O que dizem os economistas

06-01-2002
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O Que Dizem Os Economistas

Segunda-feira, 31 de Dezembro de 2001

A moeda única é uma reforma política que permitirá aos vários governos europeus dedicarem-se finalmente à resolução dos problemas que afectam os cidadãos. Deixámos, finalmente, para trás o supérfluo.

Francisco Torres,

Capital, 6.5.98

A adopção do euro constituiu um enorme passo em frente no sentido da criação de um mercado interno único europeu, tendo posto, a partir de 1 de janeiro de 1999, as relações de troca ao abrigo dos factores de instabilidade trazidos pela flutuação cambial e, sobretudo, pela manipulação deliberada das taxas de câmbio por parte dos poderes políticos internos dos vários Estados-membros.

Daniel Bessa,

JN, 29.11.01

O euro nasce hoje. Este acontecimento é apenas o toque final na longa epopeia da união monetária. Mas não deixa de ser importante. Implicará um considerável esforço de adaptação (...). A situação do euro é curiosa. De facto, ele já existe há três anos, mas nós não o conhecemos. Estamos como os pais que sabem que têm um filho, mas que durante nove meses não lhe vêm a cara (...)

João César das Neves,

DN, 17.12.01

A introdução da moeda única - o euro - na União Europeia vai representar o virar de uma página importante da nossa história, mas não significará um corte abrupto com o presente e o passado recente. Desde a entrada de Portugal na EFTA, em 1960, e na CEE em 1986, e com as alterações posteriores que o Acto Único e o Tratado de Maastricht introduziram, vimos caminhando num sentido que é sempre o mesmo - uma ligação cada vez maior do mercado português aos mercados europeus.

João Salgueiro

Notícias Magazine, 25.10.97

O euro vai trazer um nível de desafios muito superior aquilo a que estávamos habituados. Por enquanto, ainda não existe completa consciência da magnitude destes desafios, mas como sempre aconteceu até agora, à medida que estes problemas se vão acentuando e à medida que nos vamos capacitando que as coisas são realmente sérias, acabamos por encontrar mecanismos de reacção e mobilização da nossa capacidade empreendedora que eventualmente nos farão retomar o bom caminho. É pena, entretanto, termos perdido tanto tempo.

António Borges

Valor, 4.01.01

O euro nasceu de uma floresta de enganos, habilmente explorados pelos adeptos de uma concepção, para mim inaceitável, que é a do superestado europeu (...). Para criar o superestado europeu, a receita era a jacobino-napoleónica. Um férreo centralismo, esmagando sem piedade as especificidades nacionais, de modo a formar, a régua e esquadro, uma supernação europeia que apoiasse o superestado europeu.

João Ferreira do Amaral,

DN, 23.10.00

Essa concepção levou ao tratado de Maastricht e a um dos elementos fundamentais doo susperestado europeu, a moeda única. Nunca estaremos suficientemente agradecidos à firmeza inglesa o ter evitado que, apesar de tudo, o superestado europeu vencesse em toda a linha.

idem

Sem a moeda única, a guerra é uma questão de tempo (...). É um problema de análise crua. A guerra é um elemento, no meio de muitos outros, da panóplia normal de instrumentos. Não é uma obrigação, mas faz parte dos instrumentos normais de utilização na política dos Estados.

Ernâni Lopes

Expresso, 01.02.97

[E sem a União Económica e Monetária] voltamos à tendência dos últimos 15 séculos. E o que, como cidadãos, temos de ter humildade intelectual de perceber é que estamos a contrapor, de um lado, 15 séculos de conflitos e guerras, e, do outro, 50 anos de construção europeia, desde 1945, em paz. E o espantoso é que equilibra. Mas não tenhamos ilusões, comparar 15 séculos com meio século não é bem a mesma coisa.

idem

O Que Dizem Os Economistas

Segunda-feira, 31 de Dezembro de 2001

A moeda única é uma reforma política que permitirá aos vários governos europeus dedicarem-se finalmente à resolução dos problemas que afectam os cidadãos. Deixámos, finalmente, para trás o supérfluo.

Francisco Torres,

Capital, 6.5.98

A adopção do euro constituiu um enorme passo em frente no sentido da criação de um mercado interno único europeu, tendo posto, a partir de 1 de janeiro de 1999, as relações de troca ao abrigo dos factores de instabilidade trazidos pela flutuação cambial e, sobretudo, pela manipulação deliberada das taxas de câmbio por parte dos poderes políticos internos dos vários Estados-membros.

Daniel Bessa,

JN, 29.11.01

O euro nasce hoje. Este acontecimento é apenas o toque final na longa epopeia da união monetária. Mas não deixa de ser importante. Implicará um considerável esforço de adaptação (...). A situação do euro é curiosa. De facto, ele já existe há três anos, mas nós não o conhecemos. Estamos como os pais que sabem que têm um filho, mas que durante nove meses não lhe vêm a cara (...)

João César das Neves,

DN, 17.12.01

A introdução da moeda única - o euro - na União Europeia vai representar o virar de uma página importante da nossa história, mas não significará um corte abrupto com o presente e o passado recente. Desde a entrada de Portugal na EFTA, em 1960, e na CEE em 1986, e com as alterações posteriores que o Acto Único e o Tratado de Maastricht introduziram, vimos caminhando num sentido que é sempre o mesmo - uma ligação cada vez maior do mercado português aos mercados europeus.

João Salgueiro

Notícias Magazine, 25.10.97

O euro vai trazer um nível de desafios muito superior aquilo a que estávamos habituados. Por enquanto, ainda não existe completa consciência da magnitude destes desafios, mas como sempre aconteceu até agora, à medida que estes problemas se vão acentuando e à medida que nos vamos capacitando que as coisas são realmente sérias, acabamos por encontrar mecanismos de reacção e mobilização da nossa capacidade empreendedora que eventualmente nos farão retomar o bom caminho. É pena, entretanto, termos perdido tanto tempo.

António Borges

Valor, 4.01.01

O euro nasceu de uma floresta de enganos, habilmente explorados pelos adeptos de uma concepção, para mim inaceitável, que é a do superestado europeu (...). Para criar o superestado europeu, a receita era a jacobino-napoleónica. Um férreo centralismo, esmagando sem piedade as especificidades nacionais, de modo a formar, a régua e esquadro, uma supernação europeia que apoiasse o superestado europeu.

João Ferreira do Amaral,

DN, 23.10.00

Essa concepção levou ao tratado de Maastricht e a um dos elementos fundamentais doo susperestado europeu, a moeda única. Nunca estaremos suficientemente agradecidos à firmeza inglesa o ter evitado que, apesar de tudo, o superestado europeu vencesse em toda a linha.

idem

Sem a moeda única, a guerra é uma questão de tempo (...). É um problema de análise crua. A guerra é um elemento, no meio de muitos outros, da panóplia normal de instrumentos. Não é uma obrigação, mas faz parte dos instrumentos normais de utilização na política dos Estados.

Ernâni Lopes

Expresso, 01.02.97

[E sem a União Económica e Monetária] voltamos à tendência dos últimos 15 séculos. E o que, como cidadãos, temos de ter humildade intelectual de perceber é que estamos a contrapor, de um lado, 15 séculos de conflitos e guerras, e, do outro, 50 anos de construção europeia, desde 1945, em paz. E o espantoso é que equilibra. Mas não tenhamos ilusões, comparar 15 séculos com meio século não é bem a mesma coisa.

idem

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