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08-06-2000
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30 de Março

Liberdade religiosa: PP indignado com discurso de Francisco Louçã

O discurso do deputado do Bloco de Esquerda Francisco Louçã sobre as consequências do acordo da Concordata para a História da democracia portuguesa, classificando-o como "o pacto da vergonha" foi considerado muito violento e provocou a indignação dos deputados populares. Telmo Correia e Nuno Melo, deputados do CDS-PP, acusaram o Bloco de Esquerda de "espírito de mata-frades", "jacobinismo", "estalinismo" e "trotskismo".

Francisco Louçã recordou as posições assumidas por Francisco Sá Carneiro, entre 1971 e 1972, a favor da abolição da Concordata e atacou a demora da Assembleia da República em agir sobre esta questão.

Louçã, que foi aplaudido por cerca de uma dezena de deputados socialistas, questionou ainda o facto de a democracia portuguesa ter aceite, até hoje, "a ofensa do privilégio institucional de uma Igreja, da violação da liberdade religiosa, do confessionalismo do ensino público e do flagrante desrespeito da Constituição".

"Todos os partidos parlamentares, com excepção feita ao Bloco de Esquerda, respondem pela sua responsabilidade na sobrevivência do pacto da vergonha e, em particular, pela conservação da Concordata quando esta foi reafirmada em 1975, com a única exclusão do referente ao divórcio dos católicos", denunciou.

As palavras de Louçã que mais agitaram a bancada popular estiveram relacionadas com críticas a posições recentemente defendidas publicamente por alguns sacerdotes da Igreja Católica.

Para o Bloco de Esquerda, a Concordata é o resquício de uma "aliança entre a Igreja Católica e a ditadura" de Salazar, que teve como principal efeito o "crescimento da intolerância".

Reagindo a estas palavras, o deputado do CDS-PP Telmo Correia disse que receava que, se alguma vez Francisco Louçã chegasse ao poder, ele fosse preso "só por ser católico". O projecto do BE revelou "um jacobinismo puro, um espírito de mata-frades", sendo "claramente anti-católico e anti-português", realçou o deputado popular.

Louçã respondeu: "Pensava que o fanatismo religioso já não tinha lugar na Assembleia da República".

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O discurso do deputado do Bloco de Esquerda Francisco Louçã sobre as consequências do acordo da Concordata para a História da democracia portuguesa, classificando-o como "o pacto da vergonha" foi considerado muito violento e provocou a indignação dos deputados populares. Telmo Correia e Nuno Melo, deputados do CDS-PP, acusaram o Bloco de Esquerda de "espírito de mata-frades", "jacobinismo", "estalinismo" e "trotskismo".

Francisco Louçã recordou as posições assumidas por Francisco Sá Carneiro, entre 1971 e 1972, a favor da abolição da Concordata e atacou a demora da Assembleia da República em agir sobre esta questão.

Louçã, que foi aplaudido por cerca de uma dezena de deputados socialistas, questionou ainda o facto de a democracia portuguesa ter aceite, até hoje, "a ofensa do privilégio institucional de uma Igreja, da violação da liberdade religiosa, do confessionalismo do ensino público e do flagrante desrespeito da Constituição".

"Todos os partidos parlamentares, com excepção feita ao Bloco de Esquerda, respondem pela sua responsabilidade na sobrevivência do pacto da vergonha e, em particular, pela conservação da Concordata quando esta foi reafirmada em 1975, com a única exclusão do referente ao divórcio dos católicos", denunciou.

As palavras de Louçã que mais agitaram a bancada popular estiveram relacionadas com críticas a posições recentemente defendidas publicamente por alguns sacerdotes da Igreja Católica.

Para o Bloco de Esquerda, a Concordata é o resquício de uma "aliança entre a Igreja Católica e a ditadura" de Salazar, que teve como principal efeito o "crescimento da intolerância".

Reagindo a estas palavras, o deputado do CDS-PP Telmo Correia disse que receava que, se alguma vez Francisco Louçã chegasse ao poder, ele fosse preso "só por ser católico". O projecto do BE revelou "um jacobinismo puro, um espírito de mata-frades", sendo "claramente anti-católico e anti-português", realçou o deputado popular.

Louçã respondeu: "Pensava que o fanatismo religioso já não tinha lugar na Assembleia da República".

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