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12-02-2002
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PP: Partido Pessoal Paulo Portas vai completar quatro anos na liderança do CDS/PP. Ao longo dos quais o partido somou derrota atrás de derrota em todas as eleições. Enquanto Portas ganhava visibilidade mediática e notoriedade pública, graças à sua combatividade e ânsia de protagonismo (que o levou a ser cabeça-de-lista em todo o tipo de actos eleitorais e eclipsou quaisquer outros dirigentes populares), o CDS/PP transformou-se num pequeno agrupamento partidário com representação quase exclusivamente parlamentar. Que se arrisca a ver drasticamente reduzida no próximo 17 de Março. O líder do PP dedica, agora, quase toda a sua moção de estratégia ao Congresso a celebrar a AD. Diz mesmo que «reconstruir a AD é indiscutivelmente a melhor resposta e a melhor solução» para Portugal. Mas não foi ele quem fez implodir a AD de Marcelo Rebelo de Sousa, não foi ele quem lançou de forma inopinada um candidato presidencial contra Ferreira do Amaral (que retirou envergonhadamente, sem sequer apoiar o candidato do PSD), não foi ele quem fez o favor a João Soares de manter a sua candidatura pessoal em Lisboa, comprometendo as hipóteses de derrotar a coligação PS/PCP na capital? Não foi ele quem somou crispações, antipatias e portas fechadas no PSD, ao ponto de se tornar o principal obstáculo a qualquer aliança PSD/CDS? Sem nunca assumir responsabilidades pelos danos políticos que causou ao CDS/PP e pelos estragos que provocou a um projecto de entendimento do centro-direita. Alguém dará agora crédito às profissões de fé na AD da sua moção de estratégia? O líder do PP dedica, agora, quase toda a sua moção de estratégia ao Congresso a celebrar a AD. Diz mesmo que «reconstruir a AD é indiscutivelmente a melhor resposta e a melhor solução» para Portugal. Mas não foi ele quem fez implodir a AD de Marcelo Rebelo de Sousa, não foi ele quem lançou de forma inopinada um candidato presidencial contra Ferreira do Amaral (que retirou envergonhadamente, sem sequer apoiar o candidato do PSD), não foi ele quem fez o favor a João Soares de manter a sua candidatura pessoal em Lisboa, comprometendo as hipóteses de derrotar a coligação PS/PCP na capital? Não foi ele quem somou crispações, antipatias e portas fechadas no PSD, ao ponto de se tornar o principal obstáculo a qualquer aliança PSD/CDS? Sem nunca assumir responsabilidades pelos danos políticos que causou ao CDS/PP e pelos estragos que provocou a um projecto de entendimento do centro-direita. Alguém dará agora crédito às profissões de fé na AD da sua moção de estratégia? Em simultâneo, Paulo Portas piorou os resultados do CDS/PP em todas as eleições nas quais dirigiu o partido. Nas europeias de 99 caiu de 12,5% para 8,2%. Nas legislativas de 99 baixou de 9,1% para 8,4%. Nas presidenciais de 2001 foi o que se sabe. Nas autárquicas de Dezembro último, baixou de 6,4% para 6,1% e perdeu 5 das 8 Câmaras que estavam nas mãos dos populares. Dezenas de milhares de eleitores abandonaram gradualmente o partido nestes quatro anos. Quatro anos em que, ainda por cima, beneficiou de uma das mais frouxas lideranças que o PSD já conheceu. Não soube aproveitar e, ao invés de assumir as suas responsabilidades e extrair consequências de tal série de desaires, Paulo Portas acabou a culpar portugueses pelo seu voto... e a acusar os eleitores do CDS de não merecerem a sua liderança. Em simultâneo, Paulo Portas piorou os resultados do CDS/PP em todas as eleições nas quais dirigiu o partido. Nas europeias de 99 caiu de 12,5% para 8,2%. Nas legislativas de 99 baixou de 9,1% para 8,4%. Nas presidenciais de 2001 foi o que se sabe. Nas autárquicas de Dezembro último, baixou de 6,4% para 6,1% e perdeu 5 das 8 Câmaras que estavam nas mãos dos populares. Dezenas de milhares de eleitores abandonaram gradualmente o partido nestes quatro anos. Quatro anos em que, ainda por cima, beneficiou de uma das mais frouxas lideranças que o