Reacções dos partidos

10-07-2001
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Reacções dos Partidos

Sábado, 23 de Junho de 2001 PSD Programa condenado à nascença O programa de redução da despesa "não tem qualquer viabilidade" e "está condenado à nascença desde logo pelas condições políticas em que nasce", afirmou ontem o presidente do PSD, Durão Barroso, salientando que esperava ter visto o primeiro-ministro ao lado de Pina Moura na apresentação do plano. Em termos concretos, Durão criticou a fixação de um tecto para o crescimento da despesa, defendendo que o que é correcto é estabelecer uma relação entre a despesa pública e o PIB. Ainda em relação ao Orçamento Rectificativo, o presidente do PSD esclareceu que só viabilizará na especialidade as propostas do Governo de incentivos à poupança, se for aprovado o seu projecto de revogação da tributação sobre as mais-valias. A votação final não fica, contudo, condicionada. CDS/PP "Velha ideia de dez anos" O CDS-PP duvida da aplicação prática das medidas ontem anunciadas por Pina Moura. Dando como exemplo o anúncio da realização de auditorias à eficiência da despesa pública, a deputada Maria Celeste Cardona recordou que esta medida "já é uma velha ideia de dez anos", razão pela não acredita que o Governo lhe dê agora aplicação prática. E estende a mesma dúvida às outras medidas, porque, afirmou à Lusa, não se sabe "quem vai estar para a semana ou daqui a três anos no Governo" e na pasta das Finanças. Este partido acusa o Governo de "total incompetência e negligência" na gestão da despesa pública e de ter actuado "com desgoverno ao longo de seis anos". PCP Despedida do ministro O líder da bancada parlamentar comunista, Octávio Teixeira, viu ontem na apresentação do plano de redução e despesa "o discurso de despedida do ministro das Finanças". Quanto ao plano propriamente dito, Octávio Teixeira considera que está em causa um "corte draconiano" e afirmou que "o mais grave é que esse corte draconiano vai incidir sobre a função pública". Este dirigente comunista não tem dúvidas que virão aí tempos de agitação social: "É legitimo que os trabalhadores reajam fortemente." Bloco de Esquerda Portugueses não estão preparados Também o Bloco de Esquerda (BE) acredita que o plano de redução de despesa vai provocar agitação social, até porque, como afirmou Francisco Louçã, "os portugueses não estão preparados para aceitar que continue a ser corroído o seu poder de compra". Para Louçã, as 50 propostas de Pina Moura "são medidas a mais e medidas a menos", que, sobretudo, não resolvem três problemas: a necessidade de renovação da receita, a melhor qualificação da função pública e a falta de uma estratégia, necessária principalmente para resolver os problemas do sector da saúde. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Guterres ataca empresários

Pina Moura irrita Guterres

Reacções dos partidos

Reacções

Reforma implicaria um corte superior a 320 milhões em 2001

Medidas "ofendem" trabalhadores

Programa de reforma da despesa pública

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