EXPRESSO: Vidas

24-02-2002
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GENTE

Exposição — Da jornalista do EXPRESSO Cristina Margato e da escultora brasileira Cláudia Lima, na Galeria Lino António, subordinada ao tema «Kabul Strings». A mostra consiste na exibição de fotografias tiradas por Cristina durante a libertação de Cabul, onde esteve a cobrir a guerra no Afeganistão, e de esculturas e uma realização vídeo de Cláudia, feita com a colaboração de Marques da Silva. A exposição vai estar patente até ao dia 25 de Março.

Confissão — Feita pela cantora norte-americana Britney Spears de que propôs um encontro ao príncipe Guilherme de Inglaterra através de uma mensagem enviada por correio electrónico. Os rumores sobre uma ciber-aventura entre a cantora de 21 anos e o herdeiro do trono britânico, de 19 anos, circulavam já há alguns meses mas foram sempre desmentidos pelo Palácio de Buckingham. Britney fez a confissão durante uma entrevista para um «talk-show» televisivo, revelando que sugerira a ideia de uma refeição a dois em Londres, mas que Guilherme não pôde aceitar porque já tinha assumido o compromisso de neste dia participar numa caçada à raposa.

Notícia — De que Liz Rosenberg, assessora e amiga pessoal de Madonna deixou de trabalhar com a cantora e actriz norte-americana desde o final de Setembro do ano passado. Segundo o jornal «The New York Post», a separação aconteceu porque Liz considerou Madonna insensível aos atentados ocorridos no dia 11 de Setembro nos Estados Unidos e também porque a cantora não cancelou qualquer espectáculo da sua digressão nem fez qualquer concerto de beneficência às vítimas dos atentados terroristas.

Revelação — De que o jornalista Larry King renovou o seu contrato com a cadeia televisiva norte-americana CNN e passará a ter um salário anual na ordem dos sete milhões de dólares (€ 8.117.200). Larry King renovou o seu contrato por mais quatro anos e passará também a ser accionista do grupo AOL-Time Warner, que controla a CNN, o que lhe permitirá ter rendimentos anuais ainda maiores. O jornalista de 68 anos tem um programa diário de entrevistas na CNN intitulado «Larry King Live».

A satisfação do reitor da Católica Ana Baião Razões para estar satisfeito tem Manuel Braga da Cruz (na foto), o reitor da Universidade Católica Portuguesa. Dados internacionais recentes apresentam a Faculdade de Economia daquela universidade no topo das escolas de Economia nacionais. Além disso, Braga da Cruz terminou o seu mandato como presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política com o lançamento das actas do I Encontro da Associação: «A Reforma do Estado em Portugal: Problemas e Perspectivas». Razões para estar satisfeito tem(na foto), o reitor da Universidade Católica Portuguesa. Dados internacionais recentes apresentam a Faculdade de Economia daquela universidade no topo das escolas de Economia nacionais. Além disso, Braga da Cruz terminou o seu mandato como presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política com o lançamento das actas do I Encontro da Associação: «A Reforma do Estado em Portugal: Problemas e Perspectivas». O sucessor de Manuel Braga da Cruz na presidência da Associação de Ciência Política é João Carlos Espada, director do Instituto de Estudos Políticos da Católica e colunista do EXPRESSO. Adriano Moreira permanece como presidente da Assembleia Geral da Associação, onde é secundado por Barbosa de Melo e José Esteves Pereira. Jorge Miranda continua a presidir ao Conselho Fiscal, que integra ainda Pedro Bacelar de Vasconcelos e Pedro Tavares de Almeida. A nova direcção inclui Maria José Stock, João Bettencourt da Câmara, António Costa Pinto, Marina Costa Lobo, João Rosas e Fernando Ruivo.

«Ah, valente!» FOTOGRAFIAS DE ALBERTO FRIAS Depois de falarem as estrelas do dia - os seis independentes convidados por Ferro Rodrigues para as listas do PS às próximas legislativas -, foi a vez de o novo líder se apresentar, pela segunda vez no dia, aos seus militantes e ao país na Convenção do PS, de sábado passado no Coliseu dos Recreios. No mais longo discurso de que há memória nestas andanças - quase uma hora bem contada -, estavam Ferro e os seus militantes muito concentrados nas propostas para o futuro quando, de súbito, se ouve: «Ah, valente!» O líder não vacilou. Percebeu logo que, a haver ali um touro para tourear, o valente só podia mesmo ser ele. Depois de falarem as estrelas do dia - os seis independentes convidados porpara as listas do PS às próximas legislativas -, foi a vez de o novo líder se apresentar, pela segunda vez no dia, aos seus militantes e ao país na Convenção do PS, de sábado passado no Coliseu dos Recreios. No mais longo discurso de que há memória nestas andanças - quase uma hora bem contada -, estavam Ferro e os seus militantes muito concentrados nas propostas para o futuro quando, de súbito, se ouve:O líder não vacilou. Percebeu logo que, a haver ali um touro para tourear, o valente só podia mesmo ser ele.