PSD já conheceu. Não soube aproveitar e, ao invés de assumir as suas responsabilidades e extrair consequências de tal série de desaires, Paulo Portas acabou a culpar portugueses pelo seu voto... e a acusar os eleitores do CDS de não merecerem a sua liderança. Obcecado pela sua aposta pessoal numa carreira política de suceso, Portas apresta-se para jogar a sua última cartada e conduzir o partido ao cadafalso em 17 de Março. Com a ténue esperança de que os poucos deputados eleitos pelo CDS/PP, mesmo que o partido se veja reduzido à sua ínfima expressão, sejam necessários a uma maioria parlamentar do PSD. É um patológico «tudo ou nada» de um líder que tem subordinado todo um partido político às suas ambições. Com epílogo anunciado para a noite das legislativas. Obcecado pela sua aposta pessoal numa carreira política de suceso, Portas apresta-se para jogar a sua última cartada e conduzir o partido ao cadafalso em 17 de Março. Com a ténue esperança de que os poucos deputados eleitos pelo CDS/PP, mesmo que o partido se veja reduzido à sua ínfima expressão, sejam necessários a uma maioria parlamentar do PSD. É um patológico «tudo ou nada» de um líder que tem subordinado todo um partido político às suas ambições. Com epílogo anunciado para a noite das legislativas. No balanço destes quatro anos de liderança, Portas ganhou a projecção de uma figura pública conhecida de quase todos os portugueses, ao passo que o CDS/PP perdeu votos, eleitos, câmaras e base eleitoral. Se o CDS/PP se revelou útil a Paulo Portas, este deixa o partido do Largo do Caldas em vias de extinção. O que restará, depois de 17 de Março, deste «one man party»? No balanço destes quatro anos de liderança, Portas ganhou a projecção de uma figura pública conhecida de quase todos os portugueses, ao passo que o CDS/PP perdeu votos, eleitos, câmaras e base eleitoral. Se o CDS/PP se revelou útil a Paulo Portas, este deixa o partido do Largo do Caldas em vias de extinção. O que restará, depois de 17 de Março, deste «one man party»? 17 Janeiro 2002

PP: Partido Pessoal Paulo Portas vai completar quatro anos na liderança do CDS/PP. Ao longo dos quais o partido somou derrota atrás de derrota em todas as eleições. Enquanto Portas ganhava visibilidade mediática e notoriedade pública, graças à sua combatividade e ânsia de protagonismo (que o levou a ser cabeça-de-lista em todo o tipo de actos eleitorais e eclipsou quaisquer outros dirigentes populares), o CDS/PP transformou-se num pequeno agrupamento partidário com representação quase exclusivamente parlamentar. Que se arrisca a ver drasticamente reduzida no próximo 17 de Março. O líder do PP dedica, agora, quase toda a sua moção de estratégia ao Congresso a celebrar a AD. Diz mesmo que «reconstruir a AD é indiscutivelmente a melhor resposta e a melhor solução» para Portugal. Mas não foi ele quem fez implodir a AD de Marcelo Rebelo de Sousa, não foi ele quem lançou de forma inopinada um candidato presidencial contra Ferreira do Amaral (que retirou envergonhadamente, sem sequer apoiar o candidato do PSD), não foi ele quem fez o favor a João Soares de manter a sua candidatura pessoal em Lisboa, comprometendo as hipóteses de derrotar a coligação PS/PCP na capital? Não foi ele quem somou crispações, antipatias e portas fechadas no PSD, ao ponto de se tornar o principal obstáculo a qualquer aliança PSD/CDS? Sem nunca assumir responsabilidades pelos danos políticos que causou ao CDS/PP e pelos estragos que provocou a um projecto de entendimento do centro-direita. Alguém dará agora crédito às profissões de fé na AD da sua moção de estratégia? O líder do PP dedica, agora, quase toda a sua moção de estratégia ao Congresso a celebrar a AD. Diz mesmo que «reconstruir a AD é indiscutivelmente a melhor resposta e a melhor solução» para Portugal. Mas não foi ele quem fez implodir a AD de Marcelo Rebelo de Sousa, não foi ele quem lançou de forma inopinada um candidato presidencial contra Ferreira do Amaral (que retirou envergonhadamente, sem sequer