Referendo sobre a Moeda Única

11-03-2001
marcar artigo

46. 287 cidadãos

assinaram este texto que reclamando um referendo à participação de Portugal na moeda única, foi entregue no dia 12 de Junho na Assembleia da República.

Na audiência realizada com o Presidente da Assembleia da República, a delegação dos promotores do abaixo-assinado salientou que

«ao entregarmos na sede da representação nacional a expressão de uma significativa manifestação de vontade que é, ao mesmo tempo, o resultado de um exercício activo de direitos de cidadania, esperamos que a Assembleia da República e os deputados que a constituem considerem e acolham esta reclamação , designadamente no quadro do processo de revisão constitucional em curso ».

Exmo. Senhor

Presidente da Assembleia da República

A passagem à terceira fase da União Económica e Mone-tária, com a criação da Moeda Única, tal como consta do Tratado da União Europeia assinado em Maastricht, vai condicionar profundamente o futuro dos portugueses, de Portugal e da Europa.

O cumprimento dos critérios de Maastricht para a adesão de Portugal à Moeda Única, com a sua lógica neoliberal, tem significado políticas de austeridade com aumento do desemprego, degradação de salários e pensões, desresponsabilização do Estado na área social (educação, saúde, segurança social). Políticas que, por imposição do Tratado e do Pacto de Estabilidade, prosseguiriam mesmo depois da criação da Moeda Única.

A participação na Moeda Única implicaria graves perdas para a soberania nacional. Importantes políticas — orçamental, monetária, fiscal, cambial e outras — passariam a ser decididas, no essencial, pelo Banco Central Europeu, à margem das instituições e órgãos de soberania portugueses eleitos e politicamente responsáveis perante os cidadãos.

Os signatários têm opiniões diferentes sobre aspectos da integração euro-peia. Mas estão de acordo na defesa de uma Europa de Estados soberanos e iguais em direitos, assente na aproximação e convergência real das economias e dos níveis de vida, com mais emprego, respeito pelos direitos sociais, defesa do ambiente, aprofundamento da democracia e solidarie-dade internacional entre os povos.

Os signatários partilham também da firme convicção de que uma decisão tão crucial para o futuro colectivo, como é a passagem à Moeda Única, não pode ser decidida à revelia da vontade popular e da intervenção e participação do povo. Por isso, reclamam da Assembleia da República a reali-zação de um referendo nacional onde o povo português seja chamado a pronunciar-se sobre a participação de Portugal na Moeda Única.

Fev. 97

Primeiros signatários

Abílio Fernandes, autarca; Agostinho Santos Silva, engenheiro; Alda Sousa, professora Alfredo Frade, médico; Álvaro Siza Vieira, arquitecto; André Martins, lic. sociologia; Aníbal Almeida, prof. universitário; António Abreu, engenheiro; António Avelãs Nunes, prof. universitário; António Borges Coelho, historiador/prof.univ.; António Galhordas, médico; António Ganhão, autarca; Blasco Hugo Fernandes, eng. agrónomo; Carlos Carvalhas, economista; Carlos Brito, ex-deputado; Carlos Marques, engenheiro; Carlos Pimenta, prof. universitário; Carmen Francisco, autarca; Daniel Branco, autarca; Demétrio Alves, autarca; Dórdio Guimarães, cineasta e poeta; Fernanda Abreu, prof. universitária; Fernanda Lapa, encenadora/actriz ; Fernando Martinho, médico; Fernando Nunes da Silva, engenheiro; Fernando Rosas, historiador; Francisco Louçã, economista; Graciete Cruz, sindicalista; Irene Cruz, actriz; Isabel Castro, deputada; João Cunha Serra, engenheiro; João Frazão, estudante; João Maria André, prof. universitário; João Nabais, advogado; Jorge Araújo, editor; Jorge de Alarcão, prof. universitário; Jorge Veiga, prof. universitário; José Cardoso Pires, escritor; José Falcão; José Manuel Mendes, escritor; José Saramago, escritor; Lino de Carvalho, deputado; Luís Azevedo, advogado; Luís Catarino, advogado; Luís Fazendas, professor; Luís Sá, deputado; Manuel Carvalho da Silva, sindicalista; Manuel Correia, sindicalista; Manuel Graça, sindicalista; Manuel Gusmão, prof. universitário; Morais Cabral, director bancário; Maria Emília Sousa, autarca; Mário Alberto, cenógrafo; Mário Barradas, encenador teatral; Mário de Carvalho, escritor; Mário Tomé, militar; Octávio Teixeira, deputado; Óscar Lopes, prof. universitário; Raúl Castro, advogado; Rogério Moreira, gestor; Rui Godinho, autarca; Sérgio Ribeiro, deputado no Parl.Euro.; Urbano Tavares Rodrigues, escritor.

AGRADECEMOS A TODOS OS QUE SUBSCREVERAM ESTE ABAIXO-ASSINADO.

E LEMBRAMOS QUE, TAMBÉM PELO REFERENDO À MOEDA ÍNICA, A LUTA CONTINUA!

