Museu de Castelo Branco debate o acto têxtil

15-02-2002
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Museu de Castelo Branco Debate o Acto Têxtil

Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2002

Viajar pelas origens da tecelagem até aos teares da actualidade foi a proposta do colóquio desenvolvido ontem pelo Museu de Francisco Tavares Proença Júnior e pelo Centro da Área Educativa de Castelo Branco. Numa altura em que o acto da tecelagem tradicional ameaça desaparecer, esta iniciativa - integrada no atelier de tecelagem a funcionar desde Setembro no museu - pretendeu despertar nas faixas etárias mais jovens o interesse por uma actividade que sempre teve uma presença determinante na cultura do distrito de Castelo Branco e de toda a Beira Interior.

Rebuscando na literatura portuguesa extractos de textos que lembram o quanto a área dos têxteis foi importante na cultura nacional, como Alice Viera, Eugénio de Andrade ou Pereira de Castro, o debate redescobriu um percurso longo de saberes numa tentativa de, segundo Ana Margarida Ferreira, directora do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, "os trazer para os nossos dias de forma a que possamos articular recursos e partilhar experiências".

Numa primeira fase do encontro, dedicado ao tema "Têxtil: Sociedade e Desenvolvimento", Paulo Gameiro, suddirector do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE), apresentou a instituição que representa e procurou dar a conhecer aos participantes a mais antiga fibra têxtil: a lã. E que é também o material mais importante numa região que ainda hoje tem um papel preponderante na indústria dos lanifícios nacional. Paulo Gameiro garantiu que, ao contrário do que se ouve dizer, "o sector têxtil português está bom de saúde e deveria ser motivo de orgulho da economia nacional". Embora se tenha referido à lã como "fibra nobre", o subdirector da CITEVE acusou "a moda de estar a substitui-la por fibras sintéticas".

A segunda parte do colóquio centrou-se na importância do têxtil a nível de património e de educação. Depois de dar a conhecer o trabalho desenvolvido por cada instituição participante, o colóquio "O Acto Têxtil" terminou com um debate que, como esclareceu Celeste Ribeiro, responsável pelo serviço educativo do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, "não pretendeu modificar nada, mas que talvez sirva para que os têxteis e a sua importância cultural e futura não sejam esquecidos e não se mantenham afastados do quotidiano".

Fátima Lopes Cardoso

Museu de Castelo Branco Debate o Acto Têxtil

Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2002

Viajar pelas origens da tecelagem até aos teares da actualidade foi a proposta do colóquio desenvolvido ontem pelo Museu de Francisco Tavares Proença Júnior e pelo Centro da Área Educativa de Castelo Branco. Numa altura em que o acto da tecelagem tradicional ameaça desaparecer, esta iniciativa - integrada no atelier de tecelagem a funcionar desde Setembro no museu - pretendeu despertar nas faixas etárias mais jovens o interesse por uma actividade que sempre teve uma presença determinante na cultura do distrito de Castelo Branco e de toda a Beira Interior.

Rebuscando na literatura portuguesa extractos de textos que lembram o quanto a área dos têxteis foi importante na cultura nacional, como Alice Viera, Eugénio de Andrade ou Pereira de Castro, o debate redescobriu um percurso longo de saberes numa tentativa de, segundo Ana Margarida Ferreira, directora do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, "os trazer para os nossos dias de forma a que possamos articular recursos e partilhar experiências".

Numa primeira fase do encontro, dedicado ao tema "Têxtil: Sociedade e Desenvolvimento", Paulo Gameiro, suddirector do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE), apresentou a instituição que representa e procurou dar a conhecer aos participantes a mais antiga fibra têxtil: a lã. E que é também o material mais importante numa região que ainda hoje tem um papel preponderante na indústria dos lanifícios nacional. Paulo Gameiro garantiu que, ao contrário do que se ouve dizer, "o sector têxtil português está bom de saúde e deveria ser motivo de orgulho da economia nacional". Embora se tenha referido à lã como "fibra nobre", o subdirector da CITEVE acusou "a moda de estar a substitui-la por fibras sintéticas".

A segunda parte do colóquio centrou-se na importância do têxtil a nível de património e de educação. Depois de dar a conhecer o trabalho desenvolvido por cada instituição participante, o colóquio "O Acto Têxtil" terminou com um debate que, como esclareceu Celeste Ribeiro, responsável pelo serviço educativo do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, "não pretendeu modificar nada, mas que talvez sirva para que os têxteis e a sua importância cultural e futura não sejam esquecidos e não se mantenham afastados do quotidiano".

Fátima Lopes Cardoso

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