JORNAL PUBLICO: Três dias para dizer que sim

10-01-2001
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12/07/95

Três dias para dizer que sim

A primeira abordagem foi de Azevedo Soares, secretário-geral do PSD. Vasco Pulido Valente e o ex-ministro do Mar são amigos há vários anos, almoçam com frequência - Azevedo Soares chegou a ser chefe de gabinete durante o consulado governativo de Pulido Valente no governo de Sá Carneiro. Depois, veio o convite expresso do líder do PSD. Como isto se processou? "Como se processam sempre os convites. Há uma pessoa que pergunta se nós estamos dispostos a aceitar ou não... por acaso foi o secretário-geral Azevedo Soares, podia ter sido outro qualquer... e depois o presidente do partido faz o convite substantivo. Se quer tirar conclusões por ter sido o Eduardo Azevedo Soares... seria muito estranho que não fosse, porque ele é meu amigo".

Na sexta-feira foi o convite, no domingo, VPV disse que sim. Com um passado político activo (PS, PSD, secretário de Estado da Presidência e, depois, da Cultura, no governo de Sá Carneiro - e não de Pinto Balsemão como o PÚBLICO, por lapso, ontem referiu- conselheiro político no MASP I), Vasco Pulido Valente não tinha sofrido, nos últimos tempos, qualquer assédio partidário. Durante o consulado de Cavaco Silva à frente do PSD, não teve qualquer convite, embora, antes de Cavaco, tenha sido abordado várias vezes.

O seu amigo António Pedro de Vasconcelos (actualmente empenhado na "nova maioria" de Guterres) disse ao PÚBLICO "não estar surpreendido" com a candidatura de Pulido Valente a deputado. "Já há muito tempo que ele está ligado ao PSD, com altos e baixos, conforme os dirigentes. Tratando-se de uma pessoa de grande gabarito, é bom para a direita. Espero que seja bom para a cultura. No governo ou na oposição, é a garantia de que há alguém com "cabeça"". Apesar de APV "ter alguma tristeza de o ver num campo" que não é o seu, isso "não afecta em nada a nossa amizade". De resto, António Pedro de Vasconcelos considera que o regresso à actividade política vai ser "bom" para Vasco Pulido Valente: "A acção é purgativa, faz bem às pessoas e compromete-as. Acaba por ser bom".

A.S.L.

12/07/95

Três dias para dizer que sim

A primeira abordagem foi de Azevedo Soares, secretário-geral do PSD. Vasco Pulido Valente e o ex-ministro do Mar são amigos há vários anos, almoçam com frequência - Azevedo Soares chegou a ser chefe de gabinete durante o consulado governativo de Pulido Valente no governo de Sá Carneiro. Depois, veio o convite expresso do líder do PSD. Como isto se processou? "Como se processam sempre os convites. Há uma pessoa que pergunta se nós estamos dispostos a aceitar ou não... por acaso foi o secretário-geral Azevedo Soares, podia ter sido outro qualquer... e depois o presidente do partido faz o convite substantivo. Se quer tirar conclusões por ter sido o Eduardo Azevedo Soares... seria muito estranho que não fosse, porque ele é meu amigo".

Na sexta-feira foi o convite, no domingo, VPV disse que sim. Com um passado político activo (PS, PSD, secretário de Estado da Presidência e, depois, da Cultura, no governo de Sá Carneiro - e não de Pinto Balsemão como o PÚBLICO, por lapso, ontem referiu- conselheiro político no MASP I), Vasco Pulido Valente não tinha sofrido, nos últimos tempos, qualquer assédio partidário. Durante o consulado de Cavaco Silva à frente do PSD, não teve qualquer convite, embora, antes de Cavaco, tenha sido abordado várias vezes.

O seu amigo António Pedro de Vasconcelos (actualmente empenhado na "nova maioria" de Guterres) disse ao PÚBLICO "não estar surpreendido" com a candidatura de Pulido Valente a deputado. "Já há muito tempo que ele está ligado ao PSD, com altos e baixos, conforme os dirigentes. Tratando-se de uma pessoa de grande gabarito, é bom para a direita. Espero que seja bom para a cultura. No governo ou na oposição, é a garantia de que há alguém com "cabeça"". Apesar de APV "ter alguma tristeza de o ver num campo" que não é o seu, isso "não afecta em nada a nossa amizade". De resto, António Pedro de Vasconcelos considera que o regresso à actividade política vai ser "bom" para Vasco Pulido Valente: "A acção é purgativa, faz bem às pessoas e compromete-as. Acaba por ser bom".

A.S.L.

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