EXPRESSO: Comentários Gerais

02-03-2002
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2 de Março de 2002 às 03:26

Vodka Orange ( ESSA MEMÓRIA... )

LEMBRAM-SE QUE AS SONDAGENS DAVAM O RUI RIO A UMA GRANDE DISTÂNCIA DO FERNANDO GOMES????

DIA 17 DE MARÇO VAMOS TER A SONDAGEM QUE CONTA!!!!

O RESTO SÃO LÉRIAS PARA PAPALVOS...

1 de Março de 2002 às 05:58

lsaraiva ( lsaraiva@netcabo.pt )

Exmos. Srs.

Axioma – Foi pela diversidade e não pela uniformidade que o mundo avançou.

Situação em causa: O guia da semana do Expresso - a programação da TV Cabo, e o esquecimento do canal ARTE

Toda a gente sabe que fazer programação dá trabalho, toda a gente sabe que os vampiros não se querem ver ao espelho. A prova é que o encher chouriços e maldade chega a tal ponto que vocês, Expresso, nem se dignaram a publicar um artigo decente sobre a vida de João Carreira Bom, só porque os Patriotas andam a vender pastilhas elásticas como forma acabada de cultura.

Mas voltemos ao que interessa. A programação da TV Cabo está por géneros: Telecine e Hollywood, cinema; Disney, Panda e Cartoon, animação; Sportv e Eurosport, desporto; História, People and Artes... etc etc etc, acabando no GNT, Canal Brasil, como se fosse uma classificação da actividade e das ciências ser-se Brasileiro. Mas compreende-se, é lógico, têm pouco tempo, estão em stress, têm de escrever semanalmente como quem enfarda fardos de palha, por isso têm pouco tempo e não têm sítio para encaixar o canal Arte.

Terminando, como dizia um grande filósofo recente, todos os canais não generalistas, isto é, especializados, são o caminho para o embrutecimento.

26 de Fevereiro de 2002 às 03:41

mluso ( mluso )

A PLATAFORMA AERO-RODO-FERROVIARIA DA OTA.

Clarifique-se, que independentemente das cores partidárias do Governo no poder, existe um forte concenso nacional

sobre a construção de uma plataforma aéro-rodo-ferroviária na Ota para confrontar os efeitos periféricos da futura viragem europeia aos ex-países de leste.

Trata-se:

1- Da construção do aéroporto internacional

de Lisboa (na Ota cerca da A-1 Porto-Lisboa).

2-Neste mesmo aéroporto liga o TGV Lisboa-Ota-Portalegre-Caceres-Madrid-Europa.

3-A esta plataforma aéro-rodo-ferroviária liga a linha férrea Lisboa-Porto(Pendolar 220kmh) atravez de um pequeno desvio Samil-Ota, ligando de novo á linha a sul da Azambuja rumo a Lisboa.

4- Eventualmente, esta plataforma poderá seguidamente ligar por linha férea (220kmh) á

Galiza e ao Algarve.

É um impreendimento

nacional a curto prazo a construir dentro das nossas possibilidades financeiras e que em nada terá a ver com cores partidárias,

mas apenas com as cores portuguesas.

Note-se que o local para o aéroporto já existe assim como os respectivos estudos, a A-1 já lá passa, a linha férrea

Lisboa-Porto passa ali a poucos kilometros,

faltando agora o TGV e articular todos estes

meios de transporte numa plataforma internacional multi-transportes.

Não é um investimento de luxo, mas apenas um

investimento necessário para o presente e para o futuro.

25 de Fevereiro de 2002 às 23:29

Dudascalf ( duarte_freitas@clix.pt )

Queria contrariar a notícia do caderno de Economia relativa à ignorância dos portugueses em geral, e dos sociais-democratas em especial, acerca do chamado choque fiscal. É dito no artigo que a RTP interrogou militantes e que destes nenhum sabia. Duplamente falso. Em primeiro lugar nem todos eram militantes. Sou militante do PSD mas estive na Convenção na qualidade de colaborador da Organização, sendo que outros não militantes também o foram e chegaram a ser interrogados. A segunda falsidade refere-se ao termo "ninguém sabia". Passe a imodéstia, fui uma das pessoas entrevistadas e cuja resposta foi emitida. É com orgulho q.b. que afirmo que soube responder com a precisão mínima exigida para quem não fala o "economês", tão falado nos últimos dias... De facto, não referi o aumento do IVA mas expliquei com uma clareza mínima que o choque consistia em baixar a tributação de IRC para que as empresas, pagando menos impostos, se sentissem mais encorajadas a investir e, consequentemente, gerar maior produção e riqueza.

