Desapareço do mapa quando estou apaixonada

15-07-2001
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Desapareço do Mapa Quando Estou Apaixonada

Segunda-feira, 4 de Junho de 2001 P.- A sua grande exposição pública começou nestes últimos anos.

L.C.- Devo dizer que eu nunca a procurei. Não procurei ter protagonismo.

L.C.- Sou para quase tudo o que existe, há meia dúzia de pessoas que não me convida. O Herman José, quando me convidou para fazer o sketch da Super-Tia, disse-me que eu tinha o poder de tornar a maior chachada num acontecimento público, num happening. Talvez seja por eu gostar das pessoas. Apesar de me terem querido arrasar, apesar de me chamarem nomes, apesar de quererem acabar comigo por um motivo ou por outro... Toda a gente sabe os primeiros cantos dos 'Lusíadas', mas ninguém sabe que os 'Lusíadas' acabam com uma palavra: 'inveja'.

L.C.- Algumas pessoas, por um motivo ou por outro, acham que sou uma presença - porque denuncie situações que não são muito ortodoxas ou talvez por eu ser feliz, ou por ter um grande amor pela vida, ou por ter filhos fantásticos ou talvez porque aos 20 anos tive o mundo aos meus pés, ou talvez ou talvez, não sei porquê. Mas há pessoas a que na realidade eu incomodo muito.

L.C.- Ganhar nunca ganhei nada. Não cobro cachets para ir a lado nenhum. Às vezes vou a sítios e digo: 'Meu Deus o que é que estou aqui a fazer?'. Vou porque alguém me pede. É sempre ou por uma causa humanitária ou para angariar fundos seja para o que for ou porque algum amigo meu me diz 'Oh Lili, por amor de Deus vem, porque eu preciso muito de ti', porque é importante para a sua carreira ou para se promover. Nunca usei a minha imagem pública para facturar. Se eu tenho o poder de fazer isso, se as pessoas sobem mais depressa, porque é que não hei-de fazer? A vida é mais fácil para essas pessoas, sobem mais depressa, atingem os seus objectivos mais depressa, assim como para eu ir para a TAP a minha mãe pediu à mulher do Vaz Pinto para eu ir lá. Para mim é muito difícil dizer que não, e quando digo sofro retaliações. Há uma certa vingança.

L.C.- Isso é porque eu disse que não a alguém poderoso e esse alguém poderoso tenta arrasar-me do mapa, mas tenho a impressão que não vai ser assim tão fácil, essas tentativas já foram muitas.

L.C.- Isso é o meu segredo. As mulheres têm que ter sempre o mistério, como dizia o Mário de Sá Carneiro. O meu maior segredo é não ter segredo nenhum.

Desapareço do Mapa Quando Estou Apaixonada

Segunda-feira, 4 de Junho de 2001 P.- A sua grande exposição pública começou nestes últimos anos.

L.C.- Devo dizer que eu nunca a procurei. Não procurei ter protagonismo.

L.C.- Sou para quase tudo o que existe, há meia dúzia de pessoas que não me convida. O Herman José, quando me convidou para fazer o sketch da Super-Tia, disse-me que eu tinha o poder de tornar a maior chachada num acontecimento público, num happening. Talvez seja por eu gostar das pessoas. Apesar de me terem querido arrasar, apesar de me chamarem nomes, apesar de quererem acabar comigo por um motivo ou por outro... Toda a gente sabe os primeiros cantos dos 'Lusíadas', mas ninguém sabe que os 'Lusíadas' acabam com uma palavra: 'inveja'.

L.C.- Algumas pessoas, por um motivo ou por outro, acham que sou uma presença - porque denuncie situações que não são muito ortodoxas ou talvez por eu ser feliz, ou por ter um grande amor pela vida, ou por ter filhos fantásticos ou talvez porque aos 20 anos tive o mundo aos meus pés, ou talvez ou talvez, não sei porquê. Mas há pessoas a que na realidade eu incomodo muito.

L.C.- Ganhar nunca ganhei nada. Não cobro cachets para ir a lado nenhum. Às vezes vou a sítios e digo: 'Meu Deus o que é que estou aqui a fazer?'. Vou porque alguém me pede. É sempre ou por uma causa humanitária ou para angariar fundos seja para o que for ou porque algum amigo meu me diz 'Oh Lili, por amor de Deus vem, porque eu preciso muito de ti', porque é importante para a sua carreira ou para se promover. Nunca usei a minha imagem pública para facturar. Se eu tenho o poder de fazer isso, se as pessoas sobem mais depressa, porque é que não hei-de fazer? A vida é mais fácil para essas pessoas, sobem mais depressa, atingem os seus objectivos mais depressa, assim como para eu ir para a TAP a minha mãe pediu à mulher do Vaz Pinto para eu ir lá. Para mim é muito difícil dizer que não, e quando digo sofro retaliações. Há uma certa vingança.

L.C.- Isso é porque eu disse que não a alguém poderoso e esse alguém poderoso tenta arrasar-me do mapa, mas tenho a impressão que não vai ser assim tão fácil, essas tentativas já foram muitas.

L.C.- Isso é o meu segredo. As mulheres têm que ter sempre o mistério, como dizia o Mário de Sá Carneiro. O meu maior segredo é não ter segredo nenhum.

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