RTP: Festival RTP da Cancao 2001- Leiria (Trilhos)

27-05-2001
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Grupo constituído por Luís Lapa (autor da música/ letra e guitarrista), Helena Neves (voz), Paulo Carvalho (baterista), Manuel Loureiro (teclista) e João Lemos (baixo).

Breve história sobre a designação “TRILHOS”, segundo o grupo: Seis anos de canções presas na província.

Esta é a triste história do nosso grupo. Uma história feita de inconformismo, luta e esperança.

Raras foram as chances de dar a conhecer o nosso trabalho.

Quase desistimos, mas agora pelo menos as pessoas vão ter a oportunidade de nos ouvir. Espero que gostem.

Da nossa parte fica a promessa de continuar a luta e de percorrer, passo a passo, todos os nossos “ TRILHOS”. Luís Lapa tem a frequência do 2º ano da Licenciatura no Ensino da Música pela Universidade de Aveiro. Estudou guitarra clássica e Educação Musical com músicos como Paulo Vaz de Carvalho, Miguel Lélis e António Cardoso.Participou em vários cursos nacionais e internacionais, destacando o curso ministrado pelo grande guitarrista checo Leon Koudelak. Foi bandoloncelista da Orquestra de Plectros de Viseu e professor de Guitarra Clássica no Conservatório de Música de Viseu. Estudou jazz na Escola de Jazz do Porto com Joaquin Iglésias e Aires da Silva. Em Madrid participou num seminário de jazz onde teve professores como John Abercrombie, Jim McNeely, Mike Richmond, Adam Nussbaum e Jerry Bergonzy. Em 1989 foi co-fundador da Escola de Jazz de Viseu que encerrou dois anos depois por falta de apoios. Frequentou cursos Pró-Jazz do Estoril, onde estudou com Kenny Burrel, Barney Kessel, Bobby Watson, Reggie Workman, Ira Gittler, Clark Terry, Bill Pierce, Terence Blanchard, entre outros. É músico profissional há cerca de 15 anos, tendo sido co-fundador dos grupos: Quinteto de Jazz de Viseu, Jam Jazz Group (com originais seus), Orquestra de Jazz do Porto, Trio de Jazz do Porto, Septeto de Jazz do Porto, Quinteto Be-Bop e mais recentemente o Quateto Luís Lapa, o actual Luís Lapa e o Corpo de Intervenção e Trilhos. Foi professor de guitarra na Escola de Jazz do Porto entre 1990 e 1993. O seu tema "Rafa Blue", dedicado ao filho Rafael, foi finalista do concurso Nacional de Música Improvisada de 1990. Com o seu quarteto, representou Portugal na 1ª Mostra de Teatro Ibérico e Expressões Plásticas de Portugal no Nordeste do Brasil, em 1993. Em Portugal, tem tocado com inúmeros músicos portugueses e estrangeiros. Com o pianista Pedro Rebelo fundou, em 1993, o duo Prod'Ut, na área da música improvisada. Ainda nesta área frequentou cursos com Nuno Rebelo, Carlos Zingaro, Gunther Muller e Peter Kowald. Realizou em Portugal duas tournées como guitarrista da Rachim Ausar - Sahu's Flying Kitchen. Já ministrou cursos de Jazz na Covilhã e nos Conservatórios de Música de Viseu, Coimbra e Seia. Interessa-se por tudo o que tem carácter cultural mas as suas preferências vão para a música e o desporto. Quanto às suas influências musicais diz: "Como músico funciono como uma esponja; tento absorver o mais possível e depois filtro tudo o que me pode tornar mais conhecedor e competente.Tenho no entanto 3 "gurus" que me marcaram (e marcam) profundamente: Bach (o maior génio da Música Erudita), Frank Zappa (o maior génio musical de sempre) e Djavan (para mim o maior compositor de canções que conheci até hoje)". Toda a sua vida lutou por um único objectivo; ser um músico profissional competente e conseguir através da música que faz, ter uma independência económica que lhe permita sobreviver e manter-se fiel às suas convicções. " Compor para mim é tão natural como respirar. Sou capaz (sem problemas) de compor 3 novas canções todas as semanas. E se parar de o fazer, morro interiormente". Acha que somos ainda um povo bastante inculto e isso reflecte-se muito nos gostos musicais dominantes. No entanto, o que condena, não é a existência das chamadas músicas "pimbas", mas sim a falta de apoios na divulgação das outras músicas alternativas. "Como é que é possível querer obrigar os jovens a estudar, admirar e principalmente a entender homens como Camões, Fernando Pessoa, Emanuel Nunes, Fernando Lopes Graça, só para citar alguns, se a nossa política cultural do dia a dia se faz de "pimbalhadas", "concursos endinheirados" e reality shows"?. Os jovens são e serão sempre fruto do que ouvem, vêem e vivem. Não sejamos hipócritas. Nas campanhas eleitorais, com o intuito de ganhar votos, os políticos fazem-se acompanhar (grosso modo) do que de pior se faz na música portuguesa. Como podem depois admirar-se do vazio cultural do nosso país? E tanto mais fica por dizer..." E para deixar algumas ideias no ar, eis duas medidas que considera fundamentais para melhorar a cultura musical portuguesa drasticamente: - A criação de uma Editora Nacional (sem fins apenas lucrativos) para gravar projectos de qualidade musical acima da média e que tivessem o seu espaço de divulgação e acesso aos media, com o principal objectivo de mostrar a Portugal e ao mundo o que de melhor se faz no nosso país. - A criação de apoios ( ao nível do que já se faz no Teatro e na Dança p.ex) de maneira a subsidiar grupos profissionais da música, que tenham dado provas do seu trabalho e empenho e que possam viver da sua arte sem serem obrigados a desviarem-se dos seus objectivos. Helena Neves tirou a Licenciatura no Ensino de Música, área específica: Teoria e Formação Musical, na Universidade de Aveiro. Este curso relativamente novo no nosso país (tem cerca de 10 anos) destina-se a formar músicos profissionais para o ensino vocacional da música.

