"E como sempre que intervém na vida política, Cavaco Silva apareceu arrogante, despeitado e zangado não tanto com o Governo - como quis fazer crer - mas zangado e despeitado com os portugueses que, em duas eleições sucessivas (Outubro de 1995 e Janeiro de 1996) o derrotaram nas urnas e lhe disseram que o não queriam ter mais com Primeiro-ministro nem tão pouco como presidente da República.
O azedume com que se exprime só evidencia que Cavaco Silva é, politicamente falando, um fenómeno fora de prazo e adulterado na sua qualidade pela usura de um poder que exerceu com arrogância e que conduziu à partidarização do Estado.
Falta a Cavaco Silva a humildade democrática para compreender que não existe na sociedade portuguesa qualquer nostalgia pela sua governação e, ainda menos, pela sua forma arrogante de governar.
Falta a Cavaco Silva a sabedoria de vida para compreender que "o tempo não volta para trás" e que os portugueses não estão arrependidos de, democraticamente, o terem dispensado da vida política nacional.
A Cavaco Silva cabe colocar uma pergunta:
Se o País está como ele diz que está, porque não se candidata a Primeiro-ministro, porque não trava agora o combate com o Eng.º Guterres a que fugiu há quatro anos? Porque se esconde o Professor uma vez mais, agora por detrás do Aluno, a quem até ja dá explicações em público?
A resposta parece evidente: ele sabe que os portugueses não querem que volte a arrogância e o abuso de poder do Professor, agora por interposto Aluno.
Além de mais, dificilmente Cavaco Silva poderia ter escolhido pior local que o Alentejo para acusar o Governo de nada fazer.
É que a situação do Alentejo e no Alentejo, hoje e há quatro anos atrás, falam por si:
Há quatro anos a auto-estrada Lisboa/Madrid chegava a Montemor. Hoje chega a Estremoz, a 3 de Setembro chegará à fronteira;
Há quatro anos a barragem do Alqueva era um amontoado em degradação de alicerces a céu aberto, sem plano de obras nem garantias de abastecimento.
Hoje o Alqueva está em construção adiantado tendo o actual Governo regulada com o Governo Espanhol as condições do seu abastecimento, no quadro da Convenção Luso-espanhola para o aproveitamento sustentável das bacias hidrográficas comuns.
Há quatro anos Sines, era geralmente considerado, um pólo industrial e portuário problema, sem perspectivas sólidas de futuro nem novos projectos modernizadores.
Hoje Sines tem garantido vir a ser, em parceria com o Porto de Singapura, o maior operador mundial de contentores e um dos poucos terminais de descarga de LNG (Gás Liquefeito natural) para a rede de GN (Gás Natural) da Península Ibérica.
E, sobre o GN, hoje mesmo o Governo aprovou o diploma que permite alargar a rede de distribuição do GN a todo o País (incluindo a Trás-os-Montes; Alto Douro, Alto e Baixo Alentejo e Algarve) não abrangidas pelas concessões que já este Governo tinha alargado ao Vale do Tejo, e a toda a zona das Beiras. São apenas alguns exemplos que demonstram a falsidade das acusações de Cavaco Silva ao Governo
Perante isto, Durão Barroso ouviu e calou.
Não temos - ao contrário do Prof. Cavaco Silva - o defeito de pensar que não temos defeitos.
Somos, no Governo do PS e da Nova Maioria mulheres e homens que por vezes temos dúvidas e algumas vezes nos enganamos.
Por isso, com a consciência tranquila de quem cumpriu os compromissos essenciais - na educação, nas políticas sociais, na economia - sabemos que há ainda muito para fazer e que há coisas que se poderão fazer melhor.
Categorias
Entidades
"E como sempre que intervém na vida política, Cavaco Silva apareceu arrogante, despeitado e zangado não tanto com o Governo - como quis fazer crer - mas zangado e despeitado com os portugueses que, em duas eleições sucessivas (Outubro de 1995 e Janeiro de 1996) o derrotaram nas urnas e lhe disseram que o não queriam ter mais com Primeiro-ministro nem tão pouco como presidente da República.
O azedume com que se exprime só evidencia que Cavaco Silva é, politicamente falando, um fenómeno fora de prazo e adulterado na sua qualidade pela usura de um poder que exerceu com arrogância e que conduziu à partidarização do Estado.
Falta a Cavaco Silva a humildade democrática para compreender que não existe na sociedade portuguesa qualquer nostalgia pela sua governação e, ainda menos, pela sua forma arrogante de governar.
Falta a Cavaco Silva a sabedoria de vida para compreender que "o tempo não volta para trás" e que os portugueses não estão arrependidos de, democraticamente, o terem dispensado da vida política nacional.
A Cavaco Silva cabe colocar uma pergunta:
Se o País está como ele diz que está, porque não se candidata a Primeiro-ministro, porque não trava agora o combate com o Eng.º Guterres a que fugiu há quatro anos? Porque se esconde o Professor uma vez mais, agora por detrás do Aluno, a quem até ja dá explicações em público?
A resposta parece evidente: ele sabe que os portugueses não querem que volte a arrogância e o abuso de poder do Professor, agora por interposto Aluno.
Além de mais, dificilmente Cavaco Silva poderia ter escolhido pior local que o Alentejo para acusar o Governo de nada fazer.
É que a situação do Alentejo e no Alentejo, hoje e há quatro anos atrás, falam por si:
Há quatro anos a auto-estrada Lisboa/Madrid chegava a Montemor. Hoje chega a Estremoz, a 3 de Setembro chegará à fronteira;
Há quatro anos a barragem do Alqueva era um amontoado em degradação de alicerces a céu aberto, sem plano de obras nem garantias de abastecimento.
Hoje o Alqueva está em construção adiantado tendo o actual Governo regulada com o Governo Espanhol as condições do seu abastecimento, no quadro da Convenção Luso-espanhola para o aproveitamento sustentável das bacias hidrográficas comuns.
Há quatro anos Sines, era geralmente considerado, um pólo industrial e portuário problema, sem perspectivas sólidas de futuro nem novos projectos modernizadores.
Hoje Sines tem garantido vir a ser, em parceria com o Porto de Singapura, o maior operador mundial de contentores e um dos poucos terminais de descarga de LNG (Gás Liquefeito natural) para a rede de GN (Gás Natural) da Península Ibérica.
E, sobre o GN, hoje mesmo o Governo aprovou o diploma que permite alargar a rede de distribuição do GN a todo o País (incluindo a Trás-os-Montes; Alto Douro, Alto e Baixo Alentejo e Algarve) não abrangidas pelas concessões que já este Governo tinha alargado ao Vale do Tejo, e a toda a zona das Beiras. São apenas alguns exemplos que demonstram a falsidade das acusações de Cavaco Silva ao Governo
Perante isto, Durão Barroso ouviu e calou.
Não temos - ao contrário do Prof. Cavaco Silva - o defeito de pensar que não temos defeitos.
Somos, no Governo do PS e da Nova Maioria mulheres e homens que por vezes temos dúvidas e algumas vezes nos enganamos.
Por isso, com a consciência tranquila de quem cumpriu os compromissos essenciais - na educação, nas políticas sociais, na economia - sabemos que há ainda muito para fazer e que há coisas que se poderão fazer melhor.