Destaque

11-10-2001
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Quinta-feira, 11 de Outubro de 2001

Acabar com o uso de facas de metal nas refeições servidas pela TAP e "instruir os serviços de informação para seguir, com especial atenção, as movimentações" de mais de 4500 imigrantes "com origem em países onde a base social ou o topo do Estado tem forte influência do fundamentalismo urbano", são duas das prioridades de segurança enunciadas ontem pelo presidente do CDS-PP, Paulo Portas. Em conferência de imprensa e sob a forma de perguntas ao Governo, Portas expôs o que considera serem as prioridades da segurança e da luta antiterrorismo em Portugal e, mais uma vez, voltou a salientar a necessidade de um maior controlo na política de imigração.

O presidente do CDS-PP começou por dizer que "a vigilância dos portos é deficiente, porque o equipamento é simplesmente antiquado", e que não adiantará de muito verificar cuidadosamente as bagagens nos aeroportos, quando se permite a venda de materiais cortantes no "free-shop" e o uso de facas de metal nos aviões da TAP. Em seguida, salientou que o reforço policial em alguns pontos está a ser feito à custa do patrulhamento de rua e do combate à criminalidade comum, pois não há aumento dos efectivos da PSP.

Ainda em relação ao modelo de segurança e depois de defender a vigilância das comunidades muçulmanas - justificando que, em Espanha, estão a ser seguidos 200 indivíduos -, Portas defendeu alterações no Código Penal de forma a que seja aplicada a pena máxima de 25 anos ao crime de terrorismo.

O deputado do Bloco de Esquerda (BE) Fernando Rosas condenou ontem a "retaliação militar dos EUA" no Afeganistão, condenando mesmo "a chamada componente humanitária da operação militar". "E num país onde estão os maiores campos de minas antipessoais do planeta, não podemos deixar de assinalar a precisão cirúrgica do bombardeamento de uma equipa de desminagem do território, constituída por civis", ironizou o deputado, que começou a sua intervenção por denunciar que "a política da morte é censurada". "O que temos no Afeganistão é uma guerra de retaliação insana e inútil", prosseguiu Rosas, para quem "o terrorismo está a salvo das bombas norte-americanas" e "Bin Laden pode sorrir".

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2001

Acabar com o uso de facas de metal nas refeições servidas pela TAP e "instruir os serviços de informação para seguir, com especial atenção, as movimentações" de mais de 4500 imigrantes "com origem em países onde a base social ou o topo do Estado tem forte influência do fundamentalismo urbano", são duas das prioridades de segurança enunciadas ontem pelo presidente do CDS-PP, Paulo Portas. Em conferência de imprensa e sob a forma de perguntas ao Governo, Portas expôs o que considera serem as prioridades da segurança e da luta antiterrorismo em Portugal e, mais uma vez, voltou a salientar a necessidade de um maior controlo na política de imigração.

O presidente do CDS-PP começou por dizer que "a vigilância dos portos é deficiente, porque o equipamento é simplesmente antiquado", e que não adiantará de muito verificar cuidadosamente as bagagens nos aeroportos, quando se permite a venda de materiais cortantes no "free-shop" e o uso de facas de metal nos aviões da TAP. Em seguida, salientou que o reforço policial em alguns pontos está a ser feito à custa do patrulhamento de rua e do combate à criminalidade comum, pois não há aumento dos efectivos da PSP.

Ainda em relação ao modelo de segurança e depois de defender a vigilância das comunidades muçulmanas - justificando que, em Espanha, estão a ser seguidos 200 indivíduos -, Portas defendeu alterações no Código Penal de forma a que seja aplicada a pena máxima de 25 anos ao crime de terrorismo.

O deputado do Bloco de Esquerda (BE) Fernando Rosas condenou ontem a "retaliação militar dos EUA" no Afeganistão, condenando mesmo "a chamada componente humanitária da operação militar". "E num país onde estão os maiores campos de minas antipessoais do planeta, não podemos deixar de assinalar a precisão cirúrgica do bombardeamento de uma equipa de desminagem do território, constituída por civis", ironizou o deputado, que começou a sua intervenção por denunciar que "a política da morte é censurada". "O que temos no Afeganistão é uma guerra de retaliação insana e inútil", prosseguiu Rosas, para quem "o terrorismo está a salvo das bombas norte-americanas" e "Bin Laden pode sorrir".

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