PSD Quer Mais Apoio às Vítimas
Por ISABEL LEIRIA
Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2001 Cerca de um ano depois dos deputados do Partido Popular terem apresentado à Assembleia da República, e visto chumbados, dois diplomas de combate à violência em meio escolar, a indisciplina e a violência nas escolas vão voltar ao Parlamento. O PSD está preocupado com o "aumento e as características dos múltiplos episódios de violência vividos na e pela comunidade escolar". Por isso propõe um novo pacote de medidas, que será discutido na próxima quarta-feira. Mais "brando" que o projecto de resolução dos populares - que previa, por exemplo, o agravamento das penas por crimes praticados em meio estudantil ou nas imediações dos estabelecimentos de ensino, a simplificação dos procedimentos disciplinares ou ainda a "criação de um regime de responsabilização e reparação efectiva dos danos causados pelo estudante prevaricador" - o grupo parlamentar do PSD opta por soluções de "carácter mais sócio-pedagógico". Para além da criação de um observatório da violência escolar, também defendido pelo PP, o projecto de resolução agora em discussão prevê um maior apoio às vítimas de violência escolar e a "responsabilização das famílias ou encarregados de educação de jovens com comportamentos violentos". Colocar nas escolas equipas especializadas de apoio sócio-pedagógico, consolidar a autoridade dos professores e incluir na sua formação disciplinas em que estas matérias sejam versadas, são outras medidas defendidas. "Mais do que alterar o actual regime disciplinar, propomos que se dê uma maior atenção às primeiras manifestações de comportamento violento nos jovens", explica um dos deputados subscritores do projecto de resolução, David Justino. Os sociais-democratas recordam que este não é um problema circunscrito à realidade portuguesa e que tem merecido "atenção redobrada" por parte dos diferentes Estados-membros da União Europeia. A prová-lo, a constituição em França, há já três anos, de um Plano Anti-Violência, a criação do Observatório Europeu da Violência Escolar ou ainda o agendamento, para Março, de uma conferência mundial sobre o tema "Violência na escola e políticas públicas". Isabel Leiria OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Violência escolar no Parlamento
Números não oficiais
PSD quer mais apoio às vítimas
"Qualquer dia temos de vir nus para aqui"
Trafaria: câmaras não acabaram com agressões
Medidas contra a indisciplina na escola
Depoimentos
OPINIÃO
Indisciplina e violência de alunos: notas de um professor
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PSD Quer Mais Apoio às Vítimas
Por ISABEL LEIRIA
Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2001 Cerca de um ano depois dos deputados do Partido Popular terem apresentado à Assembleia da República, e visto chumbados, dois diplomas de combate à violência em meio escolar, a indisciplina e a violência nas escolas vão voltar ao Parlamento. O PSD está preocupado com o "aumento e as características dos múltiplos episódios de violência vividos na e pela comunidade escolar". Por isso propõe um novo pacote de medidas, que será discutido na próxima quarta-feira. Mais "brando" que o projecto de resolução dos populares - que previa, por exemplo, o agravamento das penas por crimes praticados em meio estudantil ou nas imediações dos estabelecimentos de ensino, a simplificação dos procedimentos disciplinares ou ainda a "criação de um regime de responsabilização e reparação efectiva dos danos causados pelo estudante prevaricador" - o grupo parlamentar do PSD opta por soluções de "carácter mais sócio-pedagógico". Para além da criação de um observatório da violência escolar, também defendido pelo PP, o projecto de resolução agora em discussão prevê um maior apoio às vítimas de violência escolar e a "responsabilização das famílias ou encarregados de educação de jovens com comportamentos violentos". Colocar nas escolas equipas especializadas de apoio sócio-pedagógico, consolidar a autoridade dos professores e incluir na sua formação disciplinas em que estas matérias sejam versadas, são outras medidas defendidas. "Mais do que alterar o actual regime disciplinar, propomos que se dê uma maior atenção às primeiras manifestações de comportamento violento nos jovens", explica um dos deputados subscritores do projecto de resolução, David Justino. Os sociais-democratas recordam que este não é um problema circunscrito à realidade portuguesa e que tem merecido "atenção redobrada" por parte dos diferentes Estados-membros da União Europeia. A prová-lo, a constituição em França, há já três anos, de um Plano Anti-Violência, a criação do Observatório Europeu da Violência Escolar ou ainda o agendamento, para Março, de uma conferência mundial sobre o tema "Violência na escola e políticas públicas". Isabel Leiria OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Violência escolar no Parlamento
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