expo

15-11-1999
marcar artigo

Curtas Ferro Rodrigues foi ver facilidades para deficientes - Maria, cega de nascença será um das 4050 pessoas com deficiência que poderão entrar na Exposição Mundial de Lisboa em grupos de visita programados pela Parque Expo. Com a ajuda de um guia e sem ter de esperar nas filas de entrada para o recinto, Maria terá acesso facilitado aos dois ou três pavilhões temáticos que mais facilmente poderão ser apreciados por quem não vê. Vai dispor também de uma planta do recinto em Braille, de uma gravação audio sobre o que está a visitar e, caso se perder da guia, bastará dirigir-se a um dos postos de informação para receber esclarecimentos de pessoal formado para atender pessoas com necessidades especiais. O preço a pagar pela visita ainda não está decidido e será um dos pontos a ultimar para a assinatura do protocolo entre a Expo e o ministro da Solidariedade, Segurança Social, Qualificação e Emprego, Eduardo Ferro Rodrigues, que ontem visitou o recinto da Exposição. Além dos deficientes, o serviço de atendimento a grupos com necessidades especiais vai permitir que 8100 idosos (mais de 65 anos) e 8100 jovens e crianças carenciadas, que estejam a cargo de instituições de solidariedade social, visitem a exposição de forma programada, com menos encargos e tratamento especial. Ao todo serão 10 grupos por dia, cada um com 25 pessoas, em cada cinco dias semana. Quotas de acesso ao recinto rígidas e limitadas que, segundo a Expo, vão permitir que as "visitas possam realizar-se dentro dos limites necessários de segurança e bem estar". O facto de apenas quatro mil em cerca de um milhão de deficientes portugueses poderem aceder de forma programada ao recinto não parece preocupar Ferro Rodrigues. "Individualmente todos os deficientes podem vir" à exposição, afirma, lembrando que a Expo 98 não é uma "continuação do Ministério da Solidariedade". Ferro Rodrigues não escondeu aliás a sua satisfação pelo que viu. "Em matéria de acessibilidades, a Expo vai estar na vanguarda na resposta a estes problemas", afirmou aos jornalistas. As rampas de acesso, os elevadores e a inexistência de barreiras físicas entre os parques de estacionamento e as entradas do recinto destinadas a estes casos - Porta Norte e Porta do Mar (a Sul) - vão permitir uma melhor mobilidade áqueles que têm necessidades especiais, quer venham em grupo ou não. Um intérprete de língua gestual estará sempre disponível no recinto e um outro acompanhará as visitas. Os deficientes motores têm ao seu dispor 50 cadeiras de rodas e podem alugar triciclos eléctricos ou um dispositivo eléctrico adaptável às cadeiras. Terão igualmente tabuleiros para que possam tomar as refeições. Os deficientes que forem individualmente à exposição têm garantido, para já, o lugar próprio no estacionamento e facilidade de entrada no recinto mas, para obterem um possível desconto no bilhete, necessitam de um cartão multiusos, concedido pelo Secretariado Nacional para a Integração e Reabilitação das Pessoas com Deficiências e não terão direito a entrada imediata nos pavilhões ou a guia no seu interior. Ferro Rodrigues lembrou também "o enorme esforço ao nível de formação profissional" feito pela Expo, que dentro de dias começará a formar cerca de "7000 pessoas". E nem mesmo a situação dos muitos milhares de construtores, que em Maio abandonarão o recinto o deixam preocupado: "O país não termina com a Expo ou com a sua inauguração" continuando a haver investimento e necessidade de emprego na área de construção. Além disso, "grande parte dos trabalhadores trabalham em empresas subcontratadas, que estão ao serviço da Expo mas têm grande mobilidade". Joana Ferreira da Costa Atrasos e trocas no teatro - A estreia da peça "O Céu de Sacadura", de Luísa Costa Gomes, encenada por Nuno Carinhas, foi adiada uma semana, devido a "motivos de ordem técnica", segundo um comunicado do Teatro Nacional D. Maria II. Inicialmente prevista para dia 20 de Março, a peça será estreada na Sala Garrett apenas a 27 de Março. "Esta Noite Improvisa-se", de Pirandello, uma co-produção com o Teatro di Roma com encenação de Luca Ronconi, subirá ao palco na Sala Garrett do D. Maria II, nos dias 7, 8 e 9 de Maio, em vez de estrear no palco do Teatro da Trindade, como estava previsto no programa. Esta troca abre a possibilidade de o musical "O Rapaz de Papel", que subiu à cena com um mês de atraso, ficar mais tempo em palco. (c) Copyright PÚBLICO Comunicação Social, SA Email: publico@publico.pt

Curtas Ferro Rodrigues foi ver facilidades para deficientes - Maria, cega de nascença será um das 4050 pessoas com deficiência que poderão entrar na Exposição Mundial de Lisboa em grupos de visita programados pela Parque Expo. Com a ajuda de um guia e sem ter de esperar nas filas de entrada para o recinto, Maria terá acesso facilitado aos dois ou três pavilhões temáticos que mais facilmente poderão ser apreciados por quem não vê. Vai dispor também de uma planta do recinto em Braille, de uma gravação audio sobre o que está a visitar e, caso se perder da guia, bastará dirigir-se a um dos postos de informação para receber esclarecimentos de pessoal formado para atender pessoas com necessidades especiais. O preço a pagar pela visita ainda não está decidido e será um dos pontos a ultimar para a assinatura do protocolo entre a Expo e o ministro da Solidariedade, Segurança Social, Qualificação e Emprego, Eduardo Ferro Rodrigues, que ontem visitou o recinto da Exposição. Além dos deficientes, o serviço de atendimento a grupos com necessidades especiais vai permitir que 8100 idosos (mais de 65 anos) e 8100 jovens e crianças carenciadas, que estejam a cargo de instituições de solidariedade social, visitem a exposição de forma programada, com menos encargos e tratamento especial. Ao todo serão 10 grupos por dia, cada um com 25 pessoas, em cada cinco dias semana. Quotas de acesso ao recinto rígidas e limitadas que, segundo a Expo, vão permitir que as "visitas possam realizar-se dentro dos limites necessários de segurança e bem estar". O facto de apenas quatro mil em cerca de um milhão de deficientes portugueses poderem aceder de forma programada ao recinto não parece preocupar Ferro Rodrigues. "Individualmente todos os deficientes podem vir" à exposição, afirma, lembrando que a Expo 98 não é uma "continuação do Ministério da Solidariedade". Ferro Rodrigues não escondeu aliás a sua satisfação pelo que viu. "Em matéria de acessibilidades, a Expo vai estar na vanguarda na resposta a estes problemas", afirmou aos jornalistas. As rampas de acesso, os elevadores e a inexistência de barreiras físicas entre os parques de estacionamento e as entradas do recinto destinadas a estes casos - Porta Norte e Porta do Mar (a Sul) - vão permitir uma melhor mobilidade áqueles que têm necessidades especiais, quer venham em grupo ou não. Um intérprete de língua gestual estará sempre disponível no recinto e um outro acompanhará as visitas. Os deficientes motores têm ao seu dispor 50 cadeiras de rodas e podem alugar triciclos eléctricos ou um dispositivo eléctrico adaptável às cadeiras. Terão igualmente tabuleiros para que possam tomar as refeições. Os deficientes que forem individualmente à exposição têm garantido, para já, o lugar próprio no estacionamento e facilidade de entrada no recinto mas, para obterem um possível desconto no bilhete, necessitam de um cartão multiusos, concedido pelo Secretariado Nacional para a Integração e Reabilitação das Pessoas com Deficiências e não terão direito a entrada imediata nos pavilhões ou a guia no seu interior. Ferro Rodrigues lembrou também "o enorme esforço ao nível de formação profissional" feito pela Expo, que dentro de dias começará a formar cerca de "7000 pessoas". E nem mesmo a situação dos muitos milhares de construtores, que em Maio abandonarão o recinto o deixam preocupado: "O país não termina com a Expo ou com a sua inauguração" continuando a haver investimento e necessidade de emprego na área de construção. Além disso, "grande parte dos trabalhadores trabalham em empresas subcontratadas, que estão ao serviço da Expo mas têm grande mobilidade". Joana Ferreira da Costa Atrasos e trocas no teatro - A estreia da peça "O Céu de Sacadura", de Luísa Costa Gomes, encenada por Nuno Carinhas, foi adiada uma semana, devido a "motivos de ordem técnica", segundo um comunicado do Teatro Nacional D. Maria II. Inicialmente prevista para dia 20 de Março, a peça será estreada na Sala Garrett apenas a 27 de Março. "Esta Noite Improvisa-se", de Pirandello, uma co-produção com o Teatro di Roma com encenação de Luca Ronconi, subirá ao palco na Sala Garrett do D. Maria II, nos dias 7, 8 e 9 de Maio, em vez de estrear no palco do Teatro da Trindade, como estava previsto no programa. Esta troca abre a possibilidade de o musical "O Rapaz de Papel", que subiu à cena com um mês de atraso, ficar mais tempo em palco. (c) Copyright PÚBLICO Comunicação Social, SA Email: publico@publico.pt

marcar artigo