Comentários ao Artigo

10-11-1999
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8/4/1999

1. Acho que esta' tudo certo no artigo, mas julgo que NAO E' ILEGAL o desbloqueio, porque nao esta' previsto na lei.

2. Os operadores nao tem assim tanta razao quando falam no dinheiro que perdem, porque os "clientes" redistribuiem-se novamente pelos operadores.

3. O que acontece na realidade e' que os operadores demoram mais tempo a recuperar o investimento feito nos telemoveis, e nada mais.

-- anonimo, impossive.@anon.com , http://nenhuma

6/4/1999

As operadoras de telemóveis estão a ser vítimas da escalada de concorrência a que elas próprias se propuseram. Na ânsia de conseguirem mais clientes, fizeram algo que é contra senso, vender um produto a prestações sem garantir que as prestações seriam pagas, sem punição para quem não as pague. Senão vejamos: Se um telemóvel que custe 20-25 contos (??) é vendido a 10 contos com 5 contos de chamadas, o operador parte do princípio que o cliente vai carregar o telemóvel com suficientes chamadas de forma a cobrir o custo do aparelho, operação da rede e dar lucro para si. Digamos que mais uns 6 carregamentos consigam garantir tal objectivo (18 meses) (10+6x5 = 40 contos)., isto partindo do princípio que o cliente é poupadinho, como creio ser a maioria que compram os produtos pré-pagos.

Já existe uma forma legal de conseguir o objectivo de fidelizar o cliente a este objectivo, que é a compra a prestações que poderia dar num mesmo esquema de pagamentos/carregamentos.

No entanto optaram pela solução contra senso, que é esperar que as pessoas paguem o custo da coisa.

O problema é que uma pessoa que não sabe o custo do telemóvel não lhe dá valor. Se comprar um telemóvel por 10 contos, e o deixar cair no chão ao fim de um mês, vou comprar outro (é lógico que não ter pena do operador). Vem um estrangeiro a Portugal estar 30 dias, compra o telemóvel e depois faz o que lhe apetece com o aparelho. O telemóvel é muito usado e a bateria começa a ter problemas, o que leva à compra de novo telemóvel porque a bateria é mais cara que ir comprar um novo!! (eu já vi isso acontecer com 2 pessoas). A pessoa que gosta de trocar de telemóvel de vez em quando, a que desiste da rede e vai para o da concorrência. Sei lá, as hipóteses são muitas. Agora, por acaso, é um grupo de inteligentes que descobriu que o telemóvel pode ser destrancado e pode mudar de rede sempre que lhe apeteça, ou os preços são melhores. (aqui a culpa é não ter exigido da parte dos fabricantes dos aparelhos a impossibilidade de esquemas alternativos de desprotecção, sob penalização da devolução do valor do aparelho)

Neste momento estou no Rio de Janeiro, onde áinda se está a começar a instalar a rede celular digital. Um telemóvel barato custa 50 contos (com carregamento de 5 contos), mas pode ser pago em 6 prestações mensais. Visto que vou estar cá apenas 11 meses, tenho de pensar se o custo compensa (pensando que o posso vender aqui no fim). Em Portugal não exitaria em comprar um, com prejuízos claros para o operador, caso claro, eu como estrangeiro não o vendesse depois a alguém (ou desse, visto que niguém lhe daria 5 contos).

Desde que apareceram estes "telemóveis baratos" que nunca percebi bem porque é que os operadores insistiam neste incentivo sem controlo ao desperdício, mas, possivelmente os lucros eram superiores aos custos. Pelos vistos estão a começar a deixar de ser.

Portanto, agora só é de esperar o inevitável que é começarem a fazer as coisas como deve de ser: cada um paga aquilo que usa.

Já agora, uma subida no preço dos telemóveis para valores reais e uma descida a médio prazo no preço das chamadas era mais bem vindo pela maioria da população portuguesa, isto claro, depois dos operadores acharem que já conseguirem amortizar a "dádiva" feita as seus clientes na compra de telemóveis.

Niguém se deve admirar com aquilo que é óbvio! -- Emanuel Martins, emanuel@dee.uc.pt , http://www.co.it.pt/~emanuel

8/4/1999

1. Acho que esta' tudo certo no artigo, mas julgo que NAO E' ILEGAL o desbloqueio, porque nao esta' previsto na lei.

2. Os operadores nao tem assim tanta razao quando falam no dinheiro que perdem, porque os "clientes" redistribuiem-se novamente pelos operadores.

3. O que acontece na realidade e' que os operadores demoram mais tempo a recuperar o investimento feito nos telemoveis, e nada mais.

-- anonimo, impossive.@anon.com , http://nenhuma

6/4/1999

As operadoras de telemóveis estão a ser vítimas da escalada de concorrência a que elas próprias se propuseram. Na ânsia de conseguirem mais clientes, fizeram algo que é contra senso, vender um produto a prestações sem garantir que as prestações seriam pagas, sem punição para quem não as pague. Senão vejamos: Se um telemóvel que custe 20-25 contos (??) é vendido a 10 contos com 5 contos de chamadas, o operador parte do princípio que o cliente vai carregar o telemóvel com suficientes chamadas de forma a cobrir o custo do aparelho, operação da rede e dar lucro para si. Digamos que mais uns 6 carregamentos consigam garantir tal objectivo (18 meses) (10+6x5 = 40 contos)., isto partindo do princípio que o cliente é poupadinho, como creio ser a maioria que compram os produtos pré-pagos.

Já existe uma forma legal de conseguir o objectivo de fidelizar o cliente a este objectivo, que é a compra a prestações que poderia dar num mesmo esquema de pagamentos/carregamentos.

No entanto optaram pela solução contra senso, que é esperar que as pessoas paguem o custo da coisa.

O problema é que uma pessoa que não sabe o custo do telemóvel não lhe dá valor. Se comprar um telemóvel por 10 contos, e o deixar cair no chão ao fim de um mês, vou comprar outro (é lógico que não ter pena do operador). Vem um estrangeiro a Portugal estar 30 dias, compra o telemóvel e depois faz o que lhe apetece com o aparelho. O telemóvel é muito usado e a bateria começa a ter problemas, o que leva à compra de novo telemóvel porque a bateria é mais cara que ir comprar um novo!! (eu já vi isso acontecer com 2 pessoas). A pessoa que gosta de trocar de telemóvel de vez em quando, a que desiste da rede e vai para o da concorrência. Sei lá, as hipóteses são muitas. Agora, por acaso, é um grupo de inteligentes que descobriu que o telemóvel pode ser destrancado e pode mudar de rede sempre que lhe apeteça, ou os preços são melhores. (aqui a culpa é não ter exigido da parte dos fabricantes dos aparelhos a impossibilidade de esquemas alternativos de desprotecção, sob penalização da devolução do valor do aparelho)

Neste momento estou no Rio de Janeiro, onde áinda se está a começar a instalar a rede celular digital. Um telemóvel barato custa 50 contos (com carregamento de 5 contos), mas pode ser pago em 6 prestações mensais. Visto que vou estar cá apenas 11 meses, tenho de pensar se o custo compensa (pensando que o posso vender aqui no fim). Em Portugal não exitaria em comprar um, com prejuízos claros para o operador, caso claro, eu como estrangeiro não o vendesse depois a alguém (ou desse, visto que niguém lhe daria 5 contos).

Desde que apareceram estes "telemóveis baratos" que nunca percebi bem porque é que os operadores insistiam neste incentivo sem controlo ao desperdício, mas, possivelmente os lucros eram superiores aos custos. Pelos vistos estão a começar a deixar de ser.

Portanto, agora só é de esperar o inevitável que é começarem a fazer as coisas como deve de ser: cada um paga aquilo que usa.

Já agora, uma subida no preço dos telemóveis para valores reais e uma descida a médio prazo no preço das chamadas era mais bem vindo pela maioria da população portuguesa, isto claro, depois dos operadores acharem que já conseguirem amortizar a "dádiva" feita as seus clientes na compra de telemóveis.

Niguém se deve admirar com aquilo que é óbvio! -- Emanuel Martins, emanuel@dee.uc.pt , http://www.co.it.pt/~emanuel

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