EXPRESSO: Opinião

27-05-2001
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9 Maio 2001 às 18:20

Ex Guarda Vermelho

Vi hoje na CNN um encontro internacional do FORTUNE GlOBAL FORUM, em Hong Kong.

O Presidente chinês Jiang Zemin fez o discurso de abertura do Forum.

Bill Clinton fará o de encerramento.

O tema geral é Ásia da Nova Geração.

A manifestar-se activistas radicais do grupo de acção 5 de Abril.

Prestei bem atenção, era 5 de Abril, não 25.

Jiang Zemin disse que a Globalização era "uma espada de dois gumes".

Jiang Zemin é chinês, certo?

E na China a tradição ainda é o que era.

Logo pode-se concluir que os que não são contra mas por outro lado não são 100% a favor têm um pensamento maoísta.

E muitas eminentes figuras da nossa praça [leia-se política] foram ou ainda são maoístas...

Pelos vistos não é só a cultura europeia que está em risco.

E estará?

8 Maio 2001 às 20:42

Sebastião

Convém distinguir dois tipos de oposição à "globalização" :

1- a dos comunistas e afins que se processa s dois niveis :

a)A dos socios de geral do PC, que vociferam sempre que ouvem falar de rendibilizar qualquer coisa ;

b)A dos acionistas do mesmo PC que ainda não sabem como é que num futuro não marxista poderão eles controlar algumas tetas da vaca (EDP, PT, CP, TAP ...).

2- A dos que compreenderam que a globalização económica tem a função da mão do malabarista a chamar a atenção para o lado oposto ao que ele está a realizar.

E os malabaristas estão a realizar a destruição da cultura europeia e do povo europeu sem que este se aperceba do facto.

8 Maio 2001 às 15:25

ao Jose Ferreira (de Mariza Cabral)

Estas a perder tempo na internet quando devias estar a escrever um artigo para publicacao no Expresso. Tens de pensar na eficiencia do uso do teu tempo! (Embora o teu tempo nao seja uma funcao da economia, ja sei.)

8 Maio 2001 às 15:14

Sebastião

Estimado senhor José Ferreira

O senhor pensa .. logo existe !

O seu comentário é pertinente e digno de leitura, mas, por favor, tente compreender que a "globalização económca" é a parte visivel do iceberg !

A globalização, com acenos de melhoria da situação económica (?) esconde na manga a destruição da cultura europeia.

O objectivo é destruir-nos, através da miscegenação cultural e étnica.

Avançamos para a aniquilação, e caminhamos para o suicidio, pensando que vamos viver melhor !

8 Maio 2001 às 14:10

José Ferreira ( para Fernando Costa )

Uma das maneiras mais fáceis e mais desonestas de argumentar é atribuir ao adversário opiniões que não são as dele (o mais absurdas possível, naturalmente), e depois rebatê-las.

Ninguém aqui tem saudades do Portugal estreitinho, pobrezinho, bucólico e salazarista que você refere. Se se tratasse de pôr de um lado a tradicional miséria do Portugal antigo, com os caminhos por pavimentar, a falta de acesso à escola ou ao hospital, as mulheres com os cântaros à cabeça a caminho do fontanário; e do outro lado a modernidade, com boas estradas, boas escolas, bons hospitais, água canalizada para todos; e se este segundo cenário fosse a consequência da globalização ultra-capitalista, então fique a saber que eu, pela minha parte, seria inteiramente a favor dessa globalização.

Mas as multinacionais não estão de todo interessadas neste segundo cenário. Não estão interessadas em melhorar a vida das pessoas. Não estão interessadas, por exemplo, em pôr água canalizada em todas as casas: estão interessadas, sim, em pôr toda a gente a beber as mesmas duas ou três marcas de água engarrafada, se tiverem dinheiro para a comprar - porque se o não tiverem podem ir buscá-la ao charco, e é se quiserem, que os fontanários públicos custam dinheiro e ninguém faz nada de graça.

Mas a globalização ultra-capitalista não se pode confundir, como você propositadamente confunde, com a modernidade. Quando muito será UMA modernidade entre muitas possíveis. Nós, os chamados "anti-globalizadores", queremos outra.

("Anti-globalizadores" vai entre aspas porque não somos anti-globalizadores: somos globalizadores consequentes.

Poe exemplo: se o capital reivindica, em nome da liberdade económica, o direito de se deslocar para onde entende em busca da mão-de-obra mais barata, queremos para os trabalhadores, em nome da mesmíssima liberdade económica, o poder de se deslocarem para onde entendem em busca dos salários mais altos. Porque é que há tantas restrições à imigração, e por vezes até à emigração, quando não se admitem quaisquer restrições ao comércio?)