46. 287 cidadãos

assinaram este texto que reclamando um referendo à participação de Portugal na moeda única, foi entregue no dia 12 de Junho na Assembleia da República.

Na audiência realizada com o Presidente da Assembleia da República, a delegação dos promotores do abaixo-assinado salientou que

«ao entregarmos na sede da representação nacional a expressão de uma significativa manifestação de vontade que é, ao mesmo tempo, o resultado de um exercício activo de direitos de cidadania, esperamos que a Assembleia da República e os deputados que a constituem considerem e acolham esta reclamação , designadamente no quadro do processo de revisão constitucional em curso ».

Exmo. Senhor

Presidente da Assembleia da República

A passagem à terceira fase da União Económica e Mone-tária, com a criação da Moeda Única, tal como consta do Tratado da União Europeia assinado em Maastricht, vai condicionar profundamente o futuro dos portugueses, de Portugal e da Europa.

O cumprimento dos critérios de Maastricht para a adesão de Portugal à Moeda Única, com a sua lógica neoliberal, tem significado políticas de austeridade com aumento do desemprego, degradação de salários e pensões, desresponsabilização do Estado na área social (educação, saúde, segurança social). Políticas que, por imposição do Tratado e do Pacto de Estabilidade, prosseguiriam mesmo depois da criação da Moeda Única.

A participação na Moeda Única implicaria graves perdas para a soberania nacional. Importantes políticas — orçamental, monetária, fiscal, cambial e outras — passariam a ser decididas, no essencial, pelo Banco Central Europeu, à margem das instituições e órgãos de soberania portugueses eleitos e politicamente responsáveis perante os cidadãos.

Os signatários têm opiniões diferentes sobre aspectos da integração euro-peia. Mas estão de acordo na defesa de uma Europa de Estados soberanos e iguais em direitos, assente na aproximação e convergência real das economias e dos níveis de vida, com mais emprego, respeito pelos direitos sociais, defesa do ambiente, aprofundamento da democracia e solidarie-dade internacional entre os povos.

Os signatários partilham também da firme convicção de que uma decisão tão crucial para o futuro colectivo, como é a passagem à Moeda Única, não pode ser decidida à revelia da vontade popular e da intervenção e participação do povo. Por isso, reclamam da Assembleia da República a reali-zação de um referendo nacional onde o povo português seja chamado a pronunciar-se sobre a participação de Portugal na Moeda Única.

Fev. 97

Primeiros signatários

Abílio Fernandes, autarca; Agostinho Santos Silva, engenheiro; Alda Sousa, professora Alfredo Frade, médico; Álvaro Siza Vieira, arquitecto; André Martins, lic. sociologia; Aníbal Almeida, prof. universitário; António Abreu, engenheiro; António Avelãs Nunes, prof. universitário; António Borges Coelho, historiador/prof.univ.; António Galhordas, médico; António Ganhão, autarca; Blasco Hugo Fernandes, eng. agrónomo; Carlos Carvalhas, economista; Carlos Brito, ex-deputado; Carlos Marques, engenheiro; Carlos Pimenta, prof. universitário; Carmen Francisco, autarca; Daniel Branco, autarca; Demétrio Alves, autarca; Dórdio Guimarães, cineasta e poeta; Fernanda Abreu, prof. universitária; Fernanda Lapa, encenadora/actriz ; Fernando Martinho, médico; Fernando Nunes da Silva, engenheiro; Fernando Rosas, historiador; Francisco Louçã, economista; Graciete Cruz, sindicalista; Irene Cruz, actriz; Isabel Castro, deputada; João Cunha Serra, engenheiro; João Frazão, estudante; João Maria André, prof. universitário; João Nabais, advogado; Jorge Araújo, editor; Jorge de Alarcão, prof. universitário; Jorge Veiga, prof. universitário; José Cardoso Pires, escritor; José Falcão; José Manuel Mendes, escritor; José Saramago, escritor; Lino de Carvalho, deputado; Luís Azevedo, advogado; Luís Catarino, advogado; Luís Fazendas, professor; Luís Sá, deputado; Manuel Carvalho da Silva, sindicalista; Manuel Correia, sindicalista; Manuel Graça, sindicalista; Manuel Gusmão, prof. universitário; Morais Cabral, director bancário; Maria Emília Sousa, autarca; Mário Alberto, cenógrafo; Mário Barradas, encenador teatral; Mário de Carvalho, escritor; Mário Tomé, militar; Octávio Teixeira, deputado; Óscar Lopes, prof. universitário; Raúl Castro, advogado; Rogério Moreira, gestor; Rui Godinho, autarca; Sérgio Ribeiro, deputado no Parl.Euro.; Urbano Tavares Rodrigues, escritor.

AGRADECEMOS A TODOS OS QUE SUBSCREVERAM ESTE ABAIXO-ASSINADO.

E LEMBRAMOS QUE, TAMBÉM PELO REFERENDO À MOEDA ÍNICA, A LUTA CONTINUA!

marcar artigo