É por isso que aqui descrevo que considero caluniosa em parte a notícia do Expresso. Não se discute a ignorância de muitos relativamente ao tema. É um facto e lastima-se. Mas o termo "ninguém" mereceria um tratamento mais correcto. Por último considero também injuriosa a notícia por saber que muitos outros militantes saberiam e sabem responder à pergunta, respostas essas que terão sido "convenientemente" não emitidas...

25 de Fevereiro de 2002 às 11:04

Zé Luiz ( A propósito do comentário de Zezinho )

Olhe Zezinho, chega de bater nos funcionários públicos. Os funcionários das empresas privadas fazem igual, ou pior, e tanto pior quanto mais altamente colocados. A reacção das empresas privadas é que é diferente: em vez de tentar parar a roubalheira, institucionalizam-na: passam a considerar essas "benesses" como, parte integrante do custo do trabalho, com a vantagem de que não têm de descontar sobre essa parcela do custo para a Segurança Social.

Mas diga-me lá, sinceramente, sem fugir à questão: você acha mesmo que em Portugal só o que é público é que é corrupto, e que na iniciativa privada reina a honestidade? Ou será dos que acham que a corrupção privada não nos afecta a todos? Se assim é, olhe que está muito enganado.

25 de Fevereiro de 2002 às 10:52

Zé Luiz

Parece haver um consenso entre os articulistas do Expresso de que o Durão Barroso vai ganhar as eleições, mas que vai ser o pior primeiro-ministro de sempre.

Caramba, parece que estamos no meio duma tragédia grega! Será mesmo que não se pode fazer nada, ou será que há alguém interessado em fazer-nos acreditar no inevitável?

25 de Fevereiro de 2002 às 10:21

MARIA LISBOA ( ml@netcabo.pt )

MORREU SAVIMBI- QUEM SOMOS NÓS PARA O JULGAR? NINGUÉM. MAS OS QUE CÁ FICARAM PODEMOS JULGÁ-LOS E EU QUE APENAS SOU UMA PORTUGUESA NÃO AFRICANA, ACHO QUE NENHUM SER HUMANO,MERECE SER EXPOSTO AO MUNDO COMO UM TROFÉU DE CAÇA. SÓ FALTOU O PRESIDENTE DE ANGOLA LHE IR PÔR O PÉ EM CIMA DA BARRIGA PARA A FOTOGRAFIA. MORREU. É PRECISO MOSTRAR O CORPO PARA QUE O MUNDO ACREDITE. CONCORDO, MAS COM DIGNIDADE. NÃO ESQUEÇAM QUE FAZENDO MAL OU BEM, ELE ESTEVE 35 ANOS NO MATO E O OUTRO SENHOR QUE HOJE ATÉ VAI SER RECEBIDO PELO NOSSO PRESIDENTE VIVE NO BEM BOM, É UM DOS HOMENS MAIS RICOS DO MUNDO E TEM O AVIÃO PARTICULAR MAIS LUXUOSO DEPOIS DO AVIÃO DO PRESIDENTE DA AMÉRICA. É PRECISO TER LATA. O POVO MORRE DE FOME E ELE EXIBE-SE NO FAUSTO. DESCULPEM MAS O SAVIMBI PODE NÃO TER SIDO BOA REZ MAS OLHEM QUE O QUE FICOU PARA MIM TALVEZ SEJA PIOR. UM LUTOU PELO SEU POVO ATÉ À MORTE, O OUTRO VIVE À CONTA DO SEU POVO ATÉ À MORTE.

24 de Fevereiro de 2002 às 18:47

Carlos Marques ( carmarques@iol.pt )

Como não sei para onde enviar, deixo aqui a minha observação.

Exmos. Srs.

Não é que como leitor queira dar lições a GENTE pois, uma vez que são um orgão de informação e bastante conceituado, têm obrigação de saber o que escrevem, portanto, apenas gostava de fazer o reparo e espero que não se ofendam.Segundo os meus cálculos, já cá não estarei para passar por essa esperiência mas, no ano 2112 teremos o dia 21 do 12 que terá as 21horas e 12 minutos e nessa altura sim, será a ultima vez que acontecerá.

Mais uma vez, espero que não lhes pareça mal a minha observação.

Com os melhores cumprimentos

Carlos Marques 2002.02.24

24 de Fevereiro de 2002 às 14:13

O Zézinho ( zezinho@país.banana.pt )

>Na sua edição de 22.01.2002, assinado por Maria Lopes e sob o

>título "RTP Promove Funcionária Acusada de Prejudicar a Empresa",

>refere o PÚBLICO o caso de uma trabalhadora da RTP que, tendo

>sido alvo em 1998 de um processo disciplinar, sob a acusação de

>"entre outras coisas, ter prejudicado a empresa forjando, em

>conluio com um restaurante, facturas de despesas que não

>efectuara, e de não ter liquidado nos prazos estabelecidos

>os saldos negativos do cartão de crédito que a RTP colocara

>ao seu dispor" e que "excedeu sistematicamente", foi

>recentemente promovida a chefe de departamento.