Queremos, sobretudo, que os interesses DIFUSOS (dos trabalhadores, dos consumidores, dos cidadãos, etc.) sejam eficazmente protegidos contra os interesses CONCENTRADOS das empresas e dos lóbis. E somos suficientemente ingénuos, veja lá, suficientemente antiquados, para considerarmos que esta protecção é precisamente a função essencial do Estado.

No fim, vão ser talvez as próprias leis da economia que vão dar cabo(com um empurrãozinho da nossa parte, é claro) desta "globalização" desiquilibrada, que pretende privatizar os proveitos ao mesmo tempo que socializa sistematicamente os custos e os riscos. (Basta olhar para os nossos Belmiros, para os nossos Ferrazes: tão anti-colectivistas que eles são, coitadinhos! Não é mesmo?)

Quanto à inevitabilidade histórica da globalização, acredito tanto nela como acredito na inevitabilidade histórica da sociedade sem classes e sem estado da cartilha marxista. Para esse peditório já dei: sempre aprendi alguma coisa com a queda do muro de Berlim.

8 Maio 2001 às 12:00

jafreire ( espang@snet.co.ao )

Os anti-globalizaçâo sâo gêmeos dos comunistas que desfilam na Praça Vermelha .

Nâo se fiam das suas capacidades e reclamam protecçâo .

A globalizaçâo engole sem mastigar .

O isolamento conduz a hibernaçâo .

Humanizar o capitalismo e a globalizaçâo é a luta que nos resta e da qual nâo devemos desistir .

8 Maio 2001 às 11:53

Jose Aires

O senhor Fernando Costa, como tantos outros ainda não compreendeu o significado e alcance da "globalização".

O que se pretende é criar uma uniformização económica que permita produzir com alta rendibilidade sem qualquer cuidado pelo que de mais fundamental tem o comportamento e a cultura humana : a possibilidade de escolha !

O mais grave dessa uniformização é a sua vertente cultural.

Os detentores do "sistema globalizante", são os "patrões· dos meios de informação e da Banca, ou seja têm os melhores meios para atingir a sua finalidade.

A partir dessa base outros meios também controlam.

Permitam-me citar Tácito : "São os despotas inábeis que se servem das baionetas ; a arte da tirania é fazer o mesmo com os juizes" (leia-se "com as leis").

Durante o tempo em que prevalece um Poder, seja ele qual for, a maioria, por ignorancia e por comodidade, segue-o como um "lemming".

Para os que podem, porque têm capacidade e querem, aconselho que se informem sobre o que pretendem os "senhores do Sistema Global".

A dificuldade em encontrar literatura sobre o assunto é por si mesmo um sintoma !

7 Maio 2001 às 19:36

Subscrevo FGC.

Comentário inteligente e pertinente.

Foi bem desmontado sim senhor!

Não precisa de cair na real.

7 Maio 2001 às 17:26

Fernando Costa ( fgcosta@mail.telepac.pt )

Alegrem-se muitos dos que aqui se indignam e todos os que lá fora se manifestam contra a globalização porque em Portugal há uma tradição antiga de combate a essa praga.

Que resistiu estoicamente contra as Coca Colas e outras multinacionais, nomeadamente americanas. Que lutou sempre pela sociedade ligada às suas raízes e tradições ancestrais, pelas cidades em que em vez de arranha céus e monumentos ao capital houvessem bairros residenciais modestos mas honrados. Por um país em que o mundo rural e a vida saudável e ecologica das aldeias fosse promovida e exaltada. Por um país em que a indústria descaracterizante, as vias de comunicação poluentes, e os outros cancros civilizacionais crescessem o menos possível. Por um país onde a portugalidade não fosse corrompida por modas importadas e conceitos impostos pelos mais poderosos. Pela protecção (e que protecção...)contra as ideias perigosas e despersonalizantes vendidas em belas embalagens de sedução "Made out of Portugal".

Por um país que virasse costas ao mundo para se embevecer com o seu umbigo.

Por um país orgulhosamente só.

O seu mentor chamava-se Salazar. Os seus continuadores, vestem ideologia "à la page", e também não gostam nada de quem tenha opinião contrária....

7 Maio 2001 às 14:51

Observador

Parabéns HM pelo lúcido artigo.

Gostava de saber quem paga aos anti profissionais. Se calhar estão no rendimento mínimo...

Alguns dos mesmos que são anti se calhar gostavam era da antiga pax soviética do socialismo de estado. Agora viraram anti-globalização e também ecologistas e são normalmente pagos pelo orçamento de estado.

Se não querem a globalização vão trabalhar para fazerem melhor !

