São tulipas, senhor Texto e Fotografias de Gonçalo Cadilhe Uma das boas razões para fazer uma etapa em Lisse é o museu das tulipas. Aprendemos aqui que os campos que nos rodeiam foram dos primeiros do país a ser utilizados para o cultivo desta planta. A outra boa razão encontra-se a um par de quilómetros a sul de Lisse - é o parque florestal de Keukenhof. Em 1949, alguns produtores da região decidiram abrir uma exposição permanente das suas variedades durante o período da florescência das tulipas. A ideia pegou.
História sobre rodas Texto de Nuno Coutinho
Fotografias de Rui Duarte Silva Tudo começou em meados dos anos 50, quando o médico João de Lacerda, hoje director do museu, encontrou abandonado, nos arredores de Fornos de Algodres, um velho Ford T de 1925. Comprou-o por dois mil escudos e com o carro, depois de devidamente restaurado, iniciou a colecção de 20 viaturas que viria a estar na origem do primeiro museu dedicado a automóveis no país. As portas foram abertas ao público em Junho de 1959 num edifício destinado a um outro museu vocacionado para as artes plásticas, concebido e iniciado por Abel de Lacerda, irmão de João de Lacerda, e exclusivamente constituído por ofertas de coleccionadores e artistas contemporâneos.
O rugido da Seat Texto de Rui Freire
Fotografias de Tiago Figueiras Quem publicamente admitisse, há alguns anos, a possibilidade de um carro de vocação desportiva poder vir a ser equipado com um motor Diesel, seria julgado como não estando na posse das suas faculdades mentais e corria o risco de ser sacrificado no altar dos entendidos destas coisas dos automóveis.Era impossível dissociar um propulsor que consumisse gasóleo de nuvens de fumo espesso, do irritante ruído de uma «máquina de costura» e de prestações muito pouco generosas.
Alto contraste Texto de José Manuel Fernandes
Fotografias de António Pedro Ferreira Vou falar-vos de dois espaços arquitectónicos que, curiosamente, embora situados numa mesma área de Lisboa (a colina que leva ao Alto de Santo Amaro, perto de Alcântara), e sendo igualmente contemporâneos (estavam os dois em acabamentos em Janeiro-Fevereiro), representam dos mais profundos contrastes imagináveis como possíveis em termos da arquitectura contemporânea. Trata-se do conjunto arquitectónico conhecido comercialmente como Alcântara Residence, à Rua de Luís de Camões, por um lado; e do conjunto do novo Hotel de Valle Flor, à Rua Jau, que aproveita e envolve o antigo palacete homónimo (obra de Nicolau Bigaglia, de 1902-05, com torreões laterais por Ventura Terra).
Vida breve Texto de Nuno Crato «Se não receio o erro é porque estou sempre pronto a corrigi-lo.» A frase aparece logo à entrada de um edifício da Rua Miguel Lupi, em Lisboa, onde estão sediados gabinetes do Instituto Superior de Economia e Gestão. Por cima, encontra-se um baixo-relevo com a face de um homem de aparência serena. Trata-se de Bento de Jesus Caraça, o mais famoso dos docentes dessa escola da Universidade Técnica de Lisboa.
A revista é um mundo Texto de L.M. Faria A «Esquire» é uma revista linda. Percorrê-la com os olhos de uma ponta à outra é atravessar um mundo de excelentes fotografias, «design» imaginativo, tipografia requintada. A cada momento há uma surpresa. Atentamos nesta ou aquela página, este ou aquele pormenor. Confirmamos que a generosidade gráfica nunca prejudica a leitura. Saboreamos a aliança especialmente bem conseguida entre certa letra ampliada e um título. E pensamos: realmente, não existe nenhum motivo sério para comprar revistas. O que é verdade. Pode soar bombástico (digamos, como uma daquelas afirmações-choque, captadoras de atenção, que por vezes se metem a abrir um artigo... de revista) mas descreve essencialmente a realidade.
