Duarte Lima Não Avança para Sintra
Por HELENA PEREIRA
Terça-feira, 24 de Abril de 2001
O silêncio da distrital de Lisboa do PSD e de duas das secções de Sintra são, para Duarte Lima, a prova suficiente de que a sua candidatura nesta autarquia não é bem-vinda.
O deputado foi convidado há cerca de dois meses para se candidatar em Sintra por quatro das seis secções deste concelho. Mais nenhum sinal recebeu da concelhia ou da distrital e, por isso, Duarte Lima escreveu esta semana às pessoas que o haviam convidado para comunicar que a sua disponibilidade acabou.
"Politicamente, não posso deixar de considerar esse silêncio como uma não-vontade de apoiar esta candidatura, caso ela se viesse a concretizar. (...) As condições partidárias que coloquei para poder ser candidato à Câmara de Sintra não se verificaram. Não tendo até hoje verificado uma alteração drástica deste circunstancialismo, e sendo mais do que evidente que o PSD já deveria ter um candidato no terreno para ser um rosto credível como alternativa, venho comunicar-vos que considero não existirem as condições partidárias que enunciei como necessárias, e que a minha disponibilidade para ser candidato cessou", afirma, na carta dirigida aos presidentes das secções de Rio de Mouro, Algueirão-Mem Martins, Queluz e Pêro Pinheiro.
Estas quatro secções são as mesmas que há quatro anos queriam que Pedro Santana Lopes se candidatasse em Sintra. O nome foi vetado pela distrital, então liderada por Pacheco Pereira, que depois indigitou o advogado José António Barreiros.
"É fácil antever que o filme das últimas eleições autárquicas em Sintra se vai repetir, qual conflito dos Balcãs ao qual nenhuma autoridade consegue pôr ordem. (...) Compreenderão que não queira ser o 'cordeiro do sacrifício' de mais uma batalha perdida", explica.
Duarte Lima recorda que, em 1997, o PSD teve naquele concelho o pior resultado de sempre e que a situação do partido em Sintra é "extremamente complexa", pois é difícil, "mas não impossível", encontrar um candidato consensual.
Os nomes de Manuela Ferreira Leite, presidente da distrital de Lisboa, e de Fernando Seara, deputado, são os mais falados para a autarquia de Sintra.
O deputado, que foi líder da bancada do PSD na altura dos governos de Cavaco Silva e presidente da distrital de Lisboa, explica ainda que se mostrou disponível numa primeira fase para ser candidato nas próximas eleições autárquicas porque todos os militantes que exerceram funções dirigentes devem participar nesta batalha eleitoral.
"Sou daqueles que entendem que nenhum militante que tenha tido funções de destaque na história do PSD deve recusar esse serviço num momento difícil da vida política do partido como aquele que atravessamos", esclarece.
Categorias
Entidades
Duarte Lima Não Avança para Sintra
Por HELENA PEREIRA
Terça-feira, 24 de Abril de 2001
O silêncio da distrital de Lisboa do PSD e de duas das secções de Sintra são, para Duarte Lima, a prova suficiente de que a sua candidatura nesta autarquia não é bem-vinda.
O deputado foi convidado há cerca de dois meses para se candidatar em Sintra por quatro das seis secções deste concelho. Mais nenhum sinal recebeu da concelhia ou da distrital e, por isso, Duarte Lima escreveu esta semana às pessoas que o haviam convidado para comunicar que a sua disponibilidade acabou.
"Politicamente, não posso deixar de considerar esse silêncio como uma não-vontade de apoiar esta candidatura, caso ela se viesse a concretizar. (...) As condições partidárias que coloquei para poder ser candidato à Câmara de Sintra não se verificaram. Não tendo até hoje verificado uma alteração drástica deste circunstancialismo, e sendo mais do que evidente que o PSD já deveria ter um candidato no terreno para ser um rosto credível como alternativa, venho comunicar-vos que considero não existirem as condições partidárias que enunciei como necessárias, e que a minha disponibilidade para ser candidato cessou", afirma, na carta dirigida aos presidentes das secções de Rio de Mouro, Algueirão-Mem Martins, Queluz e Pêro Pinheiro.
Estas quatro secções são as mesmas que há quatro anos queriam que Pedro Santana Lopes se candidatasse em Sintra. O nome foi vetado pela distrital, então liderada por Pacheco Pereira, que depois indigitou o advogado José António Barreiros.
"É fácil antever que o filme das últimas eleições autárquicas em Sintra se vai repetir, qual conflito dos Balcãs ao qual nenhuma autoridade consegue pôr ordem. (...) Compreenderão que não queira ser o 'cordeiro do sacrifício' de mais uma batalha perdida", explica.
Duarte Lima recorda que, em 1997, o PSD teve naquele concelho o pior resultado de sempre e que a situação do partido em Sintra é "extremamente complexa", pois é difícil, "mas não impossível", encontrar um candidato consensual.
Os nomes de Manuela Ferreira Leite, presidente da distrital de Lisboa, e de Fernando Seara, deputado, são os mais falados para a autarquia de Sintra.
O deputado, que foi líder da bancada do PSD na altura dos governos de Cavaco Silva e presidente da distrital de Lisboa, explica ainda que se mostrou disponível numa primeira fase para ser candidato nas próximas eleições autárquicas porque todos os militantes que exerceram funções dirigentes devem participar nesta batalha eleitoral.
"Sou daqueles que entendem que nenhum militante que tenha tido funções de destaque na história do PSD deve recusar esse serviço num momento difícil da vida política do partido como aquele que atravessamos", esclarece.