apoiar o candidato do PSD), não foi ele quem fez o favor a João Soares de manter a sua candidatura pessoal em Lisboa, comprometendo as hipóteses de derrotar a coligação PS/PCP na capital? Não foi ele quem somou crispações, antipatias e portas fechadas no PSD, ao ponto de se tornar o principal obstáculo a qualquer aliança PSD/CDS? Sem nunca assumir responsabilidades pelos danos políticos que causou ao CDS/PP e pelos estragos que provocou a um projecto de entendimento do centro-direita. Alguém dará agora crédito às profissões de fé na AD da sua moção de estratégia? Em simultâneo, Paulo Portas piorou os resultados do CDS/PP em todas as eleições nas quais dirigiu o partido. Nas europeias de 99 caiu de 12,5% para 8,2%. Nas legislativas de 99 baixou de 9,1% para 8,4%. Nas presidenciais de 2001 foi o que se sabe. Nas autárquicas de Dezembro último, baixou de 6,4% para 6,1% e perdeu 5 das 8 Câmaras que estavam nas mãos dos populares. Dezenas de milhares de eleitores abandonaram gradualmente o partido nestes quatro anos. Quatro anos em que, ainda por cima, beneficiou de uma das mais frouxas lideranças que o PSD já conheceu. Não soube aproveitar e, ao invés de assumir as suas responsabilidades e extrair consequências de tal série de desaires, Paulo Portas acabou a culpar portugueses pelo seu voto... e a acusar os eleitores do CDS de não merecerem a sua liderança. Em simultâneo, Paulo Portas piorou os resultados do CDS/PP em todas as eleições nas quais dirigiu o partido. Nas europeias de 99 caiu de 12,5% para 8,2%. Nas legislativas de 99 baixou de 9,1% para 8,4%. Nas presidenciais de 2001 foi o que se sabe. Nas autárquicas de Dezembro último, baixou de 6,4% para 6,1% e perdeu 5 das 8 Câmaras que estavam nas mãos dos populares. Dezenas de milhares de eleitores abandonaram gradualmente o partido nestes quatro anos. Quatro anos em que, ainda por cima, beneficiou de uma das mais frouxas lideranças que o PSD já conheceu. Não soube aproveitar e, ao invés de assumir as suas responsabilidades e extrair consequências de tal série de desaires, Paulo Portas acabou a culpar portugueses pelo seu voto... e a acusar os eleitores do CDS de não merecerem a sua liderança. Obcecado pela sua aposta pessoal numa carreira política de suceso, Portas apresta-se para jogar a sua última cartada e conduzir o partido ao cadafalso em 17 de Março. Com a ténue esperança de que os poucos deputados eleitos pelo CDS/PP, mesmo que o partido se veja reduzido à sua ínfima expressão, sejam necessários a uma maioria parlamentar do PSD. É um patológico «tudo ou nada» de um líder que tem subordinado todo um partido político às suas ambições. Com epílogo anunciado para a noite das legislativas. Obcecado pela sua aposta pessoal numa carreira política de suceso, Portas apresta-se para jogar a sua última cartada e conduzir o partido ao cadafalso em 17 de Março. Com a ténue esperança de que os poucos deputados eleitos pelo CDS/PP, mesmo que o partido se veja reduzido à sua ínfima expressão, sejam necessários a uma maioria parlamentar do PSD. É um patológico «tudo ou nada» de um líder que tem subordinado todo um partido político às suas ambições. Com epílogo anunciado para a noite das legislativas. No balanço destes quatro anos de liderança, Portas ganhou a projecção de uma figura pública conhecida de quase todos os portugueses, ao passo que o CDS/PP perdeu votos, eleitos, câmaras e base eleitoral. Se o CDS/PP se revelou útil a Paulo Portas, este deixa o partido do Largo do Caldas em vias de extinção. O que restará, depois de 17 de Março, deste «one man party»? No balanço destes quatro anos de liderança, Portas ganhou a projecção de uma figura pública conhecida de quase todos os portugueses, ao passo que o CDS/PP perdeu votos, eleitos, câmaras e base eleitoral. Se o CDS/PP se revelou útil a Paulo Portas, este deixa o partido do Largo do Caldas em vias de extinção. O que restará, depois de 17 de Março, deste «one man party»? 17 Janeiro 2002

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