçada pelo advogado Carlos Mateus venceu anteontem à noite as eleições para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim. Sílvio Morão foi eleito presidente da assembleia geral e Ilídio Pereira vai chefiar o conselho fiscal. José Peixoto Martins, candidato derrotado, prometeu auxiliar os novos órgãos sociais a pacificar a instituição que, nos últimos meses, tem vivido momentos conturbados.

Minutos antes de abandonar a presidência da instituição, Henrique Campos Cunha confirmou aos jornalistas que a associação tinha apresentado no tribunal local uma queixa-crime contra Joaquim Sá, comandante da corporação, por "burla e outras coisas mais" que não quis especificar. Sá, ao final da tarde de anteontem, ainda desconhecia o teor do processo e revelava que ainda não tinha sido notificado pelo tribunal.

Campos Cunha adiantou ainda que vai analisar as recentes declarações do presidente da câmara, Macedo Vieira, sobre o comportamento da direcção, para, se houver matéria para tal, "colocar um processo cível, para ser mais rápido", contra o autarca. Este foi contundente para com a forma como Campos Cunha tratou o conflito no seio da associação, propondo a irradiação de alguns sócios, entre os quais o anterior presidente da assembleia geral, Tomás Pontes. "Os sócios vão acabar com o último reduto do fascismo na Póvoa", disse Vieira, a meio do período da votação, adiantando na ocasião que "qualquer das listas propostas é, de longe, melhor que a actual direcção".

Parecer do conselho fiscal sem votos a favor...

A inflamação dos discursos contrastou com a forma serena como decorreu o acto eleitoral e a apreciação das contas do ano passado. A discussão deste último ponto teve, no entanto, contornos curiosos. O condutor da sessão, Duarte Reis, leu o parecer do conselho fiscal e perguntou quem votava a favor. A maioria da centena de associados presente não se terá apercebido da questão e ninguém aprovou. Apenas 16 associados votaram contra e 26 abstiveram-se. Ou seja, o documento contendo o exercício financeiro de 2000 foi reprovado sem qualquer voto a favor, nem sequer os dos membros da direcção ou da mesa que conduzia os trabalhos. Dois sócios ainda protestaram pelo método adoptado, mas Duarte Reis deu como válida a votação e promoveu a tomada de posse dos órgãos sociais eleitos.

Ângelo Teixeira Marques

Advogado Conquista Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim

Sábado, 7 de Abril de 2001

Ex-presidente da direcção anuncia queixa-crime contra comandante da corporação

Ao arrecadar 568 dos 1114 votos entrados nas urnas, a lista encabeçada pelo advogado Carlos Mateus venceu anteontem à noite as eleições para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim. Sílvio Morão foi eleito presidente da assembleia geral e Ilídio Pereira vai chefiar o conselho fiscal. José Peixoto Martins, candidato derrotado, prometeu auxiliar os novos órgãos sociais a pacificar a instituição que, nos últimos meses, tem vivido momentos conturbados.

Minutos antes de abandonar a presidência da instituição, Henrique Campos Cunha confirmou aos jornalistas que a associação tinha apresentado no tribunal local uma queixa-crime contra Joaquim Sá, comandante da corporação, por "burla e outras coisas mais" que não quis especificar. Sá, ao final da tarde de anteontem, ainda desconhecia o teor do processo e revelava que ainda não tinha sido notificado pelo tribunal.

Campos Cunha adiantou ainda que vai analisar as recentes declarações do presidente da câmara, Macedo Vieira, sobre o comportamento da direcção, para, se houver matéria para tal, "colocar um processo cível, para ser mais rápido", contra o autarca. Este foi contundente para com a forma como Campos Cunha tratou o conflito no seio da associação, propondo a irradiação de alguns sócios, entre os quais o anterior presidente da assembleia geral, Tomás Pontes. "Os sócios vão acabar com o último reduto do fascismo na Póvoa", disse Vieira, a meio do período da votação, adiantando na ocasião que "qualquer das listas propostas é, de longe, melhor que a actual direcção".

Parecer do conselho fiscal sem votos a favor...

A inflamação dos discursos contrastou com a forma serena como decorreu o acto eleitoral e a apreciação das contas do ano passado. A discussão deste último ponto teve, no entanto, contornos curiosos. O condutor da sessão, Duarte Reis, leu o parecer do conselho fiscal e perguntou quem votava a favor. A maioria da centena de associados presente não se terá apercebido da questão e ninguém aprovou. Apenas 16 associados votaram contra e 26 abstiveram-se. Ou seja, o documento contendo o exercício financeiro de 2000 foi reprovado sem qualquer voto a favor, nem sequer os dos membros da direcção ou da mesa que conduzia os trabalhos. Dois sócios ainda protestaram pelo método adoptado, mas Duarte Reis deu como válida a votação e promoveu a tomada de posse dos órgãos sociais eleitos.

Ângelo Teixeira Marques

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