Gostaria de comentar a notícia, acima escrita, publicada

nos meios de communicação social, só para tornar mais

claro, qual é a mentalidade dos funcionários públicos

me Portugal, ou muitos deles, qual são as expectativas

dos portugueses, para como os que recebem dinheiros dos

seus impostos, e qual é o significado da palavra

"profissional" para muitos portugueses.

De fact, este reparo, vem à baila porque uma senhora Diana A.

escreveu para os mídia, a queixar-se dos jornais, que haviam

tomado conhecimento do comportamento fraudulento e criminal

(ou pelo menos, pouco profissional) de certos funcionários

da RTP, e que diziam estar perplexos que um funcionário

podia roubar da RTP, repor o dinheiro depois (só se apanhado

no delito, senão nada ...) e podia continuar na empresa como

se nada fosse, se seguida.

De facto, digam-me se isto será ou não um comportamento típico

dum país miserável e terceiro-mundista ?! E depois, ainda vem

falar para a communicação social os amigos (todos a ganhar na

mesma empresa públicos ...os tais funcionários) a dizer que

as contribuintes e os mass-media não têm nada que referir estes

casos de corrupão, deixados impunes, diga-se.

São por estas, e por outras, que os portugueses, dentro e fora

de Portugal, como será o caso dos cidadãos da Argentina, nunca

aceitarão de bom grado, investir na Bolsa de Valores de Portugal,

nem nas empresas nacionais, ou sequer deixar de fugir aos impostos,

SEM TER A GARANTIA que as mentalidades deixaram (ou distanciaram-se)

de ser aquelas dos tais "funcionários públicos".

24 de Fevereiro de 2002 às 13:24

Viriato ( viriato@scotland.echelon.org )

O telhado ! (já publicado a 12/02/02)

"(…) gostaria fazer aquí o mesmo que, de lança em riste, (…) fazia "don Quijote" por essas planicies manchegas (…) quando buscava e encontrava (…) alguns dos gigantes (…) que sempre existem por detrás da fachada petulante e ilusória da realidade imediata. "

Fernando Sánchez Dragó

-------

Como profundo admirador da Natureza e apaixonado da calma e do silêncio, há cerca de dois anos comprei uma pequena propriedade em Trás-os-Montes com uma casita em pedra, quase em ruinas.

Conversando com um "mestre d'obras" local, relativamente à situação do telhado e da infiltração da água da chuva, disse-me ele : "O senhor tem uma de três soluções : ou manda pintar o telhado, e fica com melhor aspecto, ou substitui as telhas partidas e adia o problema ou faz um telhado novo e resolve a situação".

A evolução do processo político em Portugal fez-me relembrar a história do telhado !

Durante o "consulado" do sr. Guterres andou o Estado a pintar as telhas, e agora com as eleições de Março querem substituir as telhas partidas (não todas … isso seria demasiado radical !)

Para quando "refazer o telhado" ?

Na presente situação, a classe política está bastante mais preocupada com a manutenção da perenidade do Sistema e com o consequente "status-quo" governo/oposição, que com a solução dos problemas que afligem a maioría dos cidadãos.

Se os políticos fossem coerentes já teriam criado uma Ordem Corporativa que os defendesse contra os cidadãos que, cada vez mais, os criticam e adjectivam.

Mas, se fossem coerentes … havería menos políticos !

Creio, no entanto, que o problema não está na Política como "ciência do governo das Nações", nem na função de Político como "aquele que se ocupa da Política".

O problema reside no facto de que em Portugal não temos Política nem Políticos.

Em Portugal temos politiquice e politiqueiros.

A Política transformou-se em politiquice ao colocar-mos as decisões estratégicas do país em mãos de um governo supra-nacional em Bruxelas.

Os Políticos degeneraram em politiqueiros ao deslocarem, da Nação para o partido, o centro da sua preocupação.

Como já fiz referência num comentário anterior, o "problema" portugués não existe por ele mesmo, não está "orgulhosamente só", mas insere-se num "algoritmo" ; e esse "algoritmo" impõe-nos uma solução que passa pela manutenção do nosso "problema". Não adianta corrigirmos o contido se o continente o rejeitar !

O "algoritmo", o Sistema de que o governo de Bruxelas é mandatário, pretende criar uma sociedade que substitua a relação pela transação. Uma sociedade em que cada um veja no outro uma oportunidade de negócio, um interesse directo ou indirecto numa futura transação.