9 Maio 2001 às 18:20

Ex Guarda Vermelho

Vi hoje na CNN um encontro internacional do FORTUNE GlOBAL FORUM, em Hong Kong.

O Presidente chinês Jiang Zemin fez o discurso de abertura do Forum.

Bill Clinton fará o de encerramento.

O tema geral é Ásia da Nova Geração.

A manifestar-se activistas radicais do grupo de acção 5 de Abril.

Prestei bem atenção, era 5 de Abril, não 25.

Jiang Zemin disse que a Globalização era "uma espada de dois gumes".

Jiang Zemin é chinês, certo?

E na China a tradição ainda é o que era.

Logo pode-se concluir que os que não são contra mas por outro lado não são 100% a favor têm um pensamento maoísta.

E muitas eminentes figuras da nossa praça [leia-se política] foram ou ainda são maoístas...

Pelos vistos não é só a cultura europeia que está em risco.

E estará?

8 Maio 2001 às 20:42

Sebastião

Convém distinguir dois tipos de oposição à "globalização" :

1- a dos comunistas e afins que se processa s dois niveis :

a)A dos socios de geral do PC, que vociferam sempre que ouvem falar de rendibilizar qualquer coisa ;

b)A dos acionistas do mesmo PC que ainda não sabem como é que num futuro não marxista poderão eles controlar algumas tetas da vaca (EDP, PT, CP, TAP ...).

2- A dos que compreenderam que a globalização económica tem a função da mão do malabarista a chamar a atenção para o lado oposto ao que ele está a realizar.

E os malabaristas estão a realizar a destruição da cultura europeia e do povo europeu sem que este se aperceba do facto.

8 Maio 2001 às 15:25

ao Jose Ferreira (de Mariza Cabral)

Estas a perder tempo na internet quando devias estar a escrever um artigo para publicacao no Expresso. Tens de pensar na eficiencia do uso do teu tempo! (Embora o teu tempo nao seja uma funcao da economia, ja sei.)

8 Maio 2001 às 15:14

Sebastião

Estimado senhor José Ferreira

O senhor pensa .. logo existe !

O seu comentário é pertinente e digno de leitura, mas, por favor, tente compreender que a "globalização económca" é a parte visivel do iceberg !

A globalização, com acenos de melhoria da situação económica (?) esconde na manga a destruição da cultura europeia.

O objectivo é destruir-nos, através da miscegenação cultural e étnica.

Avançamos para a aniquilação, e caminhamos para o suicidio, pensando que vamos viver melhor !

8 Maio 2001 às 14:10

José Ferreira ( para Fernando Costa )

Uma das maneiras mais fáceis e mais desonestas de argumentar é atribuir ao adversário opiniões que não são as dele (o mais absurdas possível, naturalmente), e depois rebatê-las.

Ninguém aqui tem saudades do Portugal estreitinho, pobrezinho, bucólico e salazarista que você refere. Se se tratasse de pôr de um lado a tradicional miséria do Portugal antigo, com os caminhos por pavimentar, a falta de acesso à escola ou ao hospital, as mulheres com os cântaros à cabeça a caminho do fontanário; e do outro lado a modernidade, com boas estradas, boas escolas, bons hospitais, água canalizada para todos; e se este segundo cenário fosse a consequência da globalização ultra-capitalista, então fique a saber que eu, pela minha parte, seria inteiramente a favor dessa globalização.

Mas as multinacionais não estão de todo interessadas neste segundo cenário. Não estão interessadas em melhorar a vida das pessoas. Não estão interessadas, por exemplo, em pôr água canalizada em todas as casas: estão interessadas, sim, em pôr toda a gente a beber as mesmas duas ou três marcas de água engarrafada, se tiverem dinheiro para a comprar - porque se o não tiverem podem ir buscá-la ao charco, e é se quiserem, que os fontanários públicos custam dinheiro e ninguém faz nada de graça.

Mas a globalização ultra-capitalista não se pode confundir, como você propositadamente confunde, com a modernidade. Quando muito será UMA modernidade entre muitas possíveis. Nós, os chamados "anti-globalizadores", queremos outra.

("Anti-globalizadores" vai entre aspas porque não somos anti-globalizadores: somos globalizadores consequentes.

Poe exemplo: se o capital reivindica, em nome da liberdade económica, o direito de se deslocar para onde entende em busca da mão-de-obra mais barata, queremos para os trabalhadores, em nome da mesmíssima liberdade económica, o poder de se deslocarem para onde entendem em busca dos salários mais altos. Porque é que há tantas restrições à imigração, e por vezes até à emigração, quando não se admitem quaisquer restrições ao comércio?)

