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21-05-2001
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Sessenta moções para quatro debates 03-MAY-2001

Lusa

Os congressistas do PS vão discutir em quatro painéis temáticos mais de 60 moções sectoriais, muitas apresentadas pelas bases, com centenas de páginas de propostas e muitas críticas ao partido e ao Governo.

A Saúde é tema central de várias moções e uma delas, subscrita por António Pina, de Olhão, arrasa a actuação da ministra Manuela Arcanjo, acusando-a de fazer uma «política destrutiva» da «reforma benéfica» da primeira legislatura socialista.

Pina defende um «pacto de regime» entre PS e PSD no que toca às políticas de saúde para a reforma do Serviço Nacional de Saúde num prazo de 10 anos, corrigindo a «perversão e o desperdício de milhões» da actual política do executivo PS.

Outra moção, de militantes de Coimbra, defende que os utentes devem passar a suportar 20 por cento das despesas da saúde, em vez dos 40 por cento actuais, baseando-se em dados da OCDE.

O militante António Cabós Gonçalves defende «Refiliação Já!», argumentando que as listas dos militantes socialistas estão desactualizadas, com «mortos a figurar nos cadernos» e com «duplas inscrições» e «pseudo-militantes».

A sua moção critica a «cifra espantosa» de cerca de 2500 delegados no congresso, baseada no número de militantes registados, considerando-o «exagerado» e desadequado.

«Quero votar no Multibanco», reclama Cabós Gonçalves noutra moção, que defende um novo recenseamento eleitoral que permita atribuir cartões magnéticos de eleitor, a utilizar nos terminais de Multibanco, com uma palavra-passe.

A utilização das novas tecnologias ao serviço do partido é o tema central da moção «Novos Conceitos, Novos Cidadãos», subscrita por dois militantes de Braga, Jorge e Tiago Corais, que propõem a realização de «Estados Gerais» na rede e «gabinetes virtuais» para os deputados socialistas.

Uma moção subscrita por Custódia Fernandes e outros aponta o afastamento dos militantes dos seus «deveres de cidadania» e responsabiliza o PS pela «falta de coerência» entre «o que se promete para ganhar eleições» e o que se «faz quando se alcança o poder».

O documento refere um «bloco central PS-PSD» nos «grande sectores empresariais», que impede o «rejuvenescimento» do partido e sublinha o «peso excessivo da cúpula do partido».

Por considerar que os militantes de base sofrem discriminações, esta moção quer bem claro o financiamento das secções de acção sectorial.

Em relação à estrutura do partido, o presidente da Federação do Algarve, José Apolinário, quer reforçar o papel dos militantes e organizar uma base de dados dos «simpatizantes», clarificando o seu papel dentro da orgânica do PS, numa de várias moções que apresenta.

Embora os Estados Gerais tenham aberto o caminho aos não filiados para participar no debate político, Apolinário reconhece a «dificuldade em manter de forma sistematizada a sua participação e colaboração», por não haver «mecanismos reguladores».

As mulheres do partido socialista defendem que «É Tempo de Paridade, Já!», exigindo uma agenda concreta para a aplicação das quotas femininas nas listas eleitorais.

Do PS-Madeira vem um apelo à «solidariedade» dos órgãos nacionais do partido, para que continuem a respeitar a autonomia e a capacidade de decisão dos socialistas da região, mas reforcem a cooperação.

O PS-Madeira quer ser ouvido nas decisões que tenham «interesse específico regional», procurando combater a «hegemonia política do PSD» na região nos últimos 25 anos, recusando-se a considerá-la «um fatalismo».

Os socialistas da EDP são muito críticos quanto à governação dos últimos anos, acusando na sua moção o executivo de manter «o estrangulamento do progresso do país» e defendendo a «imediata remodelação do governo», para a qual querem figuras como Vitor Constâncio, Ernâni Lopes e António Vitorino.

Sessenta moções para quatro debates 03-MAY-2001

Lusa

Os congressistas do PS vão discutir em quatro painéis temáticos mais de 60 moções sectoriais, muitas apresentadas pelas bases, com centenas de páginas de propostas e muitas críticas ao partido e ao Governo.

A Saúde é tema central de várias moções e uma delas, subscrita por António Pina, de Olhão, arrasa a actuação da ministra Manuela Arcanjo, acusando-a de fazer uma «política destrutiva» da «reforma benéfica» da primeira legislatura socialista.

Pina defende um «pacto de regime» entre PS e PSD no que toca às políticas de saúde para a reforma do Serviço Nacional de Saúde num prazo de 10 anos, corrigindo a «perversão e o desperdício de milhões» da actual política do executivo PS.

Outra moção, de militantes de Coimbra, defende que os utentes devem passar a suportar 20 por cento das despesas da saúde, em vez dos 40 por cento actuais, baseando-se em dados da OCDE.

O militante António Cabós Gonçalves defende «Refiliação Já!», argumentando que as listas dos militantes socialistas estão desactualizadas, com «mortos a figurar nos cadernos» e com «duplas inscrições» e «pseudo-militantes».

A sua moção critica a «cifra espantosa» de cerca de 2500 delegados no congresso, baseada no número de militantes registados, considerando-o «exagerado» e desadequado.

«Quero votar no Multibanco», reclama Cabós Gonçalves noutra moção, que defende um novo recenseamento eleitoral que permita atribuir cartões magnéticos de eleitor, a utilizar nos terminais de Multibanco, com uma palavra-passe.

A utilização das novas tecnologias ao serviço do partido é o tema central da moção «Novos Conceitos, Novos Cidadãos», subscrita por dois militantes de Braga, Jorge e Tiago Corais, que propõem a realização de «Estados Gerais» na rede e «gabinetes virtuais» para os deputados socialistas.

Uma moção subscrita por Custódia Fernandes e outros aponta o afastamento dos militantes dos seus «deveres de cidadania» e responsabiliza o PS pela «falta de coerência» entre «o que se promete para ganhar eleições» e o que se «faz quando se alcança o poder».

O documento refere um «bloco central PS-PSD» nos «grande sectores empresariais», que impede o «rejuvenescimento» do partido e sublinha o «peso excessivo da cúpula do partido».

Por considerar que os militantes de base sofrem discriminações, esta moção quer bem claro o financiamento das secções de acção sectorial.

Em relação à estrutura do partido, o presidente da Federação do Algarve, José Apolinário, quer reforçar o papel dos militantes e organizar uma base de dados dos «simpatizantes», clarificando o seu papel dentro da orgânica do PS, numa de várias moções que apresenta.

Embora os Estados Gerais tenham aberto o caminho aos não filiados para participar no debate político, Apolinário reconhece a «dificuldade em manter de forma sistematizada a sua participação e colaboração», por não haver «mecanismos reguladores».

As mulheres do partido socialista defendem que «É Tempo de Paridade, Já!», exigindo uma agenda concreta para a aplicação das quotas femininas nas listas eleitorais.

Do PS-Madeira vem um apelo à «solidariedade» dos órgãos nacionais do partido, para que continuem a respeitar a autonomia e a capacidade de decisão dos socialistas da região, mas reforcem a cooperação.

O PS-Madeira quer ser ouvido nas decisões que tenham «interesse específico regional», procurando combater a «hegemonia política do PSD» na região nos últimos 25 anos, recusando-se a considerá-la «um fatalismo».

Os socialistas da EDP são muito críticos quanto à governação dos últimos anos, acusando na sua moção o executivo de manter «o estrangulamento do progresso do país» e defendendo a «imediata remodelação do governo», para a qual querem figuras como Vitor Constâncio, Ernâni Lopes e António Vitorino.

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