É professora de Formação Musical e de Classe de Conjunto (coro). Dá aulas no Conservatório Regional de Viseu "Dr José de Azeredo Perdigão" e na Escola de Música do Centro de Cultura Pedro Álvares Cabral, em Belmonte.

Desde muito nova sentiu o apelo da música. A par da formação que ia tendo no Conservatório de Aveiro, onde estudou Piano e Técnica Vocal, sentia vontade de se expressar em público.

Começou a concorrer a festivais regionais com 11 anos, sempre com canções

escritas e compostas por ela, e ao longo dos anos foi ganhando alguns

prémios:

- Festival da Canção Mensagem, na Gafanha da Nazaré (1993) - 1º lugar e Melhor Interpretação;

- Festival da Canção Mensagem, de Aveiro (1994) - 1º lugar e Melhor Interpretação;

- Festival Nacional "Fátima Jovem", em Fátima (1994) - Melhor Interpretação;

- Festival da Canção de Estarreja (1995) - 1º lugar e Melhor Interpretação;

- Festival de Marco de Canaveses (1995) - 1º lugar como Autora/ Compositora;

- Festival da Canção de Estarreja (1996) - 1º lugar como Autora / Compositora;

- Festival da Canção "Vida", de Ílhavo - 1º Lugar

(entre outros...)

De 1991 a 1993 foi membro do grupo musical de carácter humanista "Mãe

d'Água", de Lisboa, com o qual fez alguns concertos. Durante 6 anos ( de 1994 a 1999 ) cantou no grupo "Entre 4 Paredes", de Aveiro; um grupo de bares que fez centenas de concertos um pouco por todo o lado... o que lhe deu alguma experiência em palco.

Também já participou em alguns programas televisivos. Em 1995, participou no programa da RTP "Selecção Nacional", interpretando os 7ª Legião, e participou também no programa "Selecção de Esperanças", da RTP, como autora e compositora de um tema inédito.

Em 1997, 1998 e 1999 foi convidada musical do programa da RTP "Praça da Alegria", onde cantou a solo, ou com o grupo "Trilhos".

Já gravou Cd´s por variadas razões:

- O programa "Selecção Nacional" deu origem a um CD com a participação de

todos os concorrentes, que foi lançado pela etiqueta "Strauss".

- Começou a ganhar o gosto pelo estúdio, gravou publicidade para rádio e até

fiz alguns spots radiofónicos.

