Basílio Horta Almoçou com Pinto da Costa
Terça-feira, 5 de Março de 2002
CDS-PP avança com propostas para "salvar" Plano de Pormenor das Antas
No dia seguinte a ter prometido que o CDS-PP apresentaria uma proposta de solução para desbloquear o impasse do Euro 2004, nas Antas, Basílio Horta - cabeça de lista dos populares no Porto - almoçou ontem com Pinto da Costa. O convite partiu do presidente do FC Porto, e Basílio terá aproveitado a oportunidade para ouvir as razões que levaram à suspensão das obras do novo estádio. "O CDS-PP já tinha falado com vários comerciantes e com o dr. Rui Rio sobre este diferendo, mas ainda não tínhamos conversado com o senhor Pinto da Costa. E quisemos levar-lhe a nossa sugestão, transparente, clara, que, em nosso entender, poderá conciliar todos os interesses em presença", explicou Basílio Horta ao PÚBLICO, recusando-se, no entanto, a concretizar quais as medidas avançadas, porque "sempre disse que estes assuntos não devem ser tratados pelos jornais".
Apostados em manter a maior discrição sobre este assunto, e visivelmente preocupados em que o encontro de amanhã com o Presidente da República não venha a ser "contaminado" por propostas e contra-propostas, os dirigentes do CDS portuense e os vereadores centristas do executivo da Câmara do Porto mantêm uma cortina de silêncio sobre os últimos desenvolvimentos deste processo.
O PÚBLICO apurou, todavia, que a ideia do CDS-PP de acordo entre as partes seria substancialmente diferente daquela que se estará a desenhar entre o Grupo Amorim e a Associação de Comerciantes, com a intermediação directa do presidente da câmara, Rui Rio. Estando em causa a realização do Euro 2004 - que o CDS-PP sempre defendeu -, os populares respeitariam a primeira versão do Plano de Pormenor das Antas (não reduzindo, portanto, a área comercial) e tentariam compensar os comerciantes. A fórmula para esta compensação estava ainda a ser estudada, mas abriam-se duas vias: uma que passaria pelo Governo, que teria de disponibilizar uma verba permitindo a todos os comerciantes a possibilidade de irem buscar meios financeiros a fundo perdido para modernizarem os seus espaços comerciais; a outra era facilitar a instalação (através de bonificações ainda a definir) no futuro "shopping" de comerciantes que desejassem transitar para aquele espaço.
Filomena Fontes
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Basílio Horta Almoçou com Pinto da Costa
Terça-feira, 5 de Março de 2002
CDS-PP avança com propostas para "salvar" Plano de Pormenor das Antas
No dia seguinte a ter prometido que o CDS-PP apresentaria uma proposta de solução para desbloquear o impasse do Euro 2004, nas Antas, Basílio Horta - cabeça de lista dos populares no Porto - almoçou ontem com Pinto da Costa. O convite partiu do presidente do FC Porto, e Basílio terá aproveitado a oportunidade para ouvir as razões que levaram à suspensão das obras do novo estádio. "O CDS-PP já tinha falado com vários comerciantes e com o dr. Rui Rio sobre este diferendo, mas ainda não tínhamos conversado com o senhor Pinto da Costa. E quisemos levar-lhe a nossa sugestão, transparente, clara, que, em nosso entender, poderá conciliar todos os interesses em presença", explicou Basílio Horta ao PÚBLICO, recusando-se, no entanto, a concretizar quais as medidas avançadas, porque "sempre disse que estes assuntos não devem ser tratados pelos jornais".
Apostados em manter a maior discrição sobre este assunto, e visivelmente preocupados em que o encontro de amanhã com o Presidente da República não venha a ser "contaminado" por propostas e contra-propostas, os dirigentes do CDS portuense e os vereadores centristas do executivo da Câmara do Porto mantêm uma cortina de silêncio sobre os últimos desenvolvimentos deste processo.
O PÚBLICO apurou, todavia, que a ideia do CDS-PP de acordo entre as partes seria substancialmente diferente daquela que se estará a desenhar entre o Grupo Amorim e a Associação de Comerciantes, com a intermediação directa do presidente da câmara, Rui Rio. Estando em causa a realização do Euro 2004 - que o CDS-PP sempre defendeu -, os populares respeitariam a primeira versão do Plano de Pormenor das Antas (não reduzindo, portanto, a área comercial) e tentariam compensar os comerciantes. A fórmula para esta compensação estava ainda a ser estudada, mas abriam-se duas vias: uma que passaria pelo Governo, que teria de disponibilizar uma verba permitindo a todos os comerciantes a possibilidade de irem buscar meios financeiros a fundo perdido para modernizarem os seus espaços comerciais; a outra era facilitar a instalação (através de bonificações ainda a definir) no futuro "shopping" de comerciantes que desejassem transitar para aquele espaço.
Filomena Fontes