O momento de Carrilho Manuel Maria Carrilho, teve, como seria de esperar, quase todas as atenções sobre ele. Como iria posicionar-se uma das vozes mais críticas do guterrismo? De que forma ia tentar esticar a sua ânsia de protagonismo? Estas e outras perguntas corriam os corredores do Coliseu, no sábado passado. E a expectativa era tanta que, quando Almeida Santos, a presidir aos trabalhos, anunciou que o próximo orador ia ser o ex-ministro da Cultura, a assembleia reagiu à medida. «Aaahhh!», ouviu-se, bem alto, por toda a sala. , teve, como seria de esperar, quase todas as atenções sobre ele. Como iria posicionar-se uma das vozes mais críticas do guterrismo? De que forma ia tentar esticar a sua ânsia de protagonismo? Estas e outras perguntas corriam os corredores do Coliseu, no sábado passado. E a expectativa era tanta que, quando, a presidir aos trabalhos, anunciou que o próximo orador ia ser o ex-ministro da Cultura, a assembleia reagiu à medida., ouviu-se, bem alto, por toda a sala.

Vicente incómodo Estava o independente Vicente Jorge Silva a explicar aos socialistas, no seu discurso perante a Convenção de sábado passado no Coliseu, como tinha sido incómodo no passado e pretendia continuar a sê-lo no futuro, quando um militante se vira para os jornalistas e comenta: «Este vosso colega ainda vai ser pior para nós do que foi o Carrilho.» Gargalhada geral entre o pessoal da Comunicação, claro. Mas o militante, esse, manteve o sobrolho franzido. Eles lá sabem os sarilhos em que os meteu Manuel Maria. Estava o independentea explicar aos socialistas, no seu discurso perante a Convenção de sábado passado no Coliseu, como tinha sido incómodo no passado e pretendia continuar a sê-lo no futuro, quando um militante se vira para os jornalistas e comenta:Gargalhada geral entre o pessoal da Comunicação, claro. Mas o militante, esse, manteve o sobrolho franzido. Eles lá sabem os sarilhos em que os meteu

JS hipnotizada O palco da Convenção do Partido Socialista estava enfeitado com três fileiras de jovens socialistas, estrategicamente colocados atrás das mesas das comissões que presidiam ao acontecimento, para dar um ar de animação à coisa. Os jovens aguentaram aquilo heroicamente durante todo o dia, debaixo de luzes fortes e holofotes directos. Mas a verdade é que mais parecia que lá passara um hipnotizador e lhes gritara: «Firmes e hirtos», tal foi a falta de entusiasmo do grupo durante os trabalhos da Convenção. Às tantas, Eduardo Ferro Rodrigues proferia o seu discurso final, quando usou a palavra «juventude». Foi como se tivesse desfeito a hipnose: os jovens socialistas levantaram-se de repente e desataram a gritar «JS, JS», aplaudindo e agitando os braços. A cena foi tão notada que houve logo quem perguntasse: «Aqueles só acordaram agora? Mas isto já está a acabar...»

Desmentidos...

No melhor pano cai a nódoa. O EXPRESSO, apesar dos esforços que faz todas as semanas para dar aos leitores notícias credíveis, às vezes engana-se. E não se escusa a dar a mão à palmatória. Mas, além dos erros involuntários que afectam mesmo o melhor jornalismo, não nos queiram obrigar a corrigir também as informações rigorosas que apuramos e as notícias exactas que antecipamos aos leitores. É o caso de alguns desmentidos recentes que pretendiam negar o que, ao virar da esquina e passado pouco tempo, se comprova ser absolutamente verdadeiro. No melhor pano cai a nódoa. O EXPRESSO, apesar dos esforços que faz todas as semanas para dar aos leitores notícias credíveis, às vezes engana-se. E não se escusa a dar a mão à palmatória. Mas, além dos erros involuntários que afectam mesmo o melhor jornalismo, não nos queiram obrigar a corrigir também as informações rigorosas que apuramos e as notícias exactas que antecipamos aos leitores. É o caso de alguns desmentidos recentes que pretendiam negar o que, ao virar da esquina e passado pouco tempo, se comprova ser absolutamente verdadeiro. A jornalista Maria Elisa fez, há poucos meses, declarações indignadas contra uma notícia do EXPRESSO que revelava a sua vontade de suspender funções na RTP e integrar as listas do PSD para as eleições autárquicas. Apesar de, ela própria, ter divulgado em diversos círculos tal intenção, que adiou à última hora. Eis que, agora, se afasta da RTP para encabeçar a lista de candidatos do PSD nas legislativas em Castelo Branco. Dirigentes do FC Porto e o advogado do treinador José Mourinho ameaçaram, há poucas semanas, o nosso jornal com processos e outras malfeitorias por causa de uma notícia de primeira página que anunciava, ainda Octávio Machado dirigia o plantel das Antas, um acordo entre os portistas e o então treinador do União de Leiria. Menos de quinze dias depois, eis Mourinho a transferir-se para o Porto. A direcção do PCP emitiu um solene desmentido, há poucos dias, à notícia do EXPRESSO de que se preparava para tomar medidas disciplinares e excluir o deputado João Amaral. O «Avante!» encarniçou-se contra as «invenções» do nosso jornal. Eis que, nas listas para as legislativas, o nome de João Amaral é suprimido sumariamente. E GENTE pensa que das duas uma. Ou os desmentidos são feitos com a ligeireza e irresponsabilidade de quem não se importa de se ver publicamente desmentido pelos factos. Ou os desmentidos são correctos e é o EXPRESSO que tem o dom de adivinhar acontecimentos futuros... Que se tornam rapidamente realidade, apesar dos desmentidos.

