DN Jovem

08-03-2000
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EDITADOS «SETE POETAS PARA O MILÉNIO»

«O Contador de Histórias», editora de Tomar, acaba de editar «Sete Poetas para o Milénio», uma publicação em formato 21*40 centímetros, com poemas de sete novos autores seleccionados, já apesentados em Tomar, que se destina promover novas vozes na poesia portuguesa. Os seus nomes são Carina Branco Dias, Francisco Arcos, Irene Aparício, Jorge Dias, José Mário Silva (outro colaborador), Maria Natália Miranda e Rosa Salgado. Nuno Garcia Lopes, editor e ex-colaborador do DN Jovem, apresenta-os. Diz ele: «Colhemos sete frutos deliciosos. Não são calibrados, como essas maçãs que compramos nos hipermercados, todas igualzinhas, lustrosas e sensaboronas. Estes nossos frutos são disformes, cada qual com a sua cor, uns mais acres, outros mais doces, suspeito até que todos eles têm bicho...»

A distribuição desta publicação é gratuita, podendo esta ser pedida para «O Contador de Histórias» através do Apartado 139 - 2304 Tomar. Futuramente, a editora conta editar em livro cada um destes autores.

Dois outros autores, desta feita tomarenses, foram já editados entretanto. Trata-se de Jorge Ruela (Sonho Dourado e Outros Contos) e Miguel Garcia Lopes (Crónicas do Fim de Semana). O primeiro é um livro de contos sobre histórias do quotidiano. O segundo é um conjunto de crónicas, na sua maioria publicadas no Jornal «O Templário», mas com algumas ainda inéditas.

LIVRO DE EDUARDO RAPOSO NO MUSEU DA RESISTÊNCIA

"O Canto de Intervenção, 1960-1974" é o título de uma obra de Eduardo Raposo, lançada no passado dia 23 de Fevereiro, no Museu República e Resistência (Estrada de Benfica, em Lisboa). Eduardo Raposo, que foi colaborador do "DN Jovem", resume neste volume o essencial da sua tese de mestrado.

«O Canto de Intervenção» é uma viagem por uma memória colectiva recente, como refere João Paulo Guerra no prefácio do livro. Eduardo Raposo, que com a tese da qual partiu este livro se tornou mestre em História do Século XX, alinha aqui não apenas texto de investigação circunstanciado e do qual pretende que resulte construtiva polémica, como ainda documentos históricos, nomeadamente fac-similes de documentos relacionados com a censura salazarista, tais como relatórios da PIDE sobre as manifestações culturais, concertos e actividades e festividades académicas. Alguns dos capítulos deste livro, uma pedrada no charco da investigação museológica portuguesa, focam, além do historial e evolução do canto de intervenção, o movimento estudantil das décadas de 50/60 e o seu papel socio-cultural e político, onde que está implícita uma análise do canto de intervenção enquanto fermentador da predisposição revolucionária que ditou o apoio popular ao fim do regime ditatorial que governou Portugal cerca de cinco décadas.

A obra foi apresentada por João Paulo Guerra e José Jorge Letria, numa sessão aproveitada para um recital convívio, em que participaram Sérgio Godinho, Manuel Freire, Francisco Fanhais e Francisco Naia. Simultaneamente, foi inaugurada naquele espaço uma exposição fotográfica reportando-se a algumas sessões de canto livre anteriores ao 25 de Abril.

PAULO MOURÃO PREMIADO

Paulo Jorge Reis Mourão, um dos mais destacados colaboradores do DNJ, acaba de ganhar o primeiro prémio do Concurso Prémio Literário/99 promovido pelo Centro Cultural Regional de Vila Real, cujo tema eram as potencialidades e problemas da região de Trás os Montes e Alto Douro. Paulo Mourão concorreu com um conto e uma reportagem, estando ainda a concurso as áreas de fotografia e pintura. A entrega de prémios aos participantes decorreu num jantar comemorativo dos vinte anos da instituição promotora.

REVELAÇÃO APE PARA COLABORADORA DO DNJ

Ganhar um Prémio de Revelação da APE aos 16 anos é obra. Entre 37 concorrentes e com um júri constituído por Lídia Jorge, José António Gomes e Serafim Ferreira. Aconteceu a Ana Eduarda Morais Santos, aluna do 11.º ano de Humanidades e colaboradora do "DN Jovem" desde Agosto. Ainda na semana passada vira aqui premiado um texto com o título "Um golo por Timor".