O económico prevalece sobre o político, invertendo valores, subordinando o altruismo ao interesse, considerando o individuo pelo que ele possui e não pelo que ele é.

Se este e outros "valores" impostos pelo Sistema não forem claramente identificados e convenientemente desmitificados e evitados, continuaremos a ser aquilo que não queremos ser. Os animais marinhos que evolucionaram para terrestres, tiveram que sair da agua, os outros …

Reparem que, relativamente a um país como Portugal considerado o "mais corrupto da Europa", com um sistema de Saúde Pública arruinado e ineficaz, com um Ensino terceiro-mundista, com uma "virtual" segurança do cidadão contra os malfeitores, com uma Justiça elitista e incompetente, etc, etc, o governo de Bruxelas enviou um "alerta" referente ao problema económico.

Como se, melhorando a rendibilidade da TAP ou melhorando a produtividade da EDP obtivessemos a solução para os nossos problemas estruturais, como país e como cidadãos.

É óbvio que a produtividade devería ser melhorada, mas também a qualidade do Ensino, que a despesa estatal devería ser reduzida, mas também o uso da droga.

Para Bruxelas, esses aspectos não são prioritários !

Prestem atenção às linhas directrices dos "programas de governo" do PSD e do PS !

Dizem aproximadamente tudo o que o "eleitor" quer ouvir.

Na prática … a realidade é bem diferente.

E fazem-no, eleição atrás de eleição ; demagógicamente descarados e políticamente incoerentes.

Á rebelia do cidadão eleitor, a partidocracia "cozinha" o futuro próximo deste povo.

Como disse alguém, "as promessas eleitorais só responsabilizam quem as aceita" !

Alternar Guterres, com Durão, com Portas ou com Carvalhas, com todos, ou com parte, nunca resolverá o "problema" portugués ; significa não ter comprendido a realidade política em que vivemos, neste início de século XXI, no ilusório mundo liberal-globalizante que o Sistema pretende criar.

Deformam o ensino e manipulam a informação, mentem e impõem dogmas, enquanto apregoam a liberdade de pensamento.

Conscientemente, confundem e misturam termos e conceitos, amalgamam realidades com ilusões, interpretam a ciência fazendo-a coincidir com propósitos políticos e re-escrevem a história tornando-a sinónimo de verdade oficial.

A democracia pode ser um sistema político se os actos de governo forem, sempre e sem excepção, votados directamente pelos cidadãos.

Era o método grego/ateniense de reunir os cidadãos em praça pública ( Ágora ) e solicitar-lhes o voto.

A partir do momento em que, pelo número de votantes, a reunião se tornava inviável, começaram a surgir os representantes de grupos de cidadãos, surgiu a "compra de votos", os partidos nasceram, a corrupção instalou-se e … a democracia, como sistema político, foi abandonada.

Porém, a democracia manteve-se como processo de determinação de escolhas selectivas.

Presentemente, na Europa, e práticamente em todo o "mundo ocidental", ou "ocidentalizado", vivemos num Sistema Político económicamente liberal e culturalmente totalitário com processos eleitorais democráticos nas escolhas políticas de segundo nível.

Falar de Sistema Político Democrático é uma falacia, é pura demagogia para consumo de "clientes eleitores". A actual "democracia" é um "ópio do povo" !

O Sistema Político que nos "rege" não permite, porque é ditatorial, qualquer expressão política que lhe seja contrário, afirmando-se demagógicamente democrático o que é absolutamente falso.

Já afirmava Karl Schmit que a ditadura e a democracia não são incompativeis, sempre e quando uma seja o "sistema" e a outra o "processo de selecção.

Pretender atribuir o Poder à totalidade dos cidadãos é uma utopia sómente aceite por demagogos ou ignorantes, pois que o Poder sempre esteve e sempre estará nas mãos de uma minoria, de uma elite ; controlar essa elite é o dever e a responsabilidade dos cidadãos.

Se, por um processo democrático directo ou indirecto, os cidadãos confiarem a um determinado individuo ( Presidente ou Rei ), a governação da Nação, este será responsável pela nomeação de governo e pela sua actividade executiva.

Esse cidadão, eleito por referendum directo, exercerá como ditador dentro de um processo de selecção democrático que lhe pode retirar o Poder em qualquer momento.

Não pretendo defender soluções mas sómente demonstrar que a ditadura como sistema político não é incompativel com a democraticidade dos processos de selecção.

É para defesa da sua utopia e da sua demagogia que o actual Sistema nos pretende "deslumbrar" com a falaz "democracia" que nos impõe.