- Foi convidada pela empresa "Autor" a desenvolver um trabalho na área da

música para crianças, por isso compôs, produziu e interpretou vários temas

musicais para o projecto "A História do Menino Jesus", lançado pela Porto

Editora em CD ROM e CD Audio. Este trabalho obteve o prémio Multimédia XXI,

título Crianças, em 1998. Também para a "Autor", interpretou vários temas

para um segundo CD ROM, intitulado "A ALdeia da Música".

- O grupo Trilhos tem já um CD gravado: " Fado Azul". Este trabalho saíu em Dezembro de 1997, e deu origem à realização de vários concertos no ano seguinte.

As sua influências musicais são muitas, porque ouve de tudo um

pouco, desde música dita "Clássica" até ao Jazz. Ama a música dos portugueses Maria João e Mário Laginha e delira com a cantora e pianista do Azerbeijão Aziza Mustafa Zadeh. Bach, Tchaikovsky, Alan Parsons, Sting, Pat Metheny, Ella Fitzgerald são outras referências. Em geral, na música, gosta de tudo o

que tenha qualidade.

Adora e teatro, apesar deste último não estar tão bem representado no interior

do país. Por sorte, em Viseu existe uma companhia de bailado residente no

Teatro Viriato ( Companhia Paulo Ribeiro ), e felizmente todos os fins de

semana têm concertos e espectáculos variados dentro das mais diversas

áreas artísticas - senão acontecia o que se passa na generalidade das

cidades portuguesas que não são Lisboa e Porto: não tinham acesso a NADA.

De futuro, quer continuar a dar aulas, porque é uma coisa que não

consegue deixar de fazer, já faz parte de si. Cantar no "Trilhos" dá-lhe imenso prazer, pois todos os membros do grupo são músicos profissionais, com muito boa disposição, e os temas - de autoria do Lapa - são formidáveis do ponto de vista da interpretação. Gostaria que num futuro próximo o grupo tivesse oportunidade de voltar a gravar, e de fazer concertos - a vertigem do palco é irresistível!

"Adoro o meu país, mas considero que os portugueses, de uma maneira

geral, dão importância demais a coisas perfeitamente secundárias, e não se

preocupam minimamente com o que é realmente importante para a melhoria da

qualidade de vida. Portugal está atrasadíssimo culturalmente, somos o país

com a maior taxa de analfabetização da Europa, não existe Segurança Social

em condições, muito menos um sistema de saúde e, por fim, a educação anda

nas ruas da amargura, com constantes mudanças que fazem das gerações

estudantis umas "cobaias" de sistemas de educação. Gostava que por um

momento se pensasse um pouco mais no rumo que isto está a tomar. Toda a

gente sabe o nome do novo treinador do Benfica, mas se calhar não sabem quem

são os candidatos à presidência da República... Nem tudo é mau. Pelo menos

sou livre de dizer o que penso!!! :-)"

Paulo Carvalho é baterista há 15 anos, os últimos três no grupo TRILHOS, onde gravou o disco FADO AZUL pela Editora Ovação e participou em diversos programas como Praça da Alegria da RTP, Vivá Música da RDP e outros. É também há oito anos o baterista da banda ÍNDICE de Viseu, que para além de arraiais de Verão e bares de Inverno participou nos programas televisivos Chuva de Estrelas e Reis do Estúdio. Recentemente, foi convidado por Luís Portugal ( ex Jafu Mega ) para gravar o seu último trabalho ao vivo prestes a ser editado.

É professor do 1º Ciclo do Ensino Básico e possui alguma formação musical adquirida nomeadamente na Escola de Jazz do Porto, onde estudou bateria.

Os seus gostos musicais são variadíssimos, pois vão de alguma música clássica, até aos fabulosos Dream Theater, passando por Sting, Brian Adams, Dire Straits, Toto, Pat Metheny e Dave Weckl ( o maior).

De música portuguesa pouco aprecia, pois a qualidade não abunda e infelizmente a imagem sobrepõe-se ao talento musical. Há no entanto as excepções que são Dulce Pontes, Sara Tavares, Rui Veloso, Iris, Pedro Abrunhosa ( os dois primeiros álbuns ) e sempre, sempre Jafu Mega. À semelhança da música pensa que toda a sociedade/cultura portuguesa está mergulhada numa doentia exploração da imagem em detrimento das reais capacidades das pessoas e cumpre-se à risca aquela máxima que diz: Antigamente eram conhecidas as pessoas importantes ao passo que hoje são importantes as pessoas conhecidas.

Como músico, que infelizmente não pode ser a tempo inteiro, os seus objectivos imediatos passam por ir o mais longe possível neste festival com o grupo Trilhos e a continuação na banda Índice que espera ajudar a crescer cada vez mais. Como professor, espera apenas que este governo não se divorcie de vez da sua paixão: a educação. Manuel Loureiro tem o Curso Geral de Composição ( 6ºano de piano e 8º grau de formação musical ) e frequência do 3º ano do Curso Licenciatura em Ensino da Música na Universidade de Aveiro. É professor de Educação Musical. Começou a estudar música aos 12 anos, com orgão electrónico e aos 16 anos começou a frequentar o Conservatório. Fez o curso geral de composição no conservatório do Porto e continuou os estudos de piano no conservatório regional de Viseu. Pertence ao Grupo "Trilhos" desde a sua fundação, como teclista, e participei na gravação do Cd "Fado Azul". Fez parte do Grupo "Batatasamurro" como teclista e participou na gravação do Cd "Bom Apetite" . Fez parte do Grupo "Fura Fura", como teclista, grupo este ligado ao Teatro ACERT e participou na Gravação do LP "Assi se Fazem as Cousas" Participou em vários trabalhos de estúdio, como teclista e na produção e em alguns grupos de Couvers como teclista e baixista. Os seus passatempos preferidos são: - Desporto ( Futebol e btt ); - Cinema; - Tecnologia ligada ao som e imagem. As suas influências musicais são várias: Led Zeppling; Pink Floyd; Sting; Djavan; Miles Davis; Chick Corea; Pat Metheny; Herbie Hancock; Supertramp; Mozart; Beethoven; Bach;... Tem como objectivo a médio prazo acabar o curso que está a frequentar, e continuar a evoluir como músico nos projectos em que está envolvido. João Lemos tem o curso geral de Composição. É professor de Educação Musical. Pertence ao grupo Trilhos, como baixista, desde a sua formação, tendo paarticipado na gravação do CD do grupo "Fado Azul". Pertence também, como baixista, aos grupos “Corpo de Intervenção” e “Índice” e participou na gravação ao vivo do último CD de Luís Portugal.

Grupo constituído por Luís Lapa (autor da música/ letra e guitarrista), Helena Neves (voz), Paulo Carvalho (baterista), Manuel Loureiro (teclista) e João Lemos (baixo).

Breve história sobre a designação “TRILHOS”, segundo o grupo: Seis anos de canções presas na província.

Esta é a triste história do nosso grupo. Uma história feita de inconformismo, luta e esperança.

Raras foram as chances de dar a conhecer o nosso trabalho.

Quase desistimos, mas agora pelo menos as pessoas vão ter a oportunidade de nos ouvir. Espero que gostem.

Da nossa parte fica a promessa de continuar a luta e de percorrer, passo a passo, todos os nossos “ TRILHOS”. Luís Lapa tem a frequência do 2º ano da Licenciatura no Ensino da Música pela Universidade de Aveiro. Estudou guitarra clássica e Educação Musical com músicos como Paulo Vaz de Carvalho, Miguel Lélis e António Cardoso.Participou em vários cursos nacionais e internacionais, destacando o curso ministrado pelo grande guitarrista checo Leon Koudelak. Foi bandoloncelista da Orquestra de Plectros de Viseu e professor de Guitarra Clássica no Conservatório de Música de Viseu. Estudou jazz na Escola de Jazz do Porto com Joaquin Iglésias e Aires da Silva. Em Madrid participou num seminário de jazz onde teve professores como John Abercrombie, Jim McNeely, Mike Richmond, Adam Nussbaum e Jerry Bergonzy. Em 1989 foi co-fundador da Escola de Jazz de Viseu que encerrou dois anos depois por falta de apoios. Frequentou cursos Pró-Jazz do Estoril, onde estudou com Kenny Burrel, Barney Kessel, Bobby Watson, Reggie Workman, Ira Gittler, Clark Terry, Bill Pierce, Terence Blanchard, entre outros. É músico profissional há cerca de 15 anos, tendo sido co-fundador dos grupos: Quinteto de Jazz de Viseu, Jam Jazz Group (com originais seus), Orquestra de Jazz do Porto, Trio de Jazz do Porto, Septeto de Jazz do Porto, Quinteto Be-Bop e mais recentemente o Quateto Luís Lapa, o actual Luís Lapa e o Corpo de Intervenção e Trilhos. Foi professor de guitarra na Escola de Jazz do Porto entre 1990 e 1993. O seu tema "Rafa Blue", dedicado ao filho Rafael, foi finalista do concurso Nacional de Música Improvisada de 1990. Com o seu quarteto, representou Portugal na 1ª Mostra de Teatro Ibérico e Expressões Plásticas de Portugal no Nordeste do Brasil, em 1993. Em Portugal, tem tocado com inúmeros músicos portugueses e estrangeiros. Com o pianista Pedro Rebelo fundou, em 1993, o duo Prod'Ut, na área da música improvisada. Ainda nesta área frequentou cursos com Nuno Rebelo, Carlos Zingaro, Gunther Muller e Peter Kowald. Realizou em Portugal duas tournées como guitarrista da Rachim Ausar - Sahu's Flying Kitchen. Já ministrou cursos de Jazz na Covilhã e nos Conservatórios de Música de Viseu, Coimbra e Seia. Interessa-se por tudo o que tem carácter cultural mas as suas preferências vão para a música e o desporto. Quanto às suas influências musicais diz: "Como músico funciono como uma esponja; tento absorver o mais possível e depois filtro tudo o que me pode tornar mais conhecedor e competente.Tenho no entanto 3 "gurus" que me marcaram (e marcam) profundamente: Bach (o maior génio da Música Erudita), Frank Zappa (o maior génio musical de sempre) e Djavan (para mim o maior compositor de canções que conheci até hoje)". Toda a sua vida lutou por um único objectivo; ser um músico profissional competente e conseguir através da música que faz, ter uma independência económica que lhe permita sobreviver e manter-se fiel às suas convicções. " Compor para mim é tão natural como respirar. Sou capaz (sem problemas) de compor 3 novas canções todas as semanas. E se parar de o fazer, morro interiormente". Acha que somos ainda um povo bastante inculto e isso reflecte-se muito nos gostos musicais dominantes. No entanto, o que condena, não é a existência das chamadas músicas "pimbas", mas sim a falta de apoios na divulgação das outras músicas alternativas. "Como é que é possível querer obrigar os jovens a estudar, admirar e principalmente a entender homens como Camões, Fernando Pessoa, Emanuel Nunes, Fernando Lopes Graça, só para citar alguns, se a nossa política cultural do dia a dia se faz de "pimbalhadas", "concursos endinheirados" e reality shows"?. Os jovens são e serão sempre fruto do que ouvem, vêem e vivem. Não sejamos hipócritas. Nas campanhas eleitorais, com o intuito de ganhar votos, os políticos fazem-se acompanhar (grosso modo) do que de pior se faz na música portuguesa. Como podem depois admirar-se do vazio cultural do nosso país? E tanto mais fica por dizer..." E para deixar algumas ideias no ar, eis duas medidas que considera fundamentais para melhorar a cultura musical portuguesa drasticamente: - A criação de uma Editora Nacional (sem fins apenas lucrativos) para gravar projectos de qualidade musical acima da média e que tivessem o seu espaço de divulgação e acesso aos media, com o principal objectivo de mostrar a Portugal e ao mundo o que de melhor se faz no nosso país. - A criação de apoios ( ao nível do que já se faz no Teatro e na Dança p.ex) de maneira a subsidiar grupos profissionais da música, que tenham dado provas do seu trabalho e empenho e que possam viver da sua arte sem serem obrigados a desviarem-se dos seus objectivos. Helena Neves tirou a Licenciatura no Ensino de Música, área específica: Teoria e Formação Musical, na Universidade de Aveiro. Este curso relativamente novo no nosso país (tem cerca de 10 anos) destina-se a formar músicos profissionais para o ensino vocacional da música.

É professora de Formação Musical e de Classe de Conjunto (coro). Dá aulas no Conservatório Regional de Viseu "Dr José de Azeredo Perdigão" e na Escola de Música do Centro de Cultura Pedro Álvares Cabral, em Belmonte.

Desde muito nova sentiu o apelo da música. A par da formação que ia tendo no Conservatório de Aveiro, onde estudou Piano e Técnica Vocal, sentia vontade de se expressar em público.

Começou a concorrer a festivais regionais com 11 anos, sempre com canções

escritas e compostas por ela, e ao longo dos anos foi ganhando alguns

prémios:

- Festival da Canção Mensagem, na Gafanha da Nazaré (1993) - 1º lugar e Melhor Interpretação;

- Festival da Canção Mensagem, de Aveiro (1994) - 1º lugar e Melhor Interpretação;

- Festival Nacional "Fátima Jovem", em Fátima (1994) - Melhor Interpretação;

- Festival da Canção de Estarreja (1995) - 1º lugar e Melhor Interpretação;

- Festival de Marco de Canaveses (1995) - 1º lugar como Autora/ Compositora;

- Festival da Canção de Estarreja (1996) - 1º lugar como Autora / Compositora;

- Festival da Canção "Vida", de Ílhavo - 1º Lugar

(entre outros...)

De 1991 a 1993 foi membro do grupo musical de carácter humanista "Mãe

d'Água", de Lisboa, com o qual fez alguns concertos. Durante 6 anos ( de 1994 a 1999 ) cantou no grupo "Entre 4 Paredes", de Aveiro; um grupo de bares que fez centenas de concertos um pouco por todo o lado... o que lhe deu alguma experiência em palco.

Também já participou em alguns programas televisivos. Em 1995, participou no programa da RTP "Selecção Nacional", interpretando os 7ª Legião, e participou também no programa "Selecção de Esperanças", da RTP, como autora e compositora de um tema inédito.

Em 1997, 1998 e 1999 foi convidada musical do programa da RTP "Praça da Alegria", onde cantou a solo, ou com o grupo "Trilhos".

Já gravou Cd´s por variadas razões:

- O programa "Selecção Nacional" deu origem a um CD com a participação de

todos os concorrentes, que foi lançado pela etiqueta "Strauss".

- Começou a ganhar o gosto pelo estúdio, gravou publicidade para rádio e até

fiz alguns spots radiofónicos.

- Foi convidada pela empresa "Autor" a desenvolver um trabalho na área da

música para crianças, por isso compôs, produziu e interpretou vários temas

musicais para o projecto "A História do Menino Jesus", lançado pela Porto

Editora em CD ROM e CD Audio. Este trabalho obteve o prémio Multimédia XXI,

título Crianças, em 1998. Também para a "Autor", interpretou vários temas

para um segundo CD ROM, intitulado "A ALdeia da Música".

- O grupo Trilhos tem já um CD gravado: " Fado Azul". Este trabalho saíu em Dezembro de 1997, e deu origem à realização de vários concertos no ano seguinte.

As sua influências musicais são muitas, porque ouve de tudo um

pouco, desde música dita "Clássica" até ao Jazz. Ama a música dos portugueses Maria João e Mário Laginha e delira com a cantora e pianista do Azerbeijão Aziza Mustafa Zadeh. Bach, Tchaikovsky, Alan Parsons, Sting, Pat Metheny, Ella Fitzgerald são outras referências. Em geral, na música, gosta de tudo o

que tenha qualidade.

Adora e teatro, apesar deste último não estar tão bem representado no interior

do país. Por sorte, em Viseu existe uma companhia de bailado residente no

Teatro Viriato ( Companhia Paulo Ribeiro ), e felizmente todos os fins de

semana têm concertos e espectáculos variados dentro das mais diversas

áreas artísticas - senão acontecia o que se passa na generalidade das

cidades portuguesas que não são Lisboa e Porto: não tinham acesso a NADA.

De futuro, quer continuar a dar aulas, porque é uma coisa que não

consegue deixar de fazer, já faz parte de si. Cantar no "Trilhos" dá-lhe imenso prazer, pois todos os membros do grupo são músicos profissionais, com muito boa disposição, e os temas - de autoria do Lapa - são formidáveis do ponto de vista da interpretação. Gostaria que num futuro próximo o grupo tivesse oportunidade de voltar a gravar, e de fazer concertos - a vertigem do palco é irresistível!

"Adoro o meu país, mas considero que os portugueses, de uma maneira

geral, dão importância demais a coisas perfeitamente secundárias, e não se

preocupam minimamente com o que é realmente importante para a melhoria da

qualidade de vida. Portugal está atrasadíssimo culturalmente, somos o país

com a maior taxa de analfabetização da Europa, não existe Segurança Social

em condições, muito menos um sistema de saúde e, por fim, a educação anda

nas ruas da amargura, com constantes mudanças que fazem das gerações

estudantis umas "cobaias" de sistemas de educação. Gostava que por um

momento se pensasse um pouco mais no rumo que isto está a tomar. Toda a

gente sabe o nome do novo treinador do Benfica, mas se calhar não sabem quem

são os candidatos à presidência da República... Nem tudo é mau. Pelo menos

sou livre de dizer o que penso!!! :-)"

Paulo Carvalho é baterista há 15 anos, os últimos três no grupo TRILHOS, onde gravou o disco FADO AZUL pela Editora Ovação e participou em diversos programas como Praça da Alegria da RTP, Vivá Música da RDP e outros. É também há oito anos o baterista da banda ÍNDICE de Viseu, que para além de arraiais de Verão e bares de Inverno participou nos programas televisivos Chuva de Estrelas e Reis do Estúdio. Recentemente, foi convidado por Luís Portugal ( ex Jafu Mega ) para gravar o seu último trabalho ao vivo prestes a ser editado.

É professor do 1º Ciclo do Ensino Básico e possui alguma formação musical adquirida nomeadamente na Escola de Jazz do Porto, onde estudou bateria.

Os seus gostos musicais são variadíssimos, pois vão de alguma música clássica, até aos fabulosos Dream Theater, passando por Sting, Brian Adams, Dire Straits, Toto, Pat Metheny e Dave Weckl ( o maior).

De música portuguesa pouco aprecia, pois a qualidade não abunda e infelizmente a imagem sobrepõe-se ao talento musical. Há no entanto as excepções que são Dulce Pontes, Sara Tavares, Rui Veloso, Iris, Pedro Abrunhosa ( os dois primeiros álbuns ) e sempre, sempre Jafu Mega. À semelhança da música pensa que toda a sociedade/cultura portuguesa está mergulhada numa doentia exploração da imagem em detrimento das reais capacidades das pessoas e cumpre-se à risca aquela máxima que diz: Antigamente eram conhecidas as pessoas importantes ao passo que hoje são importantes as pessoas conhecidas.

Como músico, que infelizmente não pode ser a tempo inteiro, os seus objectivos imediatos passam por ir o mais longe possível neste festival com o grupo Trilhos e a continuação na banda Índice que espera ajudar a crescer cada vez mais. Como professor, espera apenas que este governo não se divorcie de vez da sua paixão: a educação. Manuel Loureiro tem o Curso Geral de Composição ( 6ºano de piano e 8º grau de formação musical ) e frequência do 3º ano do Curso Licenciatura em Ensino da Música na Universidade de Aveiro. É professor de Educação Musical. Começou a estudar música aos 12 anos, com orgão electrónico e aos 16 anos começou a frequentar o Conservatório. Fez o curso geral de composição no conservatório do Porto e continuou os estudos de piano no conservatório regional de Viseu. Pertence ao Grupo "Trilhos" desde a sua fundação, como teclista, e participei na gravação do Cd "Fado Azul". Fez parte do Grupo "Batatasamurro" como teclista e participou na gravação do Cd "Bom Apetite" . Fez parte do Grupo "Fura Fura", como teclista, grupo este ligado ao Teatro ACERT e participou na Gravação do LP "Assi se Fazem as Cousas" Participou em vários trabalhos de estúdio, como teclista e na produção e em alguns grupos de Couvers como teclista e baixista. Os seus passatempos preferidos são: - Desporto ( Futebol e btt ); - Cinema; - Tecnologia ligada ao som e imagem. As suas influências musicais são várias: Led Zeppling; Pink Floyd; Sting; Djavan; Miles Davis; Chick Corea; Pat Metheny; Herbie Hancock; Supertramp; Mozart; Beethoven; Bach;... Tem como objectivo a médio prazo acabar o curso que está a frequentar, e continuar a evoluir como músico nos projectos em que está envolvido. João Lemos tem o curso geral de Composição. É professor de Educação Musical. Pertence ao grupo Trilhos, como baixista, desde a sua formação, tendo paarticipado na gravação do CD do grupo "Fado Azul". Pertence também, como baixista, aos grupos “Corpo de Intervenção” e “Índice” e participou na gravação ao vivo do último CD de Luís Portugal.

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