Troca de presentes RUI DUARTE SILVA Francisco Campos nem queria acreditar. Este médico do Porto, considerado um dos mais prestigiados cirurgiões plásticos nacionais, já tinha deparado com muitas situações, mas nenhuma como a que lhe aconteceu nas vésperas do passado Natal. Durante um jantar com o empresário Rui Silva, Francisco Campos ouviu a tradicional pergunta de quem conhece a sua perícia em retirar do corpo gorduras indesejadas: «Quanto é que leva por me operar?» Como não gosta de tratar de negócios em jantares com amigos, Campos respondeu evasivamente: «A si, e a quem quiser trazer, cobro-lhe um Ferrari.» O que Campos nunca imaginou ouvir foi a reacção do jovem empresário nortenho de 25 anos: «A que horas é que lhe posso deixar o carro em casa?» Dito e feito: na véspera de Natal, o cirurgião tinha um imponente Ferrari 325 amarelo e descapotável à porta da garagem. «Foi uma bela troca de presentes. E cada um dá o que tem...», confessa agora Francisco Campos. Quem também deve ter ficado satisfeito foi um dos vizinhos notáveis do médico do Porto: o vice-presidente do PP, António Lobo Xavier, conhecido pelo seu gosto por boas «máquinas» e que agora pode apreciar da sua janela as entradas e saídas do Ferrari... nem queria acreditar. Este médico do Porto, considerado um dos mais prestigiados cirurgiões plásticos nacionais, já tinha deparado com muitas situações, mas nenhuma como a que lhe aconteceu nas vésperas do passado Natal. Durante um jantar com o empresário, Francisco Campos ouviu a tradicional pergunta de quem conhece a sua perícia em retirar do corpo gorduras indesejadas:Como não gosta de tratar de negócios em jantares com amigos, Campos respondeu evasivamente:O que Campos nunca imaginou ouvir foi a reacção do jovem empresário nortenho de 25 anos:Dito e feito: na véspera de Natal, o cirurgião tinha um imponente Ferrari 325 amarelo e descapotável à porta da garagem., confessa agora Francisco Campos. Quem também deve ter ficado satisfeito foi um dos vizinhos notáveis do médico do Porto: o vice-presidente do PP,, conhecido pelo seu gosto por boas «máquinas» e que agora pode apreciar da sua janela as entradas e saídas do Ferrari...

Adeus a Fadime Morreu a jovem, nasceu o símbolo. Fadime Sahindal, de 26 anos, foi assassinada pelo pai com três tiros na cabeça, a 21 de Janeiro, quando estava em casa da mãe a despedir-se dela e das irmãs que iam viajar até África. O crime ocorreu em Uppsala, na Suécia, país para onde a família tinha imigrado nos anos 80, era Fadime ainda menina, vinda do Curdistão turco. Os Sahindal queriam preservar as tradições muçulmanas e impuseram determinadas normas à filha: não deveria dar-se com rapazes suecos e poderia ir à escola apenas o tempo necessário para aprender a ler e a escrever. Depois, teria de retornar à pátria e casar com um curdo. Quando conheceu um jovem sueco, Patrik Lindisjö, Fadime encontrou o amor e recusou seguir as regras de casa. A ruptura com a família foi violenta. O pai e o irmão chamavam-na prostituta, perseguiam-na, chegaram mesmo a espancá-la. Em 1998, o namorado morreu num acidente de automóvel - ele e Fadime estavam a preparar-se para viver juntos. A Polícia pensa agora reabrir o processo, por desconfiar de homicídio. Sozinha, a jovem tornou-se, desde então, um símbolo de resistência e a porta-voz de centenas de raparigas imigrantes que vivem sob o jugo de tradições que não têm lugar na sociedade que as acolheu e que as impedem de se integrar. Falava na televisão e no Parlamento em nome das mulheres que não o podiam fazer. O fim brutal que o pai lhe destinou foi a forma de restabelecer a honra da família.

Os «amigos» de Durão ADRIAN DENNIS/EPA Está visto que o líder do PSD, Durão Barroso, só segue os bons exemplos. Lembram-se de como o país sorria com Mário Soares e a forma orgulhosa como ele se referia a «mon ami Mitterrand»? E António Guterres, que um dia revelou tratar por tu «sete primeiros-ministros» da Europa? Durão Barroso, à medida que vê mais próximo o poder, também não quer ficar fora do retrato. Nas últimas semanas, Barroso correu por essa Europa fora, mostrando como também consegue ser recebido pelos «grandes» (e, no caso do primeiro-ministro britânico Tony Blair, mais depressa até que o próprio Presidente da República, Jorge Sampaio). Depois de «mio amigo»José Maria Aznar, foi recebido por «mon ami Chirac» e «my friend Tony» (Blair). Para meados de Fevereiro está já previsto um encontro, em Brasília, com o Presidente do Brasil - perdão, «meu chapa FHC» (Fernando Henrique Cardoso)! Está visto que o líder do PSD,, só segue os bons exemplos. Lembram-se de como o país sorria come a forma orgulhosa como ele se referia a? E, que um dia revelou tratar por tuda Europa? Durão Barroso, à medida que vê mais próximo o poder, também não quer ficar fora do retrato. Nas últimas semanas, Barroso correu por essa Europa fora, mostrando como também consegue ser recebido pelos «grandes» (e, no caso do primeiro-ministro britânico, mais depressa até que o próprio Presidente da República,). Depois de, foi recebido por(Blair). Para meados de Fevereiro está já previsto um encontro, em Brasília, com o Presidente do Brasil - perdão,)!