Queremos, sobretudo, que os interesses DIFUSOS (dos trabalhadores, dos consumidores, dos cidadãos, etc.) sejam eficazmente protegidos contra os interesses CONCENTRADOS das empresas e dos lóbis. E somos suficientemente ingénuos, veja lá, suficientemente antiquados, para considerarmos que esta protecção é precisamente a função essencial do Estado.

No fim, vão ser talvez as próprias leis da economia que vão dar cabo(com um empurrãozinho da nossa parte, é claro) desta "globalização" desiquilibrada, que pretende privatizar os proveitos ao mesmo tempo que socializa sistematicamente os custos e os riscos. (Basta olhar para os nossos Belmiros, para os nossos Ferrazes: tão anti-colectivistas que eles são, coitadinhos! Não é mesmo?)

Quanto à inevitabilidade histórica da globalização, acredito tanto nela como acredito na inevitabilidade histórica da sociedade sem classes e sem estado da cartilha marxista. Para esse peditório já dei: sempre aprendi alguma coisa com a queda do muro de Berlim.

8 Maio 2001 às 12:00

jafreire ( espang@snet.co.ao )

Os anti-globalizaçâo sâo gêmeos dos comunistas que desfilam na Praça Vermelha .

Nâo se fiam das suas capacidades e reclamam protecçâo .

A globalizaçâo engole sem mastigar .

O isolamento conduz a hibernaçâo .

Humanizar o capitalismo e a globalizaçâo é a luta que nos resta e da qual nâo devemos desistir .

8 Maio 2001 às 11:53

Jose Aires

O senhor Fernando Costa, como tantos outros ainda não compreendeu o significado e alcance da "globalização".

O que se pretende é criar uma uniformização económica que permita produzir com alta rendibilidade sem qualquer cuidado pelo que de mais fundamental tem o comportamento e a cultura humana : a possibilidade de escolha !

O mais grave dessa uniformização é a sua vertente cultural.

Os detentores do "sistema globalizante", são os "patrões· dos meios de informação e da Banca, ou seja têm os melhores meios para atingir a sua finalidade.

A partir dessa base outros meios também controlam.

Permitam-me citar Tácito : "São os despotas inábeis que se servem das baionetas ; a arte da tirania é fazer o mesmo com os juizes" (leia-se "com as leis").

Durante o tempo em que prevalece um Poder, seja ele qual for, a maioria, por ignorancia e por comodidade, segue-o como um "lemming".

Para os que podem, porque têm capacidade e querem, aconselho que se informem sobre o que pretendem os "senhores do Sistema Global".

A dificuldade em encontrar literatura sobre o assunto é por si mesmo um sintoma !

7 Maio 2001 às 19:36

Subscrevo FGC.

Comentário inteligente e pertinente.

Foi bem desmontado sim senhor!

Não precisa de cair na real.

7 Maio 2001 às 17:26

Fernando Costa ( fgcosta@mail.telepac.pt )

Alegrem-se muitos dos que aqui se indignam e todos os que lá fora se manifestam contra a globalização porque em Portugal há uma tradição antiga de combate a essa praga.

Que resistiu estoicamente contra as Coca Colas e outras multinacionais, nomeadamente americanas. Que lutou sempre pela sociedade ligada às suas raízes e tradições ancestrais, pelas cidades em que em vez de arranha céus e monumentos ao capital houvessem bairros residenciais modestos mas honrados. Por um país em que o mundo rural e a vida saudável e ecologica das aldeias fosse promovida e exaltada. Por um país em que a indústria descaracterizante, as vias de comunicação poluentes, e os outros cancros civilizacionais crescessem o menos possível. Por um país onde a portugalidade não fosse corrompida por modas importadas e conceitos impostos pelos mais poderosos. Pela protecção (e que protecção...)contra as ideias perigosas e despersonalizantes vendidas em belas embalagens de sedução "Made out of Portugal".

Por um país que virasse costas ao mundo para se embevecer com o seu umbigo.

Por um país orgulhosamente só.

O seu mentor chamava-se Salazar. Os seus continuadores, vestem ideologia "à la page", e também não gostam nada de quem tenha opinião contrária....

7 Maio 2001 às 14:51

Observador

Parabéns HM pelo lúcido artigo.

Gostava de saber quem paga aos anti profissionais. Se calhar estão no rendimento mínimo...

Alguns dos mesmos que são anti se calhar gostavam era da antiga pax soviética do socialismo de estado. Agora viraram anti-globalização e também ecologistas e são normalmente pagos pelo orçamento de estado.

Se não querem a globalização vão trabalhar para fazerem melhor !

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