Juntamente com a sua narrativa Luz e Sombra, foi distinguido Andamentos, de Jorge Barreto Moniz (44 anos, economista, Porto). Na modalidade de Literatura para a Infância e Juventude, a APE "revelou" O Segredo de Natália, de António Laginha (44, professor de dança) e Rafaela Mapril (31, figurinista, também ex-colaboradora do DNJ), e Os Bichos da Carolina, de Paula Oliveira Guimarães (33, jurista).

Filha de dois médicos, Ana Santos "lê" desde os oito meses, quando passava horas junto à mãe a braços com a preparação dos concursos profissionais. Ficou-lhe de muito nova a familiaridade "com aquelas palavras do tamanho de um autocarro". Nos últimos tempos, o livro que mais a marcou foi Filha da Fortuna, de Isabel Allende; agora está a ler A Natureza Morta, de Paulo José Miranda.

E escreve todos os dias. Desde o 5.º ano animou as colunas do jornal escolar A Nossa Luz (Externato da Luz) e faz agora o mesmo no Boletim Informativo do Externato Marista. Na altura da canonização do padre Champagnat coube-lhe escrever sobre essa figura um texto que foi lido em Fátima perante uma assembleia de mais de duas mil pessoas.

"Ando sempre com um caderninho atrás de mim. Mesmo de férias no estrangeiro. As coisas que se vivem são irrepetíveis. Os registos que faço são quase uma recordação física". Diz isto e lembra as palavras de Agustina que, ainda há poucos dias, declarava ficar intratável quando não escrevia. E acrescenta: "Eu, se não escrevo, fico incapaz de me aturar a mim própria".

Sobre o livro premiado explica: "É uma história contada na primeira pessoa e que estabelece um paralelo entre o mundo imaginário e o mundo real. Tentei transmitir duas mensagens: a visão um pouco crítica que os jovens têm da sociedade e um incentivo à luta pelos sonhos. No livro há um sonho que se torna realidade. E este prémio é, também ele, a materialização de um sonho".

Com esta distinção, Ana Santos junta o seu nome a uma lista de antigos colaboradores que foram Revelação APE e Inasset, tais como Fernando Esteves Pinto, José Oliveira, Dóris Graça Dias, Teresa Leonor Vale e, mais recentemente, Sandra Augusto França.

EX-COLABORADORES DO DNJ NA REVISTA "CAMÕES"

Mais vale tarde que nunca. Ao folhearmos, só agora, o n.º 5 da revista "Camões" demo-nos conta da presença, entre os articulistas, de dois antigos colaboradores deste espaço, para os quais fica aqui a nossa saudação.

António Souto escreve sobre uma memória de infância associada à guerra colonial, quando, aluno da primária, participou nas exéquias oficiais de um combatente da terra, "sem suspeitar sequer que, naquele dia, que muito bem podia ser de chuva, também eu morria, algures em África, numa guerra que não viria a ser nunca, felizmente, a minha".

Sobre um dia de chuva escreve também Maria João Martins: o 11 de Setembro de 1973, data em que Salvador Allende foi assassinado no Chile, com as trágicas consequências que esse golpe representou para a história da democracia na América Latina.

Neste número temático da "Camões" ("25 de Abril - A Revolução dos Cravos"), António Souto e Maria João Martins inscrevem os seus nomes num elenco de luxo, onde também figuram Manuel Alegre, José Manuel Saraiva, José Medeiros Ferreira, António Reis, Zita Seabra, Clara Ferreira Alves, Urbano Tavares Rodrigues, Francisco Seixas da Costa, Álvaro Guerra, Diana Andringa, Edite Estrela, Fernando J. B. Martinho, Mário Vieira de Carvalho, José Jorge Letria, Diogo Pires Aurélio, Robin Fior, João Pinharanda, João Paulo Paiva Boléo, Eugénia Vasques, José de Matos-Cruz, Maria Teresa Siza, Cecília Barreira, Helena Vaz da Silva, Afonso Praça, Francisco Pinto Balsemão, Jorge Miranda, António Costa Pinto e João Carlos Espada.