O fantasma da Ópera A noite de ópera no Teatro São Carlos, no passado dia 23, com a apresentação de «Il Trovatore», de Giuseppe Verdi, foi um sucesso. Primeiro, porque esta é considerada uma das melhores produções dos últimos tempos no São Carlos. E, segundo, porque a classe política parecia ter marcado encontro para assistir ao espectáculo. Estiveram presentes, entre outros, António Guterres e a mulher, Catarina Vaz Pinto, Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Machete e a mulher de Durão Barroso, Margarida Sousa Uva, que aguardava impacientemente a chegada do marido. Inclusive, despertava interesse saber como seria o encontro entre o actual primeiro-ministro e o pretendente a sucedê-lo no cargo. Mas na hora do início do espectáculo todos entraram para a sala e nada de Durão chegar. E não apareceu nem no intervalo nem no fim. A resposta para a ausência é que estava ocupadíssimo a fechar as listas do PSD de candidatos a deputado nas próximas eleições. E a conclusão irónica tirada pelos presentes foi que, enquanto o primeiro-ministro demissionário já tem tempo para ir com a mulher à ópera, o líder da oposição, muito antes de atingir o cargo que tanto cobiça, já anda tão ocupado que deixa a sua pendurada à porta do teatro.

No lugar errado à hora errada NIR ELIAS/REUTERS O norte-americano Mark Sokolow (na foto), de 43 anos, mostrou ter a resistência de um gato - e já gastou duas das sete vidas. A primeira foi a 11 de Setembro, no atentado ao World Trade Center de Nova Iorque. Mark trabalhava no 38º andar da Torre Sul quando o primeiro avião embateu na Torre Norte. O escritório foi evacuado, uma medida de sensatez que faltou a alguns, antes de o segundo aparelho se esmagar contra o edifício, e Sokolow salvou-se sem um arranhão. Decorrida a tragédia, pensou que não tornaria a ter tamanha sorte. Felizmente, enganou-se. Quatro meses e meio depois, Mark Sokolow estava com a mulher, Rina, e as filhas, Jamie e Lauren, a visitar familiares em Jerusalém quando se deu mais um atentado terrorista, levado a cabo por uma mulher-bomba. Os Sokolow foram atingidos pelos estilhaços das janelas da sapataria onde se encontravam - mas sobreviveram. «Tive muito mais sorte desta vez. Estava com toda a minha família», confessou, num alívio desconhecedor do ditado «não há duas sem três»... O norte-americano(na foto), de 43 anos, mostrou ter a resistência de um gato - e já gastou duas das sete vidas. A primeira foi a 11 de Setembro, no atentado ao World Trade Center de Nova Iorque. Mark trabalhava no 38º andar da Torre Sul quando o primeiro avião embateu na Torre Norte. O escritório foi evacuado, uma medida de sensatez que faltou a alguns, antes de o segundo aparelho se esmagar contra o edifício, e Sokolow salvou-se sem um arranhão. Decorrida a tragédia, pensou que não tornaria a ter tamanha sorte. Felizmente, enganou-se. Quatro meses e meio depois, Mark Sokolow estava com a mulher,, e as filhas,, a visitar familiares em Jerusalém quando se deu mais um atentado terrorista, levado a cabo por uma mulher-bomba. Os Sokolow foram atingidos pelos estilhaços das janelas da sapataria onde se encontravam - mas sobreviveram., confessou, num alívio desconhecedor do ditado «não há duas sem três»...

Ziguezagues Muito se tem falado por cá da governação à vista, com base nas sondagens e na opinião publicada. O exclusivo não é nosso, a avaliar pelos ecos que chegam de Itália. Aqui a particularidade reside no facto de a imprensa escalpelizada ser a internacional. Depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros Renato Ruggiero ter abandonado o barco, em divergência com as ideias sobre a União Europeia do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, este - que acumula interinamente o cargo deixado vago por Ruggiero - tomou uma resolução. Preocupado com as ondas de choque além-fronteiras, ordenou a uma equipa da Farnesina (Ministério dos Negócios Estrangeiros) para ler diariamente os principais jornais britânicos, franceses, alemães, espanhóis, belgas e norte-americanos, que são classificados no que toca ao conteúdo relacionado com o Governo do magnata. Sem surpresas, a avaliação distingue positivamente os anglo-saxónicos - os anti-europeístas do costume - e considera a restante imprensa «má» ou «muito má». Em resposta, Berlusconi tem agora concedido entrevistas aos media estrangeiros, ao que se diz, para recuperar a «imagem de marca».