"O Homem necessita da verdade,

de um mundo que não se contradiga,

que não falseie e não modifique,

de um mundo-verdade…"

Friederich Nietzsche

2 de Março de 2002 às 03:26

Vodka Orange ( ESSA MEMÓRIA... )

LEMBRAM-SE QUE AS SONDAGENS DAVAM O RUI RIO A UMA GRANDE DISTÂNCIA DO FERNANDO GOMES????

DIA 17 DE MARÇO VAMOS TER A SONDAGEM QUE CONTA!!!!

O RESTO SÃO LÉRIAS PARA PAPALVOS...

1 de Março de 2002 às 05:58

lsaraiva ( lsaraiva@netcabo.pt )

Exmos. Srs.

Axioma – Foi pela diversidade e não pela uniformidade que o mundo avançou.

Situação em causa: O guia da semana do Expresso - a programação da TV Cabo, e o esquecimento do canal ARTE

Toda a gente sabe que fazer programação dá trabalho, toda a gente sabe que os vampiros não se querem ver ao espelho. A prova é que o encher chouriços e maldade chega a tal ponto que vocês, Expresso, nem se dignaram a publicar um artigo decente sobre a vida de João Carreira Bom, só porque os Patriotas andam a vender pastilhas elásticas como forma acabada de cultura.

Mas voltemos ao que interessa. A programação da TV Cabo está por géneros: Telecine e Hollywood, cinema; Disney, Panda e Cartoon, animação; Sportv e Eurosport, desporto; História, People and Artes... etc etc etc, acabando no GNT, Canal Brasil, como se fosse uma classificação da actividade e das ciências ser-se Brasileiro. Mas compreende-se, é lógico, têm pouco tempo, estão em stress, têm de escrever semanalmente como quem enfarda fardos de palha, por isso têm pouco tempo e não têm sítio para encaixar o canal Arte.

Terminando, como dizia um grande filósofo recente, todos os canais não generalistas, isto é, especializados, são o caminho para o embrutecimento.

26 de Fevereiro de 2002 às 03:41

mluso ( mluso )

A PLATAFORMA AERO-RODO-FERROVIARIA DA OTA.

Clarifique-se, que independentemente das cores partidárias do Governo no poder, existe um forte concenso nacional

sobre a construção de uma plataforma aéro-rodo-ferroviária na Ota para confrontar os efeitos periféricos da futura viragem europeia aos ex-países de leste.

Trata-se:

1- Da construção do aéroporto internacional

de Lisboa (na Ota cerca da A-1 Porto-Lisboa).

2-Neste mesmo aéroporto liga o TGV Lisboa-Ota-Portalegre-Caceres-Madrid-Europa.

3-A esta plataforma aéro-rodo-ferroviária liga a linha férrea Lisboa-Porto(Pendolar 220kmh) atravez de um pequeno desvio Samil-Ota, ligando de novo á linha a sul da Azambuja rumo a Lisboa.

4- Eventualmente, esta plataforma poderá seguidamente ligar por linha férea (220kmh) á

Galiza e ao Algarve.

É um impreendimento

nacional a curto prazo a construir dentro das nossas possibilidades financeiras e que em nada terá a ver com cores partidárias,

mas apenas com as cores portuguesas.

Note-se que o local para o aéroporto já existe assim como os respectivos estudos, a A-1 já lá passa, a linha férrea

Lisboa-Porto passa ali a poucos kilometros,

faltando agora o TGV e articular todos estes

meios de transporte numa plataforma internacional multi-transportes.

Não é um investimento de luxo, mas apenas um

investimento necessário para o presente e para o futuro.

25 de Fevereiro de 2002 às 23:29

Dudascalf ( duarte_freitas@clix.pt )

Queria contrariar a notícia do caderno de Economia relativa à ignorância dos portugueses em geral, e dos sociais-democratas em especial, acerca do chamado choque fiscal. É dito no artigo que a RTP interrogou militantes e que destes nenhum sabia. Duplamente falso. Em primeiro lugar nem todos eram militantes. Sou militante do PSD mas estive na Convenção na qualidade de colaborador da Organização, sendo que outros não militantes também o foram e chegaram a ser interrogados. A segunda falsidade refere-se ao termo "ninguém sabia". Passe a imodéstia, fui uma das pessoas entrevistadas e cuja resposta foi emitida. É com orgulho q.b. que afirmo que soube responder com a precisão mínima exigida para quem não fala o "economês", tão falado nos últimos dias... De facto, não referi o aumento do IVA mas expliquei com uma clareza mínima que o choque consistia em baixar a tributação de IRC para que as empresas, pagando menos impostos, se sentissem mais encorajadas a investir e, consequentemente, gerar maior produção e riqueza.