São tulipas, senhor Texto e Fotografias de Gonçalo Cadilhe Uma das boas razões para fazer uma etapa em Lisse é o museu das tulipas. Aprendemos aqui que os campos que nos rodeiam foram dos primeiros do país a ser utilizados para o cultivo desta planta. A outra boa razão encontra-se a um par de quilómetros a sul de Lisse - é o parque florestal de Keukenhof. Em 1949, alguns produtores da região decidiram abrir uma exposição permanente das suas variedades durante o período da florescência das tulipas. A ideia pegou.
História sobre rodas Texto de Nuno Coutinho
Fotografias de Rui Duarte Silva Tudo começou em meados dos anos 50, quando o médico João de Lacerda, hoje director do museu, encontrou abandonado, nos arredores de Fornos de Algodres, um velho Ford T de 1925. Comprou-o por dois mil escudos e com o carro, depois de devidamente restaurado, iniciou a colecção de 20 viaturas que viria a estar na origem do primeiro museu dedicado a automóveis no país. As portas foram abertas ao público em Junho de 1959 num edifício destinado a um outro museu vocacionado para as artes plásticas, concebido e iniciado por Abel de Lacerda, irmão de João de Lacerda, e exclusivamente constituído por ofertas de coleccionadores e artistas contemporâneos.
O rugido da Seat Texto de Rui Freire
Fotografias de Tiago Figueiras Quem publicamente admitisse, há alguns anos, a possibilidade de um carro de vocação desportiva poder vir a ser equipado com um motor Diesel, seria julgado como não estando na posse das suas faculdades mentais e corria o risco de ser sacrificado no altar dos entendidos destas coisas dos automóveis.Era impossível dissociar um propulsor que consumisse gasóleo de nuvens de fumo espesso, do irritante ruído de uma «máquina de costura» e de prestações muito pouco generosas.
Alto contraste Texto de José Manuel Fernandes
Fotografias de António Pedro Ferreira Vou falar-vos de dois espaços arquitectónicos que, curiosamente, embora situados numa mesma área de Lisboa (a colina que leva ao Alto de Santo Amaro, perto de Alcântara), e sendo igualmente contemporâneos (estavam os dois em acabamentos em Janeiro-Fevereiro), representam dos mais profundos contrastes imagináveis como possíveis em termos da arquitectura contemporânea. Trata-se do conjunto arquitectónico conhecido comercialmente como Alcântara Residence, à Rua de Luís de Camões, por um lado; e do conjunto do novo Hotel de Valle Flor, à Rua Jau, que aproveita e envolve o antigo palacete homónimo (obra de Nicolau Bigaglia, de 1902-05, com torreões laterais por Ventura Terra).
Vida breve Texto de Nuno Crato «Se não receio o erro é porque estou sempre pronto a corrigi-lo.» A frase aparece logo à entrada de um edifício da Rua Miguel Lupi, em Lisboa, onde estão sediados gabinetes do Instituto Superior de Economia e Gestão. Por cima, encontra-se um baixo-relevo com a face de um homem de aparência serena. Trata-se de Bento de Jesus Caraça, o mais famoso dos docentes dessa escola da Universidade Técnica de Lisboa.
A revista é um mundo Texto de L.M. Faria A «Esquire» é uma revista linda. Percorrê-la com os olhos de uma ponta à outra é atravessar um mundo de excelentes fotografias, «design» imaginativo, tipografia requintada. A cada momento há uma surpresa. Atentamos nesta ou aquela página, este ou aquele pormenor. Confirmamos que a generosidade gráfica nunca prejudica a leitura. Saboreamos a aliança especialmente bem conseguida entre certa letra ampliada e um título. E pensamos: realmente, não existe nenhum motivo sério para comprar revistas. O que é verdade. Pode soar bombástico (digamos, como uma daquelas afirmações-choque, captadoras de atenção, que por vezes se metem a abrir um artigo... de revista) mas descreve essencialmente a realidade.