Cinco pontes já fechadas e 60 a necessitar de obras urgentes

14-07-2001
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Cinco Pontes Já Fechadas e 60 a Necessitar de Obras Urgentes

Por ÁLVARO VIEIRA

Sábado, 14 de Julho de 2001

Apresentado resultados pormenorizados da inspecção de 328 pontes e viadutos

"O perigo está afastado", garantiu ontem o ministro do Equipamento Social, Eduardo Ferro Rodrigues, na apresentação dos resultados preliminares do Programa de Inspecção Extraordinária a Pontes e Viadutos (PIEPV) desencadeado na sequência da tragédia de Entre-os-Rios. Em Coimbra, sede do Instituto de Conservação e Exploração da Rede Rodoviária (ICERR), o ministro apresentou os dados já disponíveis relativos a 328 pontes e viadutos - o PIEPV pretende examinar 347, seleccionadas entre as mais de 4 mil existentes em Portugal -, que referem a existência de 60 obras de arte com estado de conservação deficiente ou muito deficiente. São aquelas que na escala definida pelo ICERR, de 1 (óptimo estado) a 5 (muito mau estado ou mesmo perigoso para a circulação), surgem classificadas com nota 4 e cinco. Em todas estas foram já determinadas restrições à circulação, que podem ir do encerramento absoluto ao trânsito à limitação da velocidade, passando pelo condicionamento de carga.

De entre estas sessenta estruturas piores classificadas, há ainda dez cuja necessidade de intervenção é considerada "muito urgente". As mais perigosas, e já vedadas à circulação - à semelhança do que já sucedera, na sequência das intempéries de Inverno, com as pontes de Campelos, Pernes e Constância(Santarém) e Rio Frio (Setúbal) - são as pontes do Pocinho (Bragança), sobre o rio Naomi (Guarda) e Pedrinha (Castelo Branco).

Mas há mais pontes com nota 5: são os casos de Viadores e Angeja (Aveiro); Rio Caldo EN304 e EN 308 (Braga); rio Lena (Leiria); Vale de Santo Estevão (Santarém); Fão, Ladeira e Ribeiro de Santa Martinha (Viana do Castelo); Barrocão e rio Criz II (Viseu) - todas sujeitas a condicionamento de carga, limitação de velocidade ou a ambas restrições.

Entretanto, há 32 pontes a submeter a inspecção sub-aquática, algumas das quais nem constam do rol de 347 seleccionadas pelo PIEPV. Ferro Rodrigues explicou que esta medida pretende apenas obter informação suplementar, que não deverá alterar a classificação já atribuída, no caso das pontes já inspeccionadas no âmbito do PIEPV. O presidente do ICERR, Pedro Serra, reforçou que estas observações sub-aquáticas não decorrem de qualquer "presunção de risco".

"Não se justifica o alarme criado, mas não escondemos que há problemas", disse o ministro do Equipamento, sublinhando a transparência do processo de inspecção.

Em termos gerais, são 140 as pontes a necessitar de obras, nas quais o Governo se propõem investir 22 milhões de contos. Sem contar com as obras abrangidas pelo Plano de Emergência para as Intempéries do último Inverno, ao qual o Conselho de Ministros já havia destinado perto de 30 milhões de contos.

Entretanto, iniciaram-se já ou estão prestes a começar as obras em mais de duas dezenas de pontes, algumas de enorme importância em termos de tráfego. É o caso da ponte da Arrábida, no Porto, onde os trabalhos - prometeu Ferro Rodrigues - vão decorrer "24 horas por dia, sete dias por semana", por forma a concluirem-se em Setembro. Para breve, estão as intervenções no Viaduto Duarte Pacheco, em Lisboa, e na Ponte da Figueira da Foz, estas últimas orçada em dois milhões de contos.

Cinco Pontes Já Fechadas e 60 a Necessitar de Obras Urgentes

Por ÁLVARO VIEIRA

Sábado, 14 de Julho de 2001

Apresentado resultados pormenorizados da inspecção de 328 pontes e viadutos

"O perigo está afastado", garantiu ontem o ministro do Equipamento Social, Eduardo Ferro Rodrigues, na apresentação dos resultados preliminares do Programa de Inspecção Extraordinária a Pontes e Viadutos (PIEPV) desencadeado na sequência da tragédia de Entre-os-Rios. Em Coimbra, sede do Instituto de Conservação e Exploração da Rede Rodoviária (ICERR), o ministro apresentou os dados já disponíveis relativos a 328 pontes e viadutos - o PIEPV pretende examinar 347, seleccionadas entre as mais de 4 mil existentes em Portugal -, que referem a existência de 60 obras de arte com estado de conservação deficiente ou muito deficiente. São aquelas que na escala definida pelo ICERR, de 1 (óptimo estado) a 5 (muito mau estado ou mesmo perigoso para a circulação), surgem classificadas com nota 4 e cinco. Em todas estas foram já determinadas restrições à circulação, que podem ir do encerramento absoluto ao trânsito à limitação da velocidade, passando pelo condicionamento de carga.

De entre estas sessenta estruturas piores classificadas, há ainda dez cuja necessidade de intervenção é considerada "muito urgente". As mais perigosas, e já vedadas à circulação - à semelhança do que já sucedera, na sequência das intempéries de Inverno, com as pontes de Campelos, Pernes e Constância(Santarém) e Rio Frio (Setúbal) - são as pontes do Pocinho (Bragança), sobre o rio Naomi (Guarda) e Pedrinha (Castelo Branco).

Mas há mais pontes com nota 5: são os casos de Viadores e Angeja (Aveiro); Rio Caldo EN304 e EN 308 (Braga); rio Lena (Leiria); Vale de Santo Estevão (Santarém); Fão, Ladeira e Ribeiro de Santa Martinha (Viana do Castelo); Barrocão e rio Criz II (Viseu) - todas sujeitas a condicionamento de carga, limitação de velocidade ou a ambas restrições.

Entretanto, há 32 pontes a submeter a inspecção sub-aquática, algumas das quais nem constam do rol de 347 seleccionadas pelo PIEPV. Ferro Rodrigues explicou que esta medida pretende apenas obter informação suplementar, que não deverá alterar a classificação já atribuída, no caso das pontes já inspeccionadas no âmbito do PIEPV. O presidente do ICERR, Pedro Serra, reforçou que estas observações sub-aquáticas não decorrem de qualquer "presunção de risco".

"Não se justifica o alarme criado, mas não escondemos que há problemas", disse o ministro do Equipamento, sublinhando a transparência do processo de inspecção.

Em termos gerais, são 140 as pontes a necessitar de obras, nas quais o Governo se propõem investir 22 milhões de contos. Sem contar com as obras abrangidas pelo Plano de Emergência para as Intempéries do último Inverno, ao qual o Conselho de Ministros já havia destinado perto de 30 milhões de contos.

Entretanto, iniciaram-se já ou estão prestes a começar as obras em mais de duas dezenas de pontes, algumas de enorme importância em termos de tráfego. É o caso da ponte da Arrábida, no Porto, onde os trabalhos - prometeu Ferro Rodrigues - vão decorrer "24 horas por dia, sete dias por semana", por forma a concluirem-se em Setembro. Para breve, estão as intervenções no Viaduto Duarte Pacheco, em Lisboa, e na Ponte da Figueira da Foz, estas últimas orçada em dois milhões de contos.

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