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Movimento Transpessoal
O Movimento Transpessoal é um movimento mundial que foi beber conhecimento às filosofias orientais e às ciências ocidentais. Representa a junção de domínios de formação tão variados como: psicologia, espiritualidade, religiões comparadas, biologia, psicoterapia, pedagogia, entre outros. A base dos seus ensinamentos está na fusão de quatro correntes principais, que provêm na sua maior parte do Oriente, constituídas pelas vias místicas tradicionais que são de facto as mais antigas. São elas:
O Hinduísmo, as suas escrituras e tradições, caracterizam muitos dos caminhos transpessoais. O ioga é o método prático para os seguir. Para isso é necessário penetrar no Silêncio, na Noite e no Vazio, através da imobilização do corpo e do exercício respiratório. Desta forma torna-se possível libertarmo-nos do mundo exterior e da perspectiva egocêntrica acedendo à Grande Luz, que é, precisamente, a descoberta do Ser Universal, o eu que é o mesmo para todos nós!
O Taoísmo chinês representa a segunda corrente e está muito próximo do ioga. O mundo é a manifestação da Energia Primordial que se sustenta em dois pilares. O primeiro é masculino e positivo – Yang – representa o quente, o solar e o celeste; o segundo é feminino e negativo – Yin – representa o frio, o lunar e o terrestre. O Homem é o terceiro elemento que pode estabelecer um equilíbrio entre ambos. O Tai Chi Chuang é o método que, através de movimentos lentos e concentração mental, proporciona a energia corporal vital.
O Budismo é realmente a apresentação mais fiel e autêntica do Transpessoal. Defende que todos nós possuimos, em estado potencial, a “budeidade” a nossa verdadeira natureza. Para a alcançarmos é necessário muito esforço e meditação, utilizando a via da contemplação para estabelecermos a atenção justa e a via da não-distracção para a unificação do espírito. Desta forma atingimos um estado de calma revelador da nossa própria e verdadeira natureza.
Resta-nos referir o Sufismo como última e principal corrente do Movimento Transpessoal. Nasceu no Islão e tem como base de pensamento a superação da pessoa que se une ao seu Deus. A maior parte das suas técnicas são corporais. O sufismo assenta na transmutação do ego, ocorrendo uma alteração no plano da consciência. A transformação faz-se da consciência individual para a consciência universal, o encontro com Deus. Permite-nos nessa altura regressar ao mundo dos homens e agir nos dois planos de consciência: consciência individual e Consciência Cósmica.
Nas filosofias religiosas ocidentais também foram explorados Movimentos Transpessoais, dos quais referimos: os místicos judeus, que procuraram unir o pensamento judaico e o pensamento cartesiano; entre os cristãos, os monges ortodoxos do Monte Athos e de todos os praticantes do Hesicasmo; a corrente italiana, a apartir de São Francisco de Assis e do seu amor pela natureza, e a mística renana, mais próxima do entendimento transpessoal, ao entender o diálogo com o divino apartir da fusão entre Deus e o Homem como uma única e mesma luz.
Texto adaptado do livro O que é o Transpessoal
Editora Temática
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O Movimento Transpessoal é um movimento mundial que foi beber conhecimento às filosofias orientais e às ciências ocidentais. Representa a junção de domínios de formação tão variados como: psicologia, espiritualidade, religiões comparadas, biologia, psicoterapia, pedagogia, entre outros. A base dos seus ensinamentos está na fusão de quatro correntes principais, que provêm na sua maior parte do Oriente, constituídas pelas vias místicas tradicionais que são de facto as mais antigas. São elas:
O Hinduísmo, as suas escrituras e tradições, caracterizam muitos dos caminhos transpessoais. O ioga é o método prático para os seguir. Para isso é necessário penetrar no Silêncio, na Noite e no Vazio, através da imobilização do corpo e do exercício respiratório. Desta forma torna-se possível libertarmo-nos do mundo exterior e da perspectiva egocêntrica acedendo à Grande Luz, que é, precisamente, a descoberta do Ser Universal, o eu que é o mesmo para todos nós!
O Taoísmo chinês representa a segunda corrente e está muito próximo do ioga. O mundo é a manifestação da Energia Primordial que se sustenta em dois pilares. O primeiro é masculino e positivo – Yang – representa o quente, o solar e o celeste; o segundo é feminino e negativo – Yin – representa o frio, o lunar e o terrestre. O Homem é o terceiro elemento que pode estabelecer um equilíbrio entre ambos. O Tai Chi Chuang é o método que, através de movimentos lentos e concentração mental, proporciona a energia corporal vital.
O Budismo é realmente a apresentação mais fiel e autêntica do Transpessoal. Defende que todos nós possuimos, em estado potencial, a “budeidade” a nossa verdadeira natureza. Para a alcançarmos é necessário muito esforço e meditação, utilizando a via da contemplação para estabelecermos a atenção justa e a via da não-distracção para a unificação do espírito. Desta forma atingimos um estado de calma revelador da nossa própria e verdadeira natureza.
Resta-nos referir o Sufismo como última e principal corrente do Movimento Transpessoal. Nasceu no Islão e tem como base de pensamento a superação da pessoa que se une ao seu Deus. A maior parte das suas técnicas são corporais. O sufismo assenta na transmutação do ego, ocorrendo uma alteração no plano da consciência. A transformação faz-se da consciência individual para a consciência universal, o encontro com Deus. Permite-nos nessa altura regressar ao mundo dos homens e agir nos dois planos de consciência: consciência individual e Consciência Cósmica.
Nas filosofias religiosas ocidentais também foram explorados Movimentos Transpessoais, dos quais referimos: os místicos judeus, que procuraram unir o pensamento judaico e o pensamento cartesiano; entre os cristãos, os monges ortodoxos do Monte Athos e de todos os praticantes do Hesicasmo; a corrente italiana, a apartir de São Francisco de Assis e do seu amor pela natureza, e a mística renana, mais próxima do entendimento transpessoal, ao entender o diálogo com o divino apartir da fusão entre Deus e o Homem como uma única e mesma luz.
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