É por isso que aqui descrevo que considero caluniosa em parte a notícia do Expresso. Não se discute a ignorância de muitos relativamente ao tema. É um facto e lastima-se. Mas o termo "ninguém" mereceria um tratamento mais correcto. Por último considero também injuriosa a notícia por saber que muitos outros militantes saberiam e sabem responder à pergunta, respostas essas que terão sido "convenientemente" não emitidas...

25 de Fevereiro de 2002 às 11:04

Zé Luiz ( A propósito do comentário de Zezinho )

Olhe Zezinho, chega de bater nos funcionários públicos. Os funcionários das empresas privadas fazem igual, ou pior, e tanto pior quanto mais altamente colocados. A reacção das empresas privadas é que é diferente: em vez de tentar parar a roubalheira, institucionalizam-na: passam a considerar essas "benesses" como, parte integrante do custo do trabalho, com a vantagem de que não têm de descontar sobre essa parcela do custo para a Segurança Social.

Mas diga-me lá, sinceramente, sem fugir à questão: você acha mesmo que em Portugal só o que é público é que é corrupto, e que na iniciativa privada reina a honestidade? Ou será dos que acham que a corrupção privada não nos afecta a todos? Se assim é, olhe que está muito enganado.

25 de Fevereiro de 2002 às 10:52

Zé Luiz

Parece haver um consenso entre os articulistas do Expresso de que o Durão Barroso vai ganhar as eleições, mas que vai ser o pior primeiro-ministro de sempre.

Caramba, parece que estamos no meio duma tragédia grega! Será mesmo que não se pode fazer nada, ou será que há alguém interessado em fazer-nos acreditar no inevitável?

25 de Fevereiro de 2002 às 10:21

MARIA LISBOA ( ml@netcabo.pt )

MORREU SAVIMBI- QUEM SOMOS NÓS PARA O JULGAR? NINGUÉM. MAS OS QUE CÁ FICARAM PODEMOS JULGÁ-LOS E EU QUE APENAS SOU UMA PORTUGUESA NÃO AFRICANA, ACHO QUE NENHUM SER HUMANO,MERECE SER EXPOSTO AO MUNDO COMO UM TROFÉU DE CAÇA. SÓ FALTOU O PRESIDENTE DE ANGOLA LHE IR PÔR O PÉ EM CIMA DA BARRIGA PARA A FOTOGRAFIA. MORREU. É PRECISO MOSTRAR O CORPO PARA QUE O MUNDO ACREDITE. CONCORDO, MAS COM DIGNIDADE. NÃO ESQUEÇAM QUE FAZENDO MAL OU BEM, ELE ESTEVE 35 ANOS NO MATO E O OUTRO SENHOR QUE HOJE ATÉ VAI SER RECEBIDO PELO NOSSO PRESIDENTE VIVE NO BEM BOM, É UM DOS HOMENS MAIS RICOS DO MUNDO E TEM O AVIÃO PARTICULAR MAIS LUXUOSO DEPOIS DO AVIÃO DO PRESIDENTE DA AMÉRICA. É PRECISO TER LATA. O POVO MORRE DE FOME E ELE EXIBE-SE NO FAUSTO. DESCULPEM MAS O SAVIMBI PODE NÃO TER SIDO BOA REZ MAS OLHEM QUE O QUE FICOU PARA MIM TALVEZ SEJA PIOR. UM LUTOU PELO SEU POVO ATÉ À MORTE, O OUTRO VIVE À CONTA DO SEU POVO ATÉ À MORTE.

24 de Fevereiro de 2002 às 18:47

Carlos Marques ( carmarques@iol.pt )

Como não sei para onde enviar, deixo aqui a minha observação.

Exmos. Srs.

Não é que como leitor queira dar lições a GENTE pois, uma vez que são um orgão de informação e bastante conceituado, têm obrigação de saber o que escrevem, portanto, apenas gostava de fazer o reparo e espero que não se ofendam.Segundo os meus cálculos, já cá não estarei para passar por essa esperiência mas, no ano 2112 teremos o dia 21 do 12 que terá as 21horas e 12 minutos e nessa altura sim, será a ultima vez que acontecerá.

Mais uma vez, espero que não lhes pareça mal a minha observação.

Com os melhores cumprimentos

Carlos Marques 2002.02.24

24 de Fevereiro de 2002 às 14:13

O Zézinho ( zezinho@país.banana.pt )

>Na sua edição de 22.01.2002, assinado por Maria Lopes e sob o

>título "RTP Promove Funcionária Acusada de Prejudicar a Empresa",

>refere o PÚBLICO o caso de uma trabalhadora da RTP que, tendo

>sido alvo em 1998 de um processo disciplinar, sob a acusação de

>"entre outras coisas, ter prejudicado a empresa forjando, em

>conluio com um restaurante, facturas de despesas que não

>efectuara, e de não ter liquidado nos prazos estabelecidos

>os saldos negativos do cartão de crédito que a RTP colocara

>ao seu dispor" e que "excedeu sistematicamente", foi

>recentemente promovida a chefe de departamento.

