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30-11-2001
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Diário Económico >>

14 de Novembro

Autárquicas - Coimbra: O fantasma do Vice-Rei

«Estou há muitos anos em Lisboa, mas não houve um fim-de-semana que não viesse a Coimbra». por DE Garante-o Fausto Correia, hoje secretário de Estado na Presidência do Conselho de Ministros. Na capital, Fausto é o amigo de Jorge Coelho, contacto número dois do aparelho do PS. Mas em Coimbra, Fausto é o número um, pelo menos em tudo quanto tenha a ver com política. Fausto nasceu na cidade da Cabra, onde estudou e lançou a sua vida política. Começou cedo, nas lutas estudantis, e aproveitou a fama e os contactos que ganhou para se apresentar cedo nas listas do partido para a câmara. Foi autarca durante alguns anos, acabando por sair para Lisboa, ainda nos anos 80. Mas ainda hoje faz os possíveis para não perder um jogo da Académica, como para beber um copo num bar da sua cidade. «Há quem diga que eu sou o dono disto tudo», diz Fausto Correia com nítido orgulho coimbrão, à medida que passa e cumprimenta cada pessoa que passa por si nas ruas. Em Coimbra, qualquer minuto à conversa com este membro do Governo acaba por ser um martírio. Fausto tem dezenas de conversas e dezenas de pedidos de ajuda. Da população, são queixas para levar à câmara, pedidos para «safar» alguém de qualquer problema ou meros comentários sobre a universidade, o futebol, ou o trânsito local. Dos políticos, são as listas, os cargos ou as obras que é preciso convencer o Governo a fazer. É, por isso, tratado como «o vice-Rei», pelos colegas de partido e pelos próprios adversários (que também recorrem a ele invariadas vezes, quase sempre pelos mesmos motivos que os seus correlegionários). Acontece que, nestas autárquicas, Fausto Correia deixou de ser apenas uma ajuda para o presidente da câmara. Pelo menos desde que afirmou, numa entrevista a um jornal da região, o desejo de ser candidato à Câmara já em 2005. Com isso, Fausto anuncia uma morte política prematura a Manuel Machado. Mas também deixa uma sombra sobre o seu adversário, lida por um jornalista da região: «Se for assim, esta pode muito bem ser a última oportunidade para o PSD recuperar a câmara».

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«Estou há muitos anos em Lisboa, mas não houve um fim-de-semana que não viesse a Coimbra». por DE Garante-o Fausto Correia, hoje secretário de Estado na Presidência do Conselho de Ministros. Na capital, Fausto é o amigo de Jorge Coelho, contacto número dois do aparelho do PS. Mas em Coimbra, Fausto é o número um, pelo menos em tudo quanto tenha a ver com política. Fausto nasceu na cidade da Cabra, onde estudou e lançou a sua vida política. Começou cedo, nas lutas estudantis, e aproveitou a fama e os contactos que ganhou para se apresentar cedo nas listas do partido para a câmara. Foi autarca durante alguns anos, acabando por sair para Lisboa, ainda nos anos 80. Mas ainda hoje faz os possíveis para não perder um jogo da Académica, como para beber um copo num bar da sua cidade. «Há quem diga que eu sou o dono disto tudo», diz Fausto Correia com nítido orgulho coimbrão, à medida que passa e cumprimenta cada pessoa que passa por si nas ruas. Em Coimbra, qualquer minuto à conversa com este membro do Governo acaba por ser um martírio. Fausto tem dezenas de conversas e dezenas de pedidos de ajuda. Da população, são queixas para levar à câmara, pedidos para «safar» alguém de qualquer problema ou meros comentários sobre a universidade, o futebol, ou o trânsito local. Dos políticos, são as listas, os cargos ou as obras que é preciso convencer o Governo a fazer. É, por isso, tratado como «o vice-Rei», pelos colegas de partido e pelos próprios adversários (que também recorrem a ele invariadas vezes, quase sempre pelos mesmos motivos que os seus correlegionários). Acontece que, nestas autárquicas, Fausto Correia deixou de ser apenas uma ajuda para o presidente da câmara. Pelo menos desde que afirmou, numa entrevista a um jornal da região, o desejo de ser candidato à Câmara já em 2005. Com isso, Fausto anuncia uma morte política prematura a Manuel Machado. Mas também deixa uma sombra sobre o seu adversário, lida por um jornalista da região: «Se for assim, esta pode muito bem ser a última oportunidade para o PSD recuperar a câmara».

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