Vencedores

30-12-2001
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Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2001

Durão Barroso

O líder do PSD é o grande vencedor das autárquicas. Mais votos, mais câmaras, mais mandatos, a conquista de Lisboa e Porto, Coimbra e Faro, o alargamento do voto urbano que é decisivo nas vitórias eleitorais, deram a primeira vitória a Durão Barroso numas eleições nacionais. Barroso tinha afirmado a necessidade da mudança e o povo correspondeu aos apelos. Com a demissão de António Guterres e a hipótese de eleições antecipadas a ganhar forma, o líder do PSD está cada vez mais próximo de se poder tornar no próximo primeiro-ministro de Portugal.

Santana Lopes

O "enfant-terrible" do PSD alcandorou-se a um dos maiores cargos possíveis de ocupar por um partido na oposição: a partir de hoje, é o novo presidente da Câmara de Lisboa, conseguindo o feito histórico de, pela primeira vez em 25 anos de poder local, conquistar para o PSD a Câmara de Lisboa sem a muleta de uma coligação. Hoje está ao lado do inatacável vencedor Durão Barroso. Noutra conjuntura, sabe-se lá, até pode partir para a descoberta da América...

Cavaco Silva

O ex-líder do PSD envolveu-se activamente na campanha autárquica e foi das mais veementes personalidades sociais-democratas a exigir um "cartão vermelho" ao Governo socialista. Mesmo no interior da direcção do PSD, houve quem achasse as intervenções do ex-líder demasiado ousadas, ao colocar a fasquia num ponto em alguns momentos considerado inatingível. Mas Cavaco Silva foi visionário e ontem o eleitorado mimou o PS com mais do que uma "vassourada"...

José Luís Arnaut

O secretário-geral do PSD foi uma peça decisiva no resultado vitorioso do partido. Trabalhando em equipa com Dias Loureiro e Isaltino Morais, Arnaut não deixa de conseguir nestas autárquicas uma vitória pessoal e também do seu "aparelho" que laboriosamente foi construindo ao longo dos anos, em que foi uma personagem-sombra do PSD. Por ele passaram todas as decisões sobre candidaturas autárquicas e, naturalmente, teve ontem uma noite de múltiplas vitórias.

Rui Rio

Lisboa polarizou as atenções do país, naturalmente, pelo duelo Soares-Santana Lopes. Mas do Porto veio a surpresa maior. Contrariando as sondagens, as análises políticas e o aparelho distrital do PSD, Rui Rio arrebatou a câmara da Invicta a um peso pesado chamado Fernando Gomes. Foram poucos os que o acompanharam na campanha e foram ainda menos os que acreditaram sequer na hipótese de vitória. O CDS/PP também desertou da rua, mas Rio foi até ao fim estoicamente e o eleitorado portuense premiou-o. Como ele disse ontem à noite: "Fiquei só, com os desinteressados. Mas é com esses que eu gosto de ganhar".

Fernando Seara

Tornou-se num vencedor, certamente sem o esperar. O até agora deputado é o futuro presidente de uma câmara que a maioria pensava pertencer antecipadamente a Edite Estrela. No entanto, "o careca do Benfica", tal como se apresentou durante a campanha a alguns sintrenses, lá foi trabalhando a sua candidatura simpaticamente até se tornar numa das grandes surpresas de ontem. Acabou a noite ao lado de Santana Lopes e Durão Barroso, como símbolo da esmagadora vitória social-democrata. Resta saber como vai governar Sintra sem maioria.

António Capucho

O seu trabalho foi facilitado pelo desastre que foi a gestão autárquica de José Luís Judas em Cascais. Mas a verdade é que o ex-líder parlamentar do PSD foi capaz de construir uma candidatura sem esqueletos no armário, excluindo aqueles que no seu partido tinham uma comprometedora ligação com o passado no concelho. A partir daí foi só prosseguir com uma campanha serena e confiante, o que resultou numa maioria absoluta na câmara que lhe vai permitir trabalhar à vontade em Cascais.

Ernesto de Oliveira

Há muito que a derrota comunista em Évora estava anunciada. A eleição de José Ernesto de Oliveira tem tanto de mérito do próprio, como de desgaste da Coligação Democrática Unitária (CDU). Ainda assim, não deixa de ser assinalável para este médico, que foi um dos ilustres companheiros de Abílo Fernandes, coonseguir dar ao PS o bastião vermelho que sempre foi Évora.