GENTE

Exposição — Da jornalista do EXPRESSO Cristina Margato e da escultora brasileira Cláudia Lima, na Galeria Lino António, subordinada ao tema «Kabul Strings». A mostra consiste na exibição de fotografias tiradas por Cristina durante a libertação de Cabul, onde esteve a cobrir a guerra no Afeganistão, e de esculturas e uma realização vídeo de Cláudia, feita com a colaboração de Marques da Silva. A exposição vai estar patente até ao dia 25 de Março.

Confissão — Feita pela cantora norte-americana Britney Spears de que propôs um encontro ao príncipe Guilherme de Inglaterra através de uma mensagem enviada por correio electrónico. Os rumores sobre uma ciber-aventura entre a cantora de 21 anos e o herdeiro do trono britânico, de 19 anos, circulavam já há alguns meses mas foram sempre desmentidos pelo Palácio de Buckingham. Britney fez a confissão durante uma entrevista para um «talk-show» televisivo, revelando que sugerira a ideia de uma refeição a dois em Londres, mas que Guilherme não pôde aceitar porque já tinha assumido o compromisso de neste dia participar numa caçada à raposa.

Notícia — De que Liz Rosenberg, assessora e amiga pessoal de Madonna deixou de trabalhar com a cantora e actriz norte-americana desde o final de Setembro do ano passado. Segundo o jornal «The New York Post», a separação aconteceu porque Liz considerou Madonna insensível aos atentados ocorridos no dia 11 de Setembro nos Estados Unidos e também porque a cantora não cancelou qualquer espectáculo da sua digressão nem fez qualquer concerto de beneficência às vítimas dos atentados terroristas.

Revelação — De que o jornalista Larry King renovou o seu contrato com a cadeia televisiva norte-americana CNN e passará a ter um salário anual na ordem dos sete milhões de dólares (€ 8.117.200). Larry King renovou o seu contrato por mais quatro anos e passará também a ser accionista do grupo AOL-Time Warner, que controla a CNN, o que lhe permitirá ter rendimentos anuais ainda maiores. O jornalista de 68 anos tem um programa diário de entrevistas na CNN intitulado «Larry King Live».

A satisfação do reitor da Católica Ana Baião Razões para estar satisfeito tem Manuel Braga da Cruz (na foto), o reitor da Universidade Católica Portuguesa. Dados internacionais recentes apresentam a Faculdade de Economia daquela universidade no topo das escolas de Economia nacionais. Além disso, Braga da Cruz terminou o seu mandato como presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política com o lançamento das actas do I Encontro da Associação: «A Reforma do Estado em Portugal: Problemas e Perspectivas». Razões para estar satisfeito tem(na foto), o reitor da Universidade Católica Portuguesa. Dados internacionais recentes apresentam a Faculdade de Economia daquela universidade no topo das escolas de Economia nacionais. Além disso, Braga da Cruz terminou o seu mandato como presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política com o lançamento das actas do I Encontro da Associação: «A Reforma do Estado em Portugal: Problemas e Perspectivas». O sucessor de Manuel Braga da Cruz na presidência da Associação de Ciência Política é João Carlos Espada, director do Instituto de Estudos Políticos da Católica e colunista do EXPRESSO. Adriano Moreira permanece como presidente da Assembleia Geral da Associação, onde é secundado por Barbosa de Melo e José Esteves Pereira. Jorge Miranda continua a presidir ao Conselho Fiscal, que integra ainda Pedro Bacelar de Vasconcelos e Pedro Tavares de Almeida. A nova direcção inclui Maria José Stock, João Bettencourt da Câmara, António Costa Pinto, Marina Costa Lobo, João Rosas e Fernando Ruivo.

«Ah, valente!» FOTOGRAFIAS DE ALBERTO FRIAS Depois de falarem as estrelas do dia - os seis independentes convidados por Ferro Rodrigues para as listas do PS às próximas legislativas -, foi a vez de o novo líder se apresentar, pela segunda vez no dia, aos seus militantes e ao país na Convenção do PS, de sábado passado no Coliseu dos Recreios. No mais longo discurso de que há memória nestas andanças - quase uma hora bem contada -, estavam Ferro e os seus militantes muito concentrados nas propostas para o futuro quando, de súbito, se ouve: «Ah, valente!» O líder não vacilou. Percebeu logo que, a haver ali um touro para tourear, o valente só podia mesmo ser ele. Depois de falarem as estrelas do dia - os seis independentes convidados porpara as listas do PS às próximas legislativas -, foi a vez de o novo líder se apresentar, pela segunda vez no dia, aos seus militantes e ao país na Convenção do PS, de sábado passado no Coliseu dos Recreios. No mais longo discurso de que há memória nestas andanças - quase uma hora bem contada -, estavam Ferro e os seus militantes muito concentrados nas propostas para o futuro quando, de súbito, se ouve:O líder não vacilou. Percebeu logo que, a haver ali um touro para tourear, o valente só podia mesmo ser ele.