EDITADOS «SETE POETAS PARA O MILÉNIO»

«O Contador de Histórias», editora de Tomar, acaba de editar «Sete Poetas para o Milénio», uma publicação em formato 21*40 centímetros, com poemas de sete novos autores seleccionados, já apesentados em Tomar, que se destina promover novas vozes na poesia portuguesa. Os seus nomes são Carina Branco Dias, Francisco Arcos, Irene Aparício, Jorge Dias, José Mário Silva (outro colaborador), Maria Natália Miranda e Rosa Salgado. Nuno Garcia Lopes, editor e ex-colaborador do DN Jovem, apresenta-os. Diz ele: «Colhemos sete frutos deliciosos. Não são calibrados, como essas maçãs que compramos nos hipermercados, todas igualzinhas, lustrosas e sensaboronas. Estes nossos frutos são disformes, cada qual com a sua cor, uns mais acres, outros mais doces, suspeito até que todos eles têm bicho...»

A distribuição desta publicação é gratuita, podendo esta ser pedida para «O Contador de Histórias» através do Apartado 139 - 2304 Tomar. Futuramente, a editora conta editar em livro cada um destes autores.

Dois outros autores, desta feita tomarenses, foram já editados entretanto. Trata-se de Jorge Ruela (Sonho Dourado e Outros Contos) e Miguel Garcia Lopes (Crónicas do Fim de Semana). O primeiro é um livro de contos sobre histórias do quotidiano. O segundo é um conjunto de crónicas, na sua maioria publicadas no Jornal «O Templário», mas com algumas ainda inéditas.

LIVRO DE EDUARDO RAPOSO NO MUSEU DA RESISTÊNCIA

"O Canto de Intervenção, 1960-1974" é o título de uma obra de Eduardo Raposo, lançada no passado dia 23 de Fevereiro, no Museu República e Resistência (Estrada de Benfica, em Lisboa). Eduardo Raposo, que foi colaborador do "DN Jovem", resume neste volume o essencial da sua tese de mestrado.

«O Canto de Intervenção» é uma viagem por uma memória colectiva recente, como refere João Paulo Guerra no prefácio do livro. Eduardo Raposo, que com a tese da qual partiu este livro se tornou mestre em História do Século XX, alinha aqui não apenas texto de investigação circunstanciado e do qual pretende que resulte construtiva polémica, como ainda documentos históricos, nomeadamente fac-similes de documentos relacionados com a censura salazarista, tais como relatórios da PIDE sobre as manifestações culturais, concertos e actividades e festividades académicas. Alguns dos capítulos deste livro, uma pedrada no charco da investigação museológica portuguesa, focam, além do historial e evolução do canto de intervenção, o movimento estudantil das décadas de 50/60 e o seu papel socio-cultural e político, onde que está implícita uma análise do canto de intervenção enquanto fermentador da predisposição revolucionária que ditou o apoio popular ao fim do regime ditatorial que governou Portugal cerca de cinco décadas.

A obra foi apresentada por João Paulo Guerra e José Jorge Letria, numa sessão aproveitada para um recital convívio, em que participaram Sérgio Godinho, Manuel Freire, Francisco Fanhais e Francisco Naia. Simultaneamente, foi inaugurada naquele espaço uma exposição fotográfica reportando-se a algumas sessões de canto livre anteriores ao 25 de Abril.

PAULO MOURÃO PREMIADO

Paulo Jorge Reis Mourão, um dos mais destacados colaboradores do DNJ, acaba de ganhar o primeiro prémio do Concurso Prémio Literário/99 promovido pelo Centro Cultural Regional de Vila Real, cujo tema eram as potencialidades e problemas da região de Trás os Montes e Alto Douro. Paulo Mourão concorreu com um conto e uma reportagem, estando ainda a concurso as áreas de fotografia e pintura. A entrega de prémios aos participantes decorreu num jantar comemorativo dos vinte anos da instituição promotora.

REVELAÇÃO APE PARA COLABORADORA DO DNJ

Ganhar um Prémio de Revelação da APE aos 16 anos é obra. Entre 37 concorrentes e com um júri constituído por Lídia Jorge, José António Gomes e Serafim Ferreira. Aconteceu a Ana Eduarda Morais Santos, aluna do 11.º ano de Humanidades e colaboradora do "DN Jovem" desde Agosto. Ainda na semana passada vira aqui premiado um texto com o título "Um golo por Timor".