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Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2001

Durão Barroso

O líder do PSD é o grande vencedor das autárquicas. Mais votos, mais câmaras, mais mandatos, a conquista de Lisboa e Porto, Coimbra e Faro, o alargamento do voto urbano que é decisivo nas vitórias eleitorais, deram a primeira vitória a Durão Barroso numas eleições nacionais. Barroso tinha afirmado a necessidade da mudança e o povo correspondeu aos apelos. Com a demissão de António Guterres e a hipótese de eleições antecipadas a ganhar forma, o líder do PSD está cada vez mais próximo de se poder tornar no próximo primeiro-ministro de Portugal.

Santana Lopes

O "enfant-terrible" do PSD alcandorou-se a um dos maiores cargos possíveis de ocupar por um partido na oposição: a partir de hoje, é o novo presidente da Câmara de Lisboa, conseguindo o feito histórico de, pela primeira vez em 25 anos de poder local, conquistar para o PSD a Câmara de Lisboa sem a muleta de uma coligação. Hoje está ao lado do inatacável vencedor Durão Barroso. Noutra conjuntura, sabe-se lá, até pode partir para a descoberta da América...

Cavaco Silva

O ex-líder do PSD envolveu-se activamente na campanha autárquica e foi das mais veementes personalidades sociais-democratas a exigir um "cartão vermelho" ao Governo socialista. Mesmo no interior da direcção do PSD, houve quem achasse as intervenções do ex-líder demasiado ousadas, ao colocar a fasquia num ponto em alguns momentos considerado inatingível. Mas Cavaco Silva foi visionário e ontem o eleitorado mimou o PS com mais do que uma "vassourada"...

José Luís Arnaut

O secretário-geral do PSD foi uma peça decisiva no resultado vitorioso do partido. Trabalhando em equipa com Dias Loureiro e Isaltino Morais, Arnaut não deixa de conseguir nestas autárquicas uma vitória pessoal e também do seu "aparelho" que laboriosamente foi construindo ao longo dos anos, em que foi uma personagem-sombra do PSD. Por ele passaram todas as decisões sobre candidaturas autárquicas e, naturalmente, teve ontem uma noite de múltiplas vitórias.

Rui Rio

Lisboa polarizou as atenções do país, naturalmente, pelo duelo Soares-Santana Lopes. Mas do Porto veio a surpresa maior. Contrariando as sondagens, as análises políticas e o aparelho distrital do PSD, Rui Rio arrebatou a câmara da Invicta a um peso pesado chamado Fernando Gomes. Foram poucos os que o acompanharam na campanha e foram ainda menos os que acreditaram sequer na hipótese de vitória. O CDS/PP também desertou da rua, mas Rio foi até ao fim estoicamente e o eleitorado portuense premiou-o. Como ele disse ontem à noite: "Fiquei só, com os desinteressados. Mas é com esses que eu gosto de ganhar".

Fernando Seara

Tornou-se num vencedor, certamente sem o esperar. O até agora deputado é o futuro presidente de uma câmara que a maioria pensava pertencer antecipadamente a Edite Estrela. No entanto, "o careca do Benfica", tal como se apresentou durante a campanha a alguns sintrenses, lá foi trabalhando a sua candidatura simpaticamente até se tornar numa das grandes surpresas de ontem. Acabou a noite ao lado de Santana Lopes e Durão Barroso, como símbolo da esmagadora vitória social-democrata. Resta saber como vai governar Sintra sem maioria.

António Capucho

O seu trabalho foi facilitado pelo desastre que foi a gestão autárquica de José Luís Judas em Cascais. Mas a verdade é que o ex-líder parlamentar do PSD foi capaz de construir uma candidatura sem esqueletos no armário, excluindo aqueles que no seu partido tinham uma comprometedora ligação com o passado no concelho. A partir daí foi só prosseguir com uma campanha serena e confiante, o que resultou numa maioria absoluta na câmara que lhe vai permitir trabalhar à vontade em Cascais.

Ernesto de Oliveira

Há muito que a derrota comunista em Évora estava anunciada. A eleição de José Ernesto de Oliveira tem tanto de mérito do próprio, como de desgaste da Coligação Democrática Unitária (CDU). Ainda assim, não deixa de ser assinalável para este médico, que foi um dos ilustres companheiros de Abílo Fernandes, coonseguir dar ao PS o bastião vermelho que sempre foi Évora.

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