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08-12-2000
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25 de Agosto

Barrancos: Socialistas de Beja optimistas e PCP, PP e PSD cépticos

O responsável pelo PS no distrito de Beja acredita que, com a nova lei dos touros de morte, a normalidade vai regressar às festas de Barrancos, mas o PCP, o PSD e o PP culpam os socialistas por polémicas futuras. Em declarações à Lusa, o presidente da Federação Regional do Baixo Alentejo do PS, Gavino Paixão, garante que após a publicação na quarta-feira passada no Diário da República do regime de contra-ordenações a aplicar na questão dos touros de morte a situação de Barrancos ficou "clarificada". "A questão legal a partir de agora está já clara com a publicação do diploma", sublinha, convicto de que assim ficam resolvidas "todas as possíveis confusões" - escreve a Lusa - geradas devido ao lapso de tempo que decorreu entre a publicação da lei e do decreto que estabelece as coimas.

Natural da vila de Barrancos, Gavino Paixão está habituado a viver "intensamente" as festas em honra de Nossa Senhora da Conceição, que se iniciam na próxima segunda-feira e se prolongam até quinta-feira.

O dirigente socialista criticou ainda as associações de defesa dos animais pela polémica dos últimos anos: "Há um aproveitamento mediático por parte dessas associações em relação a Barrancos. Defendem interesses legítimos, mas, como Barrancos se tornou tão mediático, servem-se disso para dar a conhecer os seus objectivos".

Gavino Paixão acredita que "tudo vai voltar ao normal" e as festas continuarão a desenrolar-se dentro da tradição, pois com a nova lei "as pessoas já sabem o que as espera". PCP, PSD E PP acusam Governo Já os responsáveis pelas estruturas distritais do PCP e do PSD, António Vitória e José Raul Santos, respectivamente, não partilham do optimismo socialista e atribuem culpas ao Governo pelo reatar da polémica dos touros na vila do distrito de Beja. "Apresentámos o nosso projecto de lei, que incluía uma excepção para Barrancos, mas o PS não o aprovou. Por isso é agora responsável pela situação que mais uma vez se gerou", frisou à Lusa António Vitória. O PCP afirma mesmo que "não há excepção nenhuma, mas sim redução de coimas em caso de infracção", e que o PS está "a aproveitar politicamente a questão".

O presidente da distrital social-democrata também garante que o Governo "pouco tem feito para que as festas decorram sem pressões, afrontamentos ou ameaças". As associações de defesa dos animais também não escapam às críticas de José Raul Santos: "A repetição dos métodos e das iniciativas sempre tendentes a travar a realização das festividades barranquenhas revela contornos caricatos de organizações sem expressão, mas que procuram mediatizar desta forma a sua imagem, que não se vislumbra em nenhuma outra circunstância".

Por seu turno, o dirigente do PP, Lourenço Féria, defende que, com ou sem touros de morte, o ministro da Administração Interna tem vindo a debilitar a sua posição e se devia "demitir".

"Devia ter a coragem e o bom senso para o fazer", sublinhou à Lusa o dirigente popular, que não tenciona deslocar-se à vila.

Apesar de defender uma excepção para Barrancos, Lourenço Féria alerta para a questão da providência cautelar, "decidida pelo poder independente dos tribunais", e opina que a mesma deveria ser respeitada.

Em relação ao esperado regresso à normalidade nas festas, de agora em diante, Lourenço Féria manifesta, ao contrário de Gavino Paixão, o seu cepticismo: "Com toda a mediatização gerada pela comunicação social, nunca mais vão ser iguais".

URL deste artigo: http://noticias.sapo.pt/artigos/CAEBGB,cdhcdb.html

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O responsável pelo PS no distrito de Beja acredita que, com a nova lei dos touros de morte, a normalidade vai regressar às festas de Barrancos, mas o PCP, o PSD e o PP culpam os socialistas por polémicas futuras. Em declarações à Lusa, o presidente da Federação Regional do Baixo Alentejo do PS, Gavino Paixão, garante que após a publicação na quarta-feira passada no Diário da República do regime de contra-ordenações a aplicar na questão dos touros de morte a situação de Barrancos ficou "clarificada". "A questão legal a partir de agora está já clara com a publicação do diploma", sublinha, convicto de que assim ficam resolvidas "todas as possíveis confusões" - escreve a Lusa - geradas devido ao lapso de tempo que decorreu entre a publicação da lei e do decreto que estabelece as coimas.

Natural da vila de Barrancos, Gavino Paixão está habituado a viver "intensamente" as festas em honra de Nossa Senhora da Conceição, que se iniciam na próxima segunda-feira e se prolongam até quinta-feira.

O dirigente socialista criticou ainda as associações de defesa dos animais pela polémica dos últimos anos: "Há um aproveitamento mediático por parte dessas associações em relação a Barrancos. Defendem interesses legítimos, mas, como Barrancos se tornou tão mediático, servem-se disso para dar a conhecer os seus objectivos".

Gavino Paixão acredita que "tudo vai voltar ao normal" e as festas continuarão a desenrolar-se dentro da tradição, pois com a nova lei "as pessoas já sabem o que as espera". PCP, PSD E PP acusam Governo Já os responsáveis pelas estruturas distritais do PCP e do PSD, António Vitória e José Raul Santos, respectivamente, não partilham do optimismo socialista e atribuem culpas ao Governo pelo reatar da polémica dos touros na vila do distrito de Beja. "Apresentámos o nosso projecto de lei, que incluía uma excepção para Barrancos, mas o PS não o aprovou. Por isso é agora responsável pela situação que mais uma vez se gerou", frisou à Lusa António Vitória. O PCP afirma mesmo que "não há excepção nenhuma, mas sim redução de coimas em caso de infracção", e que o PS está "a aproveitar politicamente a questão".

O presidente da distrital social-democrata também garante que o Governo "pouco tem feito para que as festas decorram sem pressões, afrontamentos ou ameaças". As associações de defesa dos animais também não escapam às críticas de José Raul Santos: "A repetição dos métodos e das iniciativas sempre tendentes a travar a realização das festividades barranquenhas revela contornos caricatos de organizações sem expressão, mas que procuram mediatizar desta forma a sua imagem, que não se vislumbra em nenhuma outra circunstância".

Por seu turno, o dirigente do PP, Lourenço Féria, defende que, com ou sem touros de morte, o ministro da Administração Interna tem vindo a debilitar a sua posição e se devia "demitir".

"Devia ter a coragem e o bom senso para o fazer", sublinhou à Lusa o dirigente popular, que não tenciona deslocar-se à vila.

Apesar de defender uma excepção para Barrancos, Lourenço Féria alerta para a questão da providência cautelar, "decidida pelo poder independente dos tribunais", e opina que a mesma deveria ser respeitada.

Em relação ao esperado regresso à normalidade nas festas, de agora em diante, Lourenço Féria manifesta, ao contrário de Gavino Paixão, o seu cepticismo: "Com toda a mediatização gerada pela comunicação social, nunca mais vão ser iguais".

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