Gostaria de comentar a notícia, acima escrita, publicada

nos meios de communicação social, só para tornar mais

claro, qual é a mentalidade dos funcionários públicos

me Portugal, ou muitos deles, qual são as expectativas

dos portugueses, para como os que recebem dinheiros dos

seus impostos, e qual é o significado da palavra

"profissional" para muitos portugueses.

De fact, este reparo, vem à baila porque uma senhora Diana A.

escreveu para os mídia, a queixar-se dos jornais, que haviam

tomado conhecimento do comportamento fraudulento e criminal

(ou pelo menos, pouco profissional) de certos funcionários

da RTP, e que diziam estar perplexos que um funcionário

podia roubar da RTP, repor o dinheiro depois (só se apanhado

no delito, senão nada ...) e podia continuar na empresa como

se nada fosse, se seguida.

De facto, digam-me se isto será ou não um comportamento típico

dum país miserável e terceiro-mundista ?! E depois, ainda vem

falar para a communicação social os amigos (todos a ganhar na

mesma empresa públicos ...os tais funcionários) a dizer que

as contribuintes e os mass-media não têm nada que referir estes

casos de corrupão, deixados impunes, diga-se.

São por estas, e por outras, que os portugueses, dentro e fora

de Portugal, como será o caso dos cidadãos da Argentina, nunca

aceitarão de bom grado, investir na Bolsa de Valores de Portugal,

nem nas empresas nacionais, ou sequer deixar de fugir aos impostos,

SEM TER A GARANTIA que as mentalidades deixaram (ou distanciaram-se)

de ser aquelas dos tais "funcionários públicos".

24 de Fevereiro de 2002 às 13:24

Viriato ( viriato@scotland.echelon.org )

O telhado ! (já publicado a 12/02/02)

"(…) gostaria fazer aquí o mesmo que, de lança em riste, (…) fazia "don Quijote" por essas planicies manchegas (…) quando buscava e encontrava (…) alguns dos gigantes (…) que sempre existem por detrás da fachada petulante e ilusória da realidade imediata. "

Fernando Sánchez Dragó

-------

Como profundo admirador da Natureza e apaixonado da calma e do silêncio, há cerca de dois anos comprei uma pequena propriedade em Trás-os-Montes com uma casita em pedra, quase em ruinas.

Conversando com um "mestre d'obras" local, relativamente à situação do telhado e da infiltração da água da chuva, disse-me ele : "O senhor tem uma de três soluções : ou manda pintar o telhado, e fica com melhor aspecto, ou substitui as telhas partidas e adia o problema ou faz um telhado novo e resolve a situação".

A evolução do processo político em Portugal fez-me relembrar a história do telhado !

Durante o "consulado" do sr. Guterres andou o Estado a pintar as telhas, e agora com as eleições de Março querem substituir as telhas partidas (não todas … isso seria demasiado radical !)

Para quando "refazer o telhado" ?

Na presente situação, a classe política está bastante mais preocupada com a manutenção da perenidade do Sistema e com o consequente "status-quo" governo/oposição, que com a solução dos problemas que afligem a maioría dos cidadãos.

Se os políticos fossem coerentes já teriam criado uma Ordem Corporativa que os defendesse contra os cidadãos que, cada vez mais, os criticam e adjectivam.

Mas, se fossem coerentes … havería menos políticos !

Creio, no entanto, que o problema não está na Política como "ciência do governo das Nações", nem na função de Político como "aquele que se ocupa da Política".

O problema reside no facto de que em Portugal não temos Política nem Políticos.

Em Portugal temos politiquice e politiqueiros.

A Política transformou-se em politiquice ao colocar-mos as decisões estratégicas do país em mãos de um governo supra-nacional em Bruxelas.

Os Políticos degeneraram em politiqueiros ao deslocarem, da Nação para o partido, o centro da sua preocupação.

Como já fiz referência num comentário anterior, o "problema" portugués não existe por ele mesmo, não está "orgulhosamente só", mas insere-se num "algoritmo" ; e esse "algoritmo" impõe-nos uma solução que passa pela manutenção do nosso "problema". Não adianta corrigirmos o contido se o continente o rejeitar !

O "algoritmo", o Sistema de que o governo de Bruxelas é mandatário, pretende criar uma sociedade que substitua a relação pela transação. Uma sociedade em que cada um veja no outro uma oportunidade de negócio, um interesse directo ou indirecto numa futura transação.

O económico prevalece sobre o político, invertendo valores, subordinando o altruismo ao interesse, considerando o individuo pelo que ele possui e não pelo que ele é.

Se este e outros "valores" impostos pelo Sistema não forem claramente identificados e convenientemente desmitificados e evitados, continuaremos a ser aquilo que não queremos ser. Os animais marinhos que evolucionaram para terrestres, tiveram que sair da agua, os outros …

Reparem que, relativamente a um país como Portugal considerado o "mais corrupto da Europa", com um sistema de Saúde Pública arruinado e ineficaz, com um Ensino terceiro-mundista, com uma "virtual" segurança do cidadão contra os malfeitores, com uma Justiça elitista e incompetente, etc, etc, o governo de Bruxelas enviou um "alerta" referente ao problema económico.

Como se, melhorando a rendibilidade da TAP ou melhorando a produtividade da EDP obtivessemos a solução para os nossos problemas estruturais, como país e como cidadãos.

É óbvio que a produtividade devería ser melhorada, mas também a qualidade do Ensino, que a despesa estatal devería ser reduzida, mas também o uso da droga.

Para Bruxelas, esses aspectos não são prioritários !

Prestem atenção às linhas directrices dos "programas de governo" do PSD e do PS !

Dizem aproximadamente tudo o que o "eleitor" quer ouvir.

Na prática … a realidade é bem diferente.

E fazem-no, eleição atrás de eleição ; demagógicamente descarados e políticamente incoerentes.

Á rebelia do cidadão eleitor, a partidocracia "cozinha" o futuro próximo deste povo.

Como disse alguém, "as promessas eleitorais só responsabilizam quem as aceita" !

Alternar Guterres, com Durão, com Portas ou com Carvalhas, com todos, ou com parte, nunca resolverá o "problema" portugués ; significa não ter comprendido a realidade política em que vivemos, neste início de século XXI, no ilusório mundo liberal-globalizante que o Sistema pretende criar.

Deformam o ensino e manipulam a informação, mentem e impõem dogmas, enquanto apregoam a liberdade de pensamento.

Conscientemente, confundem e misturam termos e conceitos, amalgamam realidades com ilusões, interpretam a ciência fazendo-a coincidir com propósitos políticos e re-escrevem a história tornando-a sinónimo de verdade oficial.

A democracia pode ser um sistema político se os actos de governo forem, sempre e sem excepção, votados directamente pelos cidadãos.

Era o método grego/ateniense de reunir os cidadãos em praça pública ( Ágora ) e solicitar-lhes o voto.

A partir do momento em que, pelo número de votantes, a reunião se tornava inviável, começaram a surgir os representantes de grupos de cidadãos, surgiu a "compra de votos", os partidos nasceram, a corrupção instalou-se e … a democracia, como sistema político, foi abandonada.

Porém, a democracia manteve-se como processo de determinação de escolhas selectivas.

Presentemente, na Europa, e práticamente em todo o "mundo ocidental", ou "ocidentalizado", vivemos num Sistema Político económicamente liberal e culturalmente totalitário com processos eleitorais democráticos nas escolhas políticas de segundo nível.

Falar de Sistema Político Democrático é uma falacia, é pura demagogia para consumo de "clientes eleitores". A actual "democracia" é um "ópio do povo" !

O Sistema Político que nos "rege" não permite, porque é ditatorial, qualquer expressão política que lhe seja contrário, afirmando-se demagógicamente democrático o que é absolutamente falso.

Já afirmava Karl Schmit que a ditadura e a democracia não são incompativeis, sempre e quando uma seja o "sistema" e a outra o "processo de selecção.

Pretender atribuir o Poder à totalidade dos cidadãos é uma utopia sómente aceite por demagogos ou ignorantes, pois que o Poder sempre esteve e sempre estará nas mãos de uma minoria, de uma elite ; controlar essa elite é o dever e a responsabilidade dos cidadãos.

Se, por um processo democrático directo ou indirecto, os cidadãos confiarem a um determinado individuo ( Presidente ou Rei ), a governação da Nação, este será responsável pela nomeação de governo e pela sua actividade executiva.

Esse cidadão, eleito por referendum directo, exercerá como ditador dentro de um processo de selecção democrático que lhe pode retirar o Poder em qualquer momento.

Não pretendo defender soluções mas sómente demonstrar que a ditadura como sistema político não é incompativel com a democraticidade dos processos de selecção.

É para defesa da sua utopia e da sua demagogia que o actual Sistema nos pretende "deslumbrar" com a falaz "democracia" que nos impõe.

"O Homem necessita da verdade,

de um mundo que não se contradiga,

que não falseie e não modifique,

de um mundo-verdade…"

Friederich Nietzsche

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