O momento de Carrilho Manuel Maria Carrilho, teve, como seria de esperar, quase todas as atenções sobre ele. Como iria posicionar-se uma das vozes mais críticas do guterrismo? De que forma ia tentar esticar a sua ânsia de protagonismo? Estas e outras perguntas corriam os corredores do Coliseu, no sábado passado. E a expectativa era tanta que, quando Almeida Santos, a presidir aos trabalhos, anunciou que o próximo orador ia ser o ex-ministro da Cultura, a assembleia reagiu à medida. «Aaahhh!», ouviu-se, bem alto, por toda a sala. , teve, como seria de esperar, quase todas as atenções sobre ele. Como iria posicionar-se uma das vozes mais críticas do guterrismo? De que forma ia tentar esticar a sua ânsia de protagonismo? Estas e outras perguntas corriam os corredores do Coliseu, no sábado passado. E a expectativa era tanta que, quando, a presidir aos trabalhos, anunciou que o próximo orador ia ser o ex-ministro da Cultura, a assembleia reagiu à medida., ouviu-se, bem alto, por toda a sala.

Vicente incómodo Estava o independente Vicente Jorge Silva a explicar aos socialistas, no seu discurso perante a Convenção de sábado passado no Coliseu, como tinha sido incómodo no passado e pretendia continuar a sê-lo no futuro, quando um militante se vira para os jornalistas e comenta: «Este vosso colega ainda vai ser pior para nós do que foi o Carrilho.» Gargalhada geral entre o pessoal da Comunicação, claro. Mas o militante, esse, manteve o sobrolho franzido. Eles lá sabem os sarilhos em que os meteu Manuel Maria. Estava o independentea explicar aos socialistas, no seu discurso perante a Convenção de sábado passado no Coliseu, como tinha sido incómodo no passado e pretendia continuar a sê-lo no futuro, quando um militante se vira para os jornalistas e comenta:Gargalhada geral entre o pessoal da Comunicação, claro. Mas o militante, esse, manteve o sobrolho franzido. Eles lá sabem os sarilhos em que os meteu

JS hipnotizada O palco da Convenção do Partido Socialista estava enfeitado com três fileiras de jovens socialistas, estrategicamente colocados atrás das mesas das comissões que presidiam ao acontecimento, para dar um ar de animação à coisa. Os jovens aguentaram aquilo heroicamente durante todo o dia, debaixo de luzes fortes e holofotes directos. Mas a verdade é que mais parecia que lá passara um hipnotizador e lhes gritara: «Firmes e hirtos», tal foi a falta de entusiasmo do grupo durante os trabalhos da Convenção. Às tantas, Eduardo Ferro Rodrigues proferia o seu discurso final, quando usou a palavra «juventude». Foi como se tivesse desfeito a hipnose: os jovens socialistas levantaram-se de repente e desataram a gritar «JS, JS», aplaudindo e agitando os braços. A cena foi tão notada que houve logo quem perguntasse: «Aqueles só acordaram agora? Mas isto já está a acabar...»

Desmentidos...

No melhor pano cai a nódoa. O EXPRESSO, apesar dos esforços que faz todas as semanas para dar aos leitores notícias credíveis, às vezes engana-se. E não se escusa a dar a mão à palmatória. Mas, além dos erros involuntários que afectam mesmo o melhor jornalismo, não nos queiram obrigar a corrigir também as informações rigorosas que apuramos e as notícias exactas que antecipamos aos leitores. É o caso de alguns desmentidos recentes que pretendiam negar o que, ao virar da esquina e passado pouco tempo, se comprova ser absolutamente verdadeiro. No melhor pano cai a nódoa. O EXPRESSO, apesar dos esforços que faz todas as semanas para dar aos leitores notícias credíveis, às vezes engana-se. E não se escusa a dar a mão à palmatória. Mas, além dos erros involuntários que afectam mesmo o melhor jornalismo, não nos queiram obrigar a corrigir também as informações rigorosas que apuramos e as notícias exactas que antecipamos aos leitores. É o caso de alguns desmentidos recentes que pretendiam negar o que, ao virar da esquina e passado pouco tempo, se comprova ser absolutamente verdadeiro. A jornalista Maria Elisa fez, há poucos meses, declarações indignadas contra uma notícia do EXPRESSO que revelava a sua vontade de suspender funções na RTP e integrar as listas do PSD para as eleições autárquicas. Apesar de, ela própria, ter divulgado em diversos círculos tal intenção, que adiou à última hora. Eis que, agora, se afasta da RTP para encabeçar a lista de candidatos do PSD nas legislativas em Castelo Branco. Dirigentes do FC Porto e o advogado do treinador José Mourinho ameaçaram, há poucas semanas, o nosso jornal com processos e outras malfeitorias por causa de uma notícia de primeira página que anunciava, ainda Octávio Machado dirigia o plantel das Antas, um acordo entre os portistas e o então treinador do União de Leiria. Menos de quinze dias depois, eis Mourinho a transferir-se para o Porto. A direcção do PCP emitiu um solene desmentido, há poucos dias, à notícia do EXPRESSO de que se preparava para tomar medidas disciplinares e excluir o deputado João Amaral. O «Avante!» encarniçou-se contra as «invenções» do nosso jornal. Eis que, nas listas para as legislativas, o nome de João Amaral é suprimido sumariamente. E GENTE pensa que das duas uma. Ou os desmentidos são feitos com a ligeireza e irresponsabilidade de quem não se importa de se ver publicamente desmentido pelos factos. Ou os desmentidos são correctos e é o EXPRESSO que tem o dom de adivinhar acontecimentos futuros... Que se tornam rapidamente realidade, apesar dos desmentidos.

Troca de presentes RUI DUARTE SILVA Francisco Campos nem queria acreditar. Este médico do Porto, considerado um dos mais prestigiados cirurgiões plásticos nacionais, já tinha deparado com muitas situações, mas nenhuma como a que lhe aconteceu nas vésperas do passado Natal. Durante um jantar com o empresário Rui Silva, Francisco Campos ouviu a tradicional pergunta de quem conhece a sua perícia em retirar do corpo gorduras indesejadas: «Quanto é que leva por me operar?» Como não gosta de tratar de negócios em jantares com amigos, Campos respondeu evasivamente: «A si, e a quem quiser trazer, cobro-lhe um Ferrari.» O que Campos nunca imaginou ouvir foi a reacção do jovem empresário nortenho de 25 anos: «A que horas é que lhe posso deixar o carro em casa?» Dito e feito: na véspera de Natal, o cirurgião tinha um imponente Ferrari 325 amarelo e descapotável à porta da garagem. «Foi uma bela troca de presentes. E cada um dá o que tem...», confessa agora Francisco Campos. Quem também deve ter ficado satisfeito foi um dos vizinhos notáveis do médico do Porto: o vice-presidente do PP, António Lobo Xavier, conhecido pelo seu gosto por boas «máquinas» e que agora pode apreciar da sua janela as entradas e saídas do Ferrari... nem queria acreditar. Este médico do Porto, considerado um dos mais prestigiados cirurgiões plásticos nacionais, já tinha deparado com muitas situações, mas nenhuma como a que lhe aconteceu nas vésperas do passado Natal. Durante um jantar com o empresário, Francisco Campos ouviu a tradicional pergunta de quem conhece a sua perícia em retirar do corpo gorduras indesejadas:Como não gosta de tratar de negócios em jantares com amigos, Campos respondeu evasivamente:O que Campos nunca imaginou ouvir foi a reacção do jovem empresário nortenho de 25 anos:Dito e feito: na véspera de Natal, o cirurgião tinha um imponente Ferrari 325 amarelo e descapotável à porta da garagem., confessa agora Francisco Campos. Quem também deve ter ficado satisfeito foi um dos vizinhos notáveis do médico do Porto: o vice-presidente do PP,, conhecido pelo seu gosto por boas «máquinas» e que agora pode apreciar da sua janela as entradas e saídas do Ferrari...

Adeus a Fadime Morreu a jovem, nasceu o símbolo. Fadime Sahindal, de 26 anos, foi assassinada pelo pai com três tiros na cabeça, a 21 de Janeiro, quando estava em casa da mãe a despedir-se dela e das irmãs que iam viajar até África. O crime ocorreu em Uppsala, na Suécia, país para onde a família tinha imigrado nos anos 80, era Fadime ainda menina, vinda do Curdistão turco. Os Sahindal queriam preservar as tradições muçulmanas e impuseram determinadas normas à filha: não deveria dar-se com rapazes suecos e poderia ir à escola apenas o tempo necessário para aprender a ler e a escrever. Depois, teria de retornar à pátria e casar com um curdo. Quando conheceu um jovem sueco, Patrik Lindisjö, Fadime encontrou o amor e recusou seguir as regras de casa. A ruptura com a família foi violenta. O pai e o irmão chamavam-na prostituta, perseguiam-na, chegaram mesmo a espancá-la. Em 1998, o namorado morreu num acidente de automóvel - ele e Fadime estavam a preparar-se para viver juntos. A Polícia pensa agora reabrir o processo, por desconfiar de homicídio. Sozinha, a jovem tornou-se, desde então, um símbolo de resistência e a porta-voz de centenas de raparigas imigrantes que vivem sob o jugo de tradições que não têm lugar na sociedade que as acolheu e que as impedem de se integrar. Falava na televisão e no Parlamento em nome das mulheres que não o podiam fazer. O fim brutal que o pai lhe destinou foi a forma de restabelecer a honra da família.

Os «amigos» de Durão ADRIAN DENNIS/EPA Está visto que o líder do PSD, Durão Barroso, só segue os bons exemplos. Lembram-se de como o país sorria com Mário Soares e a forma orgulhosa como ele se referia a «mon ami Mitterrand»? E António Guterres, que um dia revelou tratar por tu «sete primeiros-ministros» da Europa? Durão Barroso, à medida que vê mais próximo o poder, também não quer ficar fora do retrato. Nas últimas semanas, Barroso correu por essa Europa fora, mostrando como também consegue ser recebido pelos «grandes» (e, no caso do primeiro-ministro britânico Tony Blair, mais depressa até que o próprio Presidente da República, Jorge Sampaio). Depois de «mio amigo»José Maria Aznar, foi recebido por «mon ami Chirac» e «my friend Tony» (Blair). Para meados de Fevereiro está já previsto um encontro, em Brasília, com o Presidente do Brasil - perdão, «meu chapa FHC» (Fernando Henrique Cardoso)! Está visto que o líder do PSD,, só segue os bons exemplos. Lembram-se de como o país sorria come a forma orgulhosa como ele se referia a? E, que um dia revelou tratar por tuda Europa? Durão Barroso, à medida que vê mais próximo o poder, também não quer ficar fora do retrato. Nas últimas semanas, Barroso correu por essa Europa fora, mostrando como também consegue ser recebido pelos «grandes» (e, no caso do primeiro-ministro britânico, mais depressa até que o próprio Presidente da República,). Depois de, foi recebido por(Blair). Para meados de Fevereiro está já previsto um encontro, em Brasília, com o Presidente do Brasil - perdão,)!

O fantasma da Ópera A noite de ópera no Teatro São Carlos, no passado dia 23, com a apresentação de «Il Trovatore», de Giuseppe Verdi, foi um sucesso. Primeiro, porque esta é considerada uma das melhores produções dos últimos tempos no São Carlos. E, segundo, porque a classe política parecia ter marcado encontro para assistir ao espectáculo. Estiveram presentes, entre outros, António Guterres e a mulher, Catarina Vaz Pinto, Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Machete e a mulher de Durão Barroso, Margarida Sousa Uva, que aguardava impacientemente a chegada do marido. Inclusive, despertava interesse saber como seria o encontro entre o actual primeiro-ministro e o pretendente a sucedê-lo no cargo. Mas na hora do início do espectáculo todos entraram para a sala e nada de Durão chegar. E não apareceu nem no intervalo nem no fim. A resposta para a ausência é que estava ocupadíssimo a fechar as listas do PSD de candidatos a deputado nas próximas eleições. E a conclusão irónica tirada pelos presentes foi que, enquanto o primeiro-ministro demissionário já tem tempo para ir com a mulher à ópera, o líder da oposição, muito antes de atingir o cargo que tanto cobiça, já anda tão ocupado que deixa a sua pendurada à porta do teatro.

No lugar errado à hora errada NIR ELIAS/REUTERS O norte-americano Mark Sokolow (na foto), de 43 anos, mostrou ter a resistência de um gato - e já gastou duas das sete vidas. A primeira foi a 11 de Setembro, no atentado ao World Trade Center de Nova Iorque. Mark trabalhava no 38º andar da Torre Sul quando o primeiro avião embateu na Torre Norte. O escritório foi evacuado, uma medida de sensatez que faltou a alguns, antes de o segundo aparelho se esmagar contra o edifício, e Sokolow salvou-se sem um arranhão. Decorrida a tragédia, pensou que não tornaria a ter tamanha sorte. Felizmente, enganou-se. Quatro meses e meio depois, Mark Sokolow estava com a mulher, Rina, e as filhas, Jamie e Lauren, a visitar familiares em Jerusalém quando se deu mais um atentado terrorista, levado a cabo por uma mulher-bomba. Os Sokolow foram atingidos pelos estilhaços das janelas da sapataria onde se encontravam - mas sobreviveram. «Tive muito mais sorte desta vez. Estava com toda a minha família», confessou, num alívio desconhecedor do ditado «não há duas sem três»... O norte-americano(na foto), de 43 anos, mostrou ter a resistência de um gato - e já gastou duas das sete vidas. A primeira foi a 11 de Setembro, no atentado ao World Trade Center de Nova Iorque. Mark trabalhava no 38º andar da Torre Sul quando o primeiro avião embateu na Torre Norte. O escritório foi evacuado, uma medida de sensatez que faltou a alguns, antes de o segundo aparelho se esmagar contra o edifício, e Sokolow salvou-se sem um arranhão. Decorrida a tragédia, pensou que não tornaria a ter tamanha sorte. Felizmente, enganou-se. Quatro meses e meio depois, Mark Sokolow estava com a mulher,, e as filhas,, a visitar familiares em Jerusalém quando se deu mais um atentado terrorista, levado a cabo por uma mulher-bomba. Os Sokolow foram atingidos pelos estilhaços das janelas da sapataria onde se encontravam - mas sobreviveram., confessou, num alívio desconhecedor do ditado «não há duas sem três»...

Ziguezagues Muito se tem falado por cá da governação à vista, com base nas sondagens e na opinião publicada. O exclusivo não é nosso, a avaliar pelos ecos que chegam de Itália. Aqui a particularidade reside no facto de a imprensa escalpelizada ser a internacional. Depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros Renato Ruggiero ter abandonado o barco, em divergência com as ideias sobre a União Europeia do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, este - que acumula interinamente o cargo deixado vago por Ruggiero - tomou uma resolução. Preocupado com as ondas de choque além-fronteiras, ordenou a uma equipa da Farnesina (Ministério dos Negócios Estrangeiros) para ler diariamente os principais jornais britânicos, franceses, alemães, espanhóis, belgas e norte-americanos, que são classificados no que toca ao conteúdo relacionado com o Governo do magnata. Sem surpresas, a avaliação distingue positivamente os anglo-saxónicos - os anti-europeístas do costume - e considera a restante imprensa «má» ou «muito má». Em resposta, Berlusconi tem agora concedido entrevistas aos media estrangeiros, ao que se diz, para recuperar a «imagem de marca».

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