Juntamente com a sua narrativa Luz e Sombra, foi distinguido Andamentos, de Jorge Barreto Moniz (44 anos, economista, Porto). Na modalidade de Literatura para a Infância e Juventude, a APE "revelou" O Segredo de Natália, de António Laginha (44, professor de dança) e Rafaela Mapril (31, figurinista, também ex-colaboradora do DNJ), e Os Bichos da Carolina, de Paula Oliveira Guimarães (33, jurista).

Filha de dois médicos, Ana Santos "lê" desde os oito meses, quando passava horas junto à mãe a braços com a preparação dos concursos profissionais. Ficou-lhe de muito nova a familiaridade "com aquelas palavras do tamanho de um autocarro". Nos últimos tempos, o livro que mais a marcou foi Filha da Fortuna, de Isabel Allende; agora está a ler A Natureza Morta, de Paulo José Miranda.

E escreve todos os dias. Desde o 5.º ano animou as colunas do jornal escolar A Nossa Luz (Externato da Luz) e faz agora o mesmo no Boletim Informativo do Externato Marista. Na altura da canonização do padre Champagnat coube-lhe escrever sobre essa figura um texto que foi lido em Fátima perante uma assembleia de mais de duas mil pessoas.

"Ando sempre com um caderninho atrás de mim. Mesmo de férias no estrangeiro. As coisas que se vivem são irrepetíveis. Os registos que faço são quase uma recordação física". Diz isto e lembra as palavras de Agustina que, ainda há poucos dias, declarava ficar intratável quando não escrevia. E acrescenta: "Eu, se não escrevo, fico incapaz de me aturar a mim própria".

Sobre o livro premiado explica: "É uma história contada na primeira pessoa e que estabelece um paralelo entre o mundo imaginário e o mundo real. Tentei transmitir duas mensagens: a visão um pouco crítica que os jovens têm da sociedade e um incentivo à luta pelos sonhos. No livro há um sonho que se torna realidade. E este prémio é, também ele, a materialização de um sonho".

Com esta distinção, Ana Santos junta o seu nome a uma lista de antigos colaboradores que foram Revelação APE e Inasset, tais como Fernando Esteves Pinto, José Oliveira, Dóris Graça Dias, Teresa Leonor Vale e, mais recentemente, Sandra Augusto França.

EX-COLABORADORES DO DNJ NA REVISTA "CAMÕES"

Mais vale tarde que nunca. Ao folhearmos, só agora, o n.º 5 da revista "Camões" demo-nos conta da presença, entre os articulistas, de dois antigos colaboradores deste espaço, para os quais fica aqui a nossa saudação.

António Souto escreve sobre uma memória de infância associada à guerra colonial, quando, aluno da primária, participou nas exéquias oficiais de um combatente da terra, "sem suspeitar sequer que, naquele dia, que muito bem podia ser de chuva, também eu morria, algures em África, numa guerra que não viria a ser nunca, felizmente, a minha".

Sobre um dia de chuva escreve também Maria João Martins: o 11 de Setembro de 1973, data em que Salvador Allende foi assassinado no Chile, com as trágicas consequências que esse golpe representou para a história da democracia na América Latina.

Neste número temático da "Camões" ("25 de Abril - A Revolução dos Cravos"), António Souto e Maria João Martins inscrevem os seus nomes num elenco de luxo, onde também figuram Manuel Alegre, José Manuel Saraiva, José Medeiros Ferreira, António Reis, Zita Seabra, Clara Ferreira Alves, Urbano Tavares Rodrigues, Francisco Seixas da Costa, Álvaro Guerra, Diana Andringa, Edite Estrela, Fernando J. B. Martinho, Mário Vieira de Carvalho, José Jorge Letria, Diogo Pires Aurélio, Robin Fior, João Pinharanda, João Paulo Paiva Boléo, Eugénia Vasques, José de Matos-Cruz, Maria Teresa Siza, Cecília Barreira, Helena Vaz da Silva, Afonso Praça, Francisco Pinto Balsemão, Jorge Miranda, António Costa Pinto e João Carlos Espada.

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