Suplemento Pública

04-06-2001
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Absolut Criação

Por DULCE FURTADO

Segunda-feira, 4 de Junho de 2001

Nove receitas e nove objectos, saídos das mãos e do imaginário de dez criadores portugueses, assinalaram a estreia em Portugal da nova invenção Absolut, Mandrin de seu nome e com sabores a laranja e tangerina. A garrafinha do líquido transparente, que o bom gosto sueco e o nome Absolut já vende desde 1879, foi recebida por alguns artistas plásticos portugueses que, à semelhança do que já aconteceu em muitas outras partes do mundo, puxaram do seu génio criativo para dar a conhecer novas formas de conceber, mostrar e servir cocktails com, está claro, o novo Absolut Mandrin no papel de protagonista.

O momento foi assinalado no início da semana com uma exposição de um dia só, na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, onde, logo à porta, o estilista Filipe Faísca apresentava o Mandrin com um estilo e glamour muito próprios da Califórnia. Ele no papel de anti-herói, diga-se mesmo de antítese do Martini Man, calça de fato castanha e camisa sem mangas rosa shocking, óculos de sol de armação branca e preta, gargantilha de brilhantes no pescoço e luvas de pele branca, acompanhado - como um mágico - pela sua partenaire, de vestido vaporoso rosa e laranja. Ambos faziam as vezes de anfitriões, oferecendo shots geladinhos saídos da bagageira de uma limusina branca.

O que Filipe Faísca queria mesmo ter feito para a ocasião, embora acabasse por não ter tempo para o fazer, era "um vaporizador, assim num estilo de Absolut Parfum", até porque a receita de cocktail que concebeu foi feita "mais através do cheiro do que do paladar": uma só folha de hortelã num shot de puro Absolut Mandrin, porque acha que "o cheiro da tangerina vai bem com a menta".

De resto, porta transporta e esta viagem plástica pelo mais novo de todos os Absolut levou-nos até uma escultura de Dino Alves, uma tangerineira de geração expontânea dentro de um bloco de pedra branca; a uma belíssima, refrescante e revigorante casa de gelo, criação da dupla Rui Calçada Bastos e Igor Vidal, onde um sofá de veludo branco e uma alcatifa branca de pelúcia se prontificavam a receber quem assim o quisesse, sendo-lhe aí entregue também um shot transportado por carrinho; e ainda até à projecção de um filme, de Miguel Palma, de um reboque em movimento, na Serra de Sintra, transportando uma caixa de acrílico cheia de bolas saltitantes com uma luz muito própria, alaranjada, pois claro. Escadas acima e era-se desde logo recebido pelos sons escolhidos pelo dj Rui Vargas, naquela que era a sua interpretação dos sabores Absolut Mandrin, e que enchiam a sala onde se encontravam também as peças criadas por Julião Sarmento (um cocktail incorporado num bloco compactado de desperdícios), de Joana Vasconcelos (um bar auto-suficiente e portátil onde o Absolut emparelhava com acepipes que iam dos smarties à batata frita, passando pelas gomas, cavacas, frutos secos e chupa-chupas, dentro de recipientes de diversas formas e cores), de João Louro (um néon de alumínio e acrílicos) e do joalheiro Pedro Cruz (uma elegante mala de pele, à medida própria para conter um pequeno jogo e dois shots).

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Absolut Criação

Por DULCE FURTADO

Segunda-feira, 4 de Junho de 2001

Nove receitas e nove objectos, saídos das mãos e do imaginário de dez criadores portugueses, assinalaram a estreia em Portugal da nova invenção Absolut, Mandrin de seu nome e com sabores a laranja e tangerina. A garrafinha do líquido transparente, que o bom gosto sueco e o nome Absolut já vende desde 1879, foi recebida por alguns artistas plásticos portugueses que, à semelhança do que já aconteceu em muitas outras partes do mundo, puxaram do seu génio criativo para dar a conhecer novas formas de conceber, mostrar e servir cocktails com, está claro, o novo Absolut Mandrin no papel de protagonista.

O momento foi assinalado no início da semana com uma exposição de um dia só, na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, onde, logo à porta, o estilista Filipe Faísca apresentava o Mandrin com um estilo e glamour muito próprios da Califórnia. Ele no papel de anti-herói, diga-se mesmo de antítese do Martini Man, calça de fato castanha e camisa sem mangas rosa shocking, óculos de sol de armação branca e preta, gargantilha de brilhantes no pescoço e luvas de pele branca, acompanhado - como um mágico - pela sua partenaire, de vestido vaporoso rosa e laranja. Ambos faziam as vezes de anfitriões, oferecendo shots geladinhos saídos da bagageira de uma limusina branca.

O que Filipe Faísca queria mesmo ter feito para a ocasião, embora acabasse por não ter tempo para o fazer, era "um vaporizador, assim num estilo de Absolut Parfum", até porque a receita de cocktail que concebeu foi feita "mais através do cheiro do que do paladar": uma só folha de hortelã num shot de puro Absolut Mandrin, porque acha que "o cheiro da tangerina vai bem com a menta".

De resto, porta transporta e esta viagem plástica pelo mais novo de todos os Absolut levou-nos até uma escultura de Dino Alves, uma tangerineira de geração expontânea dentro de um bloco de pedra branca; a uma belíssima, refrescante e revigorante casa de gelo, criação da dupla Rui Calçada Bastos e Igor Vidal, onde um sofá de veludo branco e uma alcatifa branca de pelúcia se prontificavam a receber quem assim o quisesse, sendo-lhe aí entregue também um shot transportado por carrinho; e ainda até à projecção de um filme, de Miguel Palma, de um reboque em movimento, na Serra de Sintra, transportando uma caixa de acrílico cheia de bolas saltitantes com uma luz muito própria, alaranjada, pois claro. Escadas acima e era-se desde logo recebido pelos sons escolhidos pelo dj Rui Vargas, naquela que era a sua interpretação dos sabores Absolut Mandrin, e que enchiam a sala onde se encontravam também as peças criadas por Julião Sarmento (um cocktail incorporado num bloco compactado de desperdícios), de Joana Vasconcelos (um bar auto-suficiente e portátil onde o Absolut emparelhava com acepipes que iam dos smarties à batata frita, passando pelas gomas, cavacas, frutos secos e chupa-chupas, dentro de recipientes de diversas formas e cores), de João Louro (um néon de alumínio e acrílicos) e do joalheiro Pedro Cruz (uma elegante mala de pele, à medida própria para conter um pequeno jogo e dois shots).

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