DN

11-07-2001
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Confrontado com a possibilidade de o deputado do CDS-PP e presidente da Câmara de Ponte de Lima, Daniel Campelo, voltar a viabilizar o próximo OE, António Guterres recusou fazer quaisquer outros comentário sobre o assunto.

E justificou os motivos do seu silêncio. "Isso só serviria para isentar os partidos da oposição da responsabilidade que têm em contribuir para a governabilidade de Portugal. Não farei qualquer comentário que sirva para ilibá-los das suas responsabilidades", advertiu o primeiro-ministro.

Em matéria de Orçamento, Guterres considerou também que "ainda é cedo para se iniciar essa discussão, porque "a proposta do Governo ainda não está preparada". No entanto, reiterou a disponibilidade do Executivo "para dialogar" com a oposição, tendo em vista conseguir a aprovação da proposta de OE "com o mais amplo consenso possível".

As contas do Estado são, de resto, uma questão que está a preocupar os partidos da oposição. Este será um dos principais temas que os partidos com assento parlamentar irão abordar nas audiências de amanhã e sexta-feira com o Presidente da República. Os dirigentes do Bloco de Esquerda (BE), Miguel Portas e Francisco Louçã, são os primeiros a ser recebidos, em Belém, por Jorge Sampaio. Não levam agenda definida, mas é certo que apontarão o Orçamento e as finanças públicas como problemas políticos dominantes.

Francisco Louçã disse à Lusa que Jorge Sampaio, que convocou os partidos, vai determinar as questões a debater na audiência, mas, tratando-se da situação política actual, o Bloco não vai deixar passar em branco os "problemas sociais" provocados pelo programa de redução de despesa pública e, obviamente, o próximo Orçamento de Estado.

A perspectiva de Daniel Campelo viabilizar o orçamento para 2002 é, no entender de Francisco Louçã, um forte indício de "degradação política sem limites".

O próximo Orçamento também se afigura como "capitulação da reforma fiscal", com o Bloco de Esquerda a insurgir-se contra as possíveis isenções ou reduções de tributação nos lucros do mercado de capitais.

Quanto à redução da despesa prevista no orçamento rectificativo, Francisco Louçã considera que terá um "impacto social grave". O bloquista apontou, nomeadamente, o sector da saúde, onde ainda continua por resolver a gestão do Serviço Nacional de Saúde.

Durão Barroso também não deverá deixar de expressar ao Chefe de Estado a sua apreensão quanto a uma eventual "solução limiana" e a necessidade da intervenção presidencial se o episódio se repetir.

Confrontado com a possibilidade de o deputado do CDS-PP e presidente da Câmara de Ponte de Lima, Daniel Campelo, voltar a viabilizar o próximo OE, António Guterres recusou fazer quaisquer outros comentário sobre o assunto.

E justificou os motivos do seu silêncio. "Isso só serviria para isentar os partidos da oposição da responsabilidade que têm em contribuir para a governabilidade de Portugal. Não farei qualquer comentário que sirva para ilibá-los das suas responsabilidades", advertiu o primeiro-ministro.

Em matéria de Orçamento, Guterres considerou também que "ainda é cedo para se iniciar essa discussão, porque "a proposta do Governo ainda não está preparada". No entanto, reiterou a disponibilidade do Executivo "para dialogar" com a oposição, tendo em vista conseguir a aprovação da proposta de OE "com o mais amplo consenso possível".

As contas do Estado são, de resto, uma questão que está a preocupar os partidos da oposição. Este será um dos principais temas que os partidos com assento parlamentar irão abordar nas audiências de amanhã e sexta-feira com o Presidente da República. Os dirigentes do Bloco de Esquerda (BE), Miguel Portas e Francisco Louçã, são os primeiros a ser recebidos, em Belém, por Jorge Sampaio. Não levam agenda definida, mas é certo que apontarão o Orçamento e as finanças públicas como problemas políticos dominantes.

Francisco Louçã disse à Lusa que Jorge Sampaio, que convocou os partidos, vai determinar as questões a debater na audiência, mas, tratando-se da situação política actual, o Bloco não vai deixar passar em branco os "problemas sociais" provocados pelo programa de redução de despesa pública e, obviamente, o próximo Orçamento de Estado.

A perspectiva de Daniel Campelo viabilizar o orçamento para 2002 é, no entender de Francisco Louçã, um forte indício de "degradação política sem limites".

O próximo Orçamento também se afigura como "capitulação da reforma fiscal", com o Bloco de Esquerda a insurgir-se contra as possíveis isenções ou reduções de tributação nos lucros do mercado de capitais.

Quanto à redução da despesa prevista no orçamento rectificativo, Francisco Louçã considera que terá um "impacto social grave". O bloquista apontou, nomeadamente, o sector da saúde, onde ainda continua por resolver a gestão do Serviço Nacional de Saúde.

Durão Barroso também não deverá deixar de expressar ao Chefe de Estado a sua apreensão quanto a uma eventual "solução limiana" e a necessidade da intervenção presidencial se o episódio se repetir.

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