DN

19-04-2001
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Maria de Belém, antecessora de Arcanjo, ouviu o debate, mas saiu do plenário antes de terminar a intervenção inicial da ministra, evitando assim ter de a aplaudir de pé.

Guterres entrou visivelmente bem disposto e sorridente. Esteve no plenário pouco mais de meia hora, o tempo de ouvir as intervenções de abertura de Manuela Arcanjo e de Durão Barroso, e, tal como é hábito nas interpelações, deixou o hemiciclo em seguida. O que provocou um coro de protestos do PSD e do CDS/PP. Questionado, à saída, sobre a entrevista da ministra ao DN, ontem publicada, em que Arcanjo dizia ser "uma vergonha o que se passa na Saúde" em Portugal, o chefe do Governo respondeu: "Há muitas coisas na Saúde que nos envergonham. Estes problemas não se resolvem de um dia para o outro. É preciso uma estratégia e a nossa ministra da Saúde tem-na."

Lá dentro as hostilidades foram abertas pelo líder do PSD, que começou o seu discurso também usando a frase da ministra. Para dizer "que numa coisa estamos de acordo com a ministra da Saúde. O que se passa no sector é uma vergonha". Durão insistiu em chamar à responsabilidade o chefe do Governo, dizendo que Guterres "é o responsável máximo" pelo estado a que chegou o sector. Em alternativa, apresentou um modelo "misto" de SNS, em que o privado coexistiria com o público. E acusou o Governo de ser "centralista e estatizante" ao pretender "gerir todos os hospitais a partir de Lisboa".

As réplicas socialistas estiveram a cargo de vários deputados. Mas foi Gil França, da Madeira, quem mais fez vibrar a bancada "rosa" ao lembrar o que o PSD tem feito no arquipélago.

Bernardino Soares, do PCP, defendeu o sistema público de Saúde, acusando o Governo de o querer privatizar, "cedendo aos grandes grupos económicos e de interesses". Basílio Horta, do PP, defendeu a contratualização com privados de forma a evitar o estrangulamento do sector público. E uma melhor utilização dos recursos, para evitar que, tal como acontece hoje, "o fruto do trabalho dos portugueses sirva para enriquecimentos indevidos".

Isabel de Castro, do PEV, recusou a tese da ministra de só falar do período em que está na pasta da Saúde, dizendo que o PS governa desde 1995. Luis Fazenda (BE) responsabilizou o Executivo pela "ofensiva desagregadora" do SNS e defendeu um sistema "geral, universal e gratuito".

Maria de Belém, antecessora de Arcanjo, ouviu o debate, mas saiu do plenário antes de terminar a intervenção inicial da ministra, evitando assim ter de a aplaudir de pé.

Guterres entrou visivelmente bem disposto e sorridente. Esteve no plenário pouco mais de meia hora, o tempo de ouvir as intervenções de abertura de Manuela Arcanjo e de Durão Barroso, e, tal como é hábito nas interpelações, deixou o hemiciclo em seguida. O que provocou um coro de protestos do PSD e do CDS/PP. Questionado, à saída, sobre a entrevista da ministra ao DN, ontem publicada, em que Arcanjo dizia ser "uma vergonha o que se passa na Saúde" em Portugal, o chefe do Governo respondeu: "Há muitas coisas na Saúde que nos envergonham. Estes problemas não se resolvem de um dia para o outro. É preciso uma estratégia e a nossa ministra da Saúde tem-na."

Lá dentro as hostilidades foram abertas pelo líder do PSD, que começou o seu discurso também usando a frase da ministra. Para dizer "que numa coisa estamos de acordo com a ministra da Saúde. O que se passa no sector é uma vergonha". Durão insistiu em chamar à responsabilidade o chefe do Governo, dizendo que Guterres "é o responsável máximo" pelo estado a que chegou o sector. Em alternativa, apresentou um modelo "misto" de SNS, em que o privado coexistiria com o público. E acusou o Governo de ser "centralista e estatizante" ao pretender "gerir todos os hospitais a partir de Lisboa".

As réplicas socialistas estiveram a cargo de vários deputados. Mas foi Gil França, da Madeira, quem mais fez vibrar a bancada "rosa" ao lembrar o que o PSD tem feito no arquipélago.

Bernardino Soares, do PCP, defendeu o sistema público de Saúde, acusando o Governo de o querer privatizar, "cedendo aos grandes grupos económicos e de interesses". Basílio Horta, do PP, defendeu a contratualização com privados de forma a evitar o estrangulamento do sector público. E uma melhor utilização dos recursos, para evitar que, tal como acontece hoje, "o fruto do trabalho dos portugueses sirva para enriquecimentos indevidos".

Isabel de Castro, do PEV, recusou a tese da ministra de só falar do período em que está na pasta da Saúde, dizendo que o PS governa desde 1995. Luis Fazenda (BE) responsabilizou o Executivo pela "ofensiva desagregadora" do SNS e defendeu um sistema "geral